Tentei não parecer surpreso com meu acerto, bilhar não era meu melhor jogo. Digamos que eu não dominava muito bem.
Enquanto montava minha sequência, a sala brilhou com relâmpagos, o trovão que se seguiu foi tão alto que parecia que o castelo inteiro estava tremendo, e eu não acertei o buraco novamente.Eu me pergunto se as crianças estão bem.Quem estou enganando? Eles adoram tempestades assim, minha preocupação é em poder dormir.Samuel limpou a garganta, e eu mudei minha atenção de volta para ele. Naquele momento sabia exatamente o que ele queria.E lá vem. A proposta. É por isso que estamos aqui.É por isso o empenho exagerado para me deixar à vontade e agradecido.- Então, Bruno, eu quero falar com você, de homem para homem. Porque tanto quanto admiro Carlos, posso dizer quem é o músculo por trás da SecureVault.Bingo!- Oh, posso dizer que nós dois temos músculos. E nós somos parceiros iguais - eu o lembrei.Samuel tinha razão, que eu era**Patrícia**As crianças e eu estávamos indo para a ala do castelo onde estávamos, passando por um corredor com janelas.Lá fora, a grama estava iluminada por uma luz verde tempestuosa. O relâmpago caiu e o trovão ribombouO lugar era incrível, mas começava a achar um tanto quanto exaustivo. Tudo aqui emava uma aura sombria e tensa, meus pelos eriçaram só de imaginar.- Menos de um segundo! Estamos bem no centro da tempestade! - Exclamou Breno olhando fascinado para fora- Você está certo sobre isso, filho - digo- Papai? - A voz assustada de Priscila me fez virar a cabeça, buscando a direção de seu olhar.- Bruno?! - Eu repeti com confusão evidente.Meu marido estava vindo em nossa direção a toda velocidade. Seu rosto estava corado.- Patrícia! Estamos saindo daqui. - ele falou entre respirações erradas - AGORA! - Ele gritou.Só então notei seus dedos ensanguentados e Samuel Braga virando a esquina atrás dele, segurando sua mandíbula.
Passado o momento de histeria, finalmente pude pensar na nossa viagem de volta para casa. Enquanto Patrícia ajudava as crianças a arrumar suas coisas, eu comecei a trabalhar em nosso quarto. Em nossas coisas.Fui disparado em direção ao closet buscando terminar o quanto antes, joguei nossas malas de marca no chão, abri-las e mandei roupas voando para dentro delas, sem nem mesmo me dar ao trabalho de dobra-las.Então corri para o banheiro para pegar nossos artigos que estavam no banheiro e a caixa de jóias de Patrícia.Quando entrei na sala novamente, minha esposa já estava lá me esperando.- Mamãe está com as malas prontas e está ajudando as crianças - ela me disse - E Roger está arrumando as coisas deles dois- Ok, legal.Meus pensamentos estavam girando, mas notei os olhos cansados de Patrícia. Nós nem passamos uma noite inteira na cama de dossel... e eu me senti mal por isso.- Desculpe, meu amor, sinto muito por tudo isso. Não acredito que reagi assim
**Patrícia**Andamos por algumas horas, as crianças estavam impacientes. - Já chegamos? - Priscila perguntou.Eu a segurei contra meu quadril enquanto arrastava minha mala, seguindo os outros.- Ainda não, querida. - Já faz um bom tempo de caminhada.Estávamos encharcados.E ainda não tínhamos chegado ao final da entrada, pelo menos tínhamos um plano.Assim que encontrássemos o serviço de celular, ligaríamos para Tomas. Mesmo do outro lado do mundo, sabíamos que ele nos ajudaria a encontrar uma carona.- Vamos cantar uma música para passar o tempo! - Roger propôs alegremente.Roger iniciou uma música da qual nunca ouvi antes, ele cantava um refrão e meus filhos davam resposta.As crianças começaram a cantar em uníssono.Bem, acho que ele já usou esse truque antes com eles. Estava funcionando tão bem.Por sorte, pensei em levar capa de chuva para nossa aventura na Europa, mas apesar disso, eu pude sentir a água escorrendo pelo me
O despertador toca ao lado da cama anunciando que inicia mais um dia, mas esse é diferente, minha estreia em um novo trabalho. Estou ansiosa pela possibilidade de atuação na minha área de trabalho. Graças a minha amiga Beatriz consegui um estágio remunerado em uma grande empresa na qual o "ficante" dela é diretor do setor de RH. Claro que não foi apenas esse o motivo de ter ganho essa oportunidade, afinal eles são muito rígidos com as contratações da empresa digamos que Beatriz falou sobre mim, ele verificou e gostou do meu desenvolvimento. Se eu me sair bem nesses meses de estágio, ganho uma vaga definitiva na empresa, mal posso esperar. Trata-se de uma grande empresa de empreendedorismo chamada Invertcorp, inicialmente seu foco era ações e bolsa de valores com o tempo a empresa optou por ramificações que se expandem entre uma rede de hotelaria, clínicas médicas e shoppings, um prato cheio para alguém que pretende seguir por essa área. Agora deixe-me falar um pouco sobre mim, meu
Se passam 10 minutos desde que cheguei a sala de espera, só mais 5 minutos eles me chamam, nesse exato momento estou experimentando uma ampla gama de sentimentos e emoções as quais nem consigo descrever. Andei tanto pela sala que acredito que deva ter um buraco em algum lugar dos que passei. Foi anunciado que o senhor Saldanha já havia chegado logo me chamaria a sala dele, foram só alguns minutos e para mim está durando uma eternidade. Senhor, me dê calma, sabedoria, me ajude em mais esse momento - Oro em silêncio aproveitando a calma do ambiente vazio. - Patrícia Brandão? - Uma linda mulher, não muito mais velha que eu, aparentemente, com cabelos loiros, que caem em ondas suaves e brilhantes até os ombros, olhos de um tom azul profundo, que destaca sua pele clara e luminosa, me chama. Ela é realmente linda, seu rosto tem traços delicados, com as maçãs bem definidas e lábios rosados. Ela se veste com uma elegância natural, com roupas sofisticadas que acentuam sua graça e charme. S
Chego em casa por volta das 18:00 horas, encontro minha mãe sentada na sala assistindo televisão, é extremamente raro eu vê-la antes do jantar, temos uma rotina cansativa geralmente ela sai às 5:30 para o seu trabalho de faxineira em um hotel, só chegas as 19:00 horas, no meu antigo trabalho como baba entrava as 7:00 e saia as 21:00 horas. Estranho o fato de ela já ter chegado. - Em casa tão cedo, mãe!?. - Dou um beijo em sua testa me sentando ao seu lado logo em seguida. - O senhor Antunes me liberou mais cedo hoje. Vejo um lampejo de tristeza em seu olhar. - Mamãe, aconteceu algo? - Não filha, está tudo bem. - Se defende rapidamente. - Te conheço dona Marly, desembucha, o que aconteceu? - Mamãe hesita por um momento antes de falar, ela sabe que não consegue mentir pra mim, assim como eu não consigo pra ela. - Uma pequena queda de pressão filha, fiquei um pouco tonta. Pedir pra sair mais cedo. - Mãe, já falei pra não se esforçar tanto é perigoso, você sabe o que penso sobre o
Acordo cedo como de costume, me preparando para o que vem pela frente, é dia de cuidar dos gêmeos. Sou babá de duas crianças de 3 anos, uns pestinhas que com certeza vou sentir falta quando mudar de trabalho, mas com certeza só deles. Antony e Antônia são órfãos de mãe, criados apenas pelo pai. A mãe das crianças morreu no parto dos dois, desde então Rafael, o pai, criou eles sozinho. Falando no meu chefe, não simpatizo com ele sem sombra de dúvidas não sentirei nem um pouco de saudades dele, é arrogante, prepotente e indelicado. Ele costuma dar em cima de mim sempre depois que consigo fazer as crianças dormirem. Tenho receio em ficar sozinho com aquele homem, mas a necessidade falou mais alto, precisava do dinheiro. Ainda não comuniquei que vou sair, pretendo fazer isso hoje, só espero que ele não dificulte minha vida, como sempre faz. Chego na casa do meu chefe, as crianças já me esperam no portão, logo começam a me chamar correndo em minha direção. - Bom dia, meus amores! - Sor
Sua mãe, Amélia, uma senhora bonita, também arrogante e sem caráter, entra com uma carranca profunda fuzilando seu filhinho com os olhos. - Rafael, o que diabos você faz com a babá? - Eu odeio essa mulher, mas hoje estou tão feliz em vê-la que poderia até lhe dar um abraço. Aproveito seu momento de distração empurrando Rafael para longe de mim, ele tropeça se afastando em seguida sentado no sofá. - Nada demais, só estávamos conversando mãe. - Consigo perceber seu tom irritado. - O que você veio fazer aqui? - Tão próximos assim? - Ela ignora completamente a pergunta do filho. - Já falei pra você não cair nas garras dessas interesseiras filho, você não pode ver um rabo de saia. Caramba para de se interessar por qualquer uma. Poderia me sentir ofendida, porém dadas as circunstâncias estou aliviada mesmo sendo insultada de graça. - Relaxa mãe, Patrícia não faz meu tipo. - Desdém jorra da sua voz. -Pode sair Patrícia. - Rafael abana a mão pra mim como se eu fosse um bicho. Mas não es