Pov-Gael.

Gael- Estou a quase dez minutos olhando para o meu prato de comida sem conseguir comer .

Alexander- Coma Gael , daqui a pouco vocês vão precisar voltar - afirmei comendo a contra gosto pois eu sabia que era pela ansiedade que eu não conseguia comer e acabaria passando mal por ficar a tarde toda sem comer alguma coisa - isso é nervoso pela prova , não se preocupe pois eu sei que se saíram muito bem - sorri fraco e continuei comendo , Mael estava do mesmo jeito que eu e Clara ao contrário estava comendo que nem uma louca pelo medo.

Clara- Espero que tenhamos conseguido - afirmei com a cabeça - estou com medo.

Gael- Eu estou apavorada - falei.

Mael- Horrorizada - olhamos para ela e sorrimos os quatro , acho que isso era bom para a tensão que estávamos sentindo - daqui dez minutos sai o resultado , temos que voltar - me levantei levando meu prato até a pia da lanchonete e o lavando assim como os outros .

Fui ao banheiro e escovei os dentes e ajeitei minha juba no coque e sai da lanchonete , Alexander estava no meio de uma ligação acalorada então resolvi esperar na rua . Do outro lado da rua havia uma sorveteria e estava cheia de motoqueiros então fiquei perto da lanchonete caso eles tentassem alguma coisa , eu não conhecia muito sobre gangues mais sabia que eles não prestavam e eu me manteria o mais longe possível deles , ainda mais por causa de Mael .

Quantas vezes ela se passou por mim para apanhar das outras coleguinhas e livrar a minha barra , eu tenho a melhor irmã do mundo , disso eu tinha que agradecer a Deus pois eu tenho minha metade comigo e sempre vou ser completa com ela do meu lado.

Eles começaram a brigar dentro da sorveteria e um deles estava batendo em outro no chão , estavam rodeados de pessoas então eu não conseguia ver quem era o que estava batendo e muito menos o que estava apanhando- Gael - olhei para Mael - vamos - entrei no carro e seguimos rumo a faculdade - Deus está no controle - afirmei .

Clara- O que estava acontecendo na sorveteria ? - perguntou .

Gael- Briga de gangue - ela arregalou os olhos .

Clara-Foquem longes dos Demônios Reais - avisou - eles são agressivos e racistas - me arrepiei - a sorveteria é o ponto de encontro deles - quanta sorte tivemos nesse momento ao saber que racistas ficavam logo em frente a onde eu moro com minha irmã e minha amiga .

Alexander- Só fiquem longe deles - olhei para Mael .

Mael- Pode deixar - ela respondeu me olhando - Gael também vai fazer o mesmo .

Gael-Lógico - segurei em sua mão - vamos ficar longe , o mais longe possível deles - dito isso ficamos em silêncio o resto do caminho até a faculdade , o dia estava ensolarado e a calça de moletom que eu usava me fazia suar então levantei a beira dela até os joelhos fazendo uma espécie de bermuda e então descemos do carro .

Alexander- Daqui meia hora eu volto - Afirmamos - tenho que ir até meu advogado e daqui a pouco estarei de volta.

Clara-Tá bom - Ela Sorriu fraco - vamos te esperar aqui .

Mael - Até depois - ele nos abraçou e logo saiu com o carro - muito estranho.

Clara- Também acho - entramos na faculdade - ele nunca se encontrou com o advogado desde a separação da esposa .

Gael- O que aconteceu ? - perguntei - com a esposa.

Clara- Ela estava grávida e disse para a polícia que ele a agrediu - arregalei meus olhos - disse que não teria filhos demônios então desapareceu , ninguém sabe o que aconteceu com ela ou com os bebês .

Mael- Bebês ? - perguntou - estava grávida de gêmeos ?

Clara- Estava - revelou - Mais sumiu e desapareceu com as crianças , Alexander está tentando encontrar a esposa desde então e contratou também alguns detetives particulares para ajudar mais até agora não encontrou nada .

Mael-Quanto sofrimento - murmurou- Maldade , mais ele realmente bateu nela?

Clara- Ninguém sabe - falou - Alex sempre foi bondoso com todo mundo e nunca deu a entender que gosta de agredir mulheres .

Gael- Ele está nos tratando muito bem , não tenho motivos para desconfiar dele e vamos dar um voto de confiança - falei - ele merece o benefício da dúvida não acha ?

Clara- Tem razão - sorriu - ele deve estar sofrendo muito com isso.

Mael- ele deve ser o que está mais sofrendo de tudo isso, a esposa fugir e ainda levaram os filhos gêmeos dele - se abraçou - deve ter sido muito doloroso passar todos esses anos a procura dos filhos e nunca os encontrar.

Gael- A dor deve ter sido insuportável - falei - acho que é por isso que ele está nos tratando como filhos, para tentar ser o que ele não pode ser aos próprios filhos - olhei para Clara - insuportável é pouco comparado a dor que ele deve estar sentindo , tadinho dele - seguimos em silêncio para dentro da faculdade, E chegamos o telão onde passaria os nomes de todos os alunos que passaram na prova, o diretor da faculdade iria dizer nome por nome e a foto do aluno ia aparecer no telão .

Diretor - Quero agradecer imensamente pelos alunos que vieram prestar a prova para faculdade da Alameda dos Anjos, Nossa faculdade está em minha semente grato a todos aqueles que se esforçaram e conseguiram a sua nota para entrar na faculdade.

O curso disponível para as bolsas seria de direito, fisioterapia, idiomas, medicina, história, arqueologia , paleontologia e vulcanologista progressiva - olhou os papéis então foi citando nomes, eu e as meninas ficamos o tempo todo de mãos dadas esperando para que o diretor pudesse dizer o nosso nome , minha alma quase explodiu para fora quando ele disse o nome da minha irmã - Mael Miller , Clara Garcia - porém mesmo ouvindo seus nomes e elas ficaram quietas esperando ele dizer todos os nomes eu já estava ficando sem esperanças pois saber que quase todas as bolsas haviam sido preenchidas - e por último mas não menos importante, tem orgulho em dizer que este aluno tirou uma das melhores notas, tem orgulho em dizer que a senhorita Gael Miller ganhou a bolsa para cursar faculdade dupla, como a senhorita fez a prova para direito, irá cursar direito e arqueologia - Mael e Clara começaram a gritar e pular ao meu lado me abraçando enquanto a minha foto surgiu no telão - parabéns a todos aqueles que passaram e até segunda-feira- dito isso muitos alunos saíram chorando por não ter conseguido a bolsa e eu teria que acreditar que o destino talvez tenha agido para que eles pudessem estudar mais e dar mais valor no que tem agora.

olhei mais uma última vez para minha foto no telão antes de dar as costas e finalmente sair da faculdade sendo seguida por Mael e Clara .

Mael- Eu sabia que você conseguiria - falou pulando - Eu sabia que você ia conseguir Ah pois você é a melhor no que faz Gael - sorri para ela .

Clara- Vamos para entrada da faculdade pois Alexander deve estar nos esperando - será mesmo ?

Gael- Cadê ele ? - perguntei assim que chegar nos portões, muitos alunos haviam ido embora e estava apenas mais três o esperando - será que aconteceu alguma coisa ?

Mael- Espero realmente que não - falou - mas já está escurecendo e está ficando escuro Então não podemos ficar aqui por muito mais tempo, Vamos ir embora andando e quando chegarmos em casa mandamos uma mensagem avisando que já chegamos.

Clara- Vamos sim - começamos a seguir pelas ruas não mais movimentadas da Alameda dos Anjos e seguimos para o centro da cidade onde ficava a lanchonete e o nosso apartamento - Estou preocupada com ele, Alexander não está atendendo o telefone.

Mael- o que a gente faz ? - perguntou - será que deve ter acontecido alguma coisa?

Gael- Antes de sairmos a lanchonete ele estava tendo uma conversa bem a acalorada ao celular - olhei para elas - onde ele está? - eu já estava ficando com medo e desesperada pelo fato dele ter dessa parecido assim, não era o jeito de Alexander agir.

Clara- vamos até o nosso apartamento e de lá podemos procurar por ele - falou - Talvez ele esteja na lanchonete .

Gael- é uma hipótese, então vamos logo- praticamente com a remos o caminho todo até chegarmos a lanchonete e meu coração quase saiu na boca ao vê-la fechada - onde ele está? - olhei para elas - onde ele está ? - me sentei no chão na frente da loja e superei abraçando meus joelhos, Mael fez exatamente a mesma coisa e Clara ficou andando de um lado para o outro tentando ligar para Alexander outra vez.

Clara- Ele não está atendendo - falou - como vamos achar ele ?

Mael- Rastreando o celular - se levantou e começou a usar o rastreador do celular - ele está em um galpão quase na saída da cidade - nos olhou - o galpão tem nome - virou o Celular - Demônios Reais .

Gael- Que merda - falei - o que a gente faz agora?

Clara- Vamos atrás dele - afirmei com a cabeça e então chamamos um táxi - Deus por favor nos ajude nessa hora de sofrimento - falei com esperança .

Demorou cerca de quinze minutos até chegarmos a um quarteirão do galpão, o taxista se recusou a nos levar adiante então teremos que seguir a pé até chegarmos ao galpão - ali está ele - olhamos para alugar o pão que parecia ser um antro de perdição e suspirei, nos abaixamos até a mata que o rodeava e nos escondemos ali para que nenhum dos motoqueiros pudessem nos ver .

Clara- Como vamos entrar ? - perguntou baixo .

Mael- Vamos até a janela ver o que está acontecendo - seguimos pela mata até a parte traseira do galpão onde podíamos ver vários motoqueiros bebendo cerveja e alguns estavam rindo .

Mas então olhamos para o centro do galpão onde vivemos Alexsander amarrado a um tronco e um homem de costas acertava várias chicotadas em suas costas - meu Deus - falou chorando baixo.

Gael- Vamos incendiar esse lugar - olhei para Mael que afirmou com a cabeça, vimos alguns galões de gasolina encostados no canto do lado de fora do galpão então Clara e Mael foram até eles e abriram suas tampas jogando ao redor do galpão - eu vou acender com a minha pederneira - tirei a pequena pederneira que era o pingente do meu colar recolhi alguns gravetos no chão.

Eu gostava muito de assistir programas de sobrevivência Então as freiras me deram uma pederneira pequena que usava como pingente no meu colar pois nunca havia usado ainda, pelo menos até agora.

Fui Até a gasolina que elas haviam acendido risquei a pederneira que logo pegou fogo que foi se alastrando por todo o lado de fora do galpão então corremos para a mata nos escondendo outra vez.

Vimos vários dos motoqueiros saírem para fora correndo desesperados E então eu e Mael com clara corremos para dentro e dezamarramos Alexander.

Alexander- Meninas - falou chorando e suas costas sangravam muito, havia cortes por várias partes do seu corpo - o que vieram fazer aqui? Eles vão machucar vocês, eu não posso permitir isso.

Mael- Viemos atrás de você - falou me ajudando a carregá-lo para fora .

Saímos pelo mesmo lugar em que entramos e tivemos todo o cuidado de olhar para os lados para ver se alguém nos observava e pude respirar mais aliviada quando já estávamos seguras no meio da mata- vamos chamar um táxi agora - falou quando chegamos a quase meio quarteirão distância do galpão .

Clara ligou o celular e começou a fazer uma chamada para táxi, só então pude respirar aliviada mais ainda as Lágrimas insistiam em cair pelos ferimentos que sangravam - ele chegou - Mael me ajudou a colocar dentro do carro e Clara entrou no banco do passageiro e Mael colocou a cabeça de Alexander em seu colo .

Quando fui entrar ouvi barulhos de motocicletas e olhei para o fim da rua , princesa que que eles estão vindo atrás de nós mesmo não sabendo quem éramos , pois eles notaram que Alexander havia desaparecido então com certeza supor o que alguém o teria tirado de lá - Gael vem - entre rapidamente dentro do carro e logo o motorista arrancou saindo da rua antes que os motoqueiros chegassem Até nós - aí meu Deus - olhei para Mael que estava chorando tão triste quando eu e Clara - porque eles estavam fazendo isso com você Alex?

Alexander - porque eu estou devendo dinheiro a eles - responder eu fazendo com que eu colocasse as duas mãos sobre a boca - eu estava falido e precisava de dinheiro para pagar os advogados e se te tivesses para encontrar os meus bebês - meu Deus fator que ele deve ter sentido sozinho deve ter sido insuportável - Eu Estou desesperado para encontrar os meus filhos, foram longos 24 anos procurando por eles estou ficando louco sem saber de pistas ou qualquer coisa que os levem a eles.

Clara- de quanto mais ou menos você está precisando? - perguntou se virando para trás e olhando diretamente em seus olhos - Qual foi a quantia que você emprestou deles?

Alexander- 5000 libras esterlinas - isso era ainda mais caro que as libras comuns, libras esterlinas praticamente triplicavam o valor das libras comuns , ele estava devendo quase 30 mil libras para a gangue - eu fiquei desesperado Quando eles começaram a mandar mensagem dizendo que ia incendiar a lanchonete e o medo foi maior ainda por saber que vocês moram logo em cima- respirou fundo Então me olhou diretamente em meus olhos - eles me ligaram mais cedo dizendo que matariam todos aqueles que tiverem ligado a mim caso eu não devolvo esse dinheiro .

Mael- foi por esse motivo que você não foi buscar a gente - ela falou - para que eles não te vissem conosco e tentasse algo contra nós - concluiu ela.

Clara- como eles conseguiram te pegar ? - tirou a blusa de frio e deu para Mael - limpe os ferimentos dele por favor - Mael começou a limpar os ferimentos com cuidado e chorava ao vê-lo gemer de dor .

Gael- Alguma chance deles voltarem ? - perguntei .

Alexander- Com toda a certeza eles vão investigar quem ateou fogo no galpão - me olhou - farei o possível para que não toquem em vocês , eu juro .

Mael- O que a gente vai fazer contra eles ? - perguntou para Clara .

Clara- Vamos na polícia - falou - talvez eles possam ajudar .

Alexander- A polícia está ligada a eles - paguei o táxi quando chegamos e subimos as escadas .

Gael- Vamos colocar ele na minha cama - falei indo em direção ao meu quarto e de Mael , como o nosso quarto era junto eu e as meninas o colocamos na beliche em baixo e Mael dormiria em cima e eu com Clara pegaríamos o colchão em seu quarto e doemiríamos no chão - vou pegar a caixa de primeiros socorros no banheiro - corri até o banheiro e peguei a caixa e voltei para o quarto .

Mael- Farei uma sopa de frango - correu para a cozinha .

Clara- Vou até a loja na segunda rua e vou comprar algumas roupas para trocar ele - pegou sua bolsa e saiu Enquanto eu o limpava .

Alexander- Não chore Gael - falou - Eu estou aqui.

Gael- Mais poderia não estar - falei - você é como um pai para mim Alex , já pensou em como eu , Mael e Clara ficaríamos se acontecesse alguma coisa com você ? - limpei seus machucados e logo fiz os curativos - não esconda mais nada da gente  .

Alexander- Eu não vou esconder - falou - eu jamais imaginaria que iriam me buscar - olhei para ele - obrigado , mais ainda assim se colocaram em risco e se eles descobrirem que foram vocês , eu tenho medo de fizerem alguma coisa e ferirem vocês , não posso me perdoar por fazer isso a vocês , eu causei esse sofrimento.

Mael- Não foi você quem fez isso - veio até nós e se sentou na cama conosco , Alexander estava de barriga para baixo já que suas costas estavam feridas - eles fizeram isso - falou - e com certeza iríamos te buscar de novo - segurou na sua mão e ele fez o mesmo comigo , agora eu teria que ser esperta e não deixar que a gangue dos Demônios Reais não me pegassem .

Bjus minhas anjinhas até amanhã , espero que gostem e comentem o que acharam e não se esqueçam de votar 😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😈😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇