AndréFinalizei o esboço do novo empreendimento que a construtora participará no próximo ano. A construção de casas populares em parceria com um banco conhecido, não traria somente um bom retorno financeiro, como colocaria o nome da nossa empresa no topo. Desliguei o notebook, apagando a luz, fechei a porta do meu escritório, caminhando até a cozinha para beber um copo de água antes de subir para o quarto. O domingo foi divertido com a presença da Juliana e do Carlos. Com uma idade próxima à minha, nos tornamos amigos. Ele contou por alto como foi a carona da mãe da Lorenna até o presídio. Percebi que no almoço, Lorenna evitava comentar sobre sua irmã, quando questionada por Juliana. Preocupava-me a situação em que aquela menina se encontrava, porém, não queria me intrometer tanto neste problema, mesmo quando prometi que ajudaria Lorenna com o que fosse preciso. Após beber água, lavei o copo, deixando no corredor e apaguei as luzes, subindo para o nosso quarto. No dia seguinte, teria
AndréParei o carro, na entrada do colégio de Isabella. Enviei mensagem para o celular, avisando que aguardava por ela na saída. Lorenna ligou, mais cedo, contando que iria até a casa da sua mãe e perguntou se eu poderia buscá-la. Avisei que não precisava se preocupar, que assim que saísse da empresa iria até a comunidade. O clima no escritório foi com meu primo chorando, literalmente por conta do seu noivado que iria acontecer esta semana. Meu pai o aconselhou a se conformar com o destino e que ele tentasse fazer com que o casamento desse certo e fosse um pai presente para o filho. Olhava alguns esboços no celular, quando ouço o barulho de alguém batendo no vidro do carro. Isabella acenou e destravei a porta para que minha filha entrasse.— Ainda bem que o senhor chegou cedo — Bella diz, dando um beijo em minha bochecha, a menina assim que entrou no carro, tratou de jogar a mochila no banco traseiro e logo depois colocou o cinto de segurança.— Então, em qual restaurante minha prince
Laisa— Hey, vai ficar muda?Jussara chama minha atenção. Desde o momento em que saímos da sala de consulta, estou tentando processar a notícia de que vou ter um filho. Uma criança, daquele maldito do Luciano que não pensou duas vezes em me abandonar aqui nesse inferno.— Você precisa me ajudar — é a primeira coisa que falo para Jussara — consegue um remédio para que eu tire essa criança. Eu dou um jeito de conseguir dinheiro se for preciso, arruma a medicação para que eu possa tomar. Eu não quero ter esse filho, quando não sei nem o que vai ser da minha vida daqui para frente.Digo, baixinho, mas a vontade que eu tenho é de gritar. Eu não quero ter um filho, nunca quis ter filhos e não posso me ferrar mais do que estou. Minha mãe é doente, minha irmã me odeia da mesma forma que eu não suporto Lorenna e como uma criança vai ser criada nesse mundo?Não quero assumir essa responsabilidade e vou fazer o possível para me livrar dessa criança.— Você quer levar um tapa para acordar para vi
LorennaTive um jantar tranquilo com minha mãe e o André. O meu namorado, foi atencioso e ficou surpreso ao ouvir o pedido de desculpas que mamãe disse a ele. André deixou claro que as intenções para comigo eram as mais sinceras e que pensava em formalizar a nossa relação, quando tudo relacionado a Laisa se resolvesse. Mamãe não escondeu o fato de morar com André logo após eu ter saído do emprego, porém disse que eu era adulta e sabia o certo e o errado.— Amor, vou ao shopping com a Juliana na quinta-feira. Não sei qual roupa usar no jantar do seu primo — respondi, acariciando seu rosto ao mesmo tempo que André prestava atenção no trânsito.— Tranquilo. Vocês vão jantar por lá? Assim, tiro um tempo para conversar melhor com o Ian. Com tantas coisas para resolver, tenho conversado pouco com o meu primo. Hoje no escritório ele desabafou comigo e com o meu pai, sobre o noivado.André comentou.— Será que o seu primo está fazendo a coisa certa?Questiono. Juliana comentou comigo, que ach
André— Obrigado, por me convidar para jantar. Estava me sentindo nervoso com a chegada do noivado.Ian e eu estamos em um restaurante, próximo de casa. Lorenna saiu com Juliana e aproveitei para conversar melhor com Ian. Afinal de contas, estávamos afastados por conta dos nossos problemas. Sei que o meu primo precisa de mim e eu estou em falta com ele.— Saiba que estou ao seu lado, independente da sua decisão e espero de coração que você e Luciana possam ser felizes como eu estou sendo com Lorenna.Ian rir do que eu falo.— Primo, agradeço a sua preocupação comigo, porém nunca vou amar a Luciana e honestamente esse casamento vai durar até o meu filho nascer e eu conseguir o divórcio.Ian diz, sem esconder o que ele realmente está pensando.— Tem certeza?Questiono.— Absoluta! Pensei e repensei em tudo, vou casar com a Luciana, esperar nosso filho nascer e quando a criança completar dois anos eu peço o divórcio. Deixarei claro que é somente por conta da gravidez e não vou mudar a mi
Isabella— Rose, volto para casa mais cedo e deixei avisado no escritório sobre o noivado do nosso sobrinho.Ouvia a conversa dos meus avós, deitada no sofá da sala, fingia ler um livro, quando, na verdade, fiquei aqui, somente para ouvir sobre o noivado do meu primo. Tudo estava pronto para o jantar de amanhã e até mesmo consegui convencer a vovó a convidar Amanda, minha amiga da escola e assim ela poderia me fazer companhia, nesse maldito jantar de noivado. Meu sexto sentido, alerta que Luciana armou para que Ian casasse com ela, usando essa gravidez que para mim é algo que foi planejado para enganar meu primo. Sei que é errado, pensar assim, de outra mulher, porém pessoas como Luciana, sonsas e que se fazem de boazinhas, pode se esperar tudo.— Bella — vovô chama a minha atenção. Sentei-me melhor no sofá para ouvir o que ele quer falar comigo — Oi, vovô, o que o senhor precisa? — questiono.— Seu pai contou que vocês dois se entenderam no almoço — vovô Antônio diz.— Não quero fica
Lorenna— Sua mãe convidou muitas pessoas?Eu pergunto para o André, enquanto seguimos para a mansão da sua família. Carlos ainda ficou aguardando Juliana terminar a minha maquiagem e combinou com André de, juntos, irem assistir ao jogo na próxima quarta-feira.— Alguns parentes da Luciana e alguns clientes da construtora. Será um jantar mais reservado.André diz, entrando na rua do condomínio.— Sinto-me tão nervosa. Nem parece que já participei de jantares com a sua família.Respondo. André segura a minha mão confortando-me e tentando fazer com que fique mais calma.— Você vai se sair bem. Além disso, conhece a Luciana e os pais dela.André comenta, abrindo o portão da mansão. O carro adentra passando pelo jardim, que está repleto de carros luxuosos. O nervosismo faz com que meu estômago comece a doer. Eu iria conseguir? Lidar com todas essas pessoas, que provavelmente julgariam o meu relacionamento com André, visto que alguns me conhecem da época em que trabalhei como babá.André p
AndréOuvia, Ian, contar sobre um novo contrato que a construtora iria assinar com uma empresa do ramo de medicamentos. Seria inaugurada, uma rede de farmácias em locais importantes da cidade, isso traria mais prestígio do que a construtora Romanelli possui.— Primo, para não atrapalhar o trabalho, vou conversar com a Luciana para a lua de mel ser curta. No máximo uma semana, nenhum dia a mais e nenhum a menos.Meu primo comenta.— Ian, não tem necessidade de encurtar sua lua de mel. Pode viajar tranquilo, que vou conseguir lidar com tudo na empresa.Respondo.Olhei para o corredor que dá para a cozinha, vendo Isabella caminhar em nossa direção com Amanda, sua amiga da escola. Assim que minha filha, me viu se jogando em meus braços, dizendo que sentiu minha falta.— Estava no quarto com a Amanda e nem vi quando o senhor chegou — Isabella diz abraçada a mim. Cumprimentei Amanda que deseja boa noite e perguntou como estou.— Viu a Lorenna?Perguntei, visto que minha namorada entrou na c