Mavis voltou para o carro e lançou um olhar para as câmeras de vigilância perto do portão da escola.Então, ela sorriu de leve e tirou um estojo de maquiagem da bolsa para retocar sua maquiagem. Era um esforço árduo deixar sua presença registrada nas câmeras enquanto implorava para ver seu filho. Depois de terminar de retocar a maquiagem, Mavis se dirigiu ao hospital onde Miguel estava internado.Na Novitex.Vinícius estava de tocaia no estacionamento da empresa de William desde cedo. Por volta das oito e meia, ele finalmente viu o carro de Marcela se aproximando devagar. Vinícius saiu apressado do carro e foi até o carro de Marcela, abrindo a porta e entrando sem cerimônia. Marcela se assustou com a aparição repentina de Vinícius. - Você está louco? - Exclamou Marcela, colocando a mão sobre o peito que batia forte. Vinícius rapidamente tirou uma caixa do bolso. - Marcela, estou aqui para me desculpar! - Disse ele, abrindo a caixa para revelar um bracelete de diamantes diante de
William recuou o olhar. - Com essa boca sua, ainda não conseguiu reconquistar a Marcela? Vinícius balançou a cabeça. - Não, ela é tão temperamental quanto a Liliane, não tolera nenhum erro. William riu com desdém.- Eu não sou tão lamentável quanto você. Vinícius olhou para William com surpresa, como ele ousava dizer isso? Claramente, ele era muito pior que ele! O carro continuou em direção à área de desenvolvimento. Antes de percorrer metade do caminho, o celular de William tocou de repente. Ele pegou o celular e viu que era a ligação do professor de Breno, então ele atendeu. - O que aconteceu? - Perguntou William, com calma.- Sr. William, você pode vir à escola? Breno está com febre alta, agora está na enfermaria. - Disse o professor, em tom urgente. O rosto de William afundou de repente. - Estou indo agora mesmo. - Com isso, ele desligou a chamada e olhou para Jorge. - Jorge, volte para a Escola Nobre de Souza. Vinícius olhou para ele chocado. - O que aconteceu?
Mal desligou a chamada, Breno tossiu forte, cuspindo sangue.O rosto de William ficou visivelmente pálido e suas mãos tremiam.Vinícius nunca tinha visto William tão desorientado antes.Meia hora depois.William chegou ao Hospital Santa Cruz com Breno. Ele correu para a sala de emergência, segurando Breno nos braços e o colocou na maca.Suprimindo suas próprias emoções, William disse com suavidade a Breno: - Eu estarei aqui fora, não tenha medo. Breno ofegava, seu peito pequeno subia e descia rapidamente. - Estou bem, papai, não se preocupe... Os olhos de William se encheram de lágrimas. - Sr. William, vamos cuidar de Breno primeiro. - Disse o médico. Com isso, eles rapidamente empurraram a maca para a sala de emergência.A mão gelada de Breno se soltou da de William, deixando ele com um vazio no peito.Ele sentiu um aperto no peito ao ver Breno sendo levado para dentro da sala de emergência, uma sensação de impotência o dominou por completo.Vinícius se aproximou de William e c
Liliane desligou a chamada e olhou para a sala de cirurgia.Ela não sabia por que, mas sentia um aperto no peito, uma sensação de sufocamento. Como se algo estivesse prestes a acontecer, deixando ela sem ar.Será que estava muito nervosa?Liliane respirou fundo várias vezes, tentando se acalmar enquanto esperava Lucinda sair.O tempo de espera sempre parecia interminável.Quando Carlos chegou, Liliane sentiu como se já tivessem se passado horas.Ele se aproximou rapidamente da cadeira onde Liliane estava sentada.Ao ouvir os passos, Liliane olhou para cima e se levantou, dizendo: - Você chegou. Carlos entregou a xícara de café para Liliane. - É o Frapê Branco que você gosta, pode te ajudar a relaxar. Liliane pegou a xícara. - Obrigada. Carlos e Liliane se sentaram juntos na cadeira.- Quanto tempo eles estão lá dentro? - Ele olhou para a sala de cirurgia, iluminada. Liliane verificou o relógio. - Quase vinte minutos. - Ainda vai demorar um pouco. - Disse Carlos. - A cirurgia c
Vinte minutos depois.Breno foi transferido para o quarto VIP.William e Vinícius acabaram de entrar no quarto, quando ouviram passos apressados do lado de fora.Eles se viraram para ver Guilherme, com uma expressão sombria, acompanhado por alguns seguranças, entrando pela porta.Ao ver Breno deitado na cama com o rosto pálido, Guilherme gritou para William: - Eu confiei meu neto a você e você deixou ele acabar assim? William apertou os lábios, não respondendo às acusações de Guilherme.Mas quando o assunto era a doença de Breno, seu coração doía como se estivesse sendo cortado por uma faca, deixando ele tenso e nervoso.Vinícius não suportou mais, franzindo o cenho. - Sr. Guilherme, não podemos culpar William por isso. Ele também não queria que isso acontecesse! - Isto não é da sua conta! - Respondeu Guilherme, irritado. - Estou questionando esse incompetente! Como ele cuidou do meu neto? William controlou suas emoções e falou friamente: - Se você continuar perturbando Breno com
- Não precisa. - Recusou Liliane, com a voz carregada de ansiedade. - Se Lucinda não sair, eu não saio daqui. Assim que terminou de falar, as luzes da sala de cirurgia se apagaram de repente.Liliane ficou atônita, antes de se apressar até a porta da sala de cirurgia.Carlos seguiu ela de perto.Logo, um médico vestido com roupas cirúrgicas saiu da sala de operações.- Desculpe, Srta. Liliane, a cirurgia foi um fracasso. - Ele olhou desolado para Liliane. Um baque ecoou no coração de Liliane, enquanto uma sensação de inquietação começava a encher seu peito.- O que você quer dizer com fracasso? - Questionou Liliane.O som do leito sendo empurrado ecoou da sala de cirurgia, enquanto o médico se afastava para permitir que a enfermeira empurrasse a maca para fora.No momento em que Lucinda foi trazida para fora, Liliane estava prestes a se aproximar para verificar, quando ouviu o médico lamentar:- Tempo de óbito, às duas horas e vinte e sete minutos. Ao ouvir as palavras do médico, as
- Por quê? Por quê, por quê? - Liliane apertou com força os punhos, deixando as lágrimas embaçarem sua visão, enquanto caíam no chão. - O que eu fiz de errado? Por que eles têm que tirar as pessoas mais próximas de mim? Por quê? - Lili, não é culpa sua... - Carlos se abaixou ao lado dela. Liliane se curvou devagar para frente. - Eu não tive a chance de proporcionar felicidade a Lucinda, não consegui cuidar dela na velhice... Por que não me deram a oportunidade de retribuir o que ela fez por mim? Fui eu que matei Lucinda. Eu causei a morte da minha mãe, Marta foi vítima por minha causa. Eu sou um ímã de desgraças, fazendo as pessoas ao meu redor morrerem uma a uma! - Lili, isso não é culpa sua. Você precisa se manter forte, os seus filhos ainda precisam de você. - Carlos consolou ela com carinho. ...No andar de baixo, quarto VIP.William recebeu uma ligação do médico, que expressou pesar e culpa ao informar William que a cirurgia de Lucinda havia falhado e ela tinha falecido.Ao
Carlos não interveio, quanto Marcela abriu a porta e entrou para encontrar Liliane.Ao ouvir o movimento ao seu redor, Liliane levantou os olhos lentamente e, ao ver Marcela, desviou o olhar de novo. Sua voz estava rouca quando ela disse: - Você veio. Marcela se aproximou de Liliane e, ao ver o corpo de Lucinda, suspirou. - Lili, tente se acalmar. Tenho certeza que Lucinda não gostaria de te ver assim.Liliane se levantou e estendeu a mão para segurar o lençol branco.- A vida de Lucinda foi muito difícil. Perdeu o marido cedo, trabalhou muito para mandar o filho estudar no exterior, mas ele acabou se tornando um filho ingrato. Eu pensei que minha presença ao meu lado faria ela um pouco mais feliz, mas no final, acabei empurrando ela para um abismo sem fim. - Lili... - Marcela olhou preocupada para Liliane. - Não é irônico? - Liliane cobriu o rosto de Lucinda com o lençol branco. - Como assim? - Perguntou Marcela.- Os mais velhos ao meu redor estão morrendo um por um. - Continuo