4- Uma noite

Hiran Fury

Quando estou me preparando para me levantar daquela mesa de bar, uma bela mulher se senta na minha frente. Ela é linda, olhos azuis brilhosos, a pele meio rosada e os cabelos loiros lisos estão jogados de um lado só. Ela coloca na face um belo sorriso, parece estar empolgada com algo, mas esta não é a pessoa que eu esperava.

— Oi, tudo bem? — ela me cumprimenta e sorrio em resposta.

— Meu dia estava uma merda até agora, mas com sua chegada ele melhorou infinitamente — tento ser galante. Quem sabe eu consiga levar essa garota para a minha cama esta noite?

— O que aconteceu? — inquire e parece realmente interessada. É estranho conversar com uma pessoa desconhecida que se comporta como se te conhecesse há muito tempo.

Levanto a mão e peço mais uma garrafa de cerveja e mais um copo ao garçon.

— Fui dispensado do meu trabalho, hoje. — Encaro-a, ela parece intrigada com meus olhos, pois ela me olha dentro deles. Não sei o que isso significa, talvez ela seja apenas uma mulher decidida que está demonstrando o que quer.

Sorrio para ela e levo o copo de bebida até a minha boca, e me mantenho firme em seu olhar, até que ela percebe e desvia. Sorrio por ter vencido esse batalha visual.

— Me meti em uma briga — respondo a pergunta que sei que ela se fazia, mas não teve a coragem de perguntar. — Sabe como é.

— Eu não imaginei que você fosse do tipo que se metia em confusão — ela sorri meio sem jeito e leva o copo com a cerveja até a boca. — Meu dia hoje também não foi nada bom. — Emenda. — A minha mãe foi internada novamente — suspirou e mais uma vez senti que ela falava comigo como se nos conhecêssemos.

Chego a pensar em Killan. Será que meu irmão a conheceu antes de mim e agora ela está achando que está conversando com o Killan? Não, se ele tivesse conhecido uma nova garota ela teria me falado. Não temos segredos um com o outro. Trabalho, mulheres... tudo, absolutamente tudo, de bom ou de ruim, contamos um para o outro. Então não, deve ser só impressão minha. Talvez o álcool esteja subindo para a minha cabeça e me causando confusão.

— Você acredita que ela estava perfeitamente bem ontem a noite? — prossegue com seu relato, e eu não faço ideia de que doença acomete a mãe dela. — Conversamos, rimos, e de manhã ela estava com febre e sem forças. Chamei a ambulância e .... — ela suspirou e continuou contando sobre o seu dia.

A cerveja acabou e eu pedi outra, e depois mais uma, até que finalmente ela parou de falar sobre a mãe.

— Eu sinto muito — digo sendo sincero. — Seu dia foi muito pior do que o meu. Nada que um pedido de desculpas ao meu chefe não resolva a minha situação.

É claro que não disse a ela que estava esperando um outra garota que me deixou aqui plantado, fazendo papel de idiota.

— Bem, é... — ela quer dizer algo, mas parece envergonhada. Passa a mão em seu cabelo e abaixa o olhar, depois me olha sob seus cílios volumosos. — Eu estive tomando coragem para perguntar, desde o momento que cheguei aqui. Qual é mesmo o seu nome? — pergunta, passando o fio de cabelo por trás da orelha.

Se eu tinha alguma dúvida se essa mulher conheceu o meu irmão antes de mim, essa dúvida acabou de ir embora.

— Me chamo Hiran — respondo e ofereço um sorriso galante, terminando de virar o restante da cerveja direto do gargalo da garrafa. E qual é o seu, gatinha?

Ela pareceu surpresa, mas sorriu em seguida e me respondeu.

— Meu nome é Izys Ghalager.

Ela me deu seu nome completo, entre os lobos isso é sinal de pleno interesse, mas é claro que ela não sabe disso, mas o lobo dentro de mim ruge alto.

Pego em sua mão direita e a levo para a boca, deixo um beijo demorado ali e dou meu nome completo a ela. Demonstrando o mesmo interesse, mesmo que ela não entenda isso.

— Hiran Fury, a sua disposição, gatinha.

— Nome diferente — ela diz com um sorriso.

— O seu também me parece diferente. — A maioria dos nomes por aqui são diferentes para mim, mas o dela até que soa com uma certa semelhança.

— Meu pai era de um lugar bem distante daqui, e eu herdei esse sobrenome diferente dele — responde, mas estou mais interessado em ter uma noite mais intensa com esta garota.

— Eu gostei de seu nome, e gostei de você. — Estendo minha mão e toco em seus cabelos, alisando-os. — Você gostaria de ir até meu apartamento ou prefere o seu?

Dou a minha cartada final, se ela realmente estiver a fim de uma noite mais quente, vai aceitar a minha oferta.

— Meu apartamento — responde e eu sorrio. — Mas eu preciso ir no hospital buscar meu carro...

Toco os seus lábios, calando-a.

— Eu te levo amanhã de manhã para o trabalho, o que acha?

Durante a conversa, ela havia revelado que trabalha no mesmo hospital em que sua mãe está internada.

— Acho que essa pode ser uma boa ideia.

Ergo a mão para o garçon, pedindo a conta. Fico muito satisfeito com a reação dela, a garota tem mesmo atitude. Pago a nossa bebida, me levanto e seguro em sua mão, levando-a para fora do bar e em direção ao meu carro. Vejo que seus olhos percorrem os carros parados, parece que procura por algo.

— Este é meu carro — aviso, apontando para a caminhonete preta com barras frontais cromadas. Esse carro me custou uam boa grana, mas valeu a pena.

Sem dizer nada, a garota entra no veículo ao qual havia aberto a porta para que pudesse entrar. Dou a volta e me acomodo no banco do motorista, mas antes de sair, preciso ter certeza de que ela sabe o que desejo.

Seguro em sua coxa e ela parece se assustar, virando a sua face rapidamente para mim.

— Está tudo bem? — inquiro. — Podemos ir?

Ela balança a cabeça em confirmação.

Minha mão percorre sua coxa, passa por sua barriga, por seu seio e chega até seus lábios. Meu polegar contorna os lábios desenhados dela e então levo a mão para a sua nuca, segurando-a firme. Seus lábios se entreabriram e eu recebi a resposta que queria. Me aproximo dela e beijo a boca macia com fervor.

Um gemido, como se fosse um choramingo, escapa de sua garganta. O cheiro de fêmea dela, o corpo de mulher, o sabor da sua boca sedutora... tudo isso está me deixando enlouquecido. Eu quero prová-la, preciso colocá-la de pernas abertas para mim, mas não aqui.

— Me diga onde é a sua casa — minha voz sai rouca, quase um rugido, e ela estremece.

— Não é longe daqui — ela geme. — É só virar naquela rua e seguir em frente.

Ela aponta para a direção e ligo o carro, alucinado para chegar no apartamento dela e agradecendo aos céus por ser na casa de Izys, pois se fosse no meu apartamento levaria muito mais tempo.

Dirijo até lá rapidamente, entramos no edifício de poucos andares e logo estávamos diante sua porta. Os dedos dela pareciam trêmulos, se de nervoso, medo ou excitação eu não sei dizer. Talvez uma mistura de todos eles, pois o seu cheiro me mostra que ela está excitada.

Ao fechar a porta do apartamento, sinto o cheiro de outro macho. Está fraco, mas já houve outro homem aqui dentro. Não vou dizer nada, mas ela vai gemer tão gostoso essa noite que não se lembrará de nenhum outro que a tenha tomado antes de mim.

Seguro firme na sua cintura e puxo-a para mim. Seu corpo se choca ao meu e ataco seus lábios novamente. Seguro em suas coxas e ela pula no meu colo, ando com ela até um sofá, onde deposito seu corpo, delicadamente.

Os olhos desesojos dela me deixam enlouquecido. Izys nunca sentirá tanto prazer, quanto nesta noite. Ela vai gemer e gritar o meu nome, e nunca mais irá me esquecer.

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