Com um gesto rápido, Mavis se virou, prestes a perguntar quem era, quando a porta se abriu. A figura de Beatriz surgiu na entrada, franzindo o cenho com desagrado e zombando: - Você está se fazendo de difícil, não é? O vovô te chamou várias vezes e você nem ouviu? O rosto de Mavis mudou num instante, assumindo uma expressão dócil e dizendo:- Desculpe, estava no telefone e não ouvi. O vovô precisa de alguma coisa? - O vovô não pode chamar você se não houver nada? - Grunhiu Beatriz, de leve.Mavis sorriu e deu um passo à frente. - Nada disso, venha, vamos descer e ver o vovô.- Não precisa! - Recusou Beatriz.Ela colocou os braços em volta do peito e se encostou na porta, bloqueando o caminho de Mavis.Mavis olhou para a postura de Beatriz e perguntou com paciência: - Você quer falar comigo sobre alguma coisa? - Sim! - Beatriz olhou para o sofá. - Não vai me convidar para entrar e se sentar? - Entre, por favor. - Disse Mavis, se afastando.Beatriz entrou no quarto e se sentou
- Agora você pode me dizer o que está acontecendo? – Perguntou Beatriz, enquanto se sentou de volta no sofá.- Ajudar Miguel a se livrar da culpa da mãe de William! – Disse Mavis.- Isso é impossível! – Recusou Beatriz de imediato, sem hesitar. – Eu nunca ajudaria você a fazer algo que deixaria William desconfortável!- William iria se casar com você? – Zombou Mavis, levantando uma sobrancelha. – Mesmo que você não faça isso, ele ainda não vai te valorizar! Mas deixe minha proposta aqui para você considerar. Esta situação tem mais benefícios do que desvantagens para você.- Você quer que eu faça isso apenas para que William me odeie? Eu não vou fazer! – Recusou Beatriz, com raiva.- Parece que você valoriza mais William do que seu próprio pai, não é? – Disse Mavis, com sarcasmo.- Você! – Beatriz olhou com raiva para Mavis.Mavis se aproximou com um sorriso, se sentou ao lado de Beatriz e segurou de leve sua mão, consolando:- Não se preocupe, desde que isso seja feito, o Grupo Lima se
- Eu não faço ideia! – Vinícius parecia confuso.- Atenda a ligação da Lili primeiro, veja o que está acontecendo. – Sugeriu Marcela. Vinícius disse “Ok” e, depois de atender, colocou no viva-voz.- Liliane, o que está acontecendo? – Perguntou Vinícius.Liliane, mantendo a calma, perguntou: - Sr. Vinícius, gostaria que você me explicasse sobre a questão repentina da fábrica querer rescindir o contrato de aluguel! Marcela e Vinícius ficaram chocados com o que ouviram.Rescindir o contrato de aluguel?Marcela olhou com surpresa para Vinícius, enquanto ele sentiu um aperto no coração e rapidamente respondeu a Liliane: - Isso é impossível! Eu nunca considerei essa possibilidade!- Sr. Vinícius, nós concordamos em alugar a fábrica por seis meses, é uma questão de honra cumprir com o acordo! – Disse Liliane.- Vou verificar os detalhes e te dar uma resposta amanhã. Por favor, não se preocupe. – Respondeu Vinícius, ficando sério aos poucos.- Está bem. – Concordou Liliane.Após desligar,
Depois que Vinícius saiu correndo da mansão, William mostrou um sorriso de desdém. Será que ele nunca procurou por evidências? Infelizmente, as evidências desapareceram no dia do incidente!No dia seguinte, enquanto Vinícius estava deitado na cama depois de passar a noite procurando por evidências, recebeu uma ligação de Marcela.Ele planejava pensar em como explicar a situação, mas sem querer, atendeu a ligação.- Vinícius! Onde está a explicação? Você desapareceu a noite toda ontem! É tão difícil dar uma explicação? – Gritou Marcela, do outro lado da linha.Vinícius coçou a cabeça e se sentou na cama, visivelmente exausto, respondendo:- Por favor, se acalme e me escute.Ao ouvir a voz rouca de Vinícius, Marcela acalmou um pouco. - Me diga, o que está acontecendo.Vinícius respirou fundo. - Marcela, eu preciso pedir desculpas. A fábrica não é minha. - O quê? – Exclamou Marcela, surpresa. – O que você quer dizer com não é sua? Você disse que era sua naquela hora! Vinícius decidi
- Diretora Nanda, por que você não me responde? – Perguntou Kerry.- A construção ainda vai levar pelo menos mais um mês. – Respondeu Nanda.Kerry franziu a testa, continuando:- Um mês não é muito, mas o problema é o tempo que temos disponível com a fábrica nos dando apenas uma semana. Nanda ficou em silêncio e Kerry não disse mais nada.Quando chegou ao escritório no andar de cima, Kerry finalmente ligou para Liliane.Liliane atendeu, sua voz estava um pouco ansiosa: - Kerry, você verificou o estoque com o gerente da fábrica?- Sim, verifiquei. Não temos estoque algum. Nossos pedidos são simplesmente enormes! – Respondeu Kerry.Liliane massageou as têmporas com uma dor de cabeça crescente. Era a primeira vez que ela sentia que ter muitos pedidos não era uma coisa boa.Vinícius ainda não havia retornado com informações sobre a situação da fábrica. Ela não tinha ideia do que fazer a seguir.Kerry se jogou na cadeira de descanso, enquanto disse:- Quando você vai voltar? Sem você aqui
A fábrica de roupas do Grupo Barbosa era a terceira maior de Serafim, com uma produção que não só não era lenta, mas também incluía uma oficina têxtil.Ela precisava encontrar uma maneira de fazer com que Gabriel ajudasse ela a superar mais um obstáculo naquela noite!Quatro da tarde.Liliane mandou a cuidadora retirar as roupas do armário.Enquanto a cuidadora ajudava Liliane a trocar de roupa, perguntou: - Srta. Liliane, você vai sair do hospital mesmo com seus ferimentos ainda não cicatrizados? Liliane assentiu com a cabeça. - Sim, tenho algo para resolver. Se o médico perguntar, diga que fui em casa buscar algo. - Você realmente precisa sair? – Perguntou a cuidadora, preocupada. – Se suas feridas se abrirem, terá que levar pontos novamente.Liliane respondeu com um sorriso suave: - Não se preocupe, é apenas um compromisso.- Um compromisso? – Exclamou a cuidadora. – Srta. Liliane, você não pode beber! - Bem, não se preocupe, sei me controlar. – Respondeu Liliane.Vendo que Li
Vinícius colocou a foto de volta na pasta, abaixou devagar a mão e disse:- Desculpe, não vou mais me envolver nisso.Ele teve que pensar nas coisas sob a perspetiva de William. Se estivesse no lugar dele, também poderia suspeitar de Marcela. Ele não conseguia nem imaginar o quão devastador foi para William ver sua mãe naquele estado.Com sua mãe biológica morta de forma tão brutal diante de seus olhos, ninguém conseguiria manter a sanidade.William fechou a gaveta e trancou, depois olhou para o relógio em seu pulso e perguntou:- Você tem mais alguma coisa para dizer?- Ah, eu estava pensando em te convidar para jantar. Você vai sair? – Perguntou Vinícius, de volta.- Compromissos. – Respondeu William, pegando seu casaco. – Você pode ir. - Ah, tudo bem então. – Disse Vinícius.Cinco e meia.Liliane chegou ao Restaurante do Rio e ligou para Marcela antes de subir.Ela queria garantir que não ficaria ocupada com compromissos até tarde e perderia a hora de falar com os filhos.Marcela
Liliane não sabia, mas sua presença estava sendo observada por William e Jorge.Jorge ficou perplexo por um momento. - Sr. William, aquela parece ser a Srta. Liliane. William franziu de leve o cenho. - Sim, é.- Mas a Srta. Liliane não estava no hospital? Como ela está aqui e pode beber? – Jorge lançou uma série de perguntas.William olhou descontente para Jorge. - Se você está tão interessado, por que não vai perguntar a ela pessoalmente?Jorge percebeu que estava indo longe demais e rapidamente desviou o olhar. - Desculpe, Sr. William.William se levantou e entrou na sala ao lado da que Liliane estava.Enquanto isso, na sala 303.Liliane e Gabriel apertaram as mãos e se cumprimentaram antes de se sentarem. Liliane disse: - Sr. Gabriel, trouxe o vinho que você gosta.Ela colocou a garrafa na mesa e fez sinal para o garçom abrir.Os olhos de Gabriel brilharam. - Realmente, Sra. Liliane, você é muito generosa. Eu normalmente não teria coragem de beber isso.Liliane disse com um s