Ágata
Nossas primeiras festas no salão foram um sucesso, todos os clientes saíram satisfeitos com o serviço. Neste final de semana foram três festas, duas no sábado e uma no domingo.
Estou tão ansiosa que mal consegui dormir com medo de perder a hora para o primeiro dia de aula na faculdade, até comprei um despertador novo.
Acordo bem adiantada, me dou ao luxo de tomar um banho demorado, me arrumo e vou tomar café da manhã, assim que entro na cozinha, minha tia já está terminando de arrumar a mesa.
— Bom dia, minha filha! — ela fala animada.
— Bom dia, tia! Caiu da cama hoje? — digo rindo.
— Não podia deixar você sair sem tomar café, e te conheço bem para saber que era bem capaz disso acontecer. — Está tão ansiosa e empolgada quanto eu, sei que esse sonho tam
BetoNão obtive nenhuma resposta depois das flores que mandei para Ágata, nem ao menos um telefonema e isso me frustra, nunca precisei implorar nenhuma atenção do sexo oposto, e não vai ser agora que isso vai começar. Se quiser falar comigo, bem, se não quiser também, para mim tanto faz, com certeza tem quem queira!Preciso tirá-la do meu sistema, mas não sei como. Hoje é o primeiro dia de aula na faculdade, mandei uma mensagem para Ana pedindo que ela desse carona para Ágata ao final da aula. De início, não aceitou dizendo que não ser garota de recados e, mais uma vez, me lembrou de que ela não é mulher para mim, e isso eu concordo, ela é uma garota... um anjo... NÃO!!! Para com esse delírio agora, ela é uma criança, isso sim. E com esse pensamento resolvo fazer uma coisa que n&atil
Beto— NÃO! — Me sento na cama e, então, percebo que tudo não passou de um pesadelo. Meu coração bate descompassado e estou tremendo.Levanto lembrando-me de tudo o que sonhei e tomo um banho gelado para acalmar meus pensamentos.— Já sei o que estou precisando... — falo sozinho. — Preciso é de uma boa foda. Não há nada que uma boa foda não resolva.Meu pai ainda não chegou, pego o celular que havia deixado na sala e vejo que tem duas ligações perdidas de Liv, mas resolvo ligar mais tarde.Dirijo até um barzinho, que costuma ser muito movimentado às segundas-feiras, e que já está cheio, como havia imaginado, vou direto para o bar e peço um uísque duplo.Sinto alguém se aproximar e seu perfume logo me desperta, olho para o lado e ve
BetoAssim que chego ao meu destino, o pouco da coragem que me resta parece escapar por meus dedos, nunca imaginei estar numa situação dessas, mas preciso fazer algo com essa sensação nova e diferente que estou sentindo.O que aconteceu com a Vanessa no motel, nunca havia me acontecido antes, sempre usava “gostosa” para me referir a elas, meu único problema é que meu pensamento não tinha mais espaço para nada que não fosse Ágata, mas no final da história, o que realmente me surpreendeu foi a atitude dela, que estava realmente chateada por não ser o motivo da minha excitação.Paro de divagar e observo a luz do quintal ser apagada, olho no relógio e vejo que já passa das dez horas da noite, sei que suas aulas iniciaram hoje e ela deve estar se preparando para deitar, pego meu celular e mando uma mensagem.&nbs
Entro e fecho a porta ficando encostada nela, passo os dedos em meus lábios lembrando-me do gosto do seu beijo e também de suas palavras, ainda não consigo acreditar que ele esteve aqui, se estiver sonhando, não quero acordar tão cedo.— Se continuar sonhando acordada assim, vai perder a hora amanhã! — Estou tão distraída que não vejo minha tia sentada na sala, com certeza, estava me esperando entrar para poder ir deitar, nunca conversei com minha tia sobre garotos, até porque eles não existiam na minha vida.— É… vou deitar, já está tarde! — falo indo em direção ao meu quarto.— ÁGATA! — minha tia grita, ela continua no mesmo lugar.— Agora não, tia! Amanhã conversamos — falo rindo, entro em meu quarto me jogando na cama, adormeço com um sorriso bobo nos lá
Ágata— Para de viajar, Ágata, e me conta quem é o boy que está fazendo você suspirar tanto assim! — Estou tão distraída, que só então me dou conta que Ana já tinha estacionado em frente a uma casa, onde havia logo na entrada, um lindo jardim de rosas. — Chegamos, desembucha antes de descermos, quero nomes. Eu conheço? — ela diz, muito curiosa, então, acabo me lembrando da amizade dela com Beto. Será que ele comentou alguma coisa com ela? penso.— Bem, você...— Mamãe chegou... Mamãe chegou! — Sou interrompida por um lindo garotinho loiro, que corre em nossa direção.Ana abre a porta e sai pegando-o no colo e o enche de beijos. Saio do carro e fico observando os dois, Davi me lembra tanto meu irmão...— Essa é a amiga da mamãe, que vai ajudar com sua festa — ela diz se aproximando de onde estou, com Davi ainda em seus braços. — O nome dela é Ágata.— Oi... — ele me diz tímido. — Meu nome é Davi. — Olho para
Ágata— Filho, depois você conta tudo para o tio, deixa a mamãe conversar com ele um pouquinho — Ana pede pegando o filho do colo do Beto e falando algo no ouvido do menino.— Que bons ventos o traz aqui, meu amigo? — Ana pergunta, fazendo com que desviemos nossos olhares que, até então, estavam grudados um no outro.— Vim buscar a Ág, fico feliz com a amizade de vocês — ele fala, puxando Ana para um abraço e depositando um beijo em sua testa. — Oi... — Se vira para mim, estendendo a mão e sorrindo.— Oi... — Pego sua mão e ele me puxa para os seus braços, me beijando de uma forma necessitada, sem se importar com a presença de Ana.— Agora estou entendendo tudo! — Ana bate palmas ao nosso lado. — Foi ele, tenho certeza que foi ele, não foi? — B
ÁgataSubimos para o apartamento em silêncio, sinto que está nervoso. Ele abre a porta e faz sinal para eu entrar.— Aceita algo para beber? — diz, indo em direção ao bar.— Uma água, por favor — peço e ele vai em direção ao que eu imagino ser a cozinha. Aproveito sua ausência e observo ao meu redor, um sofá em L ocupa quase metade da sala, uma TV de tela grande, videogame, aparelho de som, tudo de última geração.Há um aparador com algumas fotos, não resisto e vou até elas e me espanto em ver que todas são de Beto com um outro homem que, com certeza, deve ser pai dele, mas, e a mãe? Pelo jeito, sua mágoa por ela é maior do que imagino, seu pai é muito bonito e novo para ter um filho da idade do Beto.— Meu pai. Estou morando com ele, por enqua
BetoA palavra “virgem” fica martelando em minha cabeça e já não consigo me concentrar em nada do que fala, não deixo com que ela termine de falar e a puxo para um beijo desesperado, pois tenho certeza que serei o primeiro e único homem da vida dela.— Não precisa falar mais nada — falo, enquanto recupero meu fôlego, sei o que ela quer e por ela estou disposto a esperar o tempo que for preciso, sei que não será fácil resistir à tentação de tê-la perto, mas Ágata vale a pensa todo esforço.— Não me machuque, por favor...— Shiiii! Não fale mais nada, vem aqui — falo, a puxando para o meu colo, seu pedido me tira totalmente do chão e, ao mesmo tempo, um medo enorme me consome. Eu sei que vou fazer merda e só em pensar que machucá-