Liliane retirou a mão de Beatriz da palma de sua mão.- Srta. Lima, suas informações não estão atualizadas. A mulher ao lado de William não sou eu, mas a vice-gerente do setor de design de vestimentas da empresa deles, Mavis. Se você quer confrontar alguém, confronte Mavis, não eu. - Disse Liliane.- Quem? - Perguntou Beatriz, surpresa.- Mavis. - Repetiu Liliane, para evitar complicações.- Como isso pode acontecer? Como William encontrou outra mulher? - Murmurou Beatriz, com o rosto dolorido num instante, olhou com raiva para Liliane de repente, acrescentou. - Sua vagabunda, você está me enganando? William não é esse tipo de pessoa.Liliane ficou sem palavras.“Abrir e fechar a boca é fácil, vagabunda, será que acha que eu não tenho tempetamento?” - Pensava Liliane.- Srta. Lima, se você realmente gosta tanto do William, por que não fala com Mavis e a convence a sair? Ah, a propósito, a reputação de Mavis não é das melhores, tenha cuidado para não ser intimidada por ela. - Disse Lili
Uma simples frase dela transformou um jantar simples em um encontro complicado! Liliane olhou com frieza para ela, antes que pudesse falar, Eduardo ao lado abriu a boca.- William, quanto tempo. - Disse Eduardo, sua voz tranquila era como uma brisa suave, acalmando o coração inquieto de Liliane.Era verdade, ela e William não tinham mais nenhum relacionamento, não havia necessidade de se preocupar com mal-entendidos. - Está de bom humor, né? - Provocou William, com seu olhar sombrio. - Mais ou menos. - Respondeu Eduardo, sorrindo. - William, você não acha que Liliane e este cavalheiro fazem um par perfeito? - Disse Mavis, olhando para William.Os olhos profundos de William não revelavam emoção, apenas apertou os lábios e respondeu um “sim”.Eduardo deu um olhar rápido para Mavis, depois de desviar o olhar, disse a Liliane: - Vamos? Eu te levo para casa. Ela estava prestes a recusar com um “não precisa”, mas Eduardo acrescentou:- Aquela área não é segura à noite. Pensando no be
Liliane se virou na cama e alcançou o celular. Ao ver a chamada desconhecida, franziu a testa, curiosa sobre quem ligaria a essa hora da noite. Ela se levantou com cuidado, abrindo a porta do quarto para atender, aguardando em silêncio pela voz do outro lado.- Alô? Liliane, por favor? Aqui é Prisão da Serafim. - Disse a voz do outro lado da linha.Prisão?Uma sensação de inquietação percorreu Liliane. - O que houve? - Perguntou Liliane, inquieta.- Seu pai faleceu na cela às três horas e cinquenta e dois minutos. Venha reivindicar o corpo amanhã. - Explicou a voz do outro lado da linha.Um estrondo ecoou na mente de Liliane. Nelson... Estava morto? Ela abaixou o celular, os olhos cheios de incredulidade. Mesmo com ressentimentos, ele havia trabalhado duro para sustentar a família na infância.Segurando o peito, Liliane desabou sem forças no sofá.Por que tudo isso aconteceu tão de repente?...No dia seguinte.William, que também soube da notícia, acompanhou Liliane até a prisão.
Ela se assustou, percebendo estar no quarto de William. Liliane esfregou a testa, sem ter ideia de como William levou ela de volta.Passos se aproximaram e o rosto charmoso, porém sombrio, de um homem apareceu diante dela. Ele caminhou até a beira da cama, olhando com frieza para Liliane. - Acordou? - Perguntou William.Liliane encarou ele sem paciência. Que tipo de pergunta era essa?Vendo o sarcasmo nos olhos de Liliane, o rosto de William ficou sombrio. - Você não tem gratidão? Trouxe você de volta e nem um “obrigada”? - Disse William.- Obrigada. - Respondeu Liliane, sem entonação de agradecimento. A calma dela não revelava nenhum traço de gratidão.William engoliu em seco. Ela sempre sabia como irritar ele!- Por que não está se alimentando adequadamente? Desnutrição é confortável para você? - Questionou William, apático, após um momento.Liliane apertou os lábios, sem responder, resistindo à tontura enquanto se sentava e começava a se levantar da cama.- Liliane! - Disse Wil
Depois de entrar no carro, Liliane procurou o endereço do Orfanato Nuvem no mapa. O orfanato ficava nos subúrbios a oeste da cidade, a duas horas de distância de onde ela morava. Liliane voltou à conversa com Mateus e transferiu o restante do dinheiro para ele. Realmente, a eficiência de Mateus em resolver as coisas era notável. “Sr. Mateus, posso perguntar como você descobriu isso?”- Perguntou Liliane. Em menos de um minuto, Mateus ligou para ela. - Não usei sua identidade, usei a Fátima. Ela tem registros de adoção. No entanto, é estranho, pois só há informações do seu orfanato, não seus nomes anteriores. Se você puder me dizer seus nomes antigos, talvez eu possa encontrar mais informações úteis. - Disse Mateus.Nomes antigos? Liliane ficou perplexa, pois sua mãe mencionou que ela teve uma grave doença na infância. Não tinha lembranças antes dos sete anos, então, quanto aos nomes, ela estava impotente. - Desculpe, Sr. Mateus, eu não me lembro. - Respondeu Liliane.- Então não
William lançou a ele um olhar e não respondeu.Guilherme conhecia bem o temperamento de William. Ele conteve um pouco de sua raiva.- William, me diga, afinal, que tipo de mulher é capaz de fazer você decidir noivar em tão pouco tempo? - Perguntou Guilherme.- Você esqueceu o que aconteceu quando eu tinha oito anos? - Retrucou William, olhou com frieza para Guilherme. Guilherme e Douglas ficaram tensos.- Você encontrou aquela garota que te salvou? - Indagou Guilherme. - Sim. - Respondeu William, com voz grave.Guilherme ficou sem palavras. Ao longo dos anos, a história de seu filho procurando aquela garota era conhecida por todos.Embora ele apreciasse o gesto salvador da garota, a esposa de William precisava ser de uma boa família.- Se a encontrou, dá a ela algum dinheiro e uma casa, não há necessidade de casar com ela, né? - Sugeriu Guilherme.- Sem ela, acha que eu estaria aqui sentado? - Refutou William, sorrindo com desdém.- William! - Disse Guilherme, franzindo a testa. - P
William atendeu o telefonema de Liliane quando acabava de chegar ao orfanato. Ao ver o nome na tela, franziu de leve a testa. Por que ela estaria ligando para ele agora?Antes que William pudesse dizer algo, uma tosse intensa de Liliane ecoou do outro lado da linha. - William! Me salva! - Exclamou Liliane, desesperada.O rosto elegante de William escureceu, um olhar frio surgiu em seus olhos. - Onde você está? - Perguntou William.- No Orfanato Nuvem! Estou na parte de trás do antigo prédio! Alguém, alguém está provocando um incêndio de propósito e me trancou aqui dentro. William, me salva, não consigo sair! - Respondeu Liliane.Ao ouvir isso, William olhou para o orfanato, seus olhos revelaram uma frieza assustadora. Ele abriu a porta do carro de imediato. - Liliane, cubra a boca agora, vá para um lugar ventilado, estou indo! - Disse William.Jorge percebeu a urgência e desceu rapidamente do carro. - Sr. William, o que aconteceu? - Perguntou Jorge, confuso.- Leve as pessoas par
Liliane não disse nada e William não a pressionou. Após a chegada dos bombeiros e da polícia, Liliane prestou depoimento e foi levada por William para um hospital próximo. Depois de um exame pulmonar que indicou estar tudo bem, ela foi liberada.No caminho de volta, Liliane estava sonolenta, sua cabeça ocasionalmente batia na porta do carro. William apertou os lábios, estendendo a mão para segurar sua cabeça, permitindo que ela repousasse em seu ombro.Jorge, dirigindo, observou a cena pelo espelho retrovisor, mal conseguindo segurar o riso.William podia ser teimoso, mas ele realmente se importava com Liliane.Duas horas depois, chegaram ao Jardim Azul.William pensou em tirar Liliane do carro, mas assim que suas mãos tocaram as pernas dela, ela acordou imediatamente. Seu corpo encolheu, como se estivesse assustada, ao ver William à sua frente, seus olhos baixaram de novo. - Estamos chegando ao Apartamento Vista Bela? - Perguntou Liliane, com uma voz suave.Apartamento Vista Bela