— Você esqueceu do acordo de ontem? — O Sr. Henrique perguntou em um tom de desagrado.Valentina de repente se lembrou do que eles haviam combinado na noite anterior, mas não esperava que o Sr. Henrique fosse tão eficiente e determinado.— Irmão...Valentina pensou no acordo da noite passada e quis dizer: "Mesmo que tenhamos combinado, não precisava ser... Tão rápido, certo?"Mas seu protesto foi ignorado pelo Sr. Henrique.— Já organizei uma equipe profissional. A Srta. Giulia está no hospital há muito tempo e deve estar entediada. É uma boa oportunidade para mudar de ares. — O Sr. Henrique lançou um olhar de advertência para Valentina. — Vamos fazer assim!Parecia que, se Valentina hesitasse mais um pouco, ele ficaria realmente zangado.Valentina ficou em silêncio por um momento.Ela ainda não havia contado ao Daniel sobre isso."Se sairmos assim, o que o Daniel vai pensar?"Valentina estava um pouco em dúvida, mas o Sr. Henrique percebeu sua preocupação.— Eu vou explicar tudo para
— Irmão... — Rafaella sorriu como de costume. Já que não havia tempo para fugir, ela decidiu agir com ousadia e despreocupação. Ela acreditava que, dado o sentimento de Daniel por "Rafaella", ele não suspeitaria de nada. E, como ela previa, Daniel não achou estranho vê-la sentada em sua mesa de trabalho. — Está com fome? Já é meio-dia, vou te levar para almoçar. — Daniel se aproximou de Rafaella com um sorriso radiante. — Sim, estou com fome! Quero experimentar o que o irmão costuma comer!Rafaella correu alegremente para Daniel e, sem qualquer hesitação, segurou seu braço. Os dois saíram juntos do escritório. No escritório, o telefone tocou novamente, mas ninguém atendeu. Só quando voltaram do almoço, Rafaella se lembrou de algo importante e correu para o escritório. Ao pegar o telefone, viu várias chamadas não atendidas. — Irmão... Desculpa, eu esqueci... — Rafaella parecia profundamente arrependida. Daniel, com uma expressão calma e carinhosa, respondeu:— Não tem nada que se
Diana...Ela sabia muito bem por que Diana estava quase todos os dias ao redor de Nina recentemente.De longe, Kayra viu Diana dizer algo para Nina com grande entusiasmo e, em seguida, sair furiosa.Parecia que Nina mais uma vez não cedeu aos desejos de Diana!Kayra arqueou a sobrancelha friamente.Pouco tempo depois, ouviu o som de objetos sendo quebrados no andar de baixo, seguido pelo barulho de saltos altos subindo as escadas, passo a passo.Ela estava subindo.Kayra sorriu levemente e saiu do quarto.Ela chamou Diana quando esta estava prestes a entrar em seu próprio quarto:— Diana...Diana parou e, ao seguir a voz, viu Kayra do outro lado do corredor. Ao perceber que Kayra estava assistindo ao seu "espetáculo", Diana sentiu a raiva subir ainda mais.Ela não queria dar atenção a Kayra.Mas Kayra se aproximou.— Diana, tenho vinho no meu quarto, que tal uma taça?Beber uma taça?Embora fossem cunhadas e vivessem sob o mesmo teto por muitos anos, nunca haviam bebido juntas em priva
— Daqui a dois dias, a Valentina vai passear na Serra da Esperança.Ao receber essa notícia, Diana ficou extremamente feliz, ignorando completamente os repetidos avisos de Kayra para não fazer nenhuma besteira."Besteira? Seria uma besteira deixar Valentina escapar!"Serra da Esperança, hein?Ela esperava que a Serra da Esperança se tornasse o túmulo de Valentina, afinal, nas montanhas, qualquer tipo de acidente poderia acontecer, não era?...Valentina recebeu a ligação de Daniel dois dias depois.— Mano?A voz de Valentina veio do outro lado da linha, e Daniel ficou claramente surpreso. Sua voz estava leve e alegre, parecia que ela estava se saindo bem na casa do Sr. Henrique.Daniel originalmente queria confrontá-la sobre a questão de ter tirado Giulia do hospital, mas ao ouvir aquela voz alegre, ele ficou sem palavras.Depois de um breve silêncio, Daniel finalmente disse:— Daqui a dois dias, toda a nossa família vai fazer uma viagem à Serra da Esperança.— Serra da Esperança? — Va
Mas... Desconfiar dela?Valentina não pôde deixar de rir.— Você só ouviu eu mencioná-la algumas vezes, como é que já não gosta dela? Ela é uma boa pessoa, e, além disso, eu quase não tenho contato com ela.— Uma boa pessoa? — Giulia fez uma careta. — Não sei, mas tenho uma sensação estranha... De que ela não é alguém simples!De repente, Valentina se lembrou das palavras do Sr. Henrique naquele dia.Mas ela ainda não deu muita importância.— Meu irmão também me disse que ela não é boa coisa. Deve ser porque vocês se importam muito comigo, se preocupam demais, por isso ficam pensando demais.Giulia, no entanto, se agarrou a um ponto curioso:— Viu? Até o Sr. Henrique disse isso! Acho que você deveria ouvir nossa intuição!Valentina hesitou por um momento.— Tem que ouvir! — Giulia lançou um olhar "severo" para Valentina.Valentina, fingindo estar assustada, acenou rapidamente com a cabeça.— Vou ouvir, com certeza!Vendo que Valentina aparentemente tinha levado suas palavras a sério,
A Serra da Esperança era uma montanha localizada nos arredores da cidade JC, não muito distante.Por isso, logo o carro de Daniel chegou ao sopé da Serra da Esperança.Junto com eles, outros membros da família Freitas também chegaram quase ao mesmo tempo. Rafaela estava lá, e até Anthony e Janaína vieram.Quando Rafaela viu Rafaella, sua expressão ficou sombria.Janaína apenas lançou um olhar indiferente para Rafaella, mas, recentemente, ela e Daniel estavam em uma disputa acirrada, e assim que viu Daniel, não conseguiu evitar ser sarcástica.— Sr. Daniel, você realmente tem boas táticas. Ouvi dizer que essa Srta. Rafaella acabou de voltar, e você já a colocou na empresa. O que é isso? Quer usá-la como seu trunfo para garantir uma fatia maior da herança da família Freitas? — Janaína riu friamente e, em seguida, olhou para Valentina. — E esta aqui? Por que não a colocou também no Grupo Freitas?Nesses últimos tempos, Janaína sofreu muitos reveses nas mãos de Daniel.Mesmo com suas palav
Valentina ficou momentaneamente atônita, mas logo afastou o sentimento de inquietação em seu coração e perguntou:— Onde você a viu?O homem apontou na direção da montanha:— Lá em cima, uma garota, mais ou menos da sua altura, bastante bonita. Parece que torceu o tornozelo, está sentada lá, não se mexeu. — Ele falou com firmeza.Valentina imediatamente agradeceu:— Obrigada.O homem não respondeu ao agradecimento de Valentina, apenas fechou os olhos novamente e continuou a descansar.Valentina seguiu na direção apontada pelo homem, subindo as escadas, atenta à floresta ao lado, com medo de passar por Rafaella sem perceber.Depois que Valentina partiu, algum tempo se passou.No quiosque, o homem, que antes descansava com os olhos fechados, os abriu novamente e seguiu na direção que Valentina havia tomado.E o outro homem...Desde que Valentina entrou no quiosque, Afonso ficou atordoado com aqueles olhos.Depois disso, seus olhos não a deixaram por um segundo.Em sua mente, havia apenas
Afonso falou de maneira despreocupada, mas no tom de sua voz havia um inconfundível arrependimento e pesar que ele não conseguiu esconder. Valentina percebeu isso e não pôde deixar de consolá-lo: — Talvez um dia você a encontre! Afonso ficou ligeiramente surpreso. Ao olhar nos olhos de Valentina, por um momento, ele ficou um pouco atordoado: — Você está certa, talvez um dia eu a encontre! "Haverá mesmo esse dia?" Afonso respirou fundo. — Garotinha, você está procurando seus companheiros, mas há muitas bifurcações nesta montanha. É fácil se perder. Se encontrar alguém como aquele que vimos antes, será muito perigoso. Se confiar em mim, posso acompanhá-la na busca. Afonso afastou os pensamentos que o distraíam. Por algum motivo, ele não queria se separar da garota chamada Valentina. — Não vou tomar seu tempo? — Valentina confiava nele. Mais do que isso, ao olhar para ele, sentia uma crescente sensação de familiaridade. Afonso sorriu: — Claro que não. Tenho o d