05

BIANCA NARRANDO

Ainda estamos no chat. Eu sei que ele está me vendo, eu estou com um pijama azul e agora que ele ligou minha webcam, eu estou paralisada. Foram alguns segundos até minha mente voltar ao normal.

Comecei a finalmente digitar no chat.

Bianca: Que pena que eu não posso te ver também.

Ele demorou um pouco para me responder. Mas respondeu.

Robin: Ainda não.

E aí, eu decidi fazer uma loucura. Algo completamente louco mesmo.

Bianca: Vou deixar a janela do meu apartamento aberta. Você pode subir pela escada de incêndio e entrar. Eu não vou passar meu endereço, porque você provavelmente já tem. Eu quero te ver, Robin... E quero que você tire minha roupa.

Eu estou louca. É isso.

Robin: Em vinte minutos, apague as luzes.

Bianca: O que vai fazer?

Robin: Apenas obedeça. Fique em pé de costas para a janela... E não se esqueça, eu estou vendo você.

Aquilo fez cada pelo do meu corpo se arrepiar. Medo e tesão... Uma mistura perigosa.

Bianca: Você vai vir tirar minha roupa?

“Bianca, você definitivamente não b**e bem da cabeça”, pensei.

Ele não me respondeu mais. A webcam continuava ligada, e eu olhei para o relógio. Os minutos pareciam horas. Eu não sei o que o louco do Robin Hood iria fazer, mas eu estava ansiosa.

No momento certo, abri a janela e apaguei as luzes. Fiquei de costas para a minha janela e ouvi um pequeno barulho. Meu instinto foi virar em direção a janela, e aí, eu o vi.

Um homem com máscara com olhos de X e sorriso bizarro. Moletom preto, calça jeans... Ele era um homem enorme. E forte. Aquilo me assustou um pouco, mas me mantive firme.

– Não vai tirar a máscara? É falta de educação esconder o rosto.

– Você é atrevida. – Ele disse, mas aquela não era a voz dele. A máscara tinha um modulador de voz, que deixava a voz com um aspecto de voz digital super grossa.

Robin colocou a mão no bolso e tirou um tecido longo e preto.

– Vai me vendar?

– Vire de costas. – Eu obedeci. Eu estava com medo, tudo era extremamente novo... E completamente excitante.

Robin passou a faixa delicadamente por meu rosto. Ele me vendou, se certificando que estava bem feito, mas foi cuidadoso para não me machucar.

Eu o ouvi abrir um velcro. Movimentou alguma coisa, imaginei que estivesse tirando a máscara ou as luvas de couro que usava. Ele colocou ambas as mãos em minha cintura e me virou para frente dele lentamente.

Senti suas mãos em meu rosto, e seus polegares acariciando minha bochecha.

– Robin... Me deixa te ver... – Falei.

– Me sinta. É o suficiente. – Ele disse, ainda com o modulador de voz.

Passei ambas as mãos por seu peitoral. Robin tem um peitoral firme. Comecei a me perguntar qual era a cor de sua pele, de seus olhos, do cabelo... Mas continuei deslizando as mãos. Ele tinha uma barriga musculosa, e isso me deixou curiosa por seus braços. Passei minhas mãos por eles, e percebi que eram fortes também. Robin agora permanecia com as mãos paradas em minha cintura, até que as tirou dali enquanto eu passava as mãos por seu pescoço. Eu ouvi um barulho de fecho sendo aberto, e algo caindo no chão. Robin pegou minhas duas mãos e as levou até o próprio rosto.

Meu Deus, eu estou com as mãos no rosto de Robin Hood. E ele está com a barba feita.

As mãos dele guiavam a minha por seu próprio rosto. Ele levou uma delas até sua boca e deu um beijo gentil e lento na minha palma.

Peguei as mãos dele e as coloquei no primeiro botão da minha blusa do pijama. Ele está aqui, eu não sei se o verei de novo e eu não vou perder a oportunidade de fazer o que quero. E ele é esperto. Entendeu o que eu queria. Mais inteligente do que qualquer homem que eu conheço.

Robin abriu o primeiro botão e também o seguinte. Abriu todos, deixando minha blusa completamente aberta e o meu sutiã a mostra.

Eu o queria. Será que ele me queria de volta?

Minha pergunta foi respondida em alguns segundos depois. As mãos dele deslizaram por minha cintura, diretamente na pele, e ele aproximou o rosto do meu. Ele estava sem máscara, e a vontade que eu tive foi de arrancar a venda que ele colocou em mim, mas não fiz. Nossos lábios se encostaram, nas não nos beijamos, não ainda.

– Eu estou em total desvantagem. Tira sua camiseta também. – Pedi. Ele pegou minhas mãos e colocou na barra de sua camiseta. Me ajudou a retirá-la de seu corpo, e eu voltei a passar as mãos em seu peito.

Excitada. É isso que eu estou.

Robin levou as duas mãos até meu rosto e uniu nossos lábios. Aquele beijo fez com que meu corpo acendesse de tal forma que eu não conseguia controlar. Eu passei os braços ao redor do pescoço dele, e empurrei minha boca ainda mais contra a dele. Esperto, mais uma vez, entendeu que eu queria mais.

Robin me beijou, empurrou o rosto mais contra o meu e sua língua encontrou a minha dentro de minha boca. Passei a mão em seus cabelos, aparentemente bem cortados pelo que senti.

Robin tirou minha blusa do pijama e me empurrou contra a parede do meu quarto. Ele beijava minha boca, acariciava meu corpo... Além de ser um homem inteligente pra caramba, ele é um homem com H maiúsculo.

Ele escorregou a boca pelo meu maxilar, alcançou meu pescoço e começou a beijar o local. Eu encostei a cabeça na parede inclinei meu rosto para cima, dando mais espaço para ele.

Robin abriu meu sutiã com a maestria que só um sem vergonha tem. Hacker, de corpo musculoso, cabelo bem cortado e canalha. Eu preciso anotar essas características para não esquecer e criar algum personagem no The Sims pra brincar. Ele tirou o sutiã do meu corpo, me expondo. Agarrou minhas pernas, me pegou no colo por elas e eu passei as pernas ao redor de sua cintura. Firmei meus braços ao redor de seu pescoço, e o beijei na boca novamente. O beijo desse homem é divino.

Robin me deitou na minha cama. Eu ouvi um barulho de fivela sendo aberta, e eu sabia o que viria a seguir. Eu estava ansiosa por isso. Ele tirou a parte de baixo da minha roupa, me deixando completamente exposta. Deitou-se por cima de mim, e eu, ainda vendada, senti seu corpo por cima do meu. Até a temperatura da pele dele é atrativa.

Senti seu membro roçando no meio de minhas pernas. Estava duro, pronto para me invadir, mas ele queria brincar mais com minha mente.

Ele beijou o colo dos meus seios, e foi descendo até alcançar um deles. Apertava o outro com a mão. Ele alcançou o ponto mais sensível do meu seio com a boca, e o beijou, antes de abocanhar e começar a chupar. Agarrei meu travesseiro com uma das mãos e apertei o cabelo dele com a outra.

– Ah, Robin... – Respirei fundo. Fazia tanto tempo que não transava que até tinha esquecido de como é bom.

Ele passava a língua ali, me excitando cada vez mais. Movimentava o quadril fazendo seu membro roçar em minha entrada, me provocando e me levando a loucura.

Eu pensei em tirar a venda. Tirei minha mão dele e levei até ela, e ele imediatamente agarrou meus punhos. prendeu-os ao lado do meu rosto com as próprias mãos, e eu senti que ele me olhava bravo. Não podia ver, mas sentia.

– Não. Desobedeça. – Sussurrou pausadamente. Seu sussurro era tão quente quanto seu corpo. Fiquei imaginando como poderia ser sua voz, por causa desse sussurro. Deveria ser muito mais bonita do que com o modulador.

Ouvi um barulho de pacotinho abrir. Ele deveria estar vestindo uma camisinha. Depois do barulho, ele alinhou o membro em minha entrada, e eu abri um pouco mais as pernas. Se empurrou para dentro de mim e afundou o rosto em meu pescoço. Por Deus, ser preenchida por aquele homem fez com que eu fosse pro céu e voltasse.

Eu arqueei as costas. Ele soltou meus braços e agarrou minhas coxas. Beijava meu pescoço, e eu mantive minhas mãos em seus ombros e costas.

Robin começou a se empurrar para dentro de mim de forma ritmada. E minha aparência pode ser de mocinha, mas sou uma piranha entre quatro paredes. E ele está me dando exatamente o que eu gosto.

Comecei a gemer. Eu gemia a cada estocada, apertava as unhas em suas costas, pedia por mais. Aquilo parecia a porra de um sonho.

Eu mordi o ombro dele tentando abafar um gemido. Posso ser piranha, mas não quero acordar os vizinhos.

Eu ouvia e sentia a respiração dele contra minha pele. Respiração pesada e quente. Meu corpo já não aguentava tanto estímulo.

– Ah, eu estou quase... – Falei, de forma manhosa. Ele começou a empurrar mais rápido e forte por causa da minha fala.

Não deu outra: Eu cheguei ao ápice. Gemi feito uma puta sem me importar com os vizinhos dessa vez. E ele veio depois de mim, pulsando lá dentro e se derramando.

Ele me beijou de novo. Segurei seu rosto contra o meu, correspondendo o beijo de forma intensa.

– Mostra seu rosto... Me deixa te ver. – Pedi, sussurrando contra o beijo.

– Não dificulta as coisas, Bia... – Ele sussurrou de volta.

Eu queria ver o rosto dele, mas percebi que não conseguiria, pelo menos não hoje.

Ele se levantou e começou a se trocar. E aí, eu ouvi a voz modulada de novo.

– Tire a venda. – Falou. Eu obedeci.

– Isso foi incrível... – Eu podia vê-lo de máscara no meu quarto mal iluminado. – Você podia me visitar mais noites.

– Eu preciso ir. – Disse, e da mesma forma que entrou, saiu.

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