Valentina não gostava de ser observada por tantas pessoas e suspirou silenciosamente.Porém...Ela viu algumas pessoas se aproximando do lado de fora da multidão.Aquele homem de meia-idade, que na primeira vez que se viram lhe pareceu familiar e, na segunda, ela descobriu ser seu pai biológico. Um homem contido e estável.E o outro, ele a tratava com imenso carinho. No começo, eles tinham apenas uma relação de irmãos adotivos, mas de repente ele se tornou seu primo de sangue, Henrique, que exalava uma autoridade inegável.E mais outro, que a protegeu o tempo todo. Mesmo podendo ter mantido todos os negócios da família Freitas sob seu controle, ele seguiu à risca o testamento do avô, revelando a identidade dela e entregando toda a família Freitas ao seu irmão, Daniel, gentil e elegante.E também... Mateus!À medida que eles se aproximavam, seus olhares se encontraram, e a cada passo que davam em sua direção, Valentina sentia seu coração inexplicavelmente mais tranquilo.Cada um deles,
Seguidos de vários "bom", vieram mais alguns "nada mal".Mas o rosto de Afonso não mostrava nenhum traço de alegria.Por fim, ele ainda deu um tapinha no braço de Mateus:— Então, vou esperar pelo seu grande casamento!"E daí que se casaram no papel? No fim, tudo ainda depende da Valentina!"Se Valentina tiver qualquer insatisfação com Mateus, ou se ele não puder garantir a felicidade dela para o resto da vida, isso também não vai contar!Afonso se virou e foi embora.Mateus ficou onde estava. Délcio rapidamente se aproximou, curioso:— Sr. Mateus, o que o Sr. Afonso estava lhe dizendo?Ele observava de longe.Embora o Sr. Afonso estivesse sorrindo ao falar com o Sr. Mateus, o frio que emanava dele era mais gelado do que qualquer coisa que Délcio já tinha visto em Mateus.Mateus lançou a ela um olhar indiferente:— Quer saber?Délcio acenou com a cabeça com entusiasmo.Achava que sua curiosidade seria imediatamente satisfeita, mas quem diria que o Sr. Mateus soltaria friamente:— Então
Nina naturalmente pensou no bordado inacabado que ainda estava restaurando no escritório. Naquele dia, quando ouviu Valentina falar sobre o bordado na antiga mansão, Nina percebeu que Valentina entendia de restauração.Seria uma boa oportunidade para visitar Valentina sob o pretexto de restaurar o vestido danificado, e assim tudo pareceria natural e sem estranheza. Pensando nisso, um sorriso de satisfação finalmente apareceu no rosto de Nina.Ao mesmo tempo, outra pessoa também estava pensando em Valentina.Kayra estava recostada no peito de Vitor. Naquele momento, ela já estava mais calma e, pensando no seu aniversário que se aproximava, Kayra de repente disse:— Vitor, neste aniversário eu quero me vestir de um jeito especial. Quero criar mais momentos inesquecíveis com você.Vitor, sempre carinhoso com Kayra, não hesitou em concordar:— Claro que pode. Todos os vestidos de grife do mundo, qualquer um que você gostar, eu compro para você.— As outras marcas são boas, mas eu gosto
— Claro que é uma coisa boa. — A voz de Daniel soava como sempre, tranquila, como se nada tivesse acontecido. — Fico feliz que você esteja satisfeita por Vali. Quanto ao testamento do vovô, vocês não têm objeções, certo?Enquanto falava, Daniel lançou um olhar para Rafaela, que ainda estava sentada no sofá.Naquele dia, a família Castro havia convidado a mídia para o evento.A notícia de que Valentina herdaria todas as propriedades da família Freitas se espalharia por toda a Cidade JC no dia seguinte.Janaína ainda não tinha sido informada, mas naquele evento, Rafaella e Rafaela já estavam cientes disso!— Sem objeções! Claro que não! — Rafaella foi a primeira a falar, com uma expressão aparentemente genuína de felicidade. — Fui adotada pelo vovô. Ele me deu um lar, e já sou imensamente grata por isso. Qualquer decisão que ele tomasse seria a correta. Além disso, Vali é sua neta de sangue, descendente direta da família Freitas. Tudo que pertence à família Freitas sempre foi destinado a
— Rafaella... — Rafaela a chamou.Rafaella se virou e encontrou os olhos de Rafaela. Por um breve momento, viu uma leve expressão de sarcasmo, mas ao olhar mais de perto, o que encontrou foi a habitual aparência de subserviência e humilhação.Parecia que o que havia visto antes não tinha passado de uma ilusão.Por isso, Rafaella não deu muita importância.Rafaela nunca teve sequer o direito de ser digna de sua atenção!— Há mais alguma coisa? — Rafaella levantou ligeiramente o queixo, com uma postura arrogante, como se estivesse olhando para um inseto insignificante.Rafaela também não se importava.Seus olhos brilharam. — Não, nada.Rafaella franziu a testa.Ela olhou para Rafaela, e sua expressão era realmente irritante. Se não fosse pelo silêncio da noite e pelo fato de o quarto de Daniel não estar muito longe, ela com certeza teria dado uma boa lição em Rafaela.— Hmph! — Rafaella soltou um suspiro desdenhoso e saiu do quarto.Ao sair, não fechou a porta.Rafaela ouviu Rafaella e
Rafaella estava completamente confiante. Ela, porém, não sabia que a situação atual já havia mudado. Se antes era ela quem manipulava os outros, agora as posições haviam se invertido, e ela se tornou a pessoa manipulada. Daniel ainda estava imerso no choque da frase que Rafaella havia dito há pouco: "Vamos ao telhado ver a cidade de manhã, como fazíamos quando éramos crianças." Rafaella sempre gostou de acordar cedo. Toda vez que ela acordava, subia para o telhado e sentava, esperando o amanhecer. Ela dizia que, antes de conhecer o avô, sua vida era como a noite, mas que, depois de encontrá-lo, sua vida começou a clarear aos poucos. Toda vez que via o amanhecer, se lembrava de valorizar o presente. Ele sabia desse seu gosto e, sempre que ela subia ao telhado, a acompanhava. Mesmo que não dissessem nada, os dois ficavam sentados no chão, esperando o céu escurecido se transformar em luz. "Mas essa Rafaella falsa... Ela também sabe disso? Como ela sabe dessas coisas?"
Ela realmente conseguiu se levantar. Mas no momento em que se levantou, Fábio ainda se apressou, nervoso, para segurá-la pelo braço.— Irmão, olha! — Giulia se gabou, como se quisesse mostrar algo, e logo em seguida fez um charme. — Irmão, vai, me conta logo!Fábio olhou para a irmã e, pela primeira vez na frente dela, começou a falar sobre Agatha.— Eu conheci Agatha por causa da Valentina.Giulia sabia que Agatha e Valentina se conheciam.Mas ela não sabia que Fábio havia conhecido Agatha por intermédio de Valentina.Enquanto Giulia mostrava surpresa em seu rosto, Fábio indicou para que ela se sentasse e continuou contando como conheceu Agatha.— Sempre gostei da Valentina, desde muito tempo atrás. Sabia do talento dela para o design, e usei meu cargo de diretor de design na K&K para pedir "ajuda" com um vestido, mas, na verdade, eu tinha uma intenção oculta. Eu queria criar uma oportunidade para estar com ela. Mesmo sabendo que ela tinha o Heitor como noivo, ainda assim permiti que
A recepcionista gritava internamente. Antes, ela sempre chamava a mulher de Sra. Baptista, mas naquele momento...A recepcionista sabia que, se não lidasse bem com a situação, só atrairia mais problemas. Mas o que ela deveria fazer?Sua hesitação momentânea irritou ainda mais Janaína.Janaína já estava furiosa, e a pessoa à sua frente tinha cruzado seu caminho, então era azar dela. Ela só tinha que aceitar. Janaína levantou a mão mais uma vez, mas, desta vez, uma mão segurou seu pulso.As pessoas ao redor ficaram surpresas por um instante ao ver o Sr. Daniel saindo do elevador, e todas suspiraram de alívio.Ainda bem, o Sr. Daniel finalmente chegou!E quem estava junto com o Sr. Daniel...Todos olharam para a mulher que segurava o pulso da Sra. Baptista.Alguém com visão afiada a reconheceu.— Srta. Valentina...Srta. Valentina!"Não era ela quem estava no topo das manchetes hoje? Ela é a neta legítima do Sr. Jorge, herdeira do Grupo Freitas!"— Agredir alguém em público não é um pouc