Palavras de mãe

Parte 63...

Alejandro

O silêncio aqui dentro é denso, sufocante. Minha mãe estava sentada em sua poltrona favorita, a postura rígida, o olhar cravado em mim como se pudesse arrancar verdades que eu mesmo não conseguia entender.

Eu andava de um lado para o outro, os pensamentos atropelando uns aos outros, a raiva fervendo sob minha pele. Queria ir até Camila e continuar nossa conversa. Eu precisava falar. Precisava que ela entendesse.

— Eu sou culpado - cuspi as palavras, sentindo o amargo delas na boca. — Ninguém precisa me lembrar disso, porque eu sei. Se eu não tivesse sido um maldito imbecil querendo mostrar serviço, Diego nunca teria chegado tão perto.

Apertei os punhos, o peito subindo e descendo em um ritmo acelerado. O ódio por aquele desgraçado era tão grande que quase me sufocava. Minha mãe não desviou os olhos. Nem mesmo piscou.

— Ele te enganou — disse simplesmente.

Eu soltei um riso seco, sem humor. Até me sinto cansado.

— Enganou - admiti. — Mas o que isso muda? No fim d
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