Ele, com seu "obrigado", fez Leopoldo sorrir alegremente de novo. Mantendo o decoro, disse:- Eu causei mais trabalho para vocês, e vocês estão me agradecendo, não faz sentido. Sou eu quem deveria agradecer a vocês.Esse tipo de situação era compreensível. O cérebro humano, quando não tem tempo de reagir, pode facilmente confundir o que diz.Por exemplo, às vezes alguém pisa em você e você se apressa em pedir desculpas primeiro.Leopoldo interpretou o agradecimento do jornalista como se ele não tivesse tido tempo de reagir, então, mesmo compartilhando um sorriso de compreensão, ele ainda fez questão de explicar.Porém, desta vez, ele que havia entendido errado.O jovem jornalista não seguiu o que ele disse, mas, ao contrário, seu rosto ficou muito sério:- Não, somos nós que devemos te agradecer! Muito obrigado!Sua voz estava até um pouco embargada.O que ele agradecia não era apenas a atitude de Leopoldo, mas, mais importante, pela atenção que sua fama trouxe para a notícia. Além dis
- Quanto àquilo que te preocupa... - Leopoldo fez uma pausa, a ternura em seu olhar não diminuiu Ele levantou os olhos com uma postura mais séria para a câmera, como se estivesse conversando com Wilma naquele momento, e sua expressão se tornou extremamente sincera. - Não nego a validade do que você disse sobre o casamento precisar de famílias que combinem, mas posso defender a mim mesmo e à minha família. Não preciso de um suposto status familiar para me valorizar. Além disso, prefiro que a pessoa com quem passarei o resto da minha vida seja compatível em habilidades, e não em outros fatores materiais. Por isso, estou aqui, diante de tantas pessoas, para me declarar novamente. Gosto de você, e espero que me dê uma chance de te conquistar. Espero ter sua resposta quando voltar da delegacia. Claro, respeitarei sua posição independentemente da resposta que me der.Ele sorriu levemente para a câmera, deu um passo para trás e agradeceu à mídia presente.Provavelmente, por causa das palavras
- Senhor Borges, eu não quis dizer isso...Ela só sabia que o homem com a máscara de prata se chamava Borges. Além disso, não tinha nenhuma outra informação. O ar misterioso somado ao tom impaciente do homem fez com que o medo começasse a surgir em seu coração. No entanto, ela percebia um pouco tarde demais; tentava remediar a situação com uma voz suave e adulações:- Eu só estava um pouco insatisfeita. Você trouxe tantos meios de comunicação, e agora eu não consegui nenhuma notícia, meu chefe vai me repreender.Do outro lado da linha, uma risada ainda mais fria foi ouvida:- É mesmo? Mas o que eu vejo é que a Srta. Nina não soube aproveitar a oportunidade, não é? - Ela estava na frente de todos os meios de comunicação, também foi a primeira repórter a fazer uma pergunta, só que Leopoldo não lhe deu atenção. - Srta. Nina, você sabe o tipo de mulher que eu gosto e o tipo que eu detesto, não seja tão irritante.A voz de repente se tornou completamente fria, e a ligação foi desligada, dei
A força na mão do homem se tornava cada vez mais firme, e o frio em seus olhos se intensificava.Ele havia falhado?Ele foi abandonado?Como ele poderia ser inferior àquele idiota do Lorenzo.Por quê?Por que ele deveria ser o expulso?Por quê!A sensação de asfixia se tornava cada vez mais intensa, e, surpreendentemente, um prazer vingativo surgia nos olhos de Carolina. Ela não lutava, apenas agarrava o braço do homem instintivamente, um impulso de sobrevivência. Seu esforço fazia suas feridas reabrirem, e o sangue deixar seu corpo lentamente. Que seja assim...Morrer dessa forma, arrastando esse desgraçado consigo, era melhor do que viver em agonia, carregando sozinha todas as calúnias. Mesmo que fosse seu próprio merecido castigo, ela ainda assim não se acanhava.À medida que sua visão se turvava, Carolina só conseguia ver a máscara de prata e a metade do queixo extremamente semelhante ao de Lorenzo. Naquele momento, a curiosidade se instaurava na sua cabeça. Ela queria ver como er
Vitória deu um tapinha em Carolina, considerando apenas que seu estado mental estava um pouco abalado após o acidente de carro, sem levar a sério suas palavras.Ela sorriu em forma de desculpas para Guilherme:- Loh, não leve a sério o que a Carol disse, ela já está assim agora. O que aconteceu antes foi um erro que ela cometeu contra você, mas ela já foi punida, espero que você...- Eu sei, tia, afinal, eu cresci com a Carol. Mesmo que ela tenha sido demais no passado, vou valorizar mais a vida dela. De qualquer forma, temos que viver bem.Guilherme desempenhou muito bem o papel de Lorenzo, até sua aura foi disfarçada quase perfeitamente.Como se ele e o demônio de alguns minutos atrás não fossem a mesma pessoa.Carolina arregalou os olhos, sem conseguir esconder sua raiva.Finalmente, Vitória se lembrou de limpar as lágrimas do rosto, mas ainda parecia miserável:- É ótimo que você pense assim. Não peço que você perdoe a Carol, desde que você possa cuidar um pouco dela de vez em quan
Na cidade B, Grupo MRC.Tatiana ainda segurava o celular, assistindo à transmissão ao vivo de Leopoldo.Ela não podia deixar de se impressionar com a rapidez dos internautas atualmente. A transmissão de uma determinada mídia havia acabado há pouco tempo, e já havia vídeos editados circulando.E a discussão sobre o vídeo na internet era muito alta.O que mais chamava a atenção era a declaração de Leopoldo no final, que até ela achou extremamente tocante. Para a maioria das pessoas, esse tipo de sentimento sincero parece existir apenas em contos de fadas.A realidade é frequentemente caótica e irritante.Os sentimentos de crescer juntos desde a infância podem se transformar em uma inimizade, até mesmo casais sem uma base emocional.Além disso, a ideia de casamentos entre famílias de status semelhante também destruiu os sonhos de muitas pessoas.Claro, sempre existem casais que permanecem juntos até o fim.Mas quantos deles mantêm aquela sinceridade inicial? No cotidiano tedioso e longo,
Esse tipo de emoção - o desejo de possuir algo - que Eduardo sentiu, havia aparecido muitos anos atrás, quando ele viu um pequeno cão branco, sujo e lamentável, na rua. Ele se sentiu como aquele pequeno cão sem-teto.Sua mãe só tinha olhos para a irmã perdida, e seu pai, apenas para a mãe doente.Somente Leo, ocasionalmente, voltava para cuidar dele, como alguém que alimenta um cão de rua.Então, ele levou aquele cachorro para casa.Mas, como sua mãe era alérgica a pelo de cão, no dia seguinte após levar o aninal para casa, seu pai o jogou fora sem piedade.Ele tinha acabado de preparar um cantinho, comida e água. Porém, no dia seguinte, após limpar o cão, seu pai o jogou impiedosamente na neve, fora da mansão.Ele ainda se lembra de como chorou e implorou ao pai para não jogar o pequeno cão fora, prometendo que poderia cuidar dele perto de seu quarto, garantindo que não deixaria ele ver a mãe.Afinal, a Mansão da família Orsi era tão grande. Que mal faria ter mais um animal de estimaç
Tatiana comprimiu os lábios.Ela raramente via Edu expressar tais emoções. Eram verdadeiras, mas extremamente furiosas.Na maioria das vezes, ele sempre mantinha uma atitude indiferente em relação a tudo, casual e não sério, usando seu comportamento temerário para cobrir seu verdadeiro interior, como se nada pudesse realmente chegar nele.Embora ocasionalmente ele brincasse e se divertisse com ela, quando se tratava de conversas sinceras, ele as despachava prontamente.Como se, apesar de ele gostar de Gabriela, insistisse em esconder seus sentimentos. Mesmo que fosse óbvio para todos, ele negava.Só agora ele mostrava algumas de suas emoções mais verdadeiras.Tatiana olhou para a mandíbula tensa de Eduardo, sem fazer mais barulho para permitir que ele lidasse com a situação tranquilamente. Afinal, Gabriela era uma artista sob seu contrato, e como patrão, lidar com um assunto de um empregado era o esperado.Ela então pegou seu celular, planejando conversar com Gabriela pelo WhatsApp.As