— Sim.Paulo recebeu a ordem e foi até o final do jardim de inverno. Em um canto, encontrou Henrique Coelho. Henrique estava sob o efeito da droga, a consciência já turva, mas ele ainda conseguiu ouvir vagamente a voz de Mateus.— Meu irmão... Ele veio?— Sim, Sr. Henrique, o Sr. Mateus está aqui.— Diga ao meu irmão, a Valentina... Nós fomos enganados. Eu e a Valentina... Não aconteceu nada. Que ele... — Henrique Coelho falou com urgência.Paulo lembrava claramente que, antes, na cidade HC, o Sr. Henrique havia se esforçado de todas as formas para "se aproximar" da Sra. Valentina, tudo para que o Sr. Mateus o interpretasse mal.Mas agora, suas palavras...— Não se preocupe, Sr. Henrique. O Sr. Mateus cuidará bem da Sra. Valentina, mas agora preciso tirá-lo daqui.Na velha mansão, havia uma ala médica e, no jardim de inverno, uma pequena porta lateral. Paulo ajudou Henrique Coelho a se levantar e, passando pela pequena porta lateral, desapareceram silenciosamente na escuridão, sem
A antiga mansão da família Mello era imensa. Todos os convidados da festa estavam participando da busca. Vitor mal havia saído do salão quando um empregado chegou apressado com uma notícia: — Sr. Vitor, o Sr. Henrique... Ele desapareceu! Antes que Vitor pudesse reagir, Kayra, que estava ao seu lado, demonstrou uma preocupação evidente no rosto: — Vitor, o Henrique... Será que ele...? O que ela queria dizer era se Henrique Coelho não estaria tendo uma recaída. A doença de Henrique Coelho era um segredo da família Mello. Se ele tivesse um ataque hoje e, por acaso, Valentina estivesse envolvida, a situação se tornaria muito mais grave. Kayra estava propositalmente guiando Vitor a pensar nessa possibilidade. Mas ela sabia que o verdadeiro "espetáculo" estava longe de ser apenas uma recaída de Henrique Coelho que pudesse envolver Valentina. O que estava prestes a acontecer era muito mais sério, mais dramático. O nome "Henrique", pronunciado tão claramente por ela, foi ou
Nina fez a pergunta que quase todos ali presentes queriam fazer.Todos olhavam para aquele canto, esperando que alguém respondesse.O silêncio no ar era quase sinistro.Valentina sentia o corpo fraco e, se não fosse o homem à sua frente a ampará-la, mesmo sem o efeito do medicamento, ela já estaria tão assustada que suas pernas teriam cedido.Até então, sua mente estava cheia apenas do desejo de provar aqueles lábios sensuais, mas, no momento em que aquelas pessoas invadiram o recinto, ela finalmente recuperou um pouco de sua lucidez.As vozes invadiam seus ouvidos uma a uma.Ela ouviu Rafaella preocupada chamando: — Vali. E alguém dizendo. — Henrique, você..."Henrique? Sim, o Henrique também foi drogado."Mas, neste momento, quem a sustentava pela cintura, apoiando seu corpo fraco e a protegendo da vista dos outros, não era Henrique Coelho, e sim Mateus!E a pessoa que ela "ofendeu" agora há pouco também era Mateus.Ao lembrar de seu descontrole anterior, o rosto de Valentina fico
À medida que ele se aproximava lentamente, todos o notaram.No instante em que o avistaram, praticamente todos ficaram paralisados no lugar. Só quando ele chegou mais perto e parou na frente deles, perceberam que estavam bloqueando seu caminho. Rapidamente deram um passo para trás, abrindo passagem para ele seguir.Ele... Ele...Henrique Coelho!Todos mantiveram seus olhares fixos naquele rosto por um longo tempo. Finalmente, conseguiram confirmar: ele era realmente o Henrique Coelho!"Mas se ele é o Henrique Coelho, então quem é o homem que está naquele canto com a Srta. Valentina?"Por um momento, todos ficaram confusos.Especialmente Kayra.No momento em que viu Henrique Coelho, a expressão de diversão em seus olhos desapareceu por completo. Apenas uma pergunta ecoava incessantemente em sua mente: "O Henrique... Como ele pode estar aqui?""Sim, ele não deveria estar aqui! Ele deveria estar ao lado de Valentina, não é? Se ele está aqui, então quem é que está com a Valentina..."Ela n
Coisas da família Mello! "Coisas da família Mello?" Nina pensou, um pouco confusa. Ela era uma pessoa perspicaz, mas há pouco estava tão concentrada em concretizar o casamento entre as famílias Mello e Castro que não percebeu outros detalhes. Agora, ao ser alertada por Afonso, começou a notar algo estranho. Ela sabia que Mateus estava completamente envolvido com Valentina. No entanto, com a personalidade de Mateus, mesmo que estivesse apaixonado por Valentina, ele jamais comprometeria a reputação dela agindo imprudentemente no jardim de inverno, ainda mais sendo pego por tantas pessoas. Nina lembrou da postura de Mateus protegendo Valentina com o corpo e se convenceu ainda mais disso. O ocorrido há pouco só podia significar uma coisa: "O que aconteceu hoje nesse jardim de inverno não foi normal." O rosto de Nina escureceu um pouco. Ela começou a repassar mentalmente todas as coisas estranhas que aconteceram desde que entrou ali e, de repente, disse: — Senhoras e sen
Depois que os convidados foram embora, os tios e sobrinhos da família Castro, os irmãos da família Freitas e todos da família Mello permaneceram no salão.A animada festa de aniversário havia se transformado num lugar de completo silêncio. Ninguém dizia uma palavra, cada um exibia uma expressão diferente, e a atmosfera estranha fazia o enorme bolo de aniversário no centro do salão, que ainda não havia sido cortado, parecer ainda mais irônico.Nesse momento, muitos ainda tinham em mente as palavras que Mateus havia dito aos convidados lá fora.Marido e mulher…"Mateus e Valentina... São casados?!"Aqueles que já sabiam disso anteriormente, como Henrique Castro e Afonso, reagiram com desprezo; outros, como Daniel e Henrique Coelho, se mantiveram impassíveis.Rafaella, por outro lado, estava apavorada.Ela não havia contado à senhora sobre o casamento de Valentina e Mateus.Disfarçadamente, olhou na direção de Kayra, mas a expressão da senhora permaneceu inalterada...Quanto mais inaltera
Mas ninguém presente acreditava nela. Até mesmo Vitor franziu a testa, sentindo uma inquietação crescente no peito, cada vez mais intensa, como um fogo se alastrando. Apesar disso, ele reagiu rapidamente e, antes que alguém pudesse dizer algo, tomou a palavra para defender Kayra: — Mãe, a Kayra esteve o tempo todo comigo... Vitor não conseguiu terminar de falar; uma leve risada o interrompeu. Ele olhou para Henrique Coelho e sentiu uma pontada ao ver a frieza em seus olhos, o que despertou uma raiva dentro de si. — Henrique... — Henrique, conte o que aconteceu? — Nina ignorou a irritação de Vitor. Interrompido novamente, Vitor ficou com uma expressão sombria. Mas, naquele momento, ninguém se importava com isso. Embora quem estivesse na estufa com Valentina fosse Mateus, o mal-entendido inicial envolvia Henrique. — Hoje a família Mello tinha um grande evento. Alguém me trouxe de volta para cá. Achei que era para uma reunião de família, mas, ao que parece, era para
Kayra apenas olhou para Sadi por um momento antes de desviar o olhar rapidamente, sem ousar encará-lo novamente.— Eu não sei de nada.Ela olhou para Vitor, com uma expressão inocente. Chegou até a estender a mão para segurar o braço de Vitor.— Vitor, eu não sei quem ele é.Mesmo com o homem já ali na frente dela, ela ainda queria se esquivar da verdade!Henrique Coelho deu uma leve risada. Aquela mulher era mestre em fingir inocência, mas, mesmo que negasse agora, com o tempo, acabaria confessando. Ele olhou para Paulo.Antes de entrar, Paulo já tinha arrancado tudo o que podia de Sadi.— A Sra. Kayra não o conhece, mas parece que ele conhece muito bem a senhora!A entonação na palavra "muito" foi propositalmente reforçada.Kayra sentiu um leve tremor no coração, e uma expressão de descontentamento se formou rapidamente em seu rosto.— Pelo modo como ele se veste, parece ser um dos seguranças do Grupo QY. O Grupo QY serve à família Mello. Não é estranho que ele me conheça.De fat