Ian pegou o bilhete e leu. “Alice, mamãe sabe que você está passando por uma situação difícil. Mas você é a criança mais corajosa que existe, passou por uma aventura que poucos experimentam na vida. Espero que quando eu voltar, veja você tão brincalhona e travessa como sempre.” Quando Ian terminou, Alice abraçou com força o bilhete, chorando sem parar.- Ian, prometo que não vou mais fazer mamãe se preocupar, nunca mais. - Sim, você é a mais valente! - Ian assentiu. Ao amanhecer. Liliane e Kerry chegaram à Cidade D, depois de colocar todas as coisas no carro, partiram para o Município de Serenidade.Ao entrarem no carro, Liliane ligou imediatamente para as crianças.Logo, as crianças atenderam, a voz ofegante de Ian e Alice vindo juntas. - Mamãe, você já desembarcou? Ouvindo a voz diferente de Alice, Liliane sorriu.- O que vocês dois estão fazendo? Correndo?- Sim, mamãe! - Alice respondeu rapidamente. - Estamos correndo com Dora! Liliane sentiu um peso sendo retirado de seu c
- Kerry. - Chamou Liliane. - O que está acontecendo?- G, está chovendo. O motorista disse que é muito perigoso. Como está a situação do seu lado? - Diga ao seu motorista para dirigir com cuidado. Estamos a apenas uma hora e meia de distância. Aguente firme, não podemos parar aqui. - Liliane tentou tranquilizar. - Estou bem! - Respondeu Kerry. - Mas e você? Está com medo? - Não se preocupe comigo, estou bem. - Entendi. - Kerry estava prestes a desligar, quando o motorista ao lado gritou.- Oh não! - O motorista olhou apavorado para frente. - A chuva é muito forte, houve um deslizamento de terra! Kerry seguiu o olhar do motorista e viu terra escorrendo da montanha à frente.Logo depois, um grito agudo foi emitido do celular de Liliane.Kerry correu para o celular e gritou: - G! Houve um deslizamento de terra! Muita terra está descendo! Mal acabou de falar, um estrondo abafado soou de repente.Kerry seguiu o som e viu uma pedra de mais de meio metro de altura rolando em sua direçã
Depois de desligar o telefone, Eduardo rapidamente contatou um helicóptero.No Município de Serenidade.Liliane foi levada para o hospital pela equipe de resgate.Kerry correu atrás da maca até a porta da sala de emergência.- Parente do paciente, por favor, aguarde! Uma enfermeira se virou e impediu Kerry de entrar.Kerry agarrou desesperadamente a mão da enfermeira. - Por favor, vocês têm que salvar ela, têm que salvar ela!- Faremos o nosso melhor, por favor, mantenha a calma! Depois de dizer isso, a enfermeira se libertou e entrou na sala de emergência.A porta foi fechada, Kerry, com as mãos manchadas de sangue de Liliane, agarrou os cabelos. Ele deveria ter impedido Liliane de ir pessoalmente entregar os suprimentos! Por que ele não foi mais firme naquela hora? Se algo acontecesse com Liliane, ele nunca se perdoaria!Enquanto pensava nisso, o celular em seu bolso começou a tocar.Tremendo, Kerry tirou o celular do bolso e olhou para a tela de chamadas.Ao ver que era Marcela q
- Sr. William, a Lili é... - Por que você está se preocupando com a relação entre Liliane e Eduardo agora? - A voz rouca de Kerry interrompeu Marcela, antes que ela pudesse continuar. Ele encarou William com raiva, gritando. - Liliane está deitada lá dentro em estado crítico e você está aqui se importando com essas coisas irrelevantes! O comportamento do Eduardo não é evidente o suficiente? A doação de sangue só pode ser entre irmãos, não é?Marcela correu para frente e cobriu a boca de Kerry. - O que você está dizendo?Kerry arrancou sua mão e continuou:- Eu não estou inventando! Liliane é a irmã biológica de Eduardo! Marcela sentiu uma dor de cabeça. Por que Kerry sempre revelava tudo quando ficava irritado? Ela se virou e olhou para William, que estava parado ali, parecendo incrédulo. Com cautela, ela disse:- Sr. William, agora que você sabe o que queria saber, há mais alguma pergunta? William engoliu em seco duas vezes, seus olhos se escureceram. - Por que ela me escondeu is
Eduardo sentia um pouco de tontura e fraqueza. Marcela se sentou ao lado de sua cama, dizendo:- Eduardo, William sabe sobre você e a Lili. - Não importa, ele acabaria sabendo mais cedo ou mais tarde. - Eduardo soltou um sorriso amargo. - E a identidade das crianças? - Perguntou Marcela.- Quando a Lili acordar, deixa ela contar a ele. - Eduardo suspirou. - Isso foi Kerry que contou a ele, não foi?- Mesmo que Kerry não falasse, William perceberia por si só. - Marcela assentiu.- Ele estava lá para acompanhar ela, não é? - Eduardo concordou e fechou suavemente os olhos. - Sim, Eduardo, você vai mandar ele embora? - Marcela assentiu. - Não precisa. - Disse Eduardo. - Deixe ele decidir por si mesmo e ter mais alguém para cuidar da Lili é uma coisa boa agora. - Vou pedir ao médico para te dar alguns suplementos. - Tá, obrigado.Do outro lado.William pagou a taxa e foi para a UTI.Kerry lançou um olhar frio para ele. - Liliane agora está sob seus cuidados. Eu tenho outras coisas pa
- Não há de quê. - O policial disse. - Por favor, qual é a sua relação com a vítima?William ficou em silêncio por um momento antes de dizer:- Eu sou o pai do filho dela. Depois de dizer isso, William ironizou consigo mesmo. Além disso, ele não sabia como mais se apresentar.O policial continuou: - Tudo bem. Por que a vítima veio para cá? ...Mansão Baía.Ian e Alice estavam nervosos enquanto olhavam as notícias no celular.Alice estava com o nariz vermelho de tanto chorar. - O que vamos fazer? Como está a mãe agora? - Eu não sei. - Ian estava pálido. - Vou ligar para o tio e perguntar. Alice assentiu com força, observando Ian fazer a ligação.Demorou um pouco para Eduardo atender o telefone. A voz cansada e rouca dele veio do outro lado. - Ian. - Tio, onde você está? - Ian perguntou ansiosamente.Eduardo já esperava que as crianças ligassem para perguntar. Ele respondeu diretamente: - Estou no hospital do Município de Serenidade. - Como está minha mãe? Ela se machucou? .-
Dora coçou a cabeça, rindo de forma constrangida. - Eu só queria ser preguiçosa e pedir para o papai Carlos de vocês trazer as bebidas junto. Ian e Alice concordaram e subiram as escadas.Carlos ficou para trás e seguiu Dora até a cozinha.Dora franziu a testa para ele e disse diretamente: - Sr. Carlos, suas palavras assustaram as crianças.- Que palavras? - Carlos ergueu os olhos para Dora, indiferente.- Período crítico! Carlos começou a despejar o leite sem pressa enquanto disse:- Acho que estou apenas dizendo a verdade. - É verdade, mas dizer isso vai deixar eles preocupados e sem dormir à noite! - Dora disse com agitação.Carlos virou a cabeça para olhar para Dora. - Todo mundo deve enfrentar a realidade, inclusive as crianças. Elas não podem viver em uma bolha para sempre. Dora ficou sem palavras. Ela achava que esse tipo de conversa não deveria ser para as crianças. Mesmo que descobrissem mais tarde, seria melhor do que ficarem esperando ansiosamente por notícias o tempo
- Como assim? - Mavis resmungou enquanto se sentava ao lado de Gilberto, segurando o braço dele. - Se eu não vier te ver, você vai ficar muito sozinho. Meu tio está ocupado com a empresa e minha tia está cuidando de todas as coisas da casa. Beatriz deve estar namorando, né? Ela nem arranja tempo para vir te ver. - Com isso, Mavis suspirou fundo e acrescentou. - Vovô, eu realmente me preocupo com você. Será que ficar velho significa ter que aguentar a solidão? A expressão de Gilberto foi ficando cada vez mais sombria.Durante o tempo em que ele estava no hospital, quantas vezes aquelas pessoas foram visitar ele?Gilberto não conseguiu se segurar e perguntou: - Onde está seu irmão? Já faz alguns dias que ele não aparece! Mavis levantou a cabeça fingindo surpresa. - Vovô, você não sabe? Liliane quase foi morta por uma pedra. Gilberto ficou atônito e perguntou furioso: - Ele foi procurar aquela vagabunda? Mavis imediatamente cobriu a boca, fingindo pânico e dizendo:- Vovô, eu não s