Eduardo, com o coração partido, segurou Alice, que soluçava em seus braços. Acariciando com gentileza suas costas, ele olhou para Liliane.- Lili, é isso mesmo? – Perguntou Eduardo.- Sim, é... – Respondeu Liliane, baixando os olhos.- Qual é o motivo? – Continuou Eduardo.Liliane, com a mente pesada, tentou pensar, mas não encontrou uma resposta clara. - Não sei. – Respondeu ela, com um tom abatido.- Lili, isso não pode ser resolvido com pressa. – Analisou Eduardo. – Enquanto William tiver você em seu coração, ele não continuará sendo tão inflexível. - Eduardo, eu quero processar ele. – Disse Liliane, com determinação. - Você não conseguirá a guarda do Breno. – Afirmou Eduardo, diretamente. – Desde o início, ele esteve com William. Com a influência de William na Serafim, você não vencerá na justiça. Liliane apertou os punhos, se sentindo sem opções. Será que realmente não havia outra maneira?Ao pensar em Breno com o rosto triste e silencioso, Liliane sentiu seu coração se desped
Quinta-feira, de madrugada.Na família Lima. Mavis foi despertada pelo som insistente do celular, irritada, atendeu.- Alô! Quem é? – Perguntou ela.- Sua puta! Melhor você não deixar eu te pegar! Senão eu vou fazer você morrer de uma maneira horrível! – Ameaçou o outro lado da linha.A voz rouca e baixa ecoou, assustando Mavis que acordou completamente. Ela olhou para o número na tela do celular, horrorizada.Heitor?Não deveria ele estar sendo perseguido pelo avô? Como ele ainda estava vivo?- Sr. Heitor, do que você está falando? – Perguntou Mavis, fazendo cara de surpresa.- Pare de fingir! Mesmo que eu tenha perdido as provas, eu reconheço a sua voz! – Gritou Heitor, com raiva. – Se não fosse por você, eu não teria voltado para exigir dinheiro deles! Se não fosse por você, eu não estaria sendo perseguido agora! Mavis segurou com firmeza o cobertor. - Sr. Heitor, você está me acusando injustamente. Só me senti culpada e por isso pedi para você pedir dinheiro a Liliane. Quem dir
Liliane soltou a folha de design, levantou os olhos.- Investimento da empresa? – Perguntou ela.- Sim, parece que eles estão de olho no potencial de crescimento da nossa empresa e querem discutir uma parceria. – Respondeu Nanda.- O que você acha? – Perguntou Liliane, sorrindo para Nanda.- Acho que não precisamos. Com a quantia obtida na pré-venda, podemos iniciar a próxima produção de roupas e até mesmo planejar abrir mais lojas. Já temos um fluxo de caixa sólido, então por que dividir os lucros com outros? – Analisou Nanda, com seriedade.- Então, vou reformular a pergunta. Na Serafim, para ter uma posição firme, você confiaria mais no dinheiro ou nas conexões? – Retrucou Liliane.- A Serafim não está carente de pessoas ricas. – Disse Nanda, depois de ponderar por um tempo.- Portanto, ter uma ampla rede de contatos é a chave para ir longe. Então, faça um favor para mim, pesquise sobre o dono dessa empresa e o histórico da companhia. Não precisamos nos apressar para a reunião. – Co
- Por que você precisa falar assim? Se não sabe a situação, não solte essas palavras desagradáveis. Conheço William melhor do que ninguém, nunca vi alguém tão dedicado como ele. Se não fosse a Mavis enganar ele, como ele poderia fazer algo assim? - Rebateu Vinícius.- E mesmo assim ele fez, não fez? Vocês homens sempre arrumam desculpas. – Desprezou Marcela.Vinícius ficou sem palavras.Por que ainda não podia ficar tudo claro?- Marcela, eu sou um mulherengo, mas também tenho meus limites. Você... Bem, se não se importar, me dê um tempo. Eu serei responsável por você. – Disse Vinícius, respirando fundo.- Devo agradecer a você? – Zombou Marcela, revirando os olhos. – Responsabilidade requer tempo? Eu não quero um compromisso sem sinceridade!Vinícius ficou sem palavras. A comunicação ineficaz era realmente cansativa!Após resolver o problema do carro, Vinícius subiu para encontrar William.Ao chegar à porta do escritório, um rugido furioso ecoou.- Quem faz algo tão desprezível? Se nã
A forma como ela agia agora parecia estar usando a habilidade dele para proteger os filhos dela com outra pessoa! Como ele poderia suportar isso?Quatro da tarde.Liliane acabou de sair de uma reunião quando recebeu uma ligação de Marcela.- Marcela. – Disse Liliane.- Lili! Rápido, olha as notícias! – Gritou Marcela, ansiosa, pelo celular. – Verifique se é o ônibus escolar da escola onde Ian e Alice estudam. Liliane ficou perplexa e rapidamente largou o celular para abrir as notícias.Uma manchete gigante se destacava diante dela.“Ônibus escolar da escola infantil da Serafim envolvido em acidente, condição das crianças desconhecida.” Ao ver a foto do ônibus acidentado, suas pernas amoleceram de repente.Era realmente o ônibus da escola infantil onde Ian e Alice estudavam!Seus filhos...Nanda, que estava ao lado, viu a reação de Liliane e prontamente estendeu a mão para ajudar ela. - Sra. Liliane, o que aconteceu? – Perguntou Nanda.As palavras de Nanda trouxeram Liliane de volta
- Lili! – Mal as palavras foram ditas, a voz de Marcela ecoou ao lado.Liliane tremia ao olhar para ela, também para Vinícius e William, que chegaram juntos.William avançou com o rosto sério, ao ver que Breno estava bem, finalmente conseguiu aliviar a tensão.Em seguida, ele olhou para Alice, mas não viu Ian em lugar nenhum.- Como estão as câmeras de vigilância por aqui? – Questionou Liliane, desviando o olhar, se virou para a professora.- Estamos verificando. – Respondeu a professora, às pressas.Liliane levou a mão à testa, apertou os lábios e as lágrimas escorreram por seus olhos.Por que todas as outras crianças estavam bem ali, mas Ian não podia ser encontrado?- Sra. Liliane, não se preocupe, talvez Ian tenha ido brincar em algum lugar, talvez volte por conta própria em breve. - Tentou acalmar a professora.- Meu filho não é esse tipo de pessoa que você está dizendo! – Gritou Liliane. – Ele não é uma criança que fica vagando por aí! Ao ver a mãe perder o controle emocional, A
William lançou um olhar penetrante para Vinícius.- Estou apenas falando a verdade. – Disse Vinícius, levantando as mãos.William apertou os dentes, se lembrando da agitação de Liliane momentos atrás.Depois de um breve momento de reflexão, William segurou Breno e se juntou a eles, seguido por Vinícius.Vinte minutos depois.Ao desembarcar no porto, Liliane recebeu uma ligação de Heitor.- Você quer morrer? Por que trouxe tantas pessoas com você? – Questionou Heitor.- Estou sozinha, de onde você tirou tantas pessoas? – Disse Liliane, perplexa.- Agora há dois carros pretos chegando, me explique isso? – Retrucou Heitor.Liliane se virou para ver William e Vinícius chegando em seus carros.Como eles também vieram?- É o pai das crianças, não são policiais! – Explicou Liliane.- Está tudo bem, caso contrário, vou cortar a corda agora! – Ameaçou Heitor.Corda?! Liliane se virou apressadamente para olhar para cima.Na grua mais alta do porto, uma pequena figura balançava ao vento.Abaixo,
- O que você quer dizer? Você acha que estou mentindo para você? – Perguntou Liliane, atordoada. - E se não for? – Perguntou William, de volta.Não sabendo de onde veio a força, Liliane conseguiu se livrar abruptamente da mão de William. - William! Lembre-se do que você disse hoje! Um dia, você se arrependerá por suas palavras e ações! – Disse ela, em tom frio, com olhos cheios de desapontamento.Dizendo isso, Liliane entrou diretamente no carro, ligou o motor e dirigiu em direção ao prédio baixo.Marcela, abraçando Alice que chorava sem parar, olhou de forma desdenhosa para o chefe que permanecia sombrio no lugar.- Sr. William, você realmente partiu o coração de Liliane desta vez, da mesma forma, suas palavras me deixaram perplexa. – Disse Marcela, se virando para encarar o carro de Liliane.Vinícius, não muito longe dali, suspirou profundamente e se aproximou de William. - William, ela não parecia estar fingindo agora. – Comentou Vinícius.William, com o olhar fixo na pequena fig