Rebeca tinha uma expressão preocupada no rosto. - Sim, Eduardo nos contou, mas a Lili ainda não sabe disso. João não disfarçava sua antipatia por William. Seus olhos mostravam claramente a irritação. - Sr. William, se está tão ocupado, deveria voltar para a Serafim. Já somos suficientes para cuidar da Lili.William olhou para ele. - Não vou sair daqui. Enquanto Liliane não acordar, eu não vou embora.- De que adianta você ficar aqui? - João falou com raiva. - Mesmo que a Lili acorde, ela pode não querer te ver!Rebeca puxou João pelo braço. - João, o que você está dizendo? - Não estou dizendo nada errado! - Disse João. - Ele sabe muito bem o que fez com a Lili! João não temia o poder de William. Para ele, Liliane era sua sobrinha e ele não suportava a ideia de ela ter sido mantida como amante de um homem.William ficou em silêncio, sem responder às acusações de João.- João. - Rebeca disse, com os olhos marejados. - Estamos aqui para ver a Lili. Com o rosto sombrio, João contin
Mavis trocava de sapatos, enquanto pensava: “Será que Miguel queria voltar para a Novitex?”Assim que Miguel desligou o telefone, Mavis foi em direção à sala de estar. Ela colocou um sorriso doce no rosto e chamou: - Miguel, eu vim te ver. Miguel abaixou o celular e sorriu com gentileza. - Você voltou tão rápido do hospital?Mavis se sentou ao lado de Miguel. - O Breno está na sala estéril, então não posso vê-lo. Depois de perguntar sobre a situação dele, eu voltei. - Como ele está? - Miguel perguntou.- Ele está bem. - Mavis mudou de assunto. - Miguel, você não quer voltar para a Novitex? Miguel pensou, por um momento, antes de responder:- Eu quero, mas acho que tem alguém que não me receberia bem. - Miguel, você está sendo muito passivo. - Disse Mavis. - A empresa é sua, William só está ocupando o seu lugar. Miguel apoiou a cabeça com uma mão. - Pelo tom da sua voz, parece que você tem uma ideia para fazer ele me aceitar de volta na empresa.Mavis se inclinou em seu peito.
- Liliane. - William murmurou, movendo levemente os lábios. - Quando você vai acordar? Breno ainda está esperando por você... Depois de dizer isso, William engoliu em seco, se lembrando dos outros dois filhos. Seus olhos suavizaram um pouco. - Ian... Ian e Alice também estão esperando você voltar para casa.Enquanto falava, William pegou um cotonete, molhou-o com água e começou a passar nos lábios secos de Liliane.- Eu não vou mais duvidar de você. Vou ouvir todas as suas explicações. - A voz de William começou a embargar. - Só quero que você acorde. Eu já sei que estava errado, que tudo foi minha culpa. Foi meu medo de perder você que me levou a desconfiar de tudo. Quando pensei que você e Eduardo iam se casar, me senti tão mal que acabei dizendo que não ia mais te incomodar. Podemos voltar a ser como antes? Eu te darei tudo, só quero que você fique ao meu lado… Lágrimas quentes caíram de seus olhos, pingando nas mãos de Liliane. De repente, os dedos de Liliane se moveram levemente,
Ao mesmo tempo. Eduardo estava no hotel conversando com João e Rebeca sobre assuntos da empresa.A ligação de Ian interrompeu a conversa deles.Eduardo franziu o cenho e atendeu o telefone. - Ian? O que aconteceu? Por que está ligando a essa hora? João e Rebeca trocaram um olhar surpreso. Ambos expressaram alegria nos olhos.Sentindo os olhares deles, Eduardo, resignado, ativou o viva-voz.- Tio, queremos ir ver a mamãe. - A voz jovem e calma de Ian veio do celular.- A viagem é longa demais... - A gente tem a Dora, tio! - Alice interrompeu Eduardo.- Vocês estão acordados a essa hora por causa disso? Sua mãe está bem... - Eduardo não conseguiu sorrir.- Se ela está bem, por que ela não nos ligou? - Alice perguntou.- Ela ainda não acordou. - Eduardo suspirou.- Então você está nos enganando, tio! - Alice desmascarou, sem cerimônia.Eduardo ficou sem palavras, apenas disse: - Tudo bem, se vocês querem vir, venham. Vou buscar vocês no aeroporto. - Tá! - Alice disse. - Dora já está
Rebeca ainda queria perguntar mais, mas Eduardo interrompeu: - Vamos entrar no carro primeiro?Todos concordaram e seguiram Eduardo até o carro em direção ao hospital.No caminho, Eduardo explicou: - Alice e Ian, o pai de vocês também está no hospital, mas não podemos esquecer a promessa que fizemos à sua mamãe de manter segredo. - Eu sei, não posso chamar ele de pai. - Os olhos de Alice caíram, com uma expressão triste. - Eu não vou contar nada. - Ian disse.- Ele já sabe que eu sou seu tio. Se ele perguntar se vocês são filhos dele, o que vocês vão dizer? - Eduardo ainda estava preocupado.- Papai já sabe? Então ele vai nos reconhecer? - Alice arregalou os olhos.- Boba! - Ian bateu de leve na cabeça de Alice. - Já dissemos que não podemos falar sobre isso! Se ele perguntar, dizemos que não sabemos! Alice, se sentindo injustiçada, segurou a cabeça.Antes que pudesse reclamar, Rebeca pegou ela no colo, perguntando com carinho: - Alice, você se importa se eu te segurar?Alice bal
Essas eram exatamente as palavras que William queria dizer, mas ele não conseguiu pronunciar uma única palavra, porque não sabia como interagir com eles. Afinal, ele ainda não tinha sido reconhecido como pai das crianças.Alice segurou com força a mão de Liliane e chorou: - Mamãe, eu e Ian estamos aqui, acorda logo.Rebeca não aguentou ver aquela cena. Ela tirou um lenço da bolsa e se aproximou para limpar as lágrimas de Alice e Ian.- Não chorem, queridos. Vocês devem estar com fome depois de viajarem tão rápido para cá. Vamos comer alguma coisa gostosa, tá bom?Alice, soluçando, perguntou: - Mamãe vai acordar, né?- Sim, com certeza. Há muita gente esperando por ela. - Rebeca respondeu.Alice assentiu vigorosamente. Ian olhou para William, cujos olhos estavam vermelhos de cansaço, e perguntou:- Você tem ficado com a mamãe todo esse tempo?De repente ser questionado fez William sentir uma espécie de surpresa agradável, especialmente agora que sabia que essas crianças provavelmente
- Você acha que isso vai adiantar? - William perguntou friamente a Marcela.- Cala a boca! - Marcela, insatisfeita, interrompeu William. - Por que você não tenta, então? - William estava prestes a retrucar, mas Marcela continuou. - Agora não estamos no trabalho, não precisa me tratar como se eu fosse sua empregada. Eu conheço a Lili melhor do que você!William olhou com uma expressão sombria para ela. - Melhor você conseguir acordar ela!Marcela fez um beicinho e depois se voltou para Liliane. - Liliane, se você não acordar, seus três filhos vão virar crianças abandonadas!William sentiu uma veia pulsar na têmpora. Será que Marcela estava ignorando ele completamente?- Lili, você quer mesmo que Ian, Alice e Breno fiquem sem comer e dormir, preocupados com você? - Continuou Marcela.Mal Marcela terminou as palavras, Liliane mexeu os olhos. William e Marcela prenderam a respiração, observando atentamente.Finalmente, sob a máscara de oxigênio, Liliane moveu os lábios. Com grande esfor
Jason não conhecia Vinícius, mas Vinícius já tinha visto fotos de Jason. Ao vê-la, Vinícius chamou:- Jason?Jason, que estava com alguns documentos, se virou e olhou Vinícius de cima a baixo.- Quem é você?Vinícius se aproximou e explicou:- Sou amigo do William e fui eu que pedi para você ajudar a Marcela a desenhar umas roupas. Meu nome é Vinícius.Jason finalmente entendeu.- Ah, é você! O que você quer?- Você veio procurar William?Jason ergueu os documentos e disse:- Tem alguns detalhes nos novos esboços que quero que ele discuta com o departamento de design. Durante a criação dos modelos, precisamos estar atentos a alguns pontos...- William não está aqui. Você não ligou para ele?- Você acredita se eu disser que não tenho nenhum contato dele salvo? - Jason sorriu.Vinícius ficou sem palavras. Quem acreditaria nisso? Mas ele sabia que qualquer coisa relacionada a amostras passava pela Marcela. Isso poderia ser a desculpa perfeita para encontrá-la!- Se você confiar em mim, po