5- Uma noite inesquecível

Izys Ghalager

Hiran é um verdadeiro furacão de homem, nunca estive com alguém como ele. A princípio estranhei a cor de seus olhos, pois achei que eram negros como a noite mais escura, porém diante mim agora brilham mais azuis do que já pude imaginar.

Mas é ele, eu sei que é ele. O seu porte físico inconfundível, a cor e cumprimento dos cabelos também não é muito comum. Não quis falar sobre a noite que nos conhecemos e aparentemente ele também não. Talvez pensasse ser indelicado me lembrar sobre um acontecimento tão complicado como aquele.

Mas o que importa agora é que a tensão entre nós dois cresceu tanto no bar, que agora estamos aqui, no meu quarto. Minha cabeça está apoiada em seu peito forte, seu cheiro de macho invade as minha narinas e sinto meu ventre se aquecer mais uma vez.

Gemo e remexo meu corpo nu, colando-me mais ao corpo úmido de suor dele. A rodada de sexo na sala de estar foi intensa, mas ao chegarmos ao quarto ele me levou nas alturas de tanto prazer. Com o traste do meu ex nunca foi assim.

— Quer mais, gostosa? — inquire e se coloca sobre mim, seus cabelos pretos e lisos deslizando e tocando meu rosto.

— Eu quero... — sussurro e rebolo meu corpo sob o seu.

Sinto imediatamente seu membro enrijecer e tocar o ápice de minhas coxas. Abro as pernas para senti-lo onde desejo. Ele geme em satisfação.

— Você está com um cheiro delicioso de fêmea no cio — ele fala com aquele jeito dele que no início me surpreendeu.

Hiran tem um modo meio animalesco de falar de sexo, mas eu gosto desse jeito dele.

— Vou ver se ainda tenho camisinha na minha carteira — anuncia e se levanta.

Fico admirando o corpo esculpido, os braços fortes, o quadril estreito, a coxa musculosa..

Ele pega a carteira caída e meio aberta do chão, onde ele a jogou na última vez. Hiran abre todos os compartimentos, vira-a de cabeça para baixo e eu sei que não encontra a camisinha.

O homem volta com seu membro ereto e pulsando.

— Porra, gostosa! A camisinha acabou — reclama antes de subir na cama e se deitar do meu lado. — Estou quase me batendo de raiva, fui muito burro. Esqueci de pegar mais antes de sair.

Toco o seu rosto com suavidade, e levo meus lábios até os dele. Beijo delicadamente sua boca gostosa e macia e ele relaxa.

— Podemos tomar cuidado... — A minha vontade de ter mais deste homem esta noite é tanta que eu faço algo que nunca fiz antes na minha vida. — Se você sair antes de gozar... — E antes que eu termine de falar, Hiran já avança sobre meu corpo, mostrando o quanto ele estava se segurando.

Ele chupa meus seios com força, acho que vai ficar marcado. Sua língua passeia por eles e então sobe para o meu pescoço. Ele lambe a lateral onde a minha artéria pulsa e, com sua mão direita, segura minha coxa, puxando-a para cima. Quando ele morde meu pescoço, ele me invade no mesmo momento. Solto um grito pela dor e pelo prazer. Por alguns segundos tenho a impressão que seus caninos são mais alongados e pontudos que o normal, mas o prazer me enlouquece e eu não penso em nada além do que sinto.

O prazer e as sensações que Hiran me faz sentir me levam ao paraíso, ao êxtase e sinto mais uma explosão de prazer. Em seguida sinto as estocadas dele mais fundas e dolorosas, até que ele solta um urro e sai de mim, derramando todo o seu líquido na minha barriga.

— Tive que brigar com todos os meus instintos para não me derramar inteiro dentro de você — declara e cai ao meu lado.

Um sorriso satisfeito preenche nossos rostos, estamos satisfeitos e cansados. Pego uma blusa qualquer que estava na cabeceira da minha cama e limpo toda a bagunça que ele fez em mim. Me viro e o abraço, minha cabeça apoiada em seu peito e seus braços me envolvem. Esse ato dele me faz sentir segurança e eu adormeço em seus braços fortes.

***

Estou atrasada para o trabalho. Esqueci de colocar o despertador para despertar e o raio de sol atinge minha face, anunciando que já passou da hora de levantar.

— Hiran... Hiran... — chamo-o e ele resmunga, virando de lado. — Acorda, estou atrasada para o trabalho — grito e saio correndo para o banheiro.

O cheiro de sexo ainda paira pelo meu quarto. A última lembrança da nossa noite ardente. Na verdade, a penúltima, pois a última é a minha intimidade ardida.

Faço todo o processo rapidamente e já saio do banheiro arrumada. Quando olho para a cama, a encontro vazia. Um vazio pesa em meu estômago. Será que ele foi embora? Se isso aconteceu, estou lascada de vez. Vou chegar ainda mais atrasada se depender de pegar ônibus.

Pego a minha bolsa e rumo até a sala de estar. Ao chegar no cômodo, o cheiro de café atinge as minha narinas.

“Será que ele está na minha cozinha?”

Acelero o passo e lá o encontro, fazendo café e fritando ovos. A visão que tenho dele como um dono de casa é bela e eu posso facilmente imaginá-lo assim todas as manhã na minha casa. Balanço a cabeça afastando o pensamento, foi apenas uma noite casual.

Ele me vê e um sorriso alarga o seu rosto.

— Precisamos de um cafê da manhã reforçado — anuncia e não consigo contestar, embora esteja atrasada e só quisesse um gole de café.

Talvez não o veja nunca mais na minha vida. Esse pode ser nosso último momento juntos, não vou desperdiçá-lo.

Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App