Leno pegou a moça nos braços e levou Anri para seu barquinho e pôs dentro com todo cuidado como se ela pudesse quebrar como vidro.
—Leno, eu posso ir pelo mar ou pelo ar. Não preciso ir neste troço!—Anri disse ainda meio tonta.
—Que desfeita, Anri! Vai sim comigo! Hoje você é minha convidada no meu barquinho.
—Hum! Tá!—Anri fez careta.
—E você quase morreu afogada. Tá debilitada!— Leno disse com cuidado.
—Eu não fui afogada! Eu fiquei presa nas redes. Eram muitas, tentei libertar meus amigos golfinhos e acabei sendo fisgada.
—Ah! Foi Assim!—Leno disse entendendo.
—Claro! Agora me lembro!― Anri disse ficando mais orientada.
Já na casa da vovó Évora. Avó e neta se reencontraram. Ambas se abraçaram e choraram muito por alguns minutos. Porquanto fazia anos que
Num rompante de raiva, Leno soltou gritando, pois por mais que respeitasse sua avó Évora, ele ainda tinha sentimentos fortes pela prima, e via naquele retorno uma chance de se aproximar, e mostrar que mudou e poderia ser o namorado dela.—QUER QUE ELA VOLTE PRA ESTE CALEBE?—Leno perguntou zangado, soltando sua frustração por sua avó torcer pelo outro.—Sim! Não sei como achou o caminho pra cá, mas deve achar o caminho para seu amor verdadeiro.― Évora disse torcendo para ela encontrar seu amor—Quem disse que é o amor dela!— Leno retrucou.—Ele é sim!— Anri disse.—Duvido!—Leno objetou.—Netos! Calma! Anri conte com detalhe como chegou aqui. —Évora pediu.—Eu não achei, eu fui pega nas redes dos pescadores em alto mar e por coincidência me trouxeram para Belorriso.&mdash
Leno se aproximou mais de Anri, tocou no seu rosto, e a olhou fundo nos seus olhos, queria desvendar os pensamentos da sereia, queria que ela sentisse amor por ele, que tivesse lhe perdoado. A moça virou o rosto sem dizer uma palavra,—Anri, seja sincera, então? Pode me dizer?— Leno insistiu.—Sim! Um pouco.― Anri sussurrou quase sem sair as palavras.—Viu! Então tem sentimentos por mim.― Leno percebeu contente.—Claro! Sempre gostei de ti, só que depois daquilo, fiquei muito ofendida.Leno ficou desconfiado.—Quem é mesmo este Calebe?—Leno perguntou.—Ele era amigo das gêmeas, as metidas e arrogantes colegas de sereismo do Aquário Blue Marin.—Trabalhou como sereia?—Leno perguntou espantado.—Sim! Era divertindo fingir que era sereia, sendo eu uma sereia de verdade.— Anri contou rindo.—Ah
Enquanto Leno queria casar; Anri queria fugir novamente, mas ele insistia naquela conversa de casamento prematuro.—Se namorar deve se pensar no futuro a dois, neh vovó?— Leno pedindo apoio de Évora.—Sim, Leno! Você está certo! Você não é criança nem mais adolesceste. Logo os pais de Anri vão escolher seu par na Concha e precisa informar a eles sua situação.—Vó! Que história é esta?—Anri estranhou a mudança da avó.—Sim! Anri! Alguém de sua cidade vai te pedir em casamento, e seus pais vão conceder. Se apresse na sua decisão, se não...—Vó! Acha que existe um tritão de lá que queira se casar comigo?― Anri duvidou, pois sabia que não era bem visto pela sociedade do povo do mar suas aventuras na terra firme. Eles temiam muito ela ser descoberta
Leno e Anri entraram na casinha de taipa, prontos, para descansar. Lá tinha uma cama de palha velha, umas louças de barro, e uns panos velhos, parecia que alguém tinha sofrido naufrágio e ficou perdido por lá por muito tempo.—Alguém esteve aqui! — Anri deduziu, notando que havia resto de comida de poucas horas no chão. E o local não estava tão sujo nem tinha matos dentro da casinha.—Eh! Será que alguém ainda vive aqui?—Leno perguntou cuidadoso.—Shii! Talvez! —Anri respondeu. ― Eu nunca estive aqui.—Parece que está abandonado faz tempo.—Leno deduziu sem observar bem.—Errado, eu acho que foi caçar! —Anri suspeitou.—E tem muito terreno e floresta nesta ilha?― Leno perguntou.—Não! Ela é menor do que a ilha da vovó. —Anri respondeu.
Naquele dia começou a chover intensamente, não tinha onde se abrigar se não dentro da casa daquele malfeitor. Eles não pensaram duas vezes, se abrigaram lá e arrumaram melhor um cantinho da casa de taipa para poder se proteger da forte chuva que açoitava a pequena ilha, depois ambos dormiram juntinho sem fazer nada mais íntimo.Já perto de clarear o dia, Leno acordou armado e Anri notou sua situação animada.—O que é isto?― Anri perguntou se afastando.—Ops! Desculpa, meu amorzinho, eu sempre acordo assim. —Leno informou encabulado.—Ah! Pensei que já queria me violar. ― Anri disse temerosa por uma investida maldosa.—Anri! Você não é mais virgem. — Leno disse entortando os lábios para esquerda.—Sou sim!—Eu entrei, esqueceu?― Leno a lembrou querendo dar uma risadinha
Depois do amor deles, eles se alimentaram de frutas e partiram para o mar em direção a cidade Concha.Quando eles estavam se aproximando do seu destino, Leno sentiu algo estranho em seu corpo, um forte formigamentos em suas pernas e costa, era algo novo, nunca sentido por ele.Leno parou de nadar e começou a se retorcer. Anri ficou preocupada sem saber o que fazer, o corpo dele se transformou em algo inesperado.—Anri! Anri!— Leno a chamava desesperado.A sereia assistiu tudo imóvel sem reação, mas com bastante admiração. Leno se transformava em “sereia macho”, ou melhor, tritão o nome certo para o macho da sereia.—Opa! O que houve?—Leno perguntou admirado ao passar a dor.—Você também é como eu! —Anri disse contente.—Como assim?!― Não sei.― Eu nadei mais de
O casal passou pela entrada principal que parecia uma enorme concha desenhada, depois entraram num corredor que levava uma enorme bolha submersa. Lá tinha prédios enormes, casas que pareciam taças.Leno ficou muito admirado pela estrutura esquisita do lugar, parecia que estava numa cidade normal, mas invés de andar ele pelas ruas, ele nadava, e como estava transformado em tritão não precisava mais de oxigênio transferido pelo beijo de Anri.—Que legal! —Leno disse admirando tudo o que vislumbrava.—Sim! Aqui é lindo!― Anri disse orgulhosa por fantástico lar.—Aqui é muito bonito! Grandioso! Diferente! —Leno elogiou. —Pensei que seria uma cidadezinha arcaica com todos enviados nuns buracos!—Hein? O que pensava que fosse?—Anri perguntou chocada.—Uh! Talvez um monte de toca com monte de recife para se escond
O pai de Anri não gostou da ideia de Leno já esta de chamego com sua filha, e logo o pegou pelo pescoço para tomar satisfação. —Epa! Já usou minha filha carnalmente, macho sem vergonha!?—Oser perguntou , o agarrando com violência. —Calma, tio!?― Leno se fez de desentendido. —Já dormiu com ela? —Oser continuou a perguntar o encarando, sem soltar o pescoço. —Sim! —Leno confessou a verdade. —Ah! Calda roxa de uma filha de uma perdida.— Oser dizia, mas Anele o acalmou e ele parou de ofendeu Leno. —Espere! A gente é primo, a gente dormia como se fosse irmão, neh Anri.—Leno contou uma parte da verdade, percebendo o perigo de expor a verdade logo, que não era mais interessante ser honesto de cara. —Sim! Papai! Se esqueceu que o conheço desde 5 anos.― Anri o lembrou. —E dormiam na mesma cama? — Oser perguntou. —Sim! Literalmente íamos para rede, para cama, pro sofá. Éramos grudado na inocência.—Leno respondeu rindo, mas