- Não dá. - Mavis ergueu com orgulho o queixo. - Encontrar algo que cutuca você é algo que eu não posso deixar passar facilmente. Mas Liliane, como é possível que você não consiga cuidar de uma criança. Imagine de duas? Será que daqui a pouco serão três em apuros? Assim que ouviu a ameaça aos seus filhos, Liliane perdeu o controle.- Você só fala merda? Quem te deu o direito de amaldiçoar meus filhos?! - Eu não amaldiçoei ninguém. - Mavis deu de ombros. - É só a verdade. Hoje eu vim à empresa, foi azar o meu esbarrar em você. Então, achei que era minha obrigação te lembrar, já que você, como mãe, parece sempre tão descuidada. Sua filha teve sorte dessa vez, senão estaria chorando todos os dias sem conseguir seguir em frente depois de ser estuprada... Mal Mavis terminou de falar, Liliane se aproximou rapidamente e deu um tapa forte no rosto dela.Mavis teve a cabeça jogada para o lado pelo impacto. Ela olhou incrédula para Liliane, cobrindo o rosto. - Você me bateu de novo?!- Eu nu
- Você não poderia ter ligado para mim de um lugar seguro? - William questionou com raiva. Depois, ele controlou suas emoções e perguntou friamente. - O que você quer? Liliane ficou sem palavras diante da súbita mudança de humor dele.- Onde está Breno? - Ela lembrou da pergunta que queria fazer. - O celular dele está com você? - Por que você precisa falar com ele? - Os olhos de William piscaram rapidamente. Liliane percebeu a mudança de humor de William e franziu a testa, perguntando: - Você está escondendo algo de mim?- Não! O que é?- Você pode deixar Breno falar comigo? - Não posso! - William recusou imediatamente.Naquele momento, Liliane não tinha como ficar com raiva de William. Ele havia salvado Alice e agora tinha salvado ela também. Ela teve que abaixar a voz e implorar: - Por favor, me dê a chance de falar com Breno. Sinto muito falta dele. Ao ver os olhos de Liliane começarem a se encher de lágrimas, o coração de William amoleceu de repente. Breno já havia terminado
Mal desceu do carro, Liliane viu Alice, com uma expressão séria, agachada no quintal, segurando firme.Ao lado dela estava Dora, com o celular na mão, parecendo calcular o tempo.Liliane não se aproximou, apenas se encostou no capô do carro, acompanhando em silêncio Alice.Depois de cerca de três minutos, Alice não aguentou mais e se sentou no gramado.- Se levante! - Dora largou o celular imediatamente e repreendeu com seriedade. - Hora de começar os agachamentos! Alice apertou os lábios e se levantou, começando a fazer os agachamentos conforme as instruções de Dora.Liliane sentiu o coração doer ao ver aquilo, querendo intervir, mas assim que deu dois passos à frente, Dora olhou para ela e balançou a cabeça, pedindo para ela não interferir.Sem ter coragem de continuar assistindo, Liliane teve que entrar na mansão.Pouco tempo depois, Kerry chegou.Ele trocou os sapatos na entrada e chamou por Liliane: - G! Liliane respondeu da sala: - Estou aqui. Kerry terminou de trocar os sap
- Encontrar uns amigos! - Beatriz deixou escapar antes de se vestir e sair do quarto.Mal saiu, se deparou com Mavis saindo do quarto.Beatriz lançou a ela um olhar de relance e seguiu em direção às escadas.- Beatriz, obrigada pela ajuda antes. - Mavis falou atrás de Beatriz.Essa frase foi ouvida por Rebeca, que saiu do quarto.Rebeca franziu a testa, parou na porta e ouviu o que estava acontecendo lá fora.- Me usou e agora quer me agradar? Mavis, seus agradecimentos são repugnantes demais! - Beatriz se virou. - Como pode dizer isso? Se não fosse por você, eu não conseguiria me aproximar de William agora. - Mavis foi em direção a Beatriz.- Estou te avisando para não tentar jogar nos dois times! - Beatriz estava com os dentes cerrados de raiva. - Não seja repugnante na frente de William! - Olha só para você, tão desesperada. O que é? Você ainda quer me denunciar? Acha que William acreditaria em você? - Mavis cruzou os braços. - Você! - O rosto de Beatriz ficou vermelho.- Você ac
- Os funcionários da minha fábrica são dedicados ao trabalho, não tem muito a ver comigo. - Disse Liliane.- Não precisa ser tão modesta, Sra. Liliane. - Rebeca disse. - Vou contatar algumas pessoas para transportar as roupas. - Sra. Rebeca. - Liliane interrompeu. - Também comprei muitos suprimentos. Eu gostaria de entregar pessoalmente essas roupas. - Você vai realmente até a Serra da Esperança pessoalmente? - Rebeca ficou surpresa. Liliane assentiu. - Sim, já organizei um voo fretado pela companhia aérea e também informarei a mídia. Isso é uma cooperação entre nós duas. - Isso não pode ser! - Rebeca ficou agitada. - As estradas da montanha são muito perigosas! Você não pode ir! Liliane olhou surpresa para Rebeca. A relação entre elas não era tão próxima, por que Rebeca estava tão agitada?Vendo que Liliane não dizia nada, Rebeca percebeu que talvez tivesse sido um pouco excessiva. Ela se acalmou e mudou de tom: - Sr. Liliane, as estradas na montanha são muito irregulares e o t
Na frente da mansão. Kerry ajudou Liliane com a bagagem enquanto perguntava: - Os pequenos já estão dormindo? Liliane assentiu. - Sim, vamos direto para o aeroporto. Todo o preparativo já está feito? - Sim. - Kerry colocou a bagagem de Liliane no porta-malas. - Estamos prontos para partir.- A notícia da colaboração com a Sra. Rebeca já foi divulgada para a imprensa? - Perguntou Liliane, abrindo a porta do carro.Kerry assentiu várias vezes. - Você já perguntou isso umas mil vezes. Pode ficar tranquila, já cuidei disso. Liliane não conseguia se acalmar. Era a primeira vez que ela participava de um projeto de caridade, ainda por cima era uma colaboração. Não podia dar errado de jeito nenhum.Uma hora depois.Liliane e Kerry chegaram ao aeroporto. Os funcionários já tinham carregado toda a carga no porão do avião. Após conferir a quantidade, eles embarcaram no avião e se prepararam para partir.No Jardim Azul.Depois de Jorge informar William sobre a iniciativa de caridade do Gr
Ian pegou o bilhete e leu. “Alice, mamãe sabe que você está passando por uma situação difícil. Mas você é a criança mais corajosa que existe, passou por uma aventura que poucos experimentam na vida. Espero que quando eu voltar, veja você tão brincalhona e travessa como sempre.” Quando Ian terminou, Alice abraçou com força o bilhete, chorando sem parar.- Ian, prometo que não vou mais fazer mamãe se preocupar, nunca mais. - Sim, você é a mais valente! - Ian assentiu. Ao amanhecer. Liliane e Kerry chegaram à Cidade D, depois de colocar todas as coisas no carro, partiram para o Município de Serenidade.Ao entrarem no carro, Liliane ligou imediatamente para as crianças.Logo, as crianças atenderam, a voz ofegante de Ian e Alice vindo juntas. - Mamãe, você já desembarcou? Ouvindo a voz diferente de Alice, Liliane sorriu.- O que vocês dois estão fazendo? Correndo?- Sim, mamãe! - Alice respondeu rapidamente. - Estamos correndo com Dora! Liliane sentiu um peso sendo retirado de seu c
- Kerry. - Chamou Liliane. - O que está acontecendo?- G, está chovendo. O motorista disse que é muito perigoso. Como está a situação do seu lado? - Diga ao seu motorista para dirigir com cuidado. Estamos a apenas uma hora e meia de distância. Aguente firme, não podemos parar aqui. - Liliane tentou tranquilizar. - Estou bem! - Respondeu Kerry. - Mas e você? Está com medo? - Não se preocupe comigo, estou bem. - Entendi. - Kerry estava prestes a desligar, quando o motorista ao lado gritou.- Oh não! - O motorista olhou apavorado para frente. - A chuva é muito forte, houve um deslizamento de terra! Kerry seguiu o olhar do motorista e viu terra escorrendo da montanha à frente.Logo depois, um grito agudo foi emitido do celular de Liliane.Kerry correu para o celular e gritou: - G! Houve um deslizamento de terra! Muita terra está descendo! Mal acabou de falar, um estrondo abafado soou de repente.Kerry seguiu o som e viu uma pedra de mais de meio metro de altura rolando em sua direçã