Capítulo 1

O término

Yven Lauren Cobalt

Quando descobri que eu estava grávida, pensei: estou ferrada!

Acabei de deixar Michael porque estava tudo dando errado nas empresas, e parecia que nada estava a nosso favor. Sabia que Heitan e Laura estavam atrás do dinheiro de Michael simplesmente porque nós 4 tivemos uma certa história, um passado conturbado, mas e daí? Não poderíamos viver normal, como 4 pessoas fazem? 

Suspirando fundo, tentei me acalmar, pois, eu sabia que levar mais complicações para a vida dele, era exatamente o que eu não queria, mas foi exatamente isso que aconteceu. Tudo isso que ocorreu nas empresas da família Beckham foi culpa minha e precisei deixá-lo por que não quero ser a pessoa que destruiu uma família com um passado tão ruim, pois são todos muito queridos e corretos e não merecem passar por confusões e problemas que no meu caso, a minha vida já possui um grande histórico.

Ele ficará melhor sem mim

Tento repetir essa frase várias vezes como um mantra, e sinceramente espero que ele me esqueça rapidamente para que não sofra como eu estou sofrendo agora. Pois ainda está doendo muito, nem parece que faz 2 dias que o deixei em Londres.

Quando terminei de me arrumar após minha permissão de ir para casa finalmente chegar, minha mãe entrou no quarto junto com meu pai, que sorrindo me abraçou e disse que ficaria tudo bem. Assentindo, olhei para minha mãe, ela sorriu mas sussurrou em seguida e discretamente “ precisamos conversar.”

Bufei e revirei os olhos, sabendo que aquilo iria me render uma grande e cansativa  conversa no qual eu não tenho nenhum equilíbrio psicológico e físico para tratar.

    No caminho, minha mãe disse que eu poderia voltar com ela pra casa pois não me deixaria sozinha em momento algum, disse a ela que precisava retornar para o trabalho, pois tenho muitas coisas para fazer, mas assim que me deixaram em casa, minha mãe me fez prometer que eu iria passar algumas noites na casa deles, e com isso notei que se eu frequentar a casa deles e manter contato frequente, poderei seguir minha vida ainda morando sozinha.

Assim que cheguei em casa, um pouco mais das 8:10 da manhã estou sentindo que para uma sexta-feira, o dia promete.

Será o dia do retorno de Michael, vou chegar um pouco atrasada mas não é nada que seja grave, estou ciente que logo terei que sair do trabalho, o novo doutor que em nenhum momento disse seu nome, me explicou que várias gestações só aparecem evidências depois de um tempo ter passado , ou seja, a barriga aparecerá com 3 a 4 meses, e eu estou com pouco mais de 3 semanas de acordo com as contas dele, então ainda tem muito tempo para pensar em alguma coisa, até contar para Michael. 

Ou até ele descobrir. 

Engraçado que eu até agora estou estranhando o fato de eu estar grávida assim tão rapidamente, mas quem sou eu para desconfiar de um resultado tão sério que foi solicitado por um médico tão bem apessoado.

Soltando um suspiro levei  a mão em meu ventre imaginando qual seria a reação de Michael quando descobrir a existência do nosso pequeno. Sem saber que do nosso amor, ao menos restou um pedaço de mim e dele, e por isso e outras coisas, irei amar meu pequeno bebe além da minha vida. 

      Andei rapidamente até meu quarto, escolhi um vestido branco tubinho com cinto e meus sapatos Louboutin vermelhos, e logo sai de casa em direção a empresa que andando, levava poucos minutos até meu trabalho, neste meio tempo, tentei manter a calma e engolir o bolo que se formou na minha garganta só em pensar em ver Michael novamente. 

     Assim que adentrei a empresa, logo atrás de mim, vejo Gregori entrar., nesse momento meu coração saltou e a sensação só aumentou no instante em que Michael entrou em meu campo de visão, as portas do elevador se fecharam em poucos segundos e já fechadas, eu soltei o ar que não sabia estar preso em meus pulmões e descansei meu corpo na parede, pedindo ajuda a Deus para que me desse forças para conseguir manter minha sanidade mental durante os primeiros meses de gestação aqui na empresa.

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O reencontro e a verdade

Michael Louis Beckham

    

Assim que voltei a New York, eu sabia ser impossível esquecer tudo o que vivi e senti pela Yven. Sei que no momento em que colocar meus pés naquela empresa, eu não vou ter sossego. Tenho certeza que toda vez que abrir a porta da minha sala e encontrar ela me olhando, não vou resistir, eu amo tanto aquela mulher que até dói. Meu peito arde sempre que eu penso que a deixei ir embora. Eu estava trabalhando no meu escritório de casa em Londres, quando mais uma vez, meus pensamentos voaram para as lembranças de quando eu e ela estávamos juntos, faz pouco tempo desde a nossa separação, mas a saudade é tão grande, que a sensação física diz ser anos sem tocá-la.

     Fechando os olhos, lembro-me do nosso último banho juntos, foi maravilhoso, apenas nos curtindo, um momento delicioso que compartilhamos juntos e após isso, tudo saiu do lugar, fiquei por horas resolvendo as questões da investigação, no qual acabei deixando Yven sozinha por muito tempo e acabei facilitando a sua saída da minha vida. 

      Desviei a atenção do meu notebook para a pequena caixa de veludo preta que guardava a aliança de noivado que pedi a Gregori para buscar na Cartier. Eu iria pedir a mão dela este fim de semana, mas ela terminou comigo e foi embora sem antes conversar comigo, tirando de mim a oportunidade de ouvir a sua voz emocionada ao aceitar ser minha noiva, eu sei que ela iria aceitar e saber isso, me deixa com uma sensação ainda pior de perda.

Interrompendo meus pensamentos, recebo uma ligação de Sebastian, que atendi rapidamente.

     — Beckham !

Respondi como de costume e Sebastian me cumprimentou.

 — Boa tarde, senhor Michael. Estou ligando para avisar que Yven está hospitalizada em observação.

Sinto um mal-estar me atingir e então levanto-me da cadeira já agitado e perguntei muito preocupado.

        — O que ela tem? 

Ouço vozes do outro lado e ele murmura algo para outra pessoa e depois me responde.

        — Está bem, tudo começou por que ela desmaiou no escritório então, a trouxe para o hospital.

Assentindo, fiquei em silêncio por um tempo, tentando pensar e perguntei.

— Ela pediu para que você me avisasse?       

 Eu ainda tinha esperanças e coçando a garganta, ele respondeu.

    — Não, eu só imaginei que você gostaria de saber. Eu acredito que você goste dela, na verdade, isso é muito óbvio, por isso resolvi ligar.

 Engolindo em seco, confirmei com a cabeça e respondi

 — Me mantenha informado, por favor! 

E confirmando, Sebastian desligou.

    Agora que sabemos quem está por trás dos desvios de ambas as empresas, estamos trabalhando em um plano para podermos acabar com toda essa bagunça e farei eles pagarem por tudo o que fizeram a minha família e empresa, e que Deus me ajude, espero que meu pai não passe mal com a notícia que terá na nossa reunião que irei convocar na quarta-feira, e expor ao meu pai e minha mãe o que Anthony e seus cúmplices estão fazendo contra a empresa da própria família, só pensar na reação dos meus pais, já sinto uma angústia antecipada.

Assim que cheguei na empresa, vi Yven adentrando o elevador em um belo vestido que avantajava suas curvas incríveis, olhar aquela visão me deixou levemente alterado, minha respiração falhou, meu coração acelerou e quando dei por mim, já havia pedido ao Gregori que a chamasse, mesmo eu não sabendo o que iria dizer a ela, mas não deu tempo de ele alcança-la então corri até o elevador e quando ela me viu, deixou que a porta se fechasse. Me deixando com cara de bobo apaixonado. 

Porra. Ela é tão.. Tão linda... Merda .. 

Recebi uma ligação do meu pai, mas deixei cair na caixa postal, pois depois irei retornar quando estiver em minha sala, a porta do elevador abriu, eu estava com o celular em minhas mãos e andei tranquilamente até minha sala, Gregori que estava comigo, ficou para trás, acredito que seja, porque iria falar com Yven, eu apenas segui até minha sala desejando ficar um pouco mais afastado dela, e suspirando frustrado, fechei meus olhos, não acreditando que vou ter que controlar minhas duas cabeças para que nosso trabalho funcione a forma correta. Agora entendo o porquê que não se deve ter relacionamentos amorosos com colegas de trabalho. 

Franzi a testa com esse pensamento, ao constatar que não me arrependo de ter me relacionado com uma funcionária da empresa, na verdade, estou apenas sofrendo por estar separado dela.

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