Vinícius colocou a foto de volta na pasta, abaixou devagar a mão e disse:- Desculpe, não vou mais me envolver nisso.Ele teve que pensar nas coisas sob a perspetiva de William. Se estivesse no lugar dele, também poderia suspeitar de Marcela. Ele não conseguia nem imaginar o quão devastador foi para William ver sua mãe naquele estado.Com sua mãe biológica morta de forma tão brutal diante de seus olhos, ninguém conseguiria manter a sanidade.William fechou a gaveta e trancou, depois olhou para o relógio em seu pulso e perguntou:- Você tem mais alguma coisa para dizer?- Ah, eu estava pensando em te convidar para jantar. Você vai sair? – Perguntou Vinícius, de volta.- Compromissos. – Respondeu William, pegando seu casaco. – Você pode ir. - Ah, tudo bem então. – Disse Vinícius.Cinco e meia.Liliane chegou ao Restaurante do Rio e ligou para Marcela antes de subir.Ela queria garantir que não ficaria ocupada com compromissos até tarde e perderia a hora de falar com os filhos.Marcela
Liliane não sabia, mas sua presença estava sendo observada por William e Jorge.Jorge ficou perplexo por um momento. - Sr. William, aquela parece ser a Srta. Liliane. William franziu de leve o cenho. - Sim, é.- Mas a Srta. Liliane não estava no hospital? Como ela está aqui e pode beber? – Jorge lançou uma série de perguntas.William olhou descontente para Jorge. - Se você está tão interessado, por que não vai perguntar a ela pessoalmente?Jorge percebeu que estava indo longe demais e rapidamente desviou o olhar. - Desculpe, Sr. William.William se levantou e entrou na sala ao lado da que Liliane estava.Enquanto isso, na sala 303.Liliane e Gabriel apertaram as mãos e se cumprimentaram antes de se sentarem. Liliane disse: - Sr. Gabriel, trouxe o vinho que você gosta.Ela colocou a garrafa na mesa e fez sinal para o garçom abrir.Os olhos de Gabriel brilharam. - Realmente, Sra. Liliane, você é muito generosa. Eu normalmente não teria coragem de beber isso.Liliane disse com um s
A mão de Gabriel ainda estava passeando pelo ombro de Liliane. - Sra. Liliane, sou um homem que gosta de beber antes de falar.Liliane apertou com firmeza as mãos. Ela não podia ouvir o que ele estava insinuando? Ele só queria esperar até que ela estivesse bêbada para facilitar as coisas? Assim, quando ela estivesse vulnerável, ele naturalmente concordaria! Liliane respirou fundo, depois disse:- Sr. Gabriel, você deve estar ciente da situação atual da minha empresa. Meu problema é que minha fábrica ainda não está construída. Você, como empresário experiente, sabe o quão difícil é resolver certos problemas. Contanto que possamos colaborar uma vez, podemos nos ajudar mutuamente no futuro. Não é uma boa oportunidade?Gabriel moveu ligeiramente a mão em seu ombro, então sorriu.- Sra. Liliane, minha empresa está indo muito bem agora. Se há dificuldades, são as que você está enfrentando, não eu. – Disse Gabriel, enquanto se aproximou de Liliane e o cheiro de álcool em sua respiração ati
Ele sentiu uma estranha comoção em seu coração. - Você ainda não me deu uma explicação sobre minha mãe! – Disse William.- Explicação? – Liliane soltou um sorriso irônico. – Tudo bem! Eu te darei! Ela ergueu o queixo em direção a William, então agarrou sua grande mão, colocando ela em seu pescoço.- A explicação está aqui, se quiser pegar! – Provocou Liliane.Seus dedos tocaram a pele quente de Liliane e os olhos sombrios de William se estreitaram.- Liliane, não me force! - Te forçar? – Zombou Liliane, com a voz tremendo. – Você já não fez isso antes? William, se você está tão convencido de que foi eu quem fez isso, então me mate! Não finja que não quer minha vida! Em vez de me interrogar repetidamente, por que não simplesmente tira a minha vida para que eu possa acompanhar sua mãe no túmulo? Você quer que eu admita que matei sua mãe, não é mesmo? Então aqui está! Eu fiz de propósito, tá bem? Eu planejei matar sua mãe, eu quis te retaliar, ver você sofrendo até não aguentar mais! I
Eduardo subiu até o terceiro andar e, ao se dirigir à sala 303, viu Liliane debruçada sobre a mesa com a cabeça baixa em outra sala. Ele tirou o casaco e se aproximou dela por trás, cobrindo ela com ele.Liliane deu um pulo de susto ao sentir a presença de Eduardo e só relaxou quando viu quem era. Ela desviou o olhar, tentando esconder os olhos inchados, mas mesmo assim Eduardo percebeu.- Lili, por que está chorando? – Perguntou Eduardo, se agachando ao lado dela.Liliane apertou os lábios, abaixando os olhos e mentiu: - A ferida rasgou, dói tanto que me fez chorar.Ela não queria mencionar William, caso contrário, Eduardo provavelmente correria para confrontar ele novamente.Eduardo franziu o cenho, enquanto disse:- Vamos embora, vamos voltar para o hospital. Da próxima vez, não saia sem dizer nada, não importa o motivo.Sua voz gentil carregava um tom de comando que não aceitava recusas.Liliane se levantou. - Tudo bem.Na casa da família Lima.Depois do jantar, Mavis arrastou G
Gilberto olhou surpreso para Mavis por um momento e, em seguida, seu rosto se iluminou com satisfação. João apenas assentiu de leve para Mavis, sem dizer uma palavra de agradecimento. Com o assunto resolvido, o casal e Gilberto trocaram algumas palavras e depois subiram para o andar de cima.Chegando ao quarto, Beatriz entrou e perguntou: - Pai, o que Mavis disse para vocês quando chamou vocês lá embaixo?João olhou para o corredor e fechou a porta. - Mavis pediu para eu voltar para a empresa. Beatriz ficou chocada. Mavis resolveu o problema com apenas algumas palavras? A Sra. Lima se sentou na cadeira, perguntando com uma expressão séria:- João, o que você acha disso? - Não acho nada. Ainda acredito que ela não é filha da minha irmã! – Respondeu João.- Papai, até o vovô concordou e o DNA foi testado. Não adianta negar! – Interveio Beatriz.A Sra. Lima olhou para a filha com desaprovação. - Bia, não se meta nisso. Volte para o seu quarto. Depois que a porta foi fechada, João
Depois que a ligação foi desligada, as dúvidas na mente de Liliane ainda não haviam sido dissipadas.Coincidentemente, Eduardo saiu do banheiro naquele momento. Liliane ponderou por um momento antes de compartilhar o assunto com ele.Eduardo se sentou e sorriu de leve para Liliane. - O que você acha?- Eu não sei. Se eu recusar a boa vontade dela, pode parecer que eu não confio nela. – Respondeu Liliane.Eduardo concordou com a cabeça:- Se não encontramos nada estranho, talvez seja melhor aceitar e deixar as coisas seguirem seu curso natural. Mas posso garantir que, dada a cautela com que ela trabalha, essa fábrica que ela encontrou para você não deve apresentar problemas. Você pode usar ela com confiança. Liliane colocou o celular de lado. - Entendi, vou fazer assim então. Eduardo pegou um lenço para limpar as mãos. - Lili, você quer encontrar seu tio?Liliane ficou surpresa. - Meu tio?Eduardo assentiu, enquanto explicou:- Sim, eles acabaram de voltar do exterior. Se eles de
- Se você ganhar, pode pedir o que quiser, desde que não seja algo muito exagerado, dentro das minhas possibilidades. – Interrompeu Jason.- Quais são suas exigências? – Perguntou William.- Eu não tenho nenhuma exigência, estou apenas interessada em sua última exigência. Estou ansiosa para ver você me vencer. Mal posso esperar. – Disse Jason antes de desligar a chamada.William deu um sorriso frio. Geralmente, pessoas excessivamente confiantes não tinham chances reais de vencer.Antes, ele esperava usar Jason para trazer Kerry para a empresa sob seu controle. Mas agora, ele sentia que o papel de Jason seria muito mais importante do que o de Kerry. Afinal, Kerry não necessariamente faria o trabalho dele na Novitex com seriedade, então por que ele deveria se preocupar tanto?Enquanto isso, do outro lado, Jason imediatamente ligou para Liliane, após desligar a ligação com William.Liliane estava olhando para o celular e atendeu a chamada de Jason.- Mestra. – Cumprimentou Liliane, boceja