- Como isso aconteceu? - Perguntou William, com uma leve franzida de sobrancelha.- Meu filho está no exterior. Há sete meses, recebi uma ligação dizendo que ele sofreu um acidente de carro. Não consegui contatar ele, então decidi ir para o exterior. No entanto, assim que desembarquei, fui assaltado e levaram tudo o que eu tinha. Enfim, deixemos de lado esses eventos desagradáveis. Por que você está me procurando? - Explicou Gabriela.William ficou alerta. Sete meses atrás era exatamente quando ele tentava verificar com a diretora.Como poderia ser uma coincidência tão grande a diretora ter sido enganada e mandada para o exterior? E ele não conseguir rastrear nenhum sinal dela?William suprimiu suas dúvidas e mostrou uma foto de Liliane quando criança.- Eu quero saber se a senhora se lembra desta criança. - Disse William.Gabriela pegou a foto e examinou com cuidado. Depois de um tempo, ela assentiu várias vezes. - Lembro, lembro! Essa criança sofreu muito bullying aqui no orfanato.
- William! Você é um verdadeiramente canalha! Liliane estava grávida de trigêmeos, todos eram seus filhos! Você permitiu que Mavis agisse livremente, levando Liliane e seus três filhos à morte! - Repreendeu Marcela.As palavras de Marcela eram como facas afiadas, perfurando o peito de William. Ele apertou os lábios pálidos e cerrava os punhos ao lado do corpo sem cor.Ele não acreditava! Ele não tinha visto o cadáver dela, ele não acreditava que Liliane tinha partido! Todas as ações deles eram apenas para impedir que ele procurasse ela, certo?Ele com certeza encontraria ela! Liliane não estava morta! Ele definitivamente encontraria ela!...Cinco anos depois.Novitex.A sala de reuniões se abriu, William saiu e foi recebido por Jorge.- Senhor William, G recusou a parceria com nossa empresa. - Avisou Jorge.William parou, olhando para ele com uma expressão de sobrancelhas franzidas. - Ainda não encontrou informações sobre ele? - Perguntou William.- Só sabemos que ele é o único a
- Não, acabei de chegar também, Eduardo, não fique aí em pé, venha se sentar. – Disse Liliane, com um sorriso.Eduardo concordou, segurando Alice enquanto se sentava. Ele empurrou um presente na direção de Ian. - Ian, aqui está o processador que você queria. – Disse Eduardo.- Obrigado, tio. – Agradeceu Ian, sorrindo ao pegar.Em seguida, ele pegou sua mochila, retirou o laptop e as ferramentas, começando a montagem.Ao observar a figura do filho, Liliane sentiu uma amargura em seu coração. Durante a gravidez dos trigêmeos, ela enfrentou complicações.Quando acordou, os médicos informaram que o terceiro filho havia falecido durante o parto. Se ele tivesse sobrevivido, certamente seria tão vibrante e saudável quanto Alice e Ian.Liliane reprimiu suas emoções dolorosas e se virou para Eduardo. - Eduardo, você organizou tudo para Lucinda? – Perguntou Liliane.- Ela pegará o avião na manhã depois de amanhã. – Respondeu Eduardo, dando um gole no café.Liliane assentiu, pegou os óculos d
- Lili, você consegue resolver sozinha? – Perguntou Eduardo, preocupado, erguendo seu rosto charmoso.- Não posso deixar você sempre me acompanhando. Além disso, quero dar uma olhada na escola particular para a Alice e o Ian. Eles estão na idade de estudar agora. – Respondeu Liliane, sorrindo de leve.Antes de voltar ao país, ela já havia pesquisado escolas online. Embora estivesse tentada a escolher uma imediatamente, decidiu visitar as escolas para garantir.- Tudo bem, então eu não vou com você. Evitamos olhares curiosos. – Disse Eduardo, resignado.Liliane assentiu, se arrumou um pouco e se despediu dos dois filhos antes de sair.Quando a porta se fechou, Ian levantou os olhos para observar Eduardo, que estava ocupado brincando de casinha com Alice. Então, suas mãos delicadas voaram sobre o teclado.A página do jogo foi rapidamente substituída pela interface de login de um site de uma organização de hackers.Logo, uma mensagem apareceu. O remetente era Ang.“Preciso de ajuda, di
Um som abafado ressoou e Liliane soltou um gemido abafado de dor.Breno, deitado em seu colo, ficou tenso ao ouvir o som estranho e levantou a cabeça rapidamente.Seu olhar, cheio de incredulidade, encontrou Liliane.Liliane segurava Breno com uma mão e massageava as costas doloridas com a outra, após o impacto.Com a boca torcida, ela se endireitou, priorizando verificar se Breno estava ferido.- Pequeno, você está bem? - Perguntou Liliane.A mente de Breno reagiu rapidamente, mas seu corpo parecia congelado.Ao sentir o suave aroma que vinha de Liliane, as inquietações acumuladas em seu coração pareciam desaparecer.Ele normalmente evitava contato humano, mas não com ela.Ela, mesmo após cair, estava preocupada com ele...Liliane, perplexa, olhou para ele. - Pequeno? Alguma dor? - Continuou Liliane.Os olhos escuros de Breno ficaram frios de repente, ele rapidamente se afastou de Liliane.Com os lábios cerrados, ele baixou a cabeça e agradeceu a ela, quase inaudível. Então, se viro
- Estou indo agora mesmo! - Disse Marcela.- Marcela! - Falou Liliane, apressadamente. - Não deixe que as pessoas dele percebam. - Eu nem sabia que William tinha tanta paciência! A grama sobre seu túmulo foi arrancada há cinco anos! Como é que ele ainda é tão obstinado? - Resmungou Marcela, ao celular.- Desculpe por te envolver nisso. - Desculpou Liliane.- Ah, eu só estou falando! - Brincou Marcela. - De qualquer forma, ele não vai descobrir que estou me comunicando com você, não é? - Vou te enviar minha localização, nos vemos lá. - Disse Liliane, com um sorriso.- Ok. - Respondeu Liliane, desligando a chamada.Ao abrir a porta de casa, Liliane ouviu a risada contínua de Alice na sala.Um sorriso apareceu nos lábios de Liliane ao ver Alice se divertindo. - Alice, estou de volta. - Disse Liliane.Alice olhou para a porta, largou imediatamente seus brinquedos e correu na direção de Liliane.- Mamãe, bem-vinda de volta! Já decidimos para qual escola eu vou? Posso ir para o mesmo infa
À noite.Marcela foi jantar, Liliane e Eduardo prepararam uma mesa farta de delícias.Assim que Marcela chegou, Alice abraçou ela imediatamente.- Madrinha! - Chamou Alice, com voz suave.- Ai, Alice! Senti tanto a sua falta! Me deixe te dar um beijo! - Disse Marcela, abraçando ela.Alice colaborou, colando seu rosto pequeno perto dela.Depois de beijar Alice, Marcela voltou sua atenção para Ian.- Ian, estou aqui e você fica aí parado, pode aprender um pouco com sua irmã! - Disse Marcela, fingindo estar brava.- Mamãe disse que homens e mulheres não devem se beijar. - Respondeu Ian, calmo como sempre.Marcela ficou sem palavrasIan se parecia tanto com William!- Mãe-dependente. - Resmungou Marcela.- Isso significa que eu amo minha mãe e me orgulho disso. - Retrucou Ian, tranquilamente, exibindo um orgulho claro em seu rosto delicado.Marcela, com raiva, olhou para Liliane. - Liliane! Você ensinou muito bem seu filho! - Reclamou Marcela.Liliane, segurando o último prato, o colocou
Um de setembro.Liliane acordou cedo para preparar o café da manhã para suas duas crianças e levou eles para o infantário.Ao chegar à entrada do infantário, Liliane levou seus filhos para dentro.No caminho, havia crianças chorando sem parar.Ao contrário, Alice e Ian estavam surpreendentemente comportados.- Mamãe, a escola é assustadora? Por que eles estão chorando. - Disse Alice, beliscando a mão de Liliane.Liliane estava prestes a explicar quando Ian se adiantou.- Não há professores canibais na escola. Nenhum diretor que brinque com chibata. Alice, não se preocupe com isso. - Disse Ian, com um sorriso leve nos lábios, olhando para Alice.Liliane queria apoiar a cabeça. Ian estava acalmando Alice ou assustando Alice?- Você está tentando me assustar novamente! Eu não sou criada com histórias de terror! - Disse Alice, inflando as bochechas.- Claro. - Disse Ian, sorrindo. - Você cresceu desenhando mapas. Alice, incapaz de argumentar, olhou para Liliane em busca de ajuda.- Mamãe,