AndréEstacionei o carro na minha vaga, com um sorriso que nem eu mesmo sabia como disfarçar na frente dos meus pais e da minha filha. Lorenna, era perfeita para mim e só de pensar naquela mulher, meu corpo reage no mesmo instante. Nossos encontros seriam todos no mesmo apartamento em que passamos esta noite. Nosso acordo, não teria problemas, eu iria me comportar para não dar bandeira. Os meus pais eu conseguiria enganar, porém, minha filha e meu primo seria outra história. Ian era esperto demais e logo sacaria meu interesse pela babá da minha filha. Sem contar as indiretas que andou me fazendo em relação à idade da Lorenna e sua beleza. Desci do meu carro, tirando meu terno, entrando em casa e encontrando tudo em completo silêncio. Será que meus pais tinham saído para almoçar no clube?— Seu André, dona Rose mandou avisar que está no quarto dela — Lissandra surgiu de repente vindo da cozinha me pegando de surpresa.— O que minha mãe tem? Perguntei e Lissandra disse que era um mal-es
LorennaTerminava de tomar o café da manhã, para chamar o carro de aplicativo e retornar ao trabalho. O final de semana começou perfeito e terminou em um completo desastre. Acabei passando o restante do domingo no barzinho ao lado da Juliana. Ao menos a minha amiga, me fazia rir com suas loucuras e me distraiu do grande problema que retornou para casa. Quando cheguei perto das dez da noite, encontrei minha mãe assistindo televisão sozinha, com a janela que dava para a rua aberta. Nem sinal da aprendiz de marginal da minha irmã. Quando perguntei aonde aquela garota estava, mamãe chamou a minha atenção dizendo que eu pegava demais no pé da minha irmã. Que agora tudo voltaria a ser como antes, apenas porque a caçula havia voltado para casa. Minha mãe era ingênua demais, principalmente quando eu questionei se Laisa encontraria um emprego. A desculpa que ouvi, é que ela precisava terminar os estudos, porque ainda era nova e depois pensaria em trabalhar. Como tive vontade de dar uma bela re
LorennaMinha nossa! Que desordem neste quarto — murmurava para mim mesmo, enquanto terminava de recolher a montanha de roupas espalhadas pelo chão. Isabella não estava em casa durante o fim de semana, no entanto, ao retornar, fez uma bagunça completa no quarto. A mochila estava sobre a poltrona, trajes de banho no canto do banheiro, além das roupas sujas misturadas com as limpas. Conversaria depois com André, sobre os modos da sua filha, de uma forma que não ofendesse. Afinal, a jovem precisava aprender a organizar, pelo menos, suas roupas no armário. A riqueza dela não justificava delegar todas as tarefas aos funcionários. Era esse tipo de atitude que gerava conflitos frequentes com Laisa, falta de educação e higiene. Depois de recolher todas as roupas e colocá-las no cesto, arrumei a mesa de estudos que Isabella havia deixado desorganizada. Troquei os lençóis da cama e, com tudo arrumado, deixei o quarto e desci para a área de serviço.Eu teria uma semana agitada e rezava para que p
AndréMeu dia no escritório foi corrido, com projetos para finalizar e contratos que muito em breve nossa construtora iria assinar. Desligava o notebook, guardando as plantas dos projetos para analisar no dia seguinte. Meu pai foi embora uma hora atrás, agora eu aguardava Ian terminar a reunião online para juntos sairmos para jantar. Eu me conhecia muito bem, sabia que tentar ficar distante da Lorenna seria um sacrifício, então decidi convidar meu primo para jantarmos juntos. Com tudo pronto, peguei meu paletó, vesti-o, apanhei minha carteira, celular e as chaves do carro. Saí da minha sala e dirigi-me ao escritório de Ian. Mamãe indagou por que eu não jantaria em casa, e inventei uma desculpa qualquer. Passei o dia inteiro com vontade de ligar ou mandar uma mensagem para Lorenna. Infelizmente, precisei me conter para não causar problemas a ela. Bati à porta e entrei quando ouvi a resposta de Ian. Encontrei-o organizando suas coisas para sair. Enquanto minha sala estava em ordem, a de
LorennaIsabella terminou o roteiro para gravação da resenha em formato de vídeo. Passamos a tarde quase toda, escrevendo o que ela diria na resenha que valeria cinquenta pontos. Conseguimos trabalhar bem, enquanto eu contava os meus romances favoritos, acabei descobrindo que Isabella era fã das mesmas autoras que eu. Dona Rose e seu Antônio, foram jantar com um casal de amigos, então ficamos sozinhas junto de Lissandra e o pai. Perguntei o que Isabella queria jantar e acabamos optando por hambúrgueres, batata frita e coca-cola. André, como me disse antes de sair para o trabalho, não voltou para almoçar e nem para jantar. Dona Rose, antes de sair, contou que ele havia ligado, avisando que teria um compromisso com o primo Ian.— Lorenna, terminei de digitar o que você me passou, amanhã eu começo a decorar as falas e você me ajuda com a gravação. A professora disse que um vídeo de no máximo dez minutos é necessário para apresentar tudo sobre o livro.Isabella disse, me entregando os des
AndréMeu desejo era continuar com Lorena em seu quarto, entre beijos, abraços e conversa. Ela me fazia tão bem, que ao seu lado tudo parecia mais fácil. Assim que virei o corredor que dá para o meu escritório vou de encontro a minha mãe. Ao me deparar com a dona Rose, não soube o que falar ao ser questionado por estar vindo do quarto da babá da minha filha.— André? O que faz uma hora dessas nesse corredor?Não tinha como dizer que estava no escritório, então respondi que cheguei em casa e fui até o quarto da babá apenas para saber se não aconteceu nada na ausência deles.— Lorenna continua acordada?Mamãe perguntou, eu disse, que a garota já estava deitada quando fui bater em sua porta.— Ela estava indo dormir quando conversei, é tarde e não vamos incomodar Lorenna.Respondi, caminhando de braços dados com minha mãe.— Seu pai subiu para o quarto, eu passei para ver Bella e sua filha dormia. Como vi suas coisas em cima do sofá, imaginei que teria chegado.Mamãe disse, chegamos à sa
LorennaEstava exausta!Totalmente entediada!Emocionalmente esgotada e com vontade de gritar de raiva. Tive uma noite de sono maravilhosa, dormindo profundamente. Sonhei com o homem que ocupava meus pensamentos, mas fui despertada pela ligação da minha mãe, chorando porque minha irmã estava ausente de casa desde domingo. Como se Laisa não tivesse o hábito de desaparecer por dias, semanas, desde que completou dezesseis anos e se libertou do nosso controle. Agora, percorria as ruas de Cristal Azul procurando a jovem, para evitar que minha mãe tivesse um colapso e fosse parar na emergência. Ao ver o nome da minha mãe na tela do celular, quando acordei com o toque, imaginei que algo grave tivesse ocorrido. Ao perguntar o que havia acontecido, meu tormento começou.Uma invasão ocorreu em uma das residências que serviam de ponto de venda de drogas, e a vizinha informou à minha mãe que Laisa costumava frequentar o local com o ex-namorado. Isso foi o suficiente para que mamãe entrasse em pân
AndréPassei a manhã toda em reunião com meu pai, meu primo e os engenheiros encarregados da construção da escola técnica. Mal tive tempo de respirar e aproveitaria o horário do almoço para tentar conversar com Lorenna e me desculpar pela mudança de planos em relação ao nosso final de semana. Essa mulher me faz tão bem que nem sequer lembrei do fato de não estar habituado a viajar sozinho, independentemente do local onde a construtora tivesse projetos em andamento. No entanto, o desejo de ter Lorenna só para mim, mesmo que de maneira discreta, fez-me esquecer esse detalhe. Meu pai e eu iríamos trabalhar o restante da tarde em nossa casa, devido às modificações que fizemos no projeto original.Estacionei meu carro ao lado do veículo do meu pai. Acabei chegando um pouco tarde para o almoço. Desço do carro, pegando meu terno e minha pasta do banco do passageiro. Entrei em casa, subindo diretamente para o meu quarto, deixando minhas coisas lá para depois descer e almoçar com meus pais. Be