Capítulo 109Jussara desceu para a sala com o pequeno Júnior nos braços, sentindo a suavidade e o calor do bebê contra si. Assim que chegou, viu Caterina no bebê conforto sob o olhar atento de Letícia e Mary. Aproximou-se com um sorriso caloroso e acomodou Júnior no carrinho ao lado da filha.Sentou-se no sofá, observando os dois pequenos. Jussara sentiu uma onda de amor percorrer seu corpo.— Olhem só esses dois — comentou, olhando para as babás. — Meu coração está tão cheio... é como se eles completassem um pedaço de mim.Mary sorriu.— Eles têm sorte de ter uma mãe como você.Letícia assentiu.— É lindo ver como a senhora cuida dos dois, como se fossem gêmeos.Jussara sorriu em resposta, acariciando a cabecinha de Caterina.— Eu os amo como se fossem. Não importa como cada um chegou até aqui, são meus filhos agora.Enquanto observava os dois bebês, sentiu que, sua família estava realmente completa.***Ana chegou à empresa com passos apressados, tentando esconder o atraso. Seus olh
Capítulo 110Dias depois...Gabriel parou por um momento, os dedos ainda repousando sobre o teclado, enquanto um sorriso leve e cheio de significado se formava em seu rosto. A lembrança de tudo o que havia vivido nos últimos meses o invadiu.Ele pensou em como sua vida havia mudado drasticamente. Há pouco tempo, era apenas ele e sua mãe, enfrentando o mundo juntos. Depois veio o acidente, um evento que quase acabou com seus planos e sua esperança, mas que, ironicamente, acabou marcando o início de uma transformação profunda.Agora, ele tinha uma família completa. Jussara, sua esposa, era sua fortaleza e ao mesmo tempo sua razão de sorrir todos os dias. Caterina, sua pequena princesa, era o reflexo de um amor puro e incondicional. E Júnior, com seus documentos finalmente regularizados, também fazia parte desse círculo de amor, completando a visão de um lar que ele nunca imaginou ser possível."É curioso como a vida pode virar de cabeça para baixo e, ainda assim, nos levar ao lugar cert
Capítulo 111Dona Amélia chegou à casa da amiga Clara no início da tarde. Assim que o carro parou em frente ao portão, a empregada da casa abriu a porta da entrada, sorrindo ao reconhecer a visitante ilustre.— Dona Amélia! Que prazer em vê-la! A senhora Clara está na sala, aguardando.— Obrigada, querida. — Amélia respondeu com um sorriso elegante, ajustando o chapéu antes de entrar.Na sala de estar, Clara, uma senhora de cabelos grisalhos e postura igualmente refinada, levantou-se ao ver a amiga.— Amélia! Já estava achando que tinha se esquecido de mim. — Clara brincou, abrindo os braços para um abraço caloroso.— Como eu poderia esquecer você, Clara? — Amélia respondeu com afeto, sentando-se no sofá de estofado claro, decorado com almofadas bordadas. — A casa continua linda, como sempre.— Obrigada! — Clara sorriu, servindo o chá da tarde em uma bandeja com biscoitos e fatias de bolo de laranja. — Agora me conte, o que a trouxe aqui hoje?Dona Amélia segurou a xícara com elegânci
Capítulo 112Francisco entrou no saguão do prédio, a postura visivelmente abatida. Sua gravata estava fora do lugar, e ele tentava, sem muito sucesso, ajeitar o paletó, mas o roxo no olho denunciava o motivo de sua aparência desleixada.Enquanto caminhava, tentava disfarçar o desconforto e o incômodo que sentia ao ser observado, embora soubesse que sua aparência era quase uma piada ambulante."Se não fosse o patrão me chamando, com certeza estaria em casa, no meu canto, cuidando dessa cara toda arrebentada", pensou, fazendo uma careta enquanto apertava o botão do elevador.As portas se fecharam, mas sua mente continuava focada no último episódio de sua vida. O que mais o consumia, no entanto, não era o estado físico que lhe causava dores, mas sim a mulher que estava constantemente em seus pensamentos: Ana.O pensamento o consumia, mas também o afastava. Não conseguia encontrar a coragem para se aproximar dela, especialmente agora, com toda a confusão que estava vivendo."Talvez seja m
Capítulo 113Marcos estava sentado num banco de concreto no pátio da prisão, aproveitando os últimos raios de sol do dia, quando um presidiário magro e de olhar desconfiado se aproximou. Ele trazia um semblante sério e uma informação que parecia pesar mais que qualquer barra de ferro naquele lugar.— Seguinte, Marcos, seu contato fora daqui... bateu as botas. — disse o homem, sem rodeios.Marcos franziu o cenho, incrédulo.— O quê? Como assim? O que aconteceu? — perguntou, sua voz carregada de incredulidade.— Não sei direito. Parece que uma facção foi atrás dele. Dizem que devia uma grana preta pra eles. — O homem deu de ombros, como se aquilo fosse algo comum no mundo em que viviam.Marcos sentiu o estômago revirar. Aquele contato era essencial para seus planos. Ele apertou o maxilar, tentando controlar a irritação que começava a tomar conta.— E como eu vou continuar minha vingança agora? — murmurou, mais para si mesmo do que para o presidiário.O homem soltou uma risada curta e am
Capítulo 114Depois de passar um tempo brincando com os filhos e trocando palavras carinhosas com Jussara, Gabriel decidiu se retirar para um banho relaxante. Ele sentia que precisava daquele momento para recarregar as energias antes do jantar em família.Enquanto a água quente escorria por seu corpo, Gabriel refletia sobre as recentes situações em sua vida. Francisco certamente era o maior ponto de interrogação. Ele esperava que o amigo tivesse finalmente caído na real; afinal, quase 40 anos e ainda agindo como um adolescente irresponsável não era algo que ele podia ignorar."Se ele não tomou jeito hoje, amanhã eu coloco ele na linha de novo," pensou com determinação.Seu pensamento logo mudou para Marcos, o jovem que ele acreditou ser seu filho por dois anos. A lembrança ainda o deixava desconfortável, mas sabia que a justiça estava sendo feita."Será que fui ingênuo ou cego?" ponderou, enquanto esfregava o rosto com as mãos e as lembranças apareciam em sua mente como um jato. Ele a
Capítulo 115Sem interromper o beijo, Gabriel a pegou no colo com facilidade e a deitou delicadamente na cama, posicionando-se sobre ela. Seus movimentos eram suaves, mas carregados de desejo, enquanto seus lábios exploravam os dela de forma profunda e intensa. O calor entre eles crescia a cada segundo, e Jussara deixou escapar um gemido suave, incapaz de conter a necessidade que dominava seu corpo.Gabriel acomodou-se entre suas pernas, e Jussara, instintivamente, moveu o quadril, roçando seu corpo no dele. O toque fez com que ambos sentissem a intensidade do desejo que os envolvia, especialmente o volume evidente que ela percebeu no marido e que a fez suspirar profundamente.Ele manteve a calma, saboreando cada momento. Lentamente, afastou os lábios dos dela para tirar sua blusinha, revelando os seios que estavam maiores e ainda mais sensíveis. Gabriel não resistiu e inclinou-se para abocanhar um deles, sugando-o com intensidade e desejo. Jussara fechou os olhos, mordendo levemente
Capítulo 116Na manhã seguinte, Gabriel despertou sentindo-se revigorado. Fazer amor com Jussara sempre o deixava em paz, como se estivesse flutuando sobre as nuvens. O dia prometia ser produtivo, e ele estava determinado a resolver as pendências acumuladas.Já em seu escritório, ele pegou o telefone e ligou para o departamento de Recursos Humanos.— Preciso de alguém para me ajudar com alguns documentos. Pode providenciar isso? — pediu com a voz firme, mas amigável.Meia hora depois, ouviu uma batida na porta.— Entre — autorizou, sem tirar os olhos de um relatório em sua mesa.A porta se abriu, e uma jovem entrou com passos hesitantes, mas firmes.— Bom dia, senhor Gabriel. Meu nome é Michele. Fui designada para substituir Ana como sua secretária temporária — disse ela, ajeitando os óculos no rosto e mexendo na boca, claramente desconfortável com o aparelho que usava.Gabriel levantou os olhos, avaliando-a com atenção. Michele parecia competente, com uma postura profissional, mas ha