– Você! – Flora parecia muito atormentada, mesmo com aquela pequena palavra sabia que não teria algo bom ali.– O que tem eu? Algum problema? – Como que fosse de se esperar, o homem era totalmente cínico.– Foi você que disse que a minha filha estava só com uma gripezinha, está feliz agora? Que tipo de médico dá um diagnóstico sem nem mesmo olhar direito? – Agora havia entendido o porquê daquela reação da mulher tão doce, nunca havia visto a mulher falar assim com ninguém.– Acho que está me confundindo com outra pessoa, senhora. – Como o homem estava de costas para mim, não sabia qual era o seu olhar naquele momento, mas pela sua voz sabia que ele estava debochando da situação.– Não estou te confundindo, foi você que disse que era apenas uma gripe boba e que logo iria passar! Não tá lembrado? Não tem nem quatro dias que vinhemos aqui? Agora a doutora tá me falando que minha filha está com pneumonia, isso é culpa sua! – Podia ver claramente o semblante de Flora tomar um tom vivo de v
Olhei para cima apenas para ver meu vizinho me olhar com um sorrisinho de canto, provavelmente debochando da minha cara, mas não o culpava havia provavelmente passado vergonha tentando enfrentar um homem, mas alto e principalmente, mas forte, não duvido nada que se aquele homem tivesse me batido, teria desmaiado em segundos.– Não precisa zombar de mim, já estou envergonhada o suficiente. – Respondi enquanto passava as mãos em meu rosto, tentando controlar o nervosismo que ainda estava sentindo.– Não estou zombando, na verdade, teria feito o mesmo, mas alguém chegou primeiro. – O homem falava enquanto passava em minha frente e se sentava ao meu lado, endireitei minha postura e o olhei um tanto quanto incrédula já que o mesmo parecia tão calmo naquele momento.– Difícil de acreditar. – Falei enquanto estreitava meus olhos para o mesmo, o homem sorriu e me olhou de volta.– Talvez seja realmente difícil de acreditar que bateria em outro homem por causa de uma mulher, mas estaria dispos
Era difícil de respirar então precisa puxar o ar com toda força que tinha, enquanto isso sentia minha visão ficar embaçada olhando para sua mão, meu corpo começou a tremer, sabia o que estava acontecendo comigo, era a mesma coisa que aconteceu quando soube que havia perdido as únicas pessoas que gostavam de mim em toda minha vida, era pânico estava no início de uma crise de pânico, mas não podia ter aquilo ali, aquele não era o momento, de forma alguma podia dar trabalho para Ethan, precisa ajudar e não atrapalhar.“Respira Ayanne, Flora não está morta! Ela logo vai acordar! Tá tudo bem, RESPIRA POR FAVOR! NÃO ENTRA EM PÂNICO SUA TONTA! Havia começado a gritar em minha mente quando fui puxada para o lado, sem entender nada, a mão da mulher não estava, mas na minha, porém aquela sensação ainda persistia, olhei para ver quem havia me puxado e vi outra mulher cuidando de Flora, ao menos não era aquele homem, não sei se conseguiria protegê-la dele.” Ethan ainda não havia voltado, então t
Draven era tão fofo, toda vez que o ouvia ficava feliz, não sabia como esse sentimento surgiu, mas eu gostava, mesmo que às vezes ele pareça um pouco estranho, mas quem não é estranho em nossa vida? Não é como se todos fossemos perfeitos, afinal desconfie do que parece perfeito, pode ser apenas uma casca, eu vivo em minha casca, mas Draven me mostra que ele já saiu dela há muito tempo, quando o homem me convidou para comer no primeiro dia, havia ficado em dúvida principalmente com o seu comportamento inicial, mas o conhecendo melhor pude ver que não era tudo aquilo, e acredito que foi isso que me fez aceitá-lo.– Tudo bem, te vejo mais tarde! – Foi a última coisa que disse antes de ouvir seu sorriso anasalado e o homem desligar.Voltei a olhar para a tela do meu celular sorrindo e me sentindo feliz, parecia que a crise que havia tido antes nem existia, mas, ele era a minha cura inconsciente, sabia que estava fazendo a coisa certa, ainda sorrindo guardei o celular em minha bolsa e volt
– Por quê? Tem medo que seu namorado não goste de te ver ao lado de outro homem? – Apenas naquele momento o mesmo havia me olhado, mas não havia entendido o porquê daquilo.– N-não é por isso. – Havia ficado tímida sobre a menção da palavra namorado não sabia como reagir àquilo.– Então, você só não quer ser vista comigo, entendo, tudo bem, vou te deixar apenas na porta do hosp… – O interrompi.– Também não é isso, na verdade, não sei exatamente, só parece que estou sendo inconveniente! – Respondi sem querer enquanto passava a mão em meu cabelo o jogando para trás, não queria falar daquele jeito e isso me deixou estranha, muita das vezes não sabia em que Ethan estava falando, ele me fazia sentir coisas estranhas, não era como Draven que me deixava confortável ao seu lado, apenas nos momentos que o homem estava muito perto que sentia um estranho formigamento em minha barriga, mas com Ethan era diferente essa sensação aparecia a cada momento que o homem fazia alguma coisa, apenas olhar
O almoço com Draven foi bem tranquilo, ele contava animado sobre uma viagem que havia feito para o Canadá e de como tudo foi incrível, estava tentando prestar o máximo de atenção enquanto o mesmo falava, mas era quase que impossível, já que estava preocupada com Megan, não culpava o homem, provavelmente o mesmo só estava tentando me distrair um pouco, quando voltamos para o ateliê, Kiana me encheu de perguntas sobre o que aconteceu e quem era o homem que estava comigo na frente do estúdio, aparentemente ela havia me visto com Ethan e como ela também é nova na cidade assim como eu, não deve saber quem era o homem.Expliquei pouca coisa, disse apenas que ele era meu vizinho e que me trouxe do hospital, não queria dizer nada que fosse particular ou algo que o mesmo não gostasse até por que acredito que ainda não tenhamos esse grau de intimidade, tanto com meu vizinho, e tanto com Kiana, já que nem fazia tantos meses que estávamos ali aprendendo todos juntos, mas deixando isso de lado, vo
Seus olhos se desviaram em direção a minha boca e só o que conseguia ouvir era sua respiração ofegante, e meu coração martelando em meus ouvidos, eu mesma não notara também o momento que havia prendido minha própria respiração, sentia meu corpo em alerta, mas, ao mesmo tempo, não tinha reação às coisas ao meu redor pareciam não existir, mas, em minha frente havia apenas aquele homem que fora esculpido pelo maior artista desse mundo, e ao que tudo indicava ele estava prestes a me beijar, seu rosto estava se aproximando lentamente do meu, seus olhos focados em minha boca enquanto eu esperava por aquilo.Quando sua respiração já estava em meu rosto faltando poucos centímetros para se encostarem, meu celular tocou em cima da minha mesa, me sobressaltei e me virei para olhar quem era, Draven me soltou no mesmo momento, peguei o celular vendo um número desconhecido, não iria atender por se tratar exatamente de algum desconhecido, mas Flora e Megan me vinhetas a mente, talvez o telefone da
– Sim, mas não tem muito tempo, ah o Akira tá na casa da Flora então… – O homem gesticulou.– Ah tudo bem, eu te sigo. – Por algum motivo aquilo havia ficado estranho, mas sinceramente não sei como.– Tínhamos deixado comida e água então provavelmente ele já comeu só deve tá se segurando sabe. – Ethan falou enquanto caminhávamos e não precisou de muita coisa para mim entender o que ele queria dizer.– Certo, entendi ele precisa ir ao banheiro, sem problema. – Assim que chegamos em frente a casa da mulher Ethan abriu a porta e uma bola de pelos pulou no homem, como se tivesse sentido saudade, pensei que o animal havia esquecido de mim então não estava esperando muita coisa, mas quando menos esperei o mesmo começou a se apoiar na minha perna e balançar o rabo, me abaixei e sorri para o mesmo.– Parece que você não se esqueceu de mim! – Tinha que admitir que estava muito feliz com aquilo, era bom ser recebida com aquela empolgação toda, talvez seja assim que os donos dos animais se sente