- Sr. William, a Lili é... - Por que você está se preocupando com a relação entre Liliane e Eduardo agora? - A voz rouca de Kerry interrompeu Marcela, antes que ela pudesse continuar. Ele encarou William com raiva, gritando. - Liliane está deitada lá dentro em estado crítico e você está aqui se importando com essas coisas irrelevantes! O comportamento do Eduardo não é evidente o suficiente? A doação de sangue só pode ser entre irmãos, não é?Marcela correu para frente e cobriu a boca de Kerry. - O que você está dizendo?Kerry arrancou sua mão e continuou:- Eu não estou inventando! Liliane é a irmã biológica de Eduardo! Marcela sentiu uma dor de cabeça. Por que Kerry sempre revelava tudo quando ficava irritado? Ela se virou e olhou para William, que estava parado ali, parecendo incrédulo. Com cautela, ela disse:- Sr. William, agora que você sabe o que queria saber, há mais alguma pergunta? William engoliu em seco duas vezes, seus olhos se escureceram. - Por que ela me escondeu is
Eduardo sentia um pouco de tontura e fraqueza. Marcela se sentou ao lado de sua cama, dizendo:- Eduardo, William sabe sobre você e a Lili. - Não importa, ele acabaria sabendo mais cedo ou mais tarde. - Eduardo soltou um sorriso amargo. - E a identidade das crianças? - Perguntou Marcela.- Quando a Lili acordar, deixa ela contar a ele. - Eduardo suspirou. - Isso foi Kerry que contou a ele, não foi?- Mesmo que Kerry não falasse, William perceberia por si só. - Marcela assentiu.- Ele estava lá para acompanhar ela, não é? - Eduardo concordou e fechou suavemente os olhos. - Sim, Eduardo, você vai mandar ele embora? - Marcela assentiu. - Não precisa. - Disse Eduardo. - Deixe ele decidir por si mesmo e ter mais alguém para cuidar da Lili é uma coisa boa agora. - Vou pedir ao médico para te dar alguns suplementos. - Tá, obrigado.Do outro lado.William pagou a taxa e foi para a UTI.Kerry lançou um olhar frio para ele. - Liliane agora está sob seus cuidados. Eu tenho outras coisas pa
- Não há de quê. - O policial disse. - Por favor, qual é a sua relação com a vítima?William ficou em silêncio por um momento antes de dizer:- Eu sou o pai do filho dela. Depois de dizer isso, William ironizou consigo mesmo. Além disso, ele não sabia como mais se apresentar.O policial continuou: - Tudo bem. Por que a vítima veio para cá? ...Mansão Baía.Ian e Alice estavam nervosos enquanto olhavam as notícias no celular.Alice estava com o nariz vermelho de tanto chorar. - O que vamos fazer? Como está a mãe agora? - Eu não sei. - Ian estava pálido. - Vou ligar para o tio e perguntar. Alice assentiu com força, observando Ian fazer a ligação.Demorou um pouco para Eduardo atender o telefone. A voz cansada e rouca dele veio do outro lado. - Ian. - Tio, onde você está? - Ian perguntou ansiosamente.Eduardo já esperava que as crianças ligassem para perguntar. Ele respondeu diretamente: - Estou no hospital do Município de Serenidade. - Como está minha mãe? Ela se machucou? .-
Dora coçou a cabeça, rindo de forma constrangida. - Eu só queria ser preguiçosa e pedir para o papai Carlos de vocês trazer as bebidas junto. Ian e Alice concordaram e subiram as escadas.Carlos ficou para trás e seguiu Dora até a cozinha.Dora franziu a testa para ele e disse diretamente: - Sr. Carlos, suas palavras assustaram as crianças.- Que palavras? - Carlos ergueu os olhos para Dora, indiferente.- Período crítico! Carlos começou a despejar o leite sem pressa enquanto disse:- Acho que estou apenas dizendo a verdade. - É verdade, mas dizer isso vai deixar eles preocupados e sem dormir à noite! - Dora disse com agitação.Carlos virou a cabeça para olhar para Dora. - Todo mundo deve enfrentar a realidade, inclusive as crianças. Elas não podem viver em uma bolha para sempre. Dora ficou sem palavras. Ela achava que esse tipo de conversa não deveria ser para as crianças. Mesmo que descobrissem mais tarde, seria melhor do que ficarem esperando ansiosamente por notícias o tempo
- Como assim? - Mavis resmungou enquanto se sentava ao lado de Gilberto, segurando o braço dele. - Se eu não vier te ver, você vai ficar muito sozinho. Meu tio está ocupado com a empresa e minha tia está cuidando de todas as coisas da casa. Beatriz deve estar namorando, né? Ela nem arranja tempo para vir te ver. - Com isso, Mavis suspirou fundo e acrescentou. - Vovô, eu realmente me preocupo com você. Será que ficar velho significa ter que aguentar a solidão? A expressão de Gilberto foi ficando cada vez mais sombria.Durante o tempo em que ele estava no hospital, quantas vezes aquelas pessoas foram visitar ele?Gilberto não conseguiu se segurar e perguntou: - Onde está seu irmão? Já faz alguns dias que ele não aparece! Mavis levantou a cabeça fingindo surpresa. - Vovô, você não sabe? Liliane quase foi morta por uma pedra. Gilberto ficou atônito e perguntou furioso: - Ele foi procurar aquela vagabunda? Mavis imediatamente cobriu a boca, fingindo pânico e dizendo:- Vovô, eu não s
A declaração de Eduardo deixou João sem palavras por um bom tempo.Na manhã seguinte, o médico foi examinar Liliane. William, que não tinha dormido a noite inteira, observava atentamente cada movimento do médico.Quando o médico saiu, William rapidamente perguntou: - Como ela está? O médico tirou a máscara e respondeu:- Ela já saiu do período crítico, agora é só esperar para ver quando vai acordar.- Quando ela pode ser transferida para um quarto comum? - William perguntou de novo.- Ela ainda precisa ser observada, mas no máximo até amanhã à tarde já poderá ser transferida. - Se precisar ser transferida para outro hospital, quando seria possível? Não era que ele não confiasse na habilidade do hospital da cidade, mas ele se sentiria mais seguro em seu próprio hospital.- Isso só depois que ela acordar. Você está com muita pressa para ir embora? Aqui também temos acompanhantes. - Disse o médico.- Não precisa de acompanhante. - William franziu a testa. - Eu mesmo vou cuidar dela.
Rebeca tinha uma expressão preocupada no rosto. - Sim, Eduardo nos contou, mas a Lili ainda não sabe disso. João não disfarçava sua antipatia por William. Seus olhos mostravam claramente a irritação. - Sr. William, se está tão ocupado, deveria voltar para a Serafim. Já somos suficientes para cuidar da Lili.William olhou para ele. - Não vou sair daqui. Enquanto Liliane não acordar, eu não vou embora.- De que adianta você ficar aqui? - João falou com raiva. - Mesmo que a Lili acorde, ela pode não querer te ver!Rebeca puxou João pelo braço. - João, o que você está dizendo? - Não estou dizendo nada errado! - Disse João. - Ele sabe muito bem o que fez com a Lili! João não temia o poder de William. Para ele, Liliane era sua sobrinha e ele não suportava a ideia de ela ter sido mantida como amante de um homem.William ficou em silêncio, sem responder às acusações de João.- João. - Rebeca disse, com os olhos marejados. - Estamos aqui para ver a Lili. Com o rosto sombrio, João contin
Mavis trocava de sapatos, enquanto pensava: “Será que Miguel queria voltar para a Novitex?”Assim que Miguel desligou o telefone, Mavis foi em direção à sala de estar. Ela colocou um sorriso doce no rosto e chamou: - Miguel, eu vim te ver. Miguel abaixou o celular e sorriu com gentileza. - Você voltou tão rápido do hospital?Mavis se sentou ao lado de Miguel. - O Breno está na sala estéril, então não posso vê-lo. Depois de perguntar sobre a situação dele, eu voltei. - Como ele está? - Miguel perguntou.- Ele está bem. - Mavis mudou de assunto. - Miguel, você não quer voltar para a Novitex? Miguel pensou, por um momento, antes de responder:- Eu quero, mas acho que tem alguém que não me receberia bem. - Miguel, você está sendo muito passivo. - Disse Mavis. - A empresa é sua, William só está ocupando o seu lugar. Miguel apoiou a cabeça com uma mão. - Pelo tom da sua voz, parece que você tem uma ideia para fazer ele me aceitar de volta na empresa.Mavis se inclinou em seu peito.