- Você ainda se lembra do Enzo, certo? William ficou em silêncio, por um momento, antes de perguntar: - Quem? - O segurança que esteve ao seu lado por vários anos, você demitiu ele há cinco anos, ele se chama Enzo! Não me diga que você esqueceu! - Explicou Liliane.- Não tenho ideia. - William respondeu. - Se você tem algo importante a dizer, diga logo. Não tenho tempo para discutir sobre pessoas irrelevantes com você. Liliane deu um sorriso irônico. - Você está evitando algo? - O que eu precisaria evitar? - William perguntou confuso.- Então não foi você quem mandou Enzo bater no Carlos? - Liliane perguntou diretamente.A expressão de William ficou sombria num instante.- Onde você está? - Você acha que eu iria querer te ver? - Se quiser saber sobre isso, podemos conversar pessoalmente, caso contrário, não me incomode! - William disse, então desligou o telefone.Liliane olhou para a tela do celular, frustrada por não conseguir dizer o que queria. O que ele quis dizer com iss
- Eu não te conheço, mas você deve saber bem como eu penso! Você ataca as pessoas ao meu redor, então eu naturalmente penso que você não é alguém descuidado! - Disse Liliane.- Você insiste em me considerar como uma pessoa má? - William estava enfurecido. - Só acredito no que vejo! - Liliane retrucou.William ficou paralisado por um momento. Era como se ele mesmo tivesse dito essas palavras para ela.A raiva dele diminuiu ao poucos.- A situação com minha mãe foi resultado do meu impulso. Essa revelação surpreendeu Liliane. Ela sentiu uma leve coceira nos olhos. Mas qual era o propósito de falar sobre isso agora?Liliane mudou de assunto:- William, só quero saber se você está agindo assim com as pessoas ao meu redor como uma forma de se vingar de mim. - O que eu ganharia com isso? - Perguntou William. - Lucro ou a satisfação psicológica? Para mim, se eu quisesse me vingar, faria isso de uma forma mais direta e eficaz. As palavras de William fizeram Liliane ponderar.Não havia co
- Não é isso... - Negou Liliane.- Por que não é? - Disse Marcela. - Contratar um ex-guarda-costas demitido para lidar com Carlos, isso não parece uma maneira conveniente de se livrar da culpa?Liliane franziu a testa, explicando:- Marcela, pelo caráter de William, ele não se rebaixaria a esse tipo de comportamento astuto e desonesto. Além disso, ele parece estar muito ocupado e cansado ultimamente.- Você já falou isso diretamente com ele? - Perguntou Marcela.- Sim. - Liliane falou sem rodeios. - Antes, eu não estava tão calma. A situação com Lucinda também não deve ter sido causada pelo William.- Quando você menciona isso, tenho pensado sobre isso nos últimos dias! William gastou uma fortuna para contratar uma equipe médica e depois fez com que eles falhassem de propósito na cirurgia. Realmente não faz sentido. Se ele quisesse prejudicar alguém, não precisaria causar problemas a si mesmo, como no caso de Lucinda, em outro hospital, não é? Isso não te faz suspeitar. - Sim, fui imp
Liliane colocou seus chinelos enquanto respondeu:- Terminei tudo. Por que vocês ainda não estão dormindo? Kerry se apoiou na parede, dizendo: - Amanhã é sábado, esqueceu? Liliane segurou as mãos dos pequenos e os levou para a sala, se sentando no sofá. - Realmente esqueci. Alguém pode me trazer um copo d'água? - Eu vou. - Ian se levantou rapidamente. Em pouco tempo, ele trouxe um copo de suco para Liliane.- Obrigada, querido. - Liliane pegou o copo e tomou um grande gole.Kerry se aproximou e tirou o copo das mãos dela. - Você não tem modos de beber, assim vai se engasgar. - Estava com muita sede. - Liliane pegou o copo de volta. - Carlos sofreu um acidente de carro, então fiquei indo e vindo entre a delegacia e o hospital.- Acidente de carro?! - Ao ouvir as palavras de Liliane, os dois pequenos e Kerry expressaram surpresa ao mesmo tempo.- Sim, mas Carlos teve sorte. Mesmo virando o carro, só teve uma concussão. - Liliane sorriu resignada. Kerry se sentou ao lado de Lilia
Marcela estava confusa, perguntando: - Minha cabeça não está acompanhando. O que você quer dizer com “também estão mirando nele”? Liliane explicou com calma: - Desde a morte de Marta, William tem sofrido, me questionando. Depois veio a morte de Lucinda, e fui eu quem sofreu, questionando William. Agora é o caso do Carlos. - Isso me assusta um pouco. - Disse Marcela. - Será que alguém está instigando conflitos entre vocês nas sombras? - Não tenho certeza. - Respondeu Liliane, se mantendo completamente calma. - Talvez eu esteja pensando demais nisso. Vamos investigar primeiro. - Está bem, então me dê mais um tempo. - Disse Marcela.- Tá bom. Hospital Santa Cruz.William chegou ao quarto com uma tigela de canja preparada pela babá. Vinícius passou a noite toda sem dormir e, quando viu William, parecia tão exausto quanto um panda.- William. - Disse Vinícius, se levantando sem entusiasmo. - Agora é com você. Preciso voltar para descansar. William colocou a tigela na mesa ao lado da
- O responsável pelo acidente foi encontrado? - Perguntou Eduardo.- Ontem à noite, fui à delegacia... - Liliane estava prestes a responder quando passos foram ouvidos na porta.Todos se viraram para ver a enfermeira empurrando Carlos de volta. As palavras de Liliane ficaram presas na garganta. Ela lançou um olhar para Eduardo, indicando que conversariam mais tarde.Eduardo assentiu levemente e se dirigiu a Carlos. - Como você está agora?Carlos respondeu com um sorriso leve: - Muito melhor. Não era nada sério desde o início. - Trouxe o seu café da manhã. Venha comer um pouco. - Liliane interveio.Carlos empurrou a cadeira de rodas sozinho para dentro. - Acabei de fazer alguns exames e estava prestes a ir para a cantina. Agora não preciso mais. Alice correu até Carlos e olhou para suas pernas cobertas por um cobertor fino. Ela cumprimentou com voz doce:- Papai Carlos. Carlos olhou para Alice. - Sim, Alice, o que foi? - Papai Carlos, se sua cabeça está doendo, por que você está
- Serafim é uma cidade grande afinal, é normal que algumas informações sejam divulgadas através das conexões sociais. - Disse Liliane.Eduardo ainda sentia que algo não estava certo. Afinal, eles tinham instruído que a informação sobre o centenário não fosse divulgada até que uma decisão fosse tomada. Carlos realmente soube sobre isso através das enfermeiras?Eduardo afastou esse pensamento e perguntou: - E sobre o centenário, você tem alguma ideia? - Sim, ainda sobre o assunto da Mavis, eu quero resolver isso durante o centenário. - Disse Liliane. - Não conseguimos nas duas vezes anteriores, não acredito que haverá uma terceira chance. - Tomara. - Suspirou Eduardo. - Tenho que admitir, a sorte da Mavis é boa. - Por mais sorte que ela tenha, os crimes que cometeu serão revelados um dia! - Liliane soltou um sorriso frio. No hospital. Jorge trouxe um documento para William.Vendo Breno dormindo, ele baixou a voz e entregou o documento: - Sr. William, aqui estão os registros de c
- Quer brincar de jogos mentais comigo? - William perguntou friamente ao funcionário.O funcionário respondeu: - Sr. William, por favor, me diga diretamente! William deu um sorriso frio, tirou o celular do bolso e ligou para Jorge. Após a ligação, ele disse: - Encontre alguém para trazer a família dele. Ele então desligou a ligação e olhou para o funcionário, que ainda parecia perplexo, fazendo William franzir levemente as sobrancelhas. Será que o funcionário tinha uma boa resistência psicológica ou realmente não sabia o que estava acontecendo?Trinta minutos depois. Os seguranças trouxeram duas pessoas para o escritório. Ao ver o funcionário amarrado à cadeira, a mulher mais velha e a menina ficaram pálidas num instante.- Dario! - Papai! A mulher mais velha e a menina se aproximaram emocionadas. - Dario, o que você fez de errado? Dario balançou a cabeça, dizendo:- Mãe, eu também não sei o que fiz de errado.A mulher mais velha olhou para o homem sentado na cadeira com uma