Rolar na cama era uma das piores coisas que poderiam acontecer a um ser humano. A insônia era uma verdadeira maldição.
Zhoe estava acordada desde o momento derradeiro em que fora deitar na cama, sem ter sequer cochilado. Iria passar o dia inteiro com sono, bocejando, sem mencionar as olheiras. Para sua sorte, era domingo, mas simplesmente não poderia ficar na cama, porque precisava trabalhar em algumas questões burocráticas de sua vida. Já tinha problemas demais, então, estava na hora de eliminar alguns.
Pensando nisso, levantou-se da cama, sentindo-se novamente com um péssimo humor. Aquele ia ser um dia de merda.
E isso já era uma certeza, se levasse em consideração a forma como a n
De todas as pessoas que poderiam aparecer na pensão àquela hora, Zhoe podia jurar que não esperava que fosse Craig a bater à sua porta. A noite estava fria, então, ele vestia um casaco de couro marrom e um pullover de gola alta marfim. Céus, estava bonito! Estava, não, ele era. Tinha um porte másculo em um rosto que, sem qualquer explicação, inspirava confiança. Era o tipo de cara com quem a mãe de qualquer moça gostaria que a filha casasse. Até mesmo Zhoe estava tendo pensamentos muito obscenos em relação a ele naquele momento. — Boa noite, Zhoe. Me desculpa aparecer sem avisar, mas eu estava entediado, agora que terminei o meu livro, ent&at
O cheiro forte do hospital penetrava as narinas de Zhoe, mantendo-a consciente e ligada à realidade. Se não fosse por isso, seria capaz de jurar que estava vivendo um pesadelo. Mas ouvia as vozes abafadas ao seu redor e quase não sentia o toque da mão pequena de Paige na sua, enquanto esta rezava. Sempre se considerou uma pessoa forte, preparada para lidar com situações adversas, mas ali estava, vegetando em cima de uma cadeira, sem conseguir se mexer ou falar, sentindo-se completamente inútil. Para sua surpresa — e alívio — Tate tinha tomado as rédeas da situação. Era ele quem falava com os médicos, que fazia as perguntas e que decidia tudo. Foi ele também quem se ofereceu para doar sangue a Colin, que precisava de uma transfus&
O dia pareceu demorar mais do que o normal para amanhecer. Quando Zhoe abriu os olhos, depois de adormecer profundamente pelo que pareceu uma eternidade, o sol já raiava lá fora. O que ela não conseguia entender era o que fazia deitada com a cabeça no colo de Tate. — Que horas são? — perguntou enquanto se sentava. — Nove e meia. — Já? — ela se espreguiçou discretamente. Estava no quarto de Colin, em uma pequena cama que tinham montado para eles ali. — Como ele está? — apontou para a cama do menino. — Bem. Acordou cedo
DOIS DIAS DEPOIS Nada era mais gratificante para uma mãe do que ser seu filho em casa, com saúde e comendo um belo pedaço de bolo feito por Paige. A palidez tinha desaparecido de seu rosto, e sua risada, por conta das palhaçadas de Tate, ecoava pelo quarto. Aquilo aquecia o coração de Zhoe. Não podia negar que as cenas de pai e filho sempre a comoviam, principalmente porque eles pareciam compartilhar de uma cumplicidade belíssima. Muitas vezes, ela tentava imaginar como seria ter uma família de verdade com eles. Os três ficaram juntos por pelo menos uma hora e meia, naquele clima familiar, até que Colin reclamou de sono. Apesar de já estar bem, precisava de repouso por causa dos remédios para a dor, que lhe deixavam mais cansado.<
Os teimosos raios de sol ganharam espaço por entre as frestas da cortina e foram brincar com os olhos de Zhoe. Ela passou a mão por eles, coçando-os e despertando bem devagar. Ainda se sentia cansada, dolorida, mas não podia passar muito mais tempo na cama, principalmente porque tinha coisas a fazer. Levantou-se e colocou-se sentada na cama, chegando a ofegar por causa da dor na costela. Tencionando se recuperar, ficou parada por algum tempo, apenas observando Tate, que ainda dormia. Ele era lindo. Até mesmo as imperfeições de seu rosto, como uma pequena marca e catapora perto da sobrancelha, uma barba mal feita e falhada, uma cicatriz no queixo e um leve entortamento no nariz, consequências de uma infância feliz — algo que Zhoe nunca teve —, o deixavam ainda mais b
A notícia, por incrível que pudesse parecer, não pegou ninguém de surpresa. Todos na cidade pareceram ficar felizes e, principalmente, se sentiram quase aliviados. A opinião de que Zhoe e Tate deveriam ficar juntos em definitivo era praticamente unânime. Colin, sem dúvidas, era o mais feliz. Não apenas tinha ganhado uma avó de presente, como também tinha os pais juntos, o que, sem dúvida era seu sonho. Hans continuava preso, sempre confabulando com seu advogado, aguardando a liberação de um habeas corpus ou a decisão definitiva. Mas, apesar de toda a alegria da família, nem todas as pessoas de Green Hill estavam muito satisfeitas com a notícia do ca
Os dias seguintes passaram como se ambos fossem dois fantasmas vagando na terra. Não tinham ânimo, trabalhavam ligados no automático e raramente eram vistos falando ou sorrindo. Um era o espelho do outro, mesmo distantes. Ainda não tinham contado a verdade para Colin, e Gilbert se oferecera para ficar com o menino enquanto não encontrassem uma forma de lhe explicar — mais uma vez — que seus pais não iriam ficar juntos. Jacob tentara convenver Tate a prestar queixa contra Rhonda por sequestro, mas por mais que ele não tivesse descartado a ideia totalmente, ainda achava que não faria diferença alguma. Zhoe acreditava nele, mas não queria mais tentar. Era isso e ponto final. E por falar em queixa e delegacia, Hans foi solto, mediante uma bela fiança, e,
Zhoe sonhava com uma praia. Era um lindo dia de verão, o lugar era paradisíaco e o cheiro de maresia, misturado com o calor, faziam com que se sentisse excitada. Porém, não era apenas isso. Mãos percorriam seu corpo de forma lenta, provocando-lhe arrepios. Em poucos segundos chegaram em seus seios e os massagearam, provocando atrito entre o tecido e o mamilo, que rapidamente intumesceu, respondendo às carícias. Zhoe estremeceu, arquejano o corpo como se pedisse mais. Depois desse sinal, a mão foi parar exatamente no ponto mais sensível de sua intimidade. Assim que os dedos ávidos e experientes começaram a penetrá-la, afastando a calcinha para poder masturbá-la com mais facilidade. O coração começou a acelerar no peito. O sol ba