Izys Ghalager
Hiran é um verdadeiro furacão de homem, nunca estive com alguém como ele. A princípio estranhei a cor de seus olhos, pois achei que eram negros como a noite mais escura, porém diante mim agora brilham mais azuis do que já pude imaginar.
Mas é ele, eu sei que é ele. O seu porte físico inconfundível, a cor e cumprimento dos cabelos também não é muito comum. Não quis falar sobre a noite que nos conhecemos e aparentemente ele também não. Talvez pensasse ser indelicado me lembrar sobre um acontecimento tão complicado como aquele.
Mas o que importa agora é que a tensão entre nós dois cresceu tanto no bar, que agora estamos aqui, no meu quarto. Minha cabeça está apoiada em seu peito forte, seu cheiro de macho invade as minha narinas e sinto meu ventre se aquecer mais uma vez.
Gemo e remexo meu corpo nu, colando-me mais ao corpo úmido de suor dele. A rodada de sexo na sala de estar foi intensa, mas ao chegarmos ao quarto ele me levou nas alturas de tanto prazer. Com o traste do meu ex nunca foi assim.
— Quer mais, gostosa? — inquire e se coloca sobre mim, seus cabelos pretos e lisos deslizando e tocando meu rosto.
— Eu quero... — sussurro e rebolo meu corpo sob o seu.
Sinto imediatamente seu membro enrijecer e tocar o ápice de minhas coxas. Abro as pernas para senti-lo onde desejo. Ele geme em satisfação.
— Você está com um cheiro delicioso de fêmea no cio — ele fala com aquele jeito dele que no início me surpreendeu.
Hiran tem um modo meio animalesco de falar de sexo, mas eu gosto desse jeito dele.
— Vou ver se ainda tenho camisinha na minha carteira — anuncia e se levanta.
Fico admirando o corpo esculpido, os braços fortes, o quadril estreito, a coxa musculosa..
Ele pega a carteira caída e meio aberta do chão, onde ele a jogou na última vez. Hiran abre todos os compartimentos, vira-a de cabeça para baixo e eu sei que não encontra a camisinha.
O homem volta com seu membro ereto e pulsando.
— Porra, gostosa! A camisinha acabou — reclama antes de subir na cama e se deitar do meu lado. — Estou quase me batendo de raiva, fui muito burro. Esqueci de pegar mais antes de sair.
Toco o seu rosto com suavidade, e levo meus lábios até os dele. Beijo delicadamente sua boca gostosa e macia e ele relaxa.
— Podemos tomar cuidado... — A minha vontade de ter mais deste homem esta noite é tanta que eu faço algo que nunca fiz antes na minha vida. — Se você sair antes de gozar... — E antes que eu termine de falar, Hiran já avança sobre meu corpo, mostrando o quanto ele estava se segurando.
Ele chupa meus seios com força, acho que vai ficar marcado. Sua língua passeia por eles e então sobe para o meu pescoço. Ele lambe a lateral onde a minha artéria pulsa e, com sua mão direita, segura minha coxa, puxando-a para cima. Quando ele morde meu pescoço, ele me invade no mesmo momento. Solto um grito pela dor e pelo prazer. Por alguns segundos tenho a impressão que seus caninos são mais alongados e pontudos que o normal, mas o prazer me enlouquece e eu não penso em nada além do que sinto.
O prazer e as sensações que Hiran me faz sentir me levam ao paraíso, ao êxtase e sinto mais uma explosão de prazer. Em seguida sinto as estocadas dele mais fundas e dolorosas, até que ele solta um urro e sai de mim, derramando todo o seu líquido na minha barriga.
— Tive que brigar com todos os meus instintos para não me derramar inteiro dentro de você — declara e cai ao meu lado.
Um sorriso satisfeito preenche nossos rostos, estamos satisfeitos e cansados. Pego uma blusa qualquer que estava na cabeceira da minha cama e limpo toda a bagunça que ele fez em mim. Me viro e o abraço, minha cabeça apoiada em seu peito e seus braços me envolvem. Esse ato dele me faz sentir segurança e eu adormeço em seus braços fortes.
***
Estou atrasada para o trabalho. Esqueci de colocar o despertador para despertar e o raio de sol atinge minha face, anunciando que já passou da hora de levantar.
— Hiran... Hiran... — chamo-o e ele resmunga, virando de lado. — Acorda, estou atrasada para o trabalho — grito e saio correndo para o banheiro.
O cheiro de sexo ainda paira pelo meu quarto. A última lembrança da nossa noite ardente. Na verdade, a penúltima, pois a última é a minha intimidade ardida.
Faço todo o processo rapidamente e já saio do banheiro arrumada. Quando olho para a cama, a encontro vazia. Um vazio pesa em meu estômago. Será que ele foi embora? Se isso aconteceu, estou lascada de vez. Vou chegar ainda mais atrasada se depender de pegar ônibus.
Pego a minha bolsa e rumo até a sala de estar. Ao chegar no cômodo, o cheiro de café atinge as minha narinas.
“Será que ele está na minha cozinha?”
Acelero o passo e lá o encontro, fazendo café e fritando ovos. A visão que tenho dele como um dono de casa é bela e eu posso facilmente imaginá-lo assim todas as manhã na minha casa. Balanço a cabeça afastando o pensamento, foi apenas uma noite casual.
Ele me vê e um sorriso alarga o seu rosto.
— Precisamos de um cafê da manhã reforçado — anuncia e não consigo contestar, embora esteja atrasada e só quisesse um gole de café.
Talvez não o veja nunca mais na minha vida. Esse pode ser nosso último momento juntos, não vou desperdiçá-lo.
Hiran FuryUm mês depois“ A campina verde e viçosa se expande até onde a vista alcança e além disso. O lugar transmite paz, é lindo e tranquilo e me faz lembrar de quando era só um filhote e corria livre pela grama verde. Então o campo não está mais vazio, há algo nele. É um filhote. Ele surge distante, correndo na minha direção. Um filhote preto com as patas e peito cinza. Estranho, não conheço um lobo assim. Meus irmãos e meu pai são pretos. Com exceção de Enry, meu irmão mais velho que é todo branco, todos da minha antiga aldeia em Terra de Luna são pretos.Havia outras aldeias e uma em especial que os lobos eram cinzentos, penso na possibilidade de ser o resultado de uma cruza entre membros das duas aldeias, mas algo dentro de mim me diz que não é isso.O filhote se aproxima, ele corre feliz na minha direção, com a língua para fora. Salta empolgado, mas algo o apanha e sinto uma dor em meu peito, mesmo sem saber o que aconteceu e quem era o filhote.A cena muda e então percebo q
Izys GhalagerO último mês não foi nada fácil. O quadro da minha mãe piorou, e agora está constantemente internada. Eu precisava de dinheiro e de continuar morando próximo ao hospital, por isso vendi o meu apartamento.Com o dinheiro da venda, custeei o tratamento e medicamento dela, mas até quando o dinheiro vai dar para cobrir essas despesas eu não sei. A casa da minha mãe, onde eu também morava antes de comprar aquele apertamento, fica distante demais para ir e vir todos os dias, por isso tenho dormido aqui mesmo no trabalho.Meu corpo está exausto e clamando por uma noite de sono melhor em uma cama macia. Precisei também deixar meu segundo trabalho, que era na clínica particular de um médico. Foram muitas mudanças e reviravoltas em tão pouco tempo, porém ainda não acabou. Há alguns dias tenho sentido tonturas e enjoos matinais, e tudo o que eu não posso agora é ficar doente.Assumi meu plantão de hoje às 7 da manhã, depois de uma noite até que razoavelmente decente de sono, mas nã
Hiran FuryNão preguei os olhos pelo restante da noite. O sonho que tive voltava várias e várias vezes mesmo com os olhos abertos e encarando o teto até o dia clarear.A possibilidade de Izys estar grávida me invade e tenho a vontade de me socar, como fui ceder ao desejo daquela maneira com uma fêmea que não é minha?Quando finalmente os primeiros raios solares atingem a terra, mudando as cores do céu, coloco-me de pé. Até que Killan se levante, eu tomo um banho rápido e enrolo a toalha ao redor da cintura.Saio do banheiro e Killan ainda dorme. Vou até aquele irresponsável e balanço-o até que desperte.— Acorda, cachorra velha e cansada — balanço meu irmão com implicância.— Por causa de você eu custei a dormir outra vez, e agora estou com sono... — resmunga, virando-se de lado e cobrindo o rosto com o travesseiro.— Quer perder o emprego? — inquiro. — Já basta o meu salário que vai vir com desconto por causa da suspensão que sofri.— Mas que merda, não posso nem dormir nessa casa! —
Killan FuryMeu irmão está pedindo para ser dispensado do trabalho, se ele ficar desempregado teremos que mais uma vez sair em busca de serviço.Não tenho o que fazer, por isso entro em meu carro e dou a partida, deixando o estacionamento do prédio para trás. Porém pouco tempo depois de chegar no trabalho, sou surpreendido com a caminhonete de Hiran chegando no pátio da empresa. Viro-me e caminho até ele.— Irmão... O que aconteceu? Você não me parece bem — afirmo, avaliando suas feições abatidas, assim que ele deixa o carro.Ao que parece Hiran não dormiu bem a noite e o encontro com a tal garota não foi nada bem.— Você não vai acreditar — comenta, aproximando-se de mim. — A garota vendeu o apartamento — revela abatido.— Vendeu? — inquiro confuso com a reação da mulher.O que levou-a a vendê-lo? Será que ela estava precisando de dinheiro?— É ... Acho que ela descobriu a gravidez e fugiu para que eu não os encontrasse.Franzo a testa para a hipótese de Hiran. Não acredito que tenha
Olá. meus lindos leitores. Vim avisar que ontem publiquei o capítulo errado, mas logo em seguida corrigi meu erro e substitupi o capítulo 8 pelo 9, mas sempre que pedimos alteração no capítulo, essa alteração entra em revisão. Sabendo disso, enviei um e-mail avisando sobre o erro que cometi e a alteração que pedi, pedindo a eles que aceitassem a revisão pedida. Não fui respondida e a alteração não foi realizada. Por isso, peço desculpas a vcs, e peço que ignorem o capítulo repetido. Estou postando o capítulo de ontem e o de hoje, boa leitura!Killan FuryMeu irmão está pedindo para ser dispensado do trabalho, se ele ficar desempregado teremos que mais uma vez sair em busca de serviço.Não tenho o que fazer, por isso entro em meu carro e dou a partida, deixando o estacionamento do prédio para trás. Porém pouco tempo depois de chegar no trabalho, sou surpreendido com a caminhonete de Hiran chegando no pátio da empresa. Viro-me e caminho até ele.— Irmão... O que aconteceu? Você não me p
Izys GhalagerHá dois dias tive certeza de que estava grávida. A Obstetra do hospital realizou o exame ultravaginal, no qual me deu a certeza de que eu estou grávida. A médica me entregou a foto da tela com um pontinho sinalizado como meu bebê.Saí daquela sala sem nem saber para onde estava indo, meus olhos focados no papelzinho dado pela médica, enquanto minha amiga Nanda, toda eufórica, do meu lado me parabenizava.Até agora minha mente ainda está girando com o que significa ter um bebê crescendo dentro de mim. Não tenha nenhuma informação sobre o pai do meu filho, apenas o seu nome: Hiran Fury. Pelo menos poderei dizer ao meu bebê o nome de seu pai, mas não faço a menor ideia de onde encontrá-lo e na verdade nem sei se quero encontrá-lo. Estou muito confusa agora, então decido me dedicar ao trabalho como forma de distrair a minha mente.Minha mãe, dona Yolanda, está melhor desde o dia anterior. Está na enfermaria, e seu organismo tem respondido ao tratamento. Pelo menos valeu a pe
Terra de LunaToryA noite estava mais agitada que de costume. A taverna recebeu muitos homens que nunca havia visto antes, alguns são humanos e outros são bruxos. O que esse monte de gente nova pode significar além de mais trabalho, não faço ideia. Mas se tem bruxos no meio, posso adiantar que não é nada de bom.— Vem cá, gostosa! — um homem velho com aspecto nojento me chama. Não posso fazer nada além de colocar um lindo sorriso no rosto e me aproximar, toda insinuante. Aliás, sou um mera prostituta.— O que o cavalheiro vai querer esta noite? — inquiro, desejando que seja apenas umas boas canecas de cerveja.— Você, docinho! — ele fala e suas mãos nojentas apertam minhas nádegas.Sorrio como se estivesse satisfeita e aponto para o balcão, onde o meu chefe se encontra.— O senhor deve falar primeiro com o meu chefe — comento, fazendo biquinho. Como se me desagradasse toda essa burocracia.Na verdade isso me salva às vezes, principalmente quando são esses velhos babões. Uma outra gar
Terra de EvaHiran FuryKillan está demorando, por isso resolvo ir atrás do meu irmão. Ele deve ter se perdido pelo hospital, pois o lugar é bem amplo.Pergunto para algumas pessoas se viram um homem parecido comigo, explico que ele é meu irmão gêmeo, e depois de umas três respostas negativas, alguém me indica um corredor onde a pessoa havia acabado de vê-lo. Agradeço e vou atrás de Killan.Percorro os corredores e, bem onde a pessoa havia me informado, lá estava o meu irmão.— Pela deusa, Killan, o que deu em você? — inquiro ao finalmente alcançá-lo.— Se eu te contar você não vai acreditar. — Da forma como fala, parece que ele mesmo está tendo dificuldades em acreditar, seja lá no que for.— Me conta, o que aconteceu? — Cruzo os braços e foco meus olhos em Killan, aguardando que me conte.— Há pouco mais de um mês eu ajudei uma garota — começa e suspira ao se lembrar do ocorrido. Pelo vazio em seus olhos, as lembranças não devem ser nada boas. — Ela estava pronta para se jogar de um