- Pronto, mesa feita! E aí, irmã, como está o seu lado?Gael preparou um prato simples de carne, mas diferente do usual, adicionou picles fritos.Comparado ao método tradicional, o prato tinha o sabor fresco dos picles, mas, por serem fritos, não tinham aquele gosto característico dos picles.Estava incrivelmente saboroso principalmente em combinação com arroz.De qualquer forma, eles haviam diminuído a quantidade de arroz depois que alguns garotos da cozinha começaram a engordar.Tatiana logo terminou seu prato também.- O meu também está pronto, vamos levar.Ela havia feito um prato típico chamado velho curandeiro.O velho curandeiro, apesar de ter se estabelecido na Cidade R, passou seus primeiros anos trabalhando em sua terra natal, saboreando a comida local.Mesmo depois de se estabelecer na Cidade R, ele frequentemente visitava o Restaurante Aroma para desfrutar de lanches locais com Gael.Aquele prato havia sido uma sugestão de Gael para que Hélio recordasse sua terra natal e fo
Quando Gael disse isso, Tatiana imediatamente sentiu a atmosfera mudar. Ela mexeu os lábios, querendo dizer que as coisas não precisavam ser daquela maneira. Seu olhar passou pelos dois idosos, mas no fim ela segurou suas palavras e ficou em silêncio ao lado.Tatiana ainda escolheu acreditar em seu irmão. A sala ficou silenciosa por um momento, e então o velho curandeiro soltou um resmungo, afastando rapidamente os utensílios de Gael e pegando uma coxa de frango com agilidade. A peça de frango, ainda fumegante e aromática, entrou em sua boca, e todos os olhares se concentraram em seu rosto. Infelizmente, ele não era famoso à toa. Depois de engolir a carne, ele colocou os utensílios de lado e calmamente tomou um gole de chá para enxaguar a boca.- Esta comida não é muito autêntica. - Disse Hélio, balançando a cabeça após cuspir a água do chá. Ele parecia ter um veredito. Tatiana se sentiu mais tranquila. Antes de pedir ajuda, Leo já a havia preparado mentalmente: o velho curandeiro ti
Ao ver a mulher prestes a cair na piscina atrás dela, Lorenzo, rápido e ágil, estendeu o braço e a segurou no momento em que ela perdeu o equilíbrio, e a segurou em seus braços.- Está tudo bem? - Lorenzo perguntou ansiosamente antes mesmo dela se firmar, com um olhar inegavelmente preocupado. - Como consegue cair estando parada, Tatiana? Onde está sua cabeça?Tatiana, ainda se reequilibrando do susto, mal teve tempo de notar a dor no tornozelo pois se irritou com a repreensão dele.- Mas foi você quem me assustou! Que mania feia! Você está doente, Lorenzo? Se está, vá ao hospital com sua noiva e consulte um médico, mas não enlouqueça aqui comigo!Ela o empurrou bruscamente, tentando passar por ele.Quando levantou o pé, a dor se espalhou, e ela quase caiu novamente.Lorenzo instintivamente a segurou, ignorando sua grosseria. Enquanto segurava sua cintura, ele viu o tornozelo dela.Ela parecia ter batido em algo; a meia branca ao redor de seu tornozelo estava tingida de vermelho.Loren
Seus olhares se cruzaram, e Tatiana sentiu um desgosto enorme.Ela não sabia se Gael e Hélio tinham visto quando aquele homem desprezível a sacudiu, mas independente disso, sua aparência atual era suficiente para se envergonhar.Hélio foi o primeiro a reagir. Ao contrário da expressão chocada de Gael, ele apenas parecia um pouco surpreso.- Presidente Borges, o que está acontecendo aqui...Gael, ouvindo isso, também despertou e perguntou a Tatiana:- Pois é, mestra, o que aconteceu com você...Tatiana queria sumir daliEla desviou o olhar silenciosamente, apertando os dedos de Lorenzo com força, e o beliscou de propósito.Sentindo uma leve dor, Lorenzo apenas baixou o olhar para a mulher em seus braços, e um sorriso suave surgiu em seu rosto.- Sr. Hélio. - Ele olhou para Hélio antes de começar a explicar. - Esta é minha esposa. Ela estava brincando ali e acidentalmente machucou o tornozelo. Estou levando-a ao hospital para tomar uma injeção de tétano. Ela estava envergonhada de ser ca
Ele deu um passo à frente, a encarando intensamente.Tatiana havia acabado de pegar a chave do carro do bolso dele, o som do trinco soou, e ao mesmo tempo sentiu um frio na cintura.Imediatamente, seu corpo delicado foi envolvido pelos braços de Lorenzo, enquanto o outro lado do seu corpo foi pressionado contra a porta do carro.Era uma posição estranha, mas que emanava um indescritível senso de ambiguidade.- Lorenzo, você...Tatiana engoliu em seco, segurando a chave do carro e olhando para ele como um pássaro assustado. Depois de um longo momento, ela finalmente falou algumas palavras:- A porta está destrancada...Lorenzo olhou para baixo fixamente, e depois de um momento, levantou a cabeça sem expressão e deu um passo para trás.- Abra a porta.As duas palavras trasmitiam um ar de frieza, como se ele estivesse ofendido.Tatiana franziu a testa, ela não havia feito nada de errado, não é mesmo?Ela só havia reclamado um pouco, que homem sensível!Realmente mesquinho.A porta do car
Lorenzo parou por um momento e olhou para mulher no carro.- Tatiana, você está preocupada comigo?Ela franziu a testa.- Eu...Antes que ela pudesse dizer mais, uma risada fria e irônica a interrompeu.- Tatiana, distância, foi você quem disse.Assim que ele terminou de falar ele fechou a porta do carro com força.O barulho fez o coração de Tatiana tremer, e ela olhou para ele sem entender."Incompreensível!"Ela xingou em silêncio e fechou os olhos no banco do passageiro.Até chegarem ao hospital, Tatiana não disse uma palavra para Lorenzo.Ela estava cansada pois havia passado os últimos dias na cozinha, então quando se encostou no assento confortável do carro, ela rapidamente caiu no sono.Foi acordada pelo som do celular.Assim que ela abriu os olhos, viu o queixo frio e duro de Lorenzo.- Lorenzo? - Ela ainda estava um pouco lenta por ter acabado acordar, mas percebeu que estavam no jardim do hospital. - Já chegamos? Por que você não me acordou?Lorenzo cruzou os braços. Com o ro
A porta da sala se fechou, e Ademir se viu sozinho com Tatiana. Ele arragalou os olhos.- Então ele só foi?Tatiana, atrás dele, levantou um sorriso.- O Dr. Ademir disse que Carolina está lá embaixo, o Presidente Borges naturalmente foi encontrar sua futura esposa, por que ele ficaria aqui?Ademir se virou e encarou Tatiana com uma expressão complexa.Ela, por sua vez, se levantou de sua cadeira, ainda sorrindo.- Dr. Ademir, se não estiver ocupado, poderia me dar uma injeção, ou chamar uma enfermeira? Tenho coisas para fazer e não posso ficar aqui, me desculpe.Embora o ferimento no pé não fosse muito grave, ela ainda sentia um pouco de dor. Desde que se machucou, Tatiana não havia pisado no chão e, quando tentou, sentiu uma pontada no tornozelo e se desequilibrou.Ademir instintivamente levantou a mão, mas como estavam um pouco distantes, e Tatiana já havia se estabilizado se apoiando na mesa. Ele colocou as mãos no bolso levemente constrangido.- Machucou a perna? Está enfaixada?Ta
Hospital, no final do corredor.O toque do celular que havia acabado de soar foi cortado, e após um breve momento, começou a tocar novamente.Depois de tocar por alguns segundos, finalmente foi atendido.- Lorenzo, qual é o seu problema? Por que não atende o telefone? Onde você se meteu? Fala aí, qual é a sua intenção? Você me trouxe para almoçar e me deixou sozinho no restaurante, certo? Tudo bem você desaparecer, afinal a conta foi diretamente debitada do seu cartão, mas o que significa o seu carro também ter desaparecido? Volte logo para me buscar!A voz irritada vinha do telefone, e mesmo através dele, era possível imaginar Pedro pulando de raiva.No entanto, do outro lado da linha, o homem segurando o celular permanecia indiferente, como se não estivesse realmente ouvindo a conversa, seus olhos escuros fitavam o lado de fora da janela, um tanto distantes.Pedro continuou a praguejar por um bom tempo, mas como não obteve resposta, ele gritou:- Loh! O que você está fazendo? Você es