Na loja de conveniência. Um homem de boné de aba curva se aproxima lentamente de Cecília. Seus passos eram silenciosos, como se fossem de um fantasma. Neste momento, Cecília escolhia cuidadosamente sua bebida favorita na prateleira, completamente alheia ao perigo que se aproximava. Ela colocou a última garrafa de refrigerante sabor laranja, que tanto gostava, em sua cesta de compras e, ao se preparar para se dirigir ao caixa, se virou e soltou um grito assustado. Sua face quase colidiu com o boné do homem.- O que você pensa que está fazendo?! - Cecília repreendeu, elevando a voz, enquanto franzia as sobrancelhas.Entretanto, ao ouvir isso, o homem apenas sorriu, um olhar malicioso brilhava em seus olhos, ocultos pela aba do boné.- O que você pretende fazer?! A voz de Cecília tremeu levemente, perante a clara intenção criminosa do funcionário da loja, mas ela se manteve resoluta.O homem se mantinha em silêncio, apenas inclinando o boné para ocultar ainda mais sua expressão, re
- O quê? A Cecília foi sequestrada? - Vicente, ao ouvir a urgência na voz de Cláudia através do telefone, imediatamente se sentou na cama. - Quem fez isso?- Se nada mudou desde o meio-dia de hoje, deve ser o mesmo grupo que atacou a Lilian. - Disse Cláudia. - O responsável pelo sequestro da Cecília é, provavelmente, o líder desse grupo. Eu também percebi algo estranho pelo rastreador que instalei com Cecília. Hoje, ao meio-dia, antes de Cecília deixar a cena do crime, eu entreguei a ela um rastreador em miniatura para que o colocasse em sua bolsa, como precaução. Não esperávamos que fosse necessário utilizá-lo tão cedo. No meio da noite, a localização de Cecília mudou repentinamente do hotel para a periferia. Sem dúvida, ela foi sequestrada!- Esse cara agiu tão rápido assim? - Vicente apertou os olhos, um brilho frio atravessava seu olhar.Ele estava planejando como atrair aquele sujeito, quando, inesperadamente, o próprio se revelou. Estava mesmo ansioso para provocar, não era?- O
- Seu pervertido!Cecília observava as ações do homem, sentindo a pele instantaneamente coberta de arrepios. Esse pervertido estava, de fato, cheirando suas meias!- Me solte agora!Ela começou a lutar com toda a força que tinha.O desejo de sair dali e deixar aquele lugar era imenso.- Srta. Cecília, você cheira tão bem.O homem sorriu, seu rosto era iluminado por uma expressão de prazer intenso.- Seu pervertido!Cecília cerrava os dentes, a náusea de repulsa quase a dominava.- Eu sou pervertido? Srta. Cecília, se alguém deve ser culpado aqui, são essas suas pernas, tão perfeitamente formosas e encantadoras.O homem ignorava completamente os insultos de Cecília. Enquanto falava, inspirava profundamente, com uma ganância evidente em cada respiração.- Se afaste de mim, seu maldito pervertido!Cecília estava à beira da loucura, pálida de terror.No entanto, o homem ignorava completamente sua reação, os seus olhos estavam fixos nas coxas de Cecília, envoltas em meia-calça preta, como
Os seios já estavam à mostra, Cecília soltou um grito agudo de terror.O homem, excitado, lambeu os lábios e, lentamente, estendeu a mão direita, prestes a desabotoar por completo os botões da camisa dela.- Não, por favor!Cecília estava pálida e sacudia a cabeça em desespero.Contudo, seus apelos pareciam apenas estimular ainda mais o sistema nervoso do homem, fazendo com que seus olhos brilhassem com uma intensidade ainda maior.Ele desejava ter relações sexuais com a mulher sensual e atraente à sua frente!Ao ver a mão do homem se aproximar cada vez mais, Cecília finalmente fechou os olhos em agonia e desespero.Será que seria violada por aquele pervertido...- Não se mexa, levante as mãos! - Nesse momento, uma voz severa de mulher ressoou do alto da escada do segundo andar da fábrica.Devido à acústica do lugar, quando essa voz severa ecoou, provocou imediatos ecos.O homem parou.Cecília imediatamente abriu os olhos e, ao ver quem tinha ido resgatá-la, Cláudia, uma sensação de al
O olhar de Cláudia tremeu.Ela sabia bem ao que ele estava se referindo.Era uma substância que estimulava o desejo sexual!Ela inspirou profundamente, encarando friamente o homem:- Se eu ingerir isso, você libertará a Cecília?- Comandante Cláudia, isso dependerá do seu desempenho.O homem sorriu com malícia e lançou a pílula para Cláudia.Cláudia a apanhou, hesitou por um instante, então a engoliu de uma só vez.Cecília se emocionou.Não esperava que a Comandante Cláudia estivesse de fato disposta a fazer um sacrifício tão grande por ela!- Muito bem!Vendo isso, o homem começou a rir excitadamente, seu olhar para o corpo de Cláudia se tornou ainda mais desinibido.Essa mulher agora estava ao seu alcance!- Agora, você pode libertar a Cecília?Cláudia encarou o homem novamente.- Comandante Cláudia, eu não disse que a libertaria.O homem sorriu zombeteiro, lambendo os lábios.- Seu canalha! - Cláudia se enfureceu, seu rosto se tingia de vermelho de raiva. - Vou matar você agora mesm
No interior da fábrica, a respiração de Cláudia se tornava cada vez mais pesada.Sua testa começava a exibir uma fina camada de suor perfumado e suas bochechas adquiriam um vermelho tentador.Ela sentia seu corpo perdendo forças rapidamente.Maldição! Cláudia balançou a cabeça vigorosamente, tentando se manter lúcida.No entanto, sob o forte efeito da droga, todos os seus esforços eram em vão.- Comandante Cláudia, agora você deseja tanto que um homem tenha relações sexuais com você, não é?O homem observava a reação de Cláudia à sua frente, com olhos ardentes de desejo.Ele estava ansioso para ver esta orgulhosa Comandante sendo conquistada por ele!- Seu desgraçado... - Cláudia apertava os dentes, sua voz estava cheia de raiva.Porém, sob o efeito da droga, sua voz raivosa começava a se misturar com gemidos leves, soando mais como se estivesse fazendo charme.O homem sabia que Cláudia estava prestes a ceder e um sorriso malicioso surgia em seus lábios. Sua voz se tornava ainda mais
Um raio de luz fria voou, acertando diretamente o dorso da mão do homem.O homem gritou de dor, inalou ar frio de agonia e recuou a mão.Ele rapidamente abaixou a cabeça para examinar o dorso da mão.Ali, uma agulha de prata fria estava cravada, exatamente no centro do dorso de sua mão.O sangue começou a se infiltrar lentamente pela ponta da agulha.No mesmo instante, pela porta da escada, o som de passos ressoou.- Quem está aí?! - O homem rapidamente ergueu a cabeça e rugiu em direção à porta da escada.Vicente, com uma expressão gélida, fez sua aparição oficial no segundo andar ao dar o último passo.- Vicente!Cecília avistou Vicente primeiro e, imediatamente, seu coração saltou.Por que este homem, que fugia da morte, iria até ali?- Você, este sujeito... Finalmente chegou... - Cláudia virou a cabeça, sua visão embaçada também capturou a figura de Vicente. - Você precisa ter cuidado, este homem não é fácil de lidar... - Sua voz era delicada e fraca.Vicente deslocou seu olhar lev
Sim, Cecília estava permeada pelo medo. Ela ainda não desejava abandonar a vida. Suas palavras anteriores eram meramente um desabafo. Ela ansiava por continuar vivendo. Existiam inúmeras experiências não vividas, incontáveis maravilhas da vida que ela ainda não havia explorado...- Se silencie, sua voz me enfurece! Confrontado com a voz incômoda de Cecília, o homem, já predisposto ao mau humor, foi tomado por uma ira imediata. Cecília, assustada ao extremo, sentiu seu coração pulsar violentamente e as palavras prontas para serem ditas foram reprimidas em silêncio.- Vociferar contra uma mulher dessa maneira não seria, de certo modo, desrespeitoso? Foi então que Vicente interveio, lançando um olhar gélido ao homem. Um lampejo sombrio atravessou o olhar do homem ao encarar Vicente:- Se a existência dessa mulher é indiferente, por que a forma como me dirijo a ela lhe causaria qualquer preocupação?- A questão de ela viver ou morrer é uma coisa, sua postura como cavalheiro, é outr