Isis HernandezOs dias se passaram e me dividia entre trabalhar e ir para o futuro apartamento da minha amiga, estamos deixando tudo pronto para quando o seu período de resguardo terminar. Hoje não fui trabalhar e passei a maior parte do tempo deitada e isso não é do meu feitio, mas o que posso fazer? Olhei para o teto entediada até finalmente pegar no sono, acordei com beijos sendo distribuídos em meu rosto, abri os olhos e encontrei Sebastian sorrindo para mim.— Está tudo bem? – Ele pergunta assim que me sento.— Sim, estou, não sabia que chegaria tão cedo, se soubesse eu teria ficado acordada. – Digo a ele que acariciou o meu rosto.— Não te contei, porque você fica muito ansiosa e isso faria mal a você e a Julietta. – Notei as sacolas em suas mãos e fico curiosa e antes que eu perguntasse ele me entrega as sacolas, quando abro vejo vários laços e arcos com pedrarias, tinha para várias idades, ele comprou tanta coisa que me pergunto se nossa filha usará tudo isso. — Passei por e
O sábado chegou e Lidi e eu estávamos empolgadas demais para o nosso chá de fraldas. Acordamos cedo e ficamos tagarelando animadamente, a tia Rosalina nos chamou atenção.— Chicas, Sebastian anda trabalhando exaustivamente, então por mais que estejam ansiosas controlem-se. – Nós duas abaixamos as cabeças sem jeito, estávamos parecendo duas crianças, ela olhou para nós e sorriu. — Vão comer agora suas tête de vent. – Ela nos entrega duas xícaras de chá, pois a doutora pediu para evitarmos cafeína nessa reta final.— Por que toda a vez que sua tia nos insulta ela fala em outra língua? – Minha amiga pergunta e eu dou de ombro.— Minha tia é assim mesmo, ela sempre mistura as línguas. – Começamos a rir e tomamos nosso chá.— Meninas, como vocês estão animadas. – Sebastian apareceu na porta da cozinha e eu me levantei para beijá-lo.— Dá para você parar de correr, esqueceu que está grávida. – Ele ralhou comigo e sorri — não fica sorrindo assim que eu não resisto – ele me beija e a nossa
Um mês já se passou e a qualquer momento Romeu e Julietta podem nascer, a expectativa e o medo é muito grande, minha mãe diz que esse medo é normal, Camille também me disse a mesma coisa, mas ainda não consegui me acalmar.— Amor, o que está havendo? Sua testa está vincada. – Sebastian se aproxima de mim.— Só estou com medo mesmo, mas acho que isso é normal não é? Acho que agora vamos ter medo constantemente.— Eu sei que as coisas darão certo para nós. – Ele diz tentando me acalmar.— Vem cá deita comigo. – Eu o chamo, ele se deita ao meu lado e põe a mão na minha barriga e a beija.— Filhinha, porque você está tão agitada assim? – Sebastian pergunta e pondo a mão mais uma vez em minha barriga, isso é verdade Julietta está muito agitada hoje.Me aconchego a Sebastian e fecho meus olhos para poder dormir um pouco, não sei por quanto tempo tempo dormir, escuto batidas na portas e vejo Sebastian levantar preguiçosamente, me levanto junto com ele e quando fico de pé sinto um liquido esc
— Isso está bom, significa que está evoluindo rápido viu, seu bebê está com pressa. – A enfermeira entendia bem disso, com uma mão sobre minha barriga distendida, ela marcava os minutos em seu relógio, acompanhava as contrações, o tempo de duração de cada uma e quanto tempo demorava entre uma e outra, mas nada disso me animava. – Vou chamar o doutor. – Avisou.— Não!! Pelo amor de Deus não me deixe aqui sozinha – implorei ente soluços, sem me importar do catarro que permeava meus lábios. Com certeza eu estava com uma expressão horrorosa, os fios de cabelos colados sobre a testa e rosto afogueado, olhos vidrados, mas não me importava com absolutamente nada e quando Mary conseguiu pegar minha veia e instalar o soro, minha mão e todo meu corpo tremia tanto, que nem sei como ela acertou de primeira e quando me empurrou para fora do quarto e seguimos por um corredor, via as luzes no teto passando rapidamente, outra contração e essa mais longa que a anterior, me fez me sentir tonta e meio d
Lidiane FeitosaOs dias foram se passando e eu sentia que a chegada de Romeu estava cada vez mais próxima, me sentia mais cansada e mais inchada, mas eu não queria contar para Isis, pois ela estava passando pelo mesmo que eu. Estava dando os últimos retoques no meu futuro apartamento e Joana estava terminando de me ajudar a pôr as coisas no lugar.— Vai sentir falta de morar com a Isis? – Eu não tinha parado para pensar nisso, mas claro que sentirei falta da minha amiga.—Vou sim, morar com eles é bem divertido, mas nada melhor do que ter o seu próprio cantinho, eu aluguei meu amigos demais, depois daquela ameaça de Tomás eu fui morar com você, depois com Isis, vocês cuidam de mim sem reclamar ou pestanejar, agora está na hora de eu cuidar de mim mesma e do meu príncipe que está prestes a chegar.— Você não sabe como ficamos felizes ao vê-la agindo assim, depois que Tomás estar atrás das grades você finalmente está se libertando. – Jo sorriu para mim.— Uma hora a lagarta aqui tinha
— Minha irmã que o universo me deu, sei que vai dar tudo certo para nós, minha mãe quer dizer nossa mãe, estará com você, nos vemos em breve. Uma contração quase a fez cair da cadeira e ouvi o seu grito de dor, aquilo me deixou muito assustada, agora estou com dúvidas se realmente consigo fazer isso? Será que consigo trazer meu filho ao mundo? Dona Inês se pôs ao meu lado, tia Rosa e ela me benzeram igual fizeram com Isis e fui levada para a sala de pré-parto, olhei ao redor e vi várias grávidas e não encontrei a minha amiga. A doutora Maria que acompanhou toda a nossa gestação apareceu. — Doutora, onde está a minha amiga? – Pergunto a ela enquanto sentia uma leve contração. — Não se preocupe, Isis está em outra sala. – Ela me deu um sorriso e não retribui, uma enfermeira fez o toque e notou que ainda não havia dilatação, ela me deixou muito preocupada. — Não estou sentindo contrações como a Isis, isso é normal doutora? Sinto como se meu filho quisesse nascer, mas as minhas contr
Isis Hernandez. A enfermeira colocou Julietta em meus braços, tão lindo ver aquele pacotinho rosado, as lágrimas não paravam de descer, só quem é mãe sabe a emoção que é pegar seu filho nos braços. Sebastian estava atrás de mim todo orgulhoso olhando para a nossa pequena, ele beijou a minha cabeça mesmo estando toda empapada de suor. — Parabéns, amor, você conseguiu trazer a nossa Julietta ao mundo. — Por um momento achei que não conseguiria, mas com a sua ajuda tive forças. – Obrigada por estar conosco. — Eu que te agradeço por este presente. – Sebastian estava com a voz embargada. — Muito bem papais, está na hora de levarmos a pequena Julietta para o berçário. – A enfermeira quis pegar minha filha e não permiti. — Por que ela não pode ficar comigo? – Pergunto ainda me recusando a entregá-la. — Isis, você precisa descansar e a pequena Julietta também. – O doutor diz paciente e olho para Sebastian que assente para mim. A enfermeira novamente se aproximou e entreguei minha filh
Sebastian RouxAssistir ao nascimento da minha filha, foi o momento mais importante e especial da minha vida, Isis foi tão guerreira, mesmo com os problemas ela conseguiu trazer a nossa princesa ao mundo. A vi transcender o seu limite, após o parto finalizado o enfermeiro me entrega a câmera que trouxe para registrar esse momento. O médico havia pedido para me retirar pois eles iriam cuidar de Isis, dei mais um beijo em sua testa e fui ao encontro do pessoal, assim que me aproximei nossos amigos e família vieram correndo e me perguntaram como foi e sorri avisando a eles que Julietta chegou ao mundo.— Parabéns meu filho. – Meu pai me abraçou.— Pai, não fiz nada, Isis que foi perfeita só pude estar ao lado dela enquanto ela fazia todo o trabalho. – Digo a ele que sorri.— O mais importante é que você estava lá. – Foi a vez de minha mãe me abraçar. – Agradeci a ela e um por um vieram me abraçar.— Sebastian tem notícias de Lidi? – Joana pergunta e nego.— O parto da Isis acabou de term