- O que você quer dizer? Você acha que estou mentindo para você? – Perguntou Liliane, atordoada. - E se não for? – Perguntou William, de volta.Não sabendo de onde veio a força, Liliane conseguiu se livrar abruptamente da mão de William. - William! Lembre-se do que você disse hoje! Um dia, você se arrependerá por suas palavras e ações! – Disse ela, em tom frio, com olhos cheios de desapontamento.Dizendo isso, Liliane entrou diretamente no carro, ligou o motor e dirigiu em direção ao prédio baixo.Marcela, abraçando Alice que chorava sem parar, olhou de forma desdenhosa para o chefe que permanecia sombrio no lugar.- Sr. William, você realmente partiu o coração de Liliane desta vez, da mesma forma, suas palavras me deixaram perplexa. – Disse Marcela, se virando para encarar o carro de Liliane.Vinícius, não muito longe dali, suspirou profundamente e se aproximou de William. - William, ela não parecia estar fingindo agora. – Comentou Vinícius.William, com o olhar fixo na pequena fig
As lágrimas nos olhos de Liliane se desprenderam num instante. - Ian, é realmente você? – Murmurou ela.Ela mal podia acreditar que seu filho estava diante dela, são e salvo. Afinal, ela se lembrava claramente de Ian caindo da grande altura...- Mãe. – Chamou Ian, com um rosto charmoso, expressou resignação. – O que você tá falando? Quem mais seria além de mim? Recebeu uma confirmação, Liliane se apressou a secar as lágrimas. - Tudo bem, Ian, estou apenas falando besteira, estou indo até aí. – Disse Liliane.- Vem logo, mãe. – Falou Ian.Liliane acenou com a cabeça, se levantando e indo em direção a Ian. No entanto, notou que, por mais que caminhasse, nunca chegava perto dele!- Ian... – Chamou Liliane. - Mãe, você está devagar, acelera aí. – Disse Ian.Liliane, assustada, olhou para cima. - Ian... – Chamou ela, de novo.- Mãe, você está demorando, vai logo. – Expressou Ian.Liliane respirou fundo e correu em direção a Ian, mas quanto mais avançava, mais distante ele parecia.-
- O que é da sua conta? – Rebateu Liliane, com raiva. – William, por que você acha que pode me impedir de ver meu filho? Se algo acontecer ao Ian, nunca vou te perdoar! Foi você que ignorou tudo! Foi você, insensível e indiferente à vida! À medida que a expressão no rosto elegante de William piorava, Marcela se aproximou ansiosa para explicar.- Lili, não se preocupe. Eu vou te mostrar Ian, está bem? – Consolou Marcela.Dizendo isso, Marcela rapidamente pegou o celular e iniciou uma chamada de vídeo com Vinícius.Em pouco tempo, Vinícius atendeu, seu rosto bonito aparecendo na tela.- O que está acontecendo? – A voz de Vinícius ressoou.- Vinícius, aponte a câmera para Ian, deixe Lili ver... Tá bom?! – Antes que Marcela pudesse terminar, Liliane arrancou o celular de suas mãos.Ela encarou a tela intensamente.Até que a câmera de Vinícius se moveu para o Ian deitado na cama, as lágrimas brotaram nos seus olhos num instante.Ian não morreu...Não havia curativos em seu corpo, nem tubos
- Tem algo no meu rosto? Você ficou me encarando. – Liliane não resistiu perguntar, depois de um breve silêncio.William se sentou com elegância em uma cadeira atrás dela, as pernas cruzadas, exibindo uma postura nobre.- Vamos falar sobre nós. – Disse ele.- Não há nada entre nós para discutir. – Respondeu Liliane, desviando o olhar.- Mesmo? – Perguntou William, devagar. – Então explique por que você disse que eu me arrependeria. - As palavras ditas no calor do momento nem sempre são verdadeiras. – Defendeu Liliane.William, com a expressão serena, parecia ter adivinhado que Liliane não diria a verdade.- Se você não quer explicar, não vou te forçar. Mas e quanto a Breno? Você não quer saber sobre ele? – Perguntou William.- O que você quer dizer com isso? – Questionou Liliane, encarando ele.- Breno é nosso filho. – Revelou William.- E daí? – Respondeu Liliane, sem rodeios.- Então, não pretendo deixar Breno te ver novamente. – Disse William, palavra por palavra.- Por que não me
- Ok. – Liliane não contestou, apenas assentiu.Na verdade, Eduardo estava certo antes. Se não fosse pela sua falta de cautela, a situação com as crianças não teria chegado a esse ponto.- Já perguntei à polícia. Eles dizem que Heitor planejou o acidente. Ele não machucou outras crianças, apenas mirou em Ian. Quem está por trás disso confessou, é a Mavis. Ela está na delegacia, mas o avô não foi ajudar ela. – Continuou Eduardo.- Quem é essa criatura? Vou lá e acabo com ela! – Disse Kerry, indignado.- Ela agora faz parte da família Lima. Você vai mesmo? – Questionou Eduardo, olhando para ele.Kerry se engasgou por um momento. Embora fosse novo na situação, ele sabia sobre as três grandes famílias da Serafim.Enfrentar a família Lima sozinho seria como se entregar à morte.Kerry, sem jeito, coçou o pescoço.- Bem, sabe como é, enquanto houver vida, há esperança! Vamos planejar primeiro. – Disse ele.Nos olhos de Liliane, passou um frio intenso. Ela subestimou a maldade de Mavis! Não s
- Então, aquela mulher vai ser condenada? – Perguntou Kerry, animado, de volta ao carro. - Não é tão simples. – Respondeu Liliane, prendendo o cinto de segurança.- Ah? Por quê? – Continuou Kerry, chocado.Por quê...Para explicar isso necessitaria de três dias e três noites.Ela sabia muito bem que mesmo se quisesse agir contra Mavis agora, Gilberto faria de tudo para tirar ela da confusão.- É uma longa história. É melhor você não saber demais. – Disse Liliane.Ela não queria envolver Kerry em sua vingança.No dia seguinte, Nanda trouxe alguns documentos para Liliane assinar no hospital. Além disso, ela trouxe uma cesta de frutas frescas.Liliane, sem cerimônia, aceitou e colocou a cesta na mesa ao lado da cama. - Obrigada, é gentil da sua parte. Lembre de verificar a situação na fábrica nos próximos dias. Se houver algo, me avise. – Disse Liliane.- Claro, Sra. Liliane. Aqui estão dois documentos para você revisar e assinar. – Assentiu Nanda.Liliane pegou os documentos e examino
Liliane, com o rosto pálido, balançou a cabeça. Se Nanda não tivesse reagido tão rápido, ela poderia ter perdido a vida agora. Ela desviou o olhar para Nanda e viu uma longa e assustadora ferida em seu braço.- Nanda, vamos para o hospital! – Disse Liliane, se levantando às pressas.- É só um arranhão, não é nada. – Respondeu Nanda, olhando na direção indicada por Liliane, com uma expressão calma, como se não sentisse dor, nem mesmo franzindo a testa. - Isso não é apenas um arranhão! Venha, vou te levar para o hospital! – Exclamou Liliane.Registros médicos, pronto-socorro. O braço de Nanda levou mais de dez pontos e radiografias revelaram ossos quebrados no cotovelo.- Nanda, vou dar a você uma licença remunerada. Cuide bem de si mesma em casa. Obrigada por hoje. – Disse Liliane, culpada.- Sra. Liliane, você já agradeceu umas dez vezes. Eu não preciso de folga, não precisa me dar licença. – Respondeu Nanda, com calma.- Não, não pode ser! Você não pode voltar ao trabalho assim. –
- Sim, eu também sinto saudades, Alice. A mamãe não deixou você vir porque elaficou assustada e precisa relaxar em casa por alguns dias. – Breno tentou acalmar Alice com muitas palavras.- Entendi, Breno. E você? – Disse Alice, fazendo um biquinho. Em seguida, ela perguntou com raiva. – Ele tem cuidado de você nesses dias? - Tem. – Disse Breno, depois de ficar em silêncio por um momento. Naquele momento, Breno estava sentado em frente ao computador, olhando para as câmeras no escritório com uma expressão sombria.Seu pai tinha se trancado lá dentro depois do jantar. Ele mergulhava no trabalho até altas horas da noite.- Se ele está cuidando de você, então estou tranquila. Vou desenhar agora, durma bem, boa noite. - Disse Alice.A voz suave de Alice fez Breno se sentir um pouco melhor.- Sim, boa noite, Alice. – Disse Breno.Depois de desligar a chamada, Alice devolveu o celular para Carlos. Em seguida, olhou para Carlos com grandes olhos.- Papai Carlos, posso te fazer uma pergunta?