Liliane ficou sem palavras por um momento. Desde que entrou na mansão, percebeu que o humor de Eduardo se tornou melancólico. Uma aura de tristeza pairava sobre ele, tornando difícil respirar.- Meus pais já faleceram, deixando apenas uma irmã, cujo paradeiro é desconhecido. - Começou Eduardo, ele entregou a Liliane um álbum de fotos retirado da estante, continuou. - Acredito que, ao ver essas fotos, você entenderá melhor e não terá mais ressentimentos contra mim.Ao folhear o álbum, Liliane viu várias fotos de mulheres e uma menina pequena. Conforme virava as páginas, um sentimento de culpa começou a surgir. Parecia que, da última vez, Eduardo não mentiu, suas características faciais eram surpreendentemente parecidas com as da sua mãe e da menina.No entanto, ela tinha sua própria mãe.Liliane devolveu o álbum para ele. - Eu julguei errado da última vez. Desculpe. Espero que você encontre sua irmã em breve. - Desculpou-se Liliane.Eduardo olhou fixamente para Liliane por um momen
Ao mencionar ódio, Liliane sentia uma pontada no coração. Ela nunca deixou de nutrir aquele sentimento, mas será que ele tomou alguma medida? Quem sabia se ele descobriu algo suspeito e para proteger Mavis, preferiu manter em segredo. Ela não aguentava mais, incapaz de suportar a angústia interna, ansiosa por respostas que pareciam distantes!Liliane sorriu com desdém para William. - Sr. William, pense o que quiser. No entanto, Sr. William, pensar apenas em mim antes de sua boa fortuna iminente e sua amada ao lado não parece justo para a vice-gerente Mavis, não acha? - Provocou Liliane.O rosto de William ficou gélido. - Liliane, saia da Novitex, você não terá outra chance. - Disse William, apático.Ao ouvir as palavras de William, Liliane se sentiu aliviada. - Sr. William, agradeço por seus cuidados ao longo dos últimos três anos. De agora em diante, desejo que você e a vice-gerente Mavis sejam felizes, vivam uma vida longa e próspera! - Respondeu Liliane, com um sorriso no rost
Ela ainda não estava grávida, ele não podia deixar de vir!- Os homens de William já estão seguindo minhas pistas, tenho medo de ser descoberto. - Disse Pablo, com olhos decididos. - Ele ainda está investigando? - Perguntou Mavis, surpresa- Não é só isso, percebi que alguém me seguia quando vim esta noite. - Assentiu Pablo. - Como você entrou então? - Exclamou Mavis, quase pulando de susto.- Se você continuar gritando, vou te matar! - Disse Pablo, furioso, encarando Mavis. - Se eu quiser que você viva, você vive. Se eu quiser que você morra, você morre! Mavis ficou furiosa, mas ao mesmo tempo incapaz de desafiar Pablo! Pelo menos até que ela estivesse grávida, ela teria que se curvar a ele.No entanto, se ela realmente engravidasse, ela com certeza encontraria uma maneira de fazer ele se calar para sempre!Afinal, ela não podia permitir que alguém que sabia tantos de seus segredos permanecesse ao seu lado!- E agora, o que devemos fazer? - Perguntou Mavis, suspirando.- Vou pegar
Mateus ofereceu um lenço a Liliane.- Entendo que seja difícil, mas chorar agora não resolve nada. - Disse Mateus.Se não fosse pela ação de Mateus, Liliane nem teria percebido que estava chorando. - Desculpe. - Murmurou Liliane, aceitando o lenço.- É compreensível. - Falou Mateus com calma.Após ajustar suas emoções, Liliane olhou para cima. - Sr. Mateus, minha mãe mencionou em sua carta que você pode me ajudar. - Disse Liliane.Mateus pegou a mochila, retirou um documento e entregou a Liliane.- Dinheiro resolve, na nossa área não há espaço para ajuda movida por emoções. Também precisamos ganhar a vida, espero que entenda. - Disse Mateus. Liliane concordou, olhando para o orçamento no papel.- Dinheiro não é problema. - Ela olhou para Mateus, acrescentou. - Só me importo com eficiência e confiabilidade.Mateus apresentou outro documento a Liliane.- Isso vai te convencer. - Continuou Mateus.Liliane examinou com cuidado os casos de sucesso da empresa ao longo dos anos, reforçando
Liliane retirou a mão de Beatriz da palma de sua mão.- Srta. Lima, suas informações não estão atualizadas. A mulher ao lado de William não sou eu, mas a vice-gerente do setor de design de vestimentas da empresa deles, Mavis. Se você quer confrontar alguém, confronte Mavis, não eu. - Disse Liliane.- Quem? - Perguntou Beatriz, surpresa.- Mavis. - Repetiu Liliane, para evitar complicações.- Como isso pode acontecer? Como William encontrou outra mulher? - Murmurou Beatriz, com o rosto dolorido num instante, olhou com raiva para Liliane de repente, acrescentou. - Sua vagabunda, você está me enganando? William não é esse tipo de pessoa.Liliane ficou sem palavras.“Abrir e fechar a boca é fácil, vagabunda, será que acha que eu não tenho tempetamento?” - Pensava Liliane.- Srta. Lima, se você realmente gosta tanto do William, por que não fala com Mavis e a convence a sair? Ah, a propósito, a reputação de Mavis não é das melhores, tenha cuidado para não ser intimidada por ela. - Disse Lili
Uma simples frase dela transformou um jantar simples em um encontro complicado! Liliane olhou com frieza para ela, antes que pudesse falar, Eduardo ao lado abriu a boca.- William, quanto tempo. - Disse Eduardo, sua voz tranquila era como uma brisa suave, acalmando o coração inquieto de Liliane.Era verdade, ela e William não tinham mais nenhum relacionamento, não havia necessidade de se preocupar com mal-entendidos. - Está de bom humor, né? - Provocou William, com seu olhar sombrio. - Mais ou menos. - Respondeu Eduardo, sorrindo. - William, você não acha que Liliane e este cavalheiro fazem um par perfeito? - Disse Mavis, olhando para William.Os olhos profundos de William não revelavam emoção, apenas apertou os lábios e respondeu um “sim”.Eduardo deu um olhar rápido para Mavis, depois de desviar o olhar, disse a Liliane: - Vamos? Eu te levo para casa. Ela estava prestes a recusar com um “não precisa”, mas Eduardo acrescentou:- Aquela área não é segura à noite. Pensando no be
Liliane se virou na cama e alcançou o celular. Ao ver a chamada desconhecida, franziu a testa, curiosa sobre quem ligaria a essa hora da noite. Ela se levantou com cuidado, abrindo a porta do quarto para atender, aguardando em silêncio pela voz do outro lado.- Alô? Liliane, por favor? Aqui é Prisão da Serafim. - Disse a voz do outro lado da linha.Prisão?Uma sensação de inquietação percorreu Liliane. - O que houve? - Perguntou Liliane, inquieta.- Seu pai faleceu na cela às três horas e cinquenta e dois minutos. Venha reivindicar o corpo amanhã. - Explicou a voz do outro lado da linha.Um estrondo ecoou na mente de Liliane. Nelson... Estava morto? Ela abaixou o celular, os olhos cheios de incredulidade. Mesmo com ressentimentos, ele havia trabalhado duro para sustentar a família na infância.Segurando o peito, Liliane desabou sem forças no sofá.Por que tudo isso aconteceu tão de repente?...No dia seguinte.William, que também soube da notícia, acompanhou Liliane até a prisão.
Ela se assustou, percebendo estar no quarto de William. Liliane esfregou a testa, sem ter ideia de como William levou ela de volta.Passos se aproximaram e o rosto charmoso, porém sombrio, de um homem apareceu diante dela. Ele caminhou até a beira da cama, olhando com frieza para Liliane. - Acordou? - Perguntou William.Liliane encarou ele sem paciência. Que tipo de pergunta era essa?Vendo o sarcasmo nos olhos de Liliane, o rosto de William ficou sombrio. - Você não tem gratidão? Trouxe você de volta e nem um “obrigada”? - Disse William.- Obrigada. - Respondeu Liliane, sem entonação de agradecimento. A calma dela não revelava nenhum traço de gratidão.William engoliu em seco. Ela sempre sabia como irritar ele!- Por que não está se alimentando adequadamente? Desnutrição é confortável para você? - Questionou William, apático, após um momento.Liliane apertou os lábios, sem responder, resistindo à tontura enquanto se sentava e começava a se levantar da cama.- Liliane! - Disse Wil