Um mês já se passou e a qualquer momento Romeu e Julietta podem nascer, a expectativa e o medo é muito grande, minha mãe diz que esse medo é normal, Camille também me disse a mesma coisa, mas ainda não consegui me acalmar.— Amor, o que está havendo? Sua testa está vincada. – Sebastian se aproxima de mim.— Só estou com medo mesmo, mas acho que isso é normal não é? Acho que agora vamos ter medo constantemente.— Eu sei que as coisas darão certo para nós. – Ele diz tentando me acalmar.— Vem cá deita comigo. – Eu o chamo, ele se deita ao meu lado e põe a mão na minha barriga e a beija.— Filhinha, porque você está tão agitada assim? – Sebastian pergunta e pondo a mão mais uma vez em minha barriga, isso é verdade Julietta está muito agitada hoje.Me aconchego a Sebastian e fecho meus olhos para poder dormir um pouco, não sei por quanto tempo tempo dormir, escuto batidas na portas e vejo Sebastian levantar preguiçosamente, me levanto junto com ele e quando fico de pé sinto um liquido esc
— Isso está bom, significa que está evoluindo rápido viu, seu bebê está com pressa. – A enfermeira entendia bem disso, com uma mão sobre minha barriga distendida, ela marcava os minutos em seu relógio, acompanhava as contrações, o tempo de duração de cada uma e quanto tempo demorava entre uma e outra, mas nada disso me animava. – Vou chamar o doutor. – Avisou.— Não!! Pelo amor de Deus não me deixe aqui sozinha – implorei ente soluços, sem me importar do catarro que permeava meus lábios. Com certeza eu estava com uma expressão horrorosa, os fios de cabelos colados sobre a testa e rosto afogueado, olhos vidrados, mas não me importava com absolutamente nada e quando Mary conseguiu pegar minha veia e instalar o soro, minha mão e todo meu corpo tremia tanto, que nem sei como ela acertou de primeira e quando me empurrou para fora do quarto e seguimos por um corredor, via as luzes no teto passando rapidamente, outra contração e essa mais longa que a anterior, me fez me sentir tonta e meio d
Lidiane FeitosaOs dias foram se passando e eu sentia que a chegada de Romeu estava cada vez mais próxima, me sentia mais cansada e mais inchada, mas eu não queria contar para Isis, pois ela estava passando pelo mesmo que eu. Estava dando os últimos retoques no meu futuro apartamento e Joana estava terminando de me ajudar a pôr as coisas no lugar.— Vai sentir falta de morar com a Isis? – Eu não tinha parado para pensar nisso, mas claro que sentirei falta da minha amiga.—Vou sim, morar com eles é bem divertido, mas nada melhor do que ter o seu próprio cantinho, eu aluguei meu amigos demais, depois daquela ameaça de Tomás eu fui morar com você, depois com Isis, vocês cuidam de mim sem reclamar ou pestanejar, agora está na hora de eu cuidar de mim mesma e do meu príncipe que está prestes a chegar.— Você não sabe como ficamos felizes ao vê-la agindo assim, depois que Tomás estar atrás das grades você finalmente está se libertando. – Jo sorriu para mim.— Uma hora a lagarta aqui tinha
— Minha irmã que o universo me deu, sei que vai dar tudo certo para nós, minha mãe quer dizer nossa mãe, estará com você, nos vemos em breve. Uma contração quase a fez cair da cadeira e ouvi o seu grito de dor, aquilo me deixou muito assustada, agora estou com dúvidas se realmente consigo fazer isso? Será que consigo trazer meu filho ao mundo? Dona Inês se pôs ao meu lado, tia Rosa e ela me benzeram igual fizeram com Isis e fui levada para a sala de pré-parto, olhei ao redor e vi várias grávidas e não encontrei a minha amiga. A doutora Maria que acompanhou toda a nossa gestação apareceu. — Doutora, onde está a minha amiga? – Pergunto a ela enquanto sentia uma leve contração. — Não se preocupe, Isis está em outra sala. – Ela me deu um sorriso e não retribui, uma enfermeira fez o toque e notou que ainda não havia dilatação, ela me deixou muito preocupada. — Não estou sentindo contrações como a Isis, isso é normal doutora? Sinto como se meu filho quisesse nascer, mas as minhas contr
Isis Hernandez. A enfermeira colocou Julietta em meus braços, tão lindo ver aquele pacotinho rosado, as lágrimas não paravam de descer, só quem é mãe sabe a emoção que é pegar seu filho nos braços. Sebastian estava atrás de mim todo orgulhoso olhando para a nossa pequena, ele beijou a minha cabeça mesmo estando toda empapada de suor. — Parabéns, amor, você conseguiu trazer a nossa Julietta ao mundo. — Por um momento achei que não conseguiria, mas com a sua ajuda tive forças. – Obrigada por estar conosco. — Eu que te agradeço por este presente. – Sebastian estava com a voz embargada. — Muito bem papais, está na hora de levarmos a pequena Julietta para o berçário. – A enfermeira quis pegar minha filha e não permiti. — Por que ela não pode ficar comigo? – Pergunto ainda me recusando a entregá-la. — Isis, você precisa descansar e a pequena Julietta também. – O doutor diz paciente e olho para Sebastian que assente para mim. A enfermeira novamente se aproximou e entreguei minha filh
Sebastian RouxAssistir ao nascimento da minha filha, foi o momento mais importante e especial da minha vida, Isis foi tão guerreira, mesmo com os problemas ela conseguiu trazer a nossa princesa ao mundo. A vi transcender o seu limite, após o parto finalizado o enfermeiro me entrega a câmera que trouxe para registrar esse momento. O médico havia pedido para me retirar pois eles iriam cuidar de Isis, dei mais um beijo em sua testa e fui ao encontro do pessoal, assim que me aproximei nossos amigos e família vieram correndo e me perguntaram como foi e sorri avisando a eles que Julietta chegou ao mundo.— Parabéns meu filho. – Meu pai me abraçou.— Pai, não fiz nada, Isis que foi perfeita só pude estar ao lado dela enquanto ela fazia todo o trabalho. – Digo a ele que sorri.— O mais importante é que você estava lá. – Foi a vez de minha mãe me abraçar. – Agradeci a ela e um por um vieram me abraçar.— Sebastian tem notícias de Lidi? – Joana pergunta e nego.— O parto da Isis acabou de term
Estava tão irritado que dei um soco na mesa no escritório do diretor.— Como uma mulher consegue tirar dois bebês de uma maternidade e ninguém questina, porra nenhuma? Para que pagamos a conta? EXIJO UMA EXPLICAÇÃO IMEDIATAMENTE – grito a última frase a plenos pulmões já estava tão irritado que seria capaz de matar alguém nesse momento.— Senhor Roux, se acalme, por favor. – O diretor pede e juro que se ele vir com esse papo de se acalmar novamente mato ele.— Não irei me acalmar, quero minha filha e meu sobrinho de volta em segurança e pelo visto você não pode me ajudar com isso.— Já contatei a polícia, em breve eles estarão aqui e poderemos resolver essa questão. – Esse cara está pedindo.Como percebi que essa conversa não levaria a lugar algum eu me levantei, ele me olhou esperando algum ataque de fúria, mas dessa vez eu não me exaltei, apenas peguei meu celular e fui me encaminhando para a porta.— Senhor Sebastian Roux, precisamos conversar? – Nem me dou ao trabalho de me virar
Isis HernandezSe passaram três dias e nós ainda não temos informações sobre os bebês, eu quero muito ir para casa, porém os médicos acharam por bem nos manter presas aqui onde estavamos sendo monitoradas, eles dizem que querem nos acompanhar de perto por conta da situação, mas minha vontade é de quebrar toda a porra desse hospital e tocar fogo em tudo, ainda não acredito que ninguém nessa merda de hospital viu uma pessoa carregando dois bebês e não acharam suspeito, eles restringiram a nossa visita, agora Lidi e eu só podemos receber a visita da minha mãe, isso é um saco tentamos argumentar dizendo que não podiamos ficar separadas dos nossos amigos, mas o hospital foi taxativo quanto a isso, pelo menos ainda tinhamos os celulares e podiamos nos comunicar sempre, Lidi não cansava de pedir perdão e mesmo eu dizendo que não era sua culpa ela aceitava. A enfermeira Mary que me ajudou no partou entrou trazendo duas bombinhas para retirar nosso leite, meus seios doem e vazam como bica, só