Isabella— Rose, volto para casa mais cedo e deixei avisado no escritório sobre o noivado do nosso sobrinho.Ouvia a conversa dos meus avós, deitada no sofá da sala, fingia ler um livro, quando, na verdade, fiquei aqui, somente para ouvir sobre o noivado do meu primo. Tudo estava pronto para o jantar de amanhã e até mesmo consegui convencer a vovó a convidar Amanda, minha amiga da escola e assim ela poderia me fazer companhia, nesse maldito jantar de noivado. Meu sexto sentido, alerta que Luciana armou para que Ian casasse com ela, usando essa gravidez que para mim é algo que foi planejado para enganar meu primo. Sei que é errado, pensar assim, de outra mulher, porém pessoas como Luciana, sonsas e que se fazem de boazinhas, pode se esperar tudo.— Bella — vovô chama a minha atenção. Sentei-me melhor no sofá para ouvir o que ele quer falar comigo — Oi, vovô, o que o senhor precisa? — questiono.— Seu pai contou que vocês dois se entenderam no almoço — vovô Antônio diz.— Não quero fica
Lorenna— Sua mãe convidou muitas pessoas?Eu pergunto para o André, enquanto seguimos para a mansão da sua família. Carlos ainda ficou aguardando Juliana terminar a minha maquiagem e combinou com André de, juntos, irem assistir ao jogo na próxima quarta-feira.— Alguns parentes da Luciana e alguns clientes da construtora. Será um jantar mais reservado.André diz, entrando na rua do condomínio.— Sinto-me tão nervosa. Nem parece que já participei de jantares com a sua família.Respondo. André segura a minha mão confortando-me e tentando fazer com que fique mais calma.— Você vai se sair bem. Além disso, conhece a Luciana e os pais dela.André comenta, abrindo o portão da mansão. O carro adentra passando pelo jardim, que está repleto de carros luxuosos. O nervosismo faz com que meu estômago comece a doer. Eu iria conseguir? Lidar com todas essas pessoas, que provavelmente julgariam o meu relacionamento com André, visto que alguns me conhecem da época em que trabalhei como babá.André p
AndréOuvia, Ian, contar sobre um novo contrato que a construtora iria assinar com uma empresa do ramo de medicamentos. Seria inaugurada, uma rede de farmácias em locais importantes da cidade, isso traria mais prestígio do que a construtora Romanelli possui.— Primo, para não atrapalhar o trabalho, vou conversar com a Luciana para a lua de mel ser curta. No máximo uma semana, nenhum dia a mais e nenhum a menos.Meu primo comenta.— Ian, não tem necessidade de encurtar sua lua de mel. Pode viajar tranquilo, que vou conseguir lidar com tudo na empresa.Respondo.Olhei para o corredor que dá para a cozinha, vendo Isabella caminhar em nossa direção com Amanda, sua amiga da escola. Assim que minha filha, me viu se jogando em meus braços, dizendo que sentiu minha falta.— Estava no quarto com a Amanda e nem vi quando o senhor chegou — Isabella diz abraçada a mim. Cumprimentei Amanda que deseja boa noite e perguntou como estou.— Viu a Lorenna?Perguntei, visto que minha namorada entrou na c
Lorenna— Meus pés estão doendo demais — é a primeira coisa que eu falo, assim que entramos em casa. Passava das três da manhã, quando saímos da festa. O noivado foi melhor do que esperado, fui bem tratada por todos, até mesmo por Isabella que foi educada comigo e aceitou a proposta que o pai fez em voltar a ter aulas comigo. Era um novo começo entre nós duas e quem sabe agora como namorada do André, ela comece a me ver sob uma ótica positiva.— Vamos para o quarto, que vou fazer uma massagem nos seus pés cansados — Sou pega de surpresa, ao ter André me carregando no colo até o andar de cima.— André me coloca no chão — digo entre risos ao ser levada em seus braços para o quarto. Passei os braços em torno do seu pescoço, sendo beijada por ele.— Hoje a noite foi tão perfeita — André diz, assim que entramos em nosso quarto ele me coloca em cima do colchão com cuidado. Vejo quando se ajoelhou a minha frente, retirando com delicadeza a sandália dos meus pés e fazendo sinal para que eu me
Lorenna— Tem certeza de que vai ficar mais tempo do que o esperado?André questiona. Mamãe nos espera, distante de nós dois, enquanto meu namorado pergunta se eu realmente tenho certeza do que vou fazer. Quando comentei do pedido da minha irmã, para que eu fosse até o presídio visitá-la, em um primeiro momento André foi contra o pedido feito, pois ele não queria que eu passasse por todo o processo antes de entrar. Porém, o convenci que por mim estava tudo bem, iria até Laisa saber o que minha irmã queria comigo e dessa forma eu também poderia acalmar um pouco o coração da minha mãe.— Amor, fica tranquilo. Querendo ou não, preciso terminar em toda essa situação. Por mais que Laisa tenha errado feio, no final de tudo somos irmãs e não posso abandonar nossa mãe em um momento assim.Beijo seus lábios, para acalmar André e fazer com perceba que eu de verdade não sinto-me incomodada em vir até aqui.— Tudo bem. Como seu celular vai ficar comigo, pode ficar tranquila, que estarei aqui no h
AndréApós deixar Lorenna no presídio com a mãe, encontrei-me com Ian para almoçarmos e passar algum tempo juntos até a hora de voltar para buscar minha namorada e sua mãe. Não gostei de ter Lorenna indo visitar sua irmã, porém não dava para impedir que minha mulher vá ao encontro da irmã. No fundo, Lorenna tem razão em não deixar Carmem sozinha em um momento como esse.— Algo anda te incomodando?Ian questiona. Após o almoço, fomos até um barzinho que ficava no mirante. Enquanto eu fiquei somente no suco e água, Ian aproveitou para tomar uma cerveja, visto que eu o levaria de volta para o seu apartamento quando chegasse o momento de buscar as duas;— Pensando aqui na Lorenna visitando a irmã — havia contado para Ian assim que cheguei ao seu apartamento.— Primo, você tem que se acostumar com essas visitas agora. Deve ser chato ter que ficar levando a namorada até a porta do presídio, imagina se a tia descobre isso.Ian diz. Eu não iria contar para os meus pais, sobre a tal visita. Nã
LorennaArrumava a mesa para o jantar, aguardando André sair do banho. Minha cabeça andava a mil por hora, desde o momento que Laisa contou sobre a gravidez. Precisava falar com a advogada sobre a questão da guarda da criança assim que ela nascesse. Minha irmã deixou bem claro que não ficaria com o bebê nos meses permitidos, querendo entregar o filho assim que ele nascesse. No caminho para casa, pensei em primeiro conversar com Juliana sobre a situação, porém conhecia a minha amiga muito bem e sei que ela diria que sou louca, por assumir novamente mais uma responsabilidade onde a minha irmã era quem deveria ser a responsável. Também pensei no André, estamos juntos agora, ele faz parte da minha vida e precisa saber das mudanças que vão ocorrer a partir do momento que meu sobrinho nascer. Sorri ao recordar que em alguns meses serei tia. Apesar de tudo, a criança não era culpada pelos pais que tinha. Ouço barulho de passos vindo da escada e André surgiu usando somente a calça de moletom,
AndréPrecisava ficar sozinho. Sei muito bem o quão errado eu fui, por deixar Lorenna sozinha em nosso quarto após ouvir sobre a gravidez da sua irmã. Porém, ela tomou uma decisão sem ao menos falar comigo, decidindo algo por nós dois sem me comunicar. Entendo que minha namorada sempre cuidou da família, principalmente a responsabilidade relacionada a sua irmã caçula. Eu mesmo, por tantas vezes livrei meu primo caçula de problemas, pois sempre senti-me responsável por Ian. Contudo, eram coisas diferentes, pois meu primo nunca fez algo para me prejudicar ou esteve preso. Uma criança era uma grande responsabilidade e nossa relação estava ainda no começo para que algo tão importante assim começasse sem que ambos conversassem e se entendessem. Decidi ficar um pouco na varanda, pensando no que eu faria em relação à decisão que Lorenna tomou sem avisar.Ouvi os passos dela, caminhando até onde estou. Permaneci no mesmo lugar, aguardando que Lorenna viesse até mim. Era preciso ter uma conver