De repente, um sorriso surgiu no canto da boca de Mateus. Ele queria perguntar se ela sabia quais seriam as consequências de vir até aqui. Mas num instante, desistiu de perguntar. Ela estava preocupada com ele! Isso já era suficiente. Quanto ao resto... Mateus segurou o pulso de Valentina e a puxou para seus braços, se inclinando para beijá-la nos lábios. A porta do quarto foi fechada. Valentina ficou atordoada, girando a cabeça devido ao beijo, até que se recuperou e percebeu algo incomum no comportamento do marido. Sua reação parecia muito com as duas vezes anteriores em que foi drogada. Ele também foi drogado? - Vali... - A voz de Mateus sussurrava em seu ouvido enquanto a abraçava, desejando poder fundi-la a seu corpo. Na sala, a temperatura disparou. Valentina tinha certeza de que ele tinha sido drogado. Ela quis empurrá-lo, mas, pensando nas vezes anteriores em que o marido se sacrificou para salvá-la, agora que ele estava em apuros, parecia injusto não
Mateus tinha um olhar frio:- Como ela veio parar aqui?Além de Valentina, somente Osvaldo sabia que ele estava aqui.Osvaldo hesitou por um momento, diante da ira implícita em Mateus, seu ânimo enfraqueceu instantaneamente:- Rafaela estava te procurando, então eu a trouxe, afinal... Ela ainda é... Uma amiga.Mateus franziu a testa.Osvaldo sentiu um calafrio interior e continuou explicando:- Eu ia subir com ela, mas recebi uma ligação de última hora e deixei que ela subisse primeiro. Não aconteceu nada, certo?Osvaldo olhou ao redor do quarto, sentindo que essa cena lhe parecia familiar.De repente, ele percebeu algo e seus olhos se arregalaram:- Ontem à noite... Quem foi? Foi uma armadilha? Que mulher foi? - Osvaldo de repente olhou para Mateus com uma pitada de acusação. - Você assim, bêbado e desregrado, como fica a bela moça?Mateus ficou sem palavras.Ele sabia que Osvaldo havia entendido mal.Ele não queria explicar, mas aquele olhar repreensivo de Osvaldo parecia realmente p
Mateus inicialmente se sentiu um pouco descontente, mas logo um sorriso indulgente surgiu no canto de sua boca.Ela havia ficado exausta na noite anterior.Talvez estivesse recuperando o sono perdido e, ao ouvir o toque irritante do celular, sem nem sequer olhar quem era, o desligou de forma descompromissada e continuou dormindo.Mateus visualizou essa cena em sua mente, seu rosto bonito iluminado por um sorriso plenamente satisfeito.Ele olhou para o relógio e decidiu que, quando ela tivesse dormido o suficiente, prepararia um almoço para levar até ela.Ao longo do caminho, Mateus estava radiante.Enquanto isso, algo parecia pesar no coração de Rafaela.Ela já estava alerta antes, mas agora, ao ver Mateus tão dedicado a outra mulher, sabia que as coisas não seriam fáceis.Rafaela não insistiu mais com Mateus.Pediu ao Osvaldo que a levasse ao Mar Grande Hotel e saiu do carro.Mateus recebeu uma ligação da empresa no último minuto, e ele havia passado muito tempo na Estrela Luminosa Jo
Paulo ainda não tinha terminado de falar quando Mateus lhe lançou um olhar frio.- Amanhã falamos! - Disse Mateus, saindo apressado.O que poderia ser mais importante do que levar o almoço para Valentina?- Mas... - Mas se deixarmos para amanhã, será tarde demais!Paulo observava a figura satisfeita do Sr. Mateus desaparecer de vista, confuso.Apenas ontem, o Sr. Mateus parecia desolado, como se tivesse sofrido um desgosto amoroso, inacessível. Agora, em apenas uma noite, parecia ter se transformado em outra pessoa.O que teria acontecido na noite passada?Paulo pensou."Talvez a Srta. Valentina não seja tão importante para Sr. Mateus, senão, como ele poderia ter se recuperado tão rapidamente da dor de um coração partido?"E a mensagem que ele tinha acabado de receber...Paulo refletiu por um momento, decidindo deixar esses pensamentos de lado.Enquanto isso, Valentina já havia resolvido as questões da empresa e olhou para o relógio: eram onze e quinze.Era a hora perfeita para almoça
A expressão de Mateus escureceu subitamente.- O que significa que ela estava na empresa pela manhã, mas agora provavelmente não está mais?"Valentina não deveria estar descansando esta manhã?"Paulo, assustado com o rugido baixo dele, piscou os olhos, visivelmente abalado:- Quando você saiu há pouco, eu disse que tinha algo importante para contar, mas você falou que falávamos amanhã...Mesmo através do telefone, Paulo sentiu um arrepio.- Fale! - Ordenou Mateus, com frieza.- O Sr. Daniel estava na área de recepção da Estrela Luminosa Joalheria esperando pela Srta. Valentina durante toda a manhã, parece que eles planejavam sair juntos por volta deste horário...Eles provavelmente estariam juntos, desfrutando de uma refeição agradável agora.Paulo não se atreveu a completar a frase.Houve um silêncio do outro lado da linha.Paulo quase pensou que a ligação tinha sido desligada e chamou tentativamente:- Sr. Mateus?Finalmente, uma voz veio do telefone:- Descubra imediatamente onde el
- Obrigado, Sr. Daniel... - Valentina, ainda assustada, agradeceu rapidamente.Daniel sorriu gentilmente.- Já que te chamo de Valentina, se você me chamar de Sr. Daniel, não fica muito formal?Valentina se sentiu um pouco constrangida.Não chamar o de Sr. Daniel, então como chamá-lo? Daniel? Isso... Não seria muito informal?- Dan, pode me chamar de Dan! - Daniel sugeriu com um olhar indulgente.- Certo, Dan!Esse apelido não era nem muito formal nem muito íntimo, era perfeito!Não muito longe, Mateus também já havia entrado no parque de diversões.Observando os dois conversando e rindo, seu olhar parecia assassino.Ele, o imponente Sr. Mateus, que antes havia reorganizado de forma decidida e implacável as outras linhagens da família Mello, agora parecia não ter qualquer recurso diante de Valentina.Paulo, ao lado, mal ousava respirar, temendo provocar sua ira e ser injustamente punido.Até que, às cinco da tarde, Mateus viu Valentina e Daniel deixarem o parque de diversões e entrarem
Daniel achou estranho que, dessa vez, Mateus permanecesse ao lado, observando atentamente e com o corpo todo em guarda, sem ousar se aproximar. Contudo, quanto mais assim, mais interessante se tornava.Daniel entrou com Valentina no museu.Mateus saiu do carro e os seguiu, apressando os passos, mas ao chegar na entrada, foi barrado pelo funcionário que conferia os ingressos.- Desculpe, senhor, sem ingresso, não pode entrar. Por favor, dê licença para que outros senhores e senhoras com ingressos possam passar. - Disse o jovem atendente.Ele exibia um sorriso padrão, amigável em seu rosto. Mas um olhar para Mateus revelou seus verdadeiros pensamentos. Esse homem tão bonito e bem vestido tentava entrar sem pagar. Com ele na porta, nem moscas nem mosquitos conseguiriam entrar sem ingresso.Mateus recuou para o lado, seu rosto belo escurecido pela irritação. Nunca havia sido deixado do lado de fora antes.Ao lado, Paulo não pôde deixar de admirar o atendente silenciosamente. O olhar
Valentina e Daniel se viraram ao mesmo tempo.Ao verem a pessoa atrás deles, a expressão de ambos mudou.A recém-chegada era ninguém menos que Rafaela.Daniel franziu a testa, parecia que ele não queria ser incomodado pela Rafaela naquele momento.Mas Rafaela raramente via Daniel acompanhado de outra mulher, e essa mulher...O olhar de Rafaela deslizava pelo rosto de Valentina.Quando Valentina a viu, seu corpo inteiro se enrijeceu; mesmo com óculos escuros, ela a reconheceu imediatamente.A nova chefe do marido gigolô de primeira linha.Ela não esperava encontrá-la ali."O marido gigolô de primeira linha, também veio?"Quase instintivamente, Valentina olhou ao redor e, ao não ver a figura do marido, respirou aliviada.No entanto, no momento seguinte, percebeu que estava um pouco assustada com a ideia de vê-los juntos novamente.Especialmente depois da noite passada, sentia uma opressão no peito.Daniel notou que o rosto de Valentina estava um pouco pálido e perguntou com preocupação: