Giulia, irmã de Martin ficou conversando conosco no quarto do irmão, não tínhamos tanto contato com ela pois como era mais nova e garota, não curtia tanto ficar com a gente, mas sabem que eu achava ela bem legal, por mais que eu não conversasse tanto com a garota.
Estávamos jogando x box quando ouvimos barulhos na casa. Era seu Sérgio, pai de Martin, não ia muito com a cara dele, era um homem muito grosso e arrogante.
Vamos até a sala para cumprimentá-lo.
- Oi, seu Sérgio. - Digo.
- Olá. - Diz Vi com um pouco de receio.
- Oi. - Ele diz de modo grotesco.
Parecia que estava bravo, mas era óbvio que eu não perguntaria. Ele era dono de um importante restaurante, o mais conceituado do nosso estado, dava para ver que Martin tinha muito orgulho do pai por causa disso. Seu Sérgio queria a todo custo que seu filho seguisse seus passos, embo
''Não, não acredito nisso.'' - Penso ao ver aquilo em seu celular.- Conseguiu telefonar? - Pergunta Martin ao voltar para meu quarto.- Não. - Respondo. - Martin, o que é isso?Mostro o celular pra ele e Martin sem responder, apenas desvia o olhar, parecia envergonhado, acho que não esperava que eu visse, e provavelmente ele tinha esquecido que havia deixado a aba da internet aberta.No celular dele tinha uma página da web de pornô, mas não era pornô tipo de homem e mulher, pelo contrário, era pornô gay, por isso o meu espanto.- Você é…- Não. - Me interrompe. - Eu só estava vendo porque… Ah, por curiosidade.- Olha Martin, se você for gay ou bi, sei lá, não precisa ter vergonha, não esquenta com isso, até porque você sabe que eu sou gay, entã
Como era possível ele me ligar depois de tudo o que havia nos feito? Esse homem precisava de um hospício urgente, era completamente louco e o foda era pensar que ele poderia se aproximar e até nos matar de boa porque não quiseram nos dar uma ordem judicial pra ele não se aproximar da gente, ai como amo a nossa justiça maravilhosa onde o cara bate na mulher e abusa dos filhos e fica por isso mesmo, onde a mulher mata os pais e vira filme e o outro mata a filha pequena e tem saidinhapro dia dos pais, eita Brasil maravilhoso.Ao desligar o telefonema conto para meus pais que ele havia me ligado, os dois ficam extremamente enfurecidos. Papai decide mudar o número de casa e o meu, de mamãe e de Noah, assim ele não poderia ligar mais pra gente, e ele só não trocou o número do celular da Kim porque ela não tem, porque se tivesse tenho certeza que ele teria mudado também. Mam
- O que aconteceu? - Pergunto ao entrarmos em sua sala.A diretora se senta em sua cadeira, estava muito séria, sabia que viria bomba por aí, talvez fosse algo relacionado com Alex. Fico em silêncio, aguardando que ela falasse algo, acho que estava meio apreensiva.Dona Suzana tira seus óculos e me olha seriamente.- Não sei nem como te dizer isso. - Ela fala.Xi, acho que o que estava por vir era pior do que eu imaginava, como queria estar enganado.- O que aconteceu? - Pergunto já aflito.- A sua irmã... - Ela diz.Nesse momento sinto meu coração parar de bater por alguns segundos. O que havia acontecido com a Kim? Já estava extremamente preocupado. Será que ela havia aprontado algo? Kim não era disso, mas era criança, vai saber… Ou será que havia acontecido algo sério? Talvez ela tivesse se machucado durante o recreio.
Uma semana havia se passado, não tivemos nenhuma notícia sobre a Kim, cada dia que passava ficávamos mais preocupados com ela, que tipo de sequestrador não entra em contato com a família da vítima para conseguir resgate? Isso só fazia eu ter mais certeza que Henrique que havia levado - a, porque só ele pra fazer isso sem pedir dinheiro, se bem que ele também podia se aproveitar da situação, isso estava tão estranho, talvez estivesse esperando o momento certo, ou seja, quando a gente morresse de preocupação, ai, quero a minha irmãzinha de volta.A polícia estava fazendo de tudo para encontrá-la, colocaram até cães farejadores atrás dela, mas não conseguiram nenhuma pista, não sabia se isso era bom ou ruim, mas estava muito preocupado.Em um sábado resolvi ir até a casa de Alex, desde que Kim havia sido se
Após o nosso beijo, Alex e eu ficamos nos olhando, não sabia o que pensar ou o que sentir. Tinha gostado de beijá-lo, mas estava sem condições de pensar nisso nesse momento, namorar era tudo o que eu menos queria, a única coisa que me importava era a minha irmã, onde será que ela estava? Será mesmo Henrique que a levou? Ai, meu Deus! O que eu estava pensando? Com certeza foi ele.Alexander me abraça, eu retribuo, pois estava tanto precisando daquilo.- Eu estou com você, vou te ajudar no que tiver ao meu alcance. - Falou Alex em meu ouvido.Ah, era tão bom ter ele comigo nesse momento que eu tanto precisava, eu não estava querendo um namorado, mas sim um amigo, alguém que eu pudesse contar de verdade e eu sabia que Alex era a pessoa certa, sempre soube.Ele queria me ajudar nas buscas por Kim, mas como procuraríamos por minha irmã se não t
Os dias se passavam e o desespero aumentava, não tínhamos nenhuma pista do paradeiro de minha irmã. A polícia estava investigando sem parar, porém ainda não havíamos conseguido nada que nos levasse até a Kim, nenhuma pista, nenhum sinal, nada...- Nada da sua irmã? - Perguntou Vincenzo.- Não, nem sinal dela. - Falei. - Não sei mais o que fazer para encontrá-la.- O problema é que não sabemos onde procurar. - Falou Martin.Vincenzo e Martin haviam ido dormir em minha casa, eles estavam fazendo isso ultimamente, as vezes ia um, as vezes outro e de vez em quando os dois, estavam fazendo isso na esperança de me animarem, as vezes até dava certo, mas volta e meia lembrava novamente da minha pequena Kim, ah, se pelo menos eu soubesse de algo, qualquer notícia dela…De repente o telefone toca, saio correndo para a sala, Vi e Marti
- Não, eu não vou conseguir ir. - Falou mamãe. - Calma, eu vou com você. - Disse papai ao abraçá-la. - Eu também. - Falei. No fim, fomos todos nós, até Noah, queríamos dar todo apoio a mamãe. Não conseguíamos parar de chorar, o medo de ser minha irmã tomava conta da gente. Eu não conseguia nem pensar nessa hipótese, nem sei o que eu faria se fosse ela, acho que não aguentaria tamanho sofrimento. Eu não conseguia acreditar que aquele desgraçado fosse capaz de matar uma criança, se bem que ele foi capaz de abusar duas crianças indefesas, então eu também não duvidava muito que ele fosse capaz disso. - Não pode ser ela. - Falou mamãe aos prantos enquanto íamos ao local onde identificaríamos o corpo. - Não será. - Falou papai. Eu estava rezando muito para não ser a minha irmã e tinha fé que não era ela, mas igual estava com muito medo. Noah que estava sentado do meu lado, pega em minha mão tentando me confortar, olho para ele e lhe sorrío,
Conto para meus pais e para a polícia sobre o telefonema, eles ficam aliviados por saber que Kim estava viva, mas também com medo do que possam fazer com ela. E a pergunta ficou no ar: Terá sido Henrique mesmo? Afinal, ele estava preso, com certeza não tinha sido ele que me telefonou na noite anterior, mas também tem aquela coisa, ele pode ter mandado alguém sequestrá-la, será?E quanto mais os dias se passavam, mais preocupado eu ficava, a publicação do desaparecimento dela seguia crescendo o número de compartilhamentos, curtidas e comentários, todo mundo desejando que eu a encontrasse logo, minha família, meus amigos e pessoas do país todo que eu nem conhecia.Henrique seguia dizendo pra todo mundo que ele não havia feito isso e que não sabia de nada, sei lá, não conseguia acreditar, talvez pelo fato dele já ter nos feito tanto mal.