- Tem algo no meu rosto? Você ficou me encarando. – Liliane não resistiu perguntar, depois de um breve silêncio.William se sentou com elegância em uma cadeira atrás dela, as pernas cruzadas, exibindo uma postura nobre.- Vamos falar sobre nós. – Disse ele.- Não há nada entre nós para discutir. – Respondeu Liliane, desviando o olhar.- Mesmo? – Perguntou William, devagar. – Então explique por que você disse que eu me arrependeria. - As palavras ditas no calor do momento nem sempre são verdadeiras. – Defendeu Liliane.William, com a expressão serena, parecia ter adivinhado que Liliane não diria a verdade.- Se você não quer explicar, não vou te forçar. Mas e quanto a Breno? Você não quer saber sobre ele? – Perguntou William.- O que você quer dizer com isso? – Questionou Liliane, encarando ele.- Breno é nosso filho. – Revelou William.- E daí? – Respondeu Liliane, sem rodeios.- Então, não pretendo deixar Breno te ver novamente. – Disse William, palavra por palavra.- Por que não me
- Ok. – Liliane não contestou, apenas assentiu.Na verdade, Eduardo estava certo antes. Se não fosse pela sua falta de cautela, a situação com as crianças não teria chegado a esse ponto.- Já perguntei à polícia. Eles dizem que Heitor planejou o acidente. Ele não machucou outras crianças, apenas mirou em Ian. Quem está por trás disso confessou, é a Mavis. Ela está na delegacia, mas o avô não foi ajudar ela. – Continuou Eduardo.- Quem é essa criatura? Vou lá e acabo com ela! – Disse Kerry, indignado.- Ela agora faz parte da família Lima. Você vai mesmo? – Questionou Eduardo, olhando para ele.Kerry se engasgou por um momento. Embora fosse novo na situação, ele sabia sobre as três grandes famílias da Serafim.Enfrentar a família Lima sozinho seria como se entregar à morte.Kerry, sem jeito, coçou o pescoço.- Bem, sabe como é, enquanto houver vida, há esperança! Vamos planejar primeiro. – Disse ele.Nos olhos de Liliane, passou um frio intenso. Ela subestimou a maldade de Mavis! Não s
- Então, aquela mulher vai ser condenada? – Perguntou Kerry, animado, de volta ao carro. - Não é tão simples. – Respondeu Liliane, prendendo o cinto de segurança.- Ah? Por quê? – Continuou Kerry, chocado.Por quê...Para explicar isso necessitaria de três dias e três noites.Ela sabia muito bem que mesmo se quisesse agir contra Mavis agora, Gilberto faria de tudo para tirar ela da confusão.- É uma longa história. É melhor você não saber demais. – Disse Liliane.Ela não queria envolver Kerry em sua vingança.No dia seguinte, Nanda trouxe alguns documentos para Liliane assinar no hospital. Além disso, ela trouxe uma cesta de frutas frescas.Liliane, sem cerimônia, aceitou e colocou a cesta na mesa ao lado da cama. - Obrigada, é gentil da sua parte. Lembre de verificar a situação na fábrica nos próximos dias. Se houver algo, me avise. – Disse Liliane.- Claro, Sra. Liliane. Aqui estão dois documentos para você revisar e assinar. – Assentiu Nanda.Liliane pegou os documentos e examino
Liliane, com o rosto pálido, balançou a cabeça. Se Nanda não tivesse reagido tão rápido, ela poderia ter perdido a vida agora. Ela desviou o olhar para Nanda e viu uma longa e assustadora ferida em seu braço.- Nanda, vamos para o hospital! – Disse Liliane, se levantando às pressas.- É só um arranhão, não é nada. – Respondeu Nanda, olhando na direção indicada por Liliane, com uma expressão calma, como se não sentisse dor, nem mesmo franzindo a testa. - Isso não é apenas um arranhão! Venha, vou te levar para o hospital! – Exclamou Liliane.Registros médicos, pronto-socorro. O braço de Nanda levou mais de dez pontos e radiografias revelaram ossos quebrados no cotovelo.- Nanda, vou dar a você uma licença remunerada. Cuide bem de si mesma em casa. Obrigada por hoje. – Disse Liliane, culpada.- Sra. Liliane, você já agradeceu umas dez vezes. Eu não preciso de folga, não precisa me dar licença. – Respondeu Nanda, com calma.- Não, não pode ser! Você não pode voltar ao trabalho assim. –
- Sim, eu também sinto saudades, Alice. A mamãe não deixou você vir porque elaficou assustada e precisa relaxar em casa por alguns dias. – Breno tentou acalmar Alice com muitas palavras.- Entendi, Breno. E você? – Disse Alice, fazendo um biquinho. Em seguida, ela perguntou com raiva. – Ele tem cuidado de você nesses dias? - Tem. – Disse Breno, depois de ficar em silêncio por um momento. Naquele momento, Breno estava sentado em frente ao computador, olhando para as câmeras no escritório com uma expressão sombria.Seu pai tinha se trancado lá dentro depois do jantar. Ele mergulhava no trabalho até altas horas da noite.- Se ele está cuidando de você, então estou tranquila. Vou desenhar agora, durma bem, boa noite. - Disse Alice.A voz suave de Alice fez Breno se sentir um pouco melhor.- Sim, boa noite, Alice. – Disse Breno.Depois de desligar a chamada, Alice devolveu o celular para Carlos. Em seguida, olhou para Carlos com grandes olhos.- Papai Carlos, posso te fazer uma pergunta?
O segurança balançou a cabeça.- Não sei, mas a briga está fervendo lá fora. – Disse o segurança.Liliane, intrigada, largou a colher na sopa e se dirigiu à porta. Antes mesmo de ver as pessoas, ouviu duas vozes familiares.- Vinícius, você tem algum problema de vingança? Meu carro te provocou? – Gritou Marcela, indignada.- Foi você que recuou de repente, não foi minha intenção bater na frente. – Explicou Vinícius, paciente.- Você quer dizer que eu fiquei cega! – Zombou Marcela, soltando uma risada sarcástica.- Se você acha isso, não posso fazer nada. – Respondeu Vinícius, indiferente.- Caramba! Se você não estivesse se metendo por aqui, meu carro teria batido no seu? – Retrucou Marcela.- Estou aqui por solicitação, para ver o Ian e mostrar preocupação. – Disse Vinícius.- Sem coragem de sequer dizer o nome, que tipo de preocupação é essa? – Zombou Marcela.Observando a discussão sem fim, Liliane franziu a testa e abriu a boca para intervir. No entanto, uma voz suave veio por trá
Liliane ficou sem palavras. Ela realmente ficou chocada. Aquelas duas pessoas fizeram isso depois de beber e ela só soube agora.- Então, afinal, você quer que ele assuma a responsabilidade? Essa é a questão. – Disse Liliane.- Ouvi dizer que Vinícius tem muitas mulheres por aí. Se eu ficar com ele, terei que ficar vigiando todo dia! – Expressou Marcela.- Mas seu estado atual parece mais com raiva porque ele não assumiu a responsabilidade. – Disse Liliane, estava um pouco perplexa.- Ah, esquece. Vamos considerar que fui mordida por um cachorro. – Comentou Marcela, suspirando.- Questões de relacionamento são imprevisíveis. Olhando para você, parece que Vinícius mexeu com sua alma. – Disse Liliane.- Fui eu? Impossível! Absolutamente impossível! – Negou Marcela, rindo alto. Liliane olhou para ela. O tempo fechava quando se tratava dos próprios sentimentos. Esperava que Vinícius fosse uma pessoa de palavra para que Marcela não fosse magoada....Depois de deixar a Mansão Baía, Viníc
Mavis balançou a cabeça. - Não é isso, vovô. O significado do que você me dá e do que eu ganho por mim mesma são diferentes. Já estou adulta, ficar dependendo dos outros não me faz sentir bem. – Disse ela.- Então, o que você quer fazer? Diga, nesse aspecto, vou certamente irá apoiar você. – Disse Gilberto, ouvindo isso com grande satisfação.- Vovô, eu quero abrir uma pequena empresa, uma empresa de design de roupas. – Revelou Mavis, piscando os olhos.- Isso é fácil. Vou te dar um fundo e você só precisa se divertir. – Disse Gilberto, acariciando as costas da mão de Mavis, os olhos cheios de carinho.- Obrigada, vovô! Vovô é o melhor! – Disse Mavis.Depois de agradecer, um sorriso frio apareceu nos lábios de Mavis. Tudo o que Liliane podia fazer, ela também podia fazer. Além disso, ela tinha uma pessoa confiável para ajudar ela. Uma vez que a empresa fosse estabelecida, não levaria muito tempo para Liliane ser pisoteada por ela, nunca teria o Grupo TYC!Segunda-feira.Os seguranç