Capítulo 3
Bum!

Um balde de água fria foi despejado e Amanda abriu os olhos.

Ela estava morta? Será que tinha chegado ao paraíso? Se houvesse uma próxima vida, ela certamente seria alguém capaz de controlar o próprio destino.

- Ah, a princesinha acordou? - A voz irônica de sua meia-irmã, Susana Martins, ecoou em seu ouvido. - Você foi pega traindo com outros homens. A família Camargo te descobriu e te trouxe de volta, sabia? Você envergonhou toda a família Martins!

- Susana, do que você está falando? - A voz de sua madrasta, Nanda Alves, soou hipócrita como sempre.

Amanda olhou para os rostos de Nanda e Susana, que se deliciavam com a desgraça alheia, e sorriu amargamente. Ela percebeu que isso não era o paraíso, mas sim o inferno.

Controlando a dor em seu corpo, ela riu friamente e se sentou:

- Não é tudo por causa de um exemplo de amante traidora nesta família? Eu apenas aprendi com você!

- Você... - Susana ficou furiosa, encarando Amanda. - Pai, veja o que a sua filha disse!

Foi então que Amanda percebeu que Pietro Martins também estava lá. Ela apertou os lábios e finalmente concedeu um pouco de face a Pietro.

- Pai, eu quero o divórcio! - Amanda declarou com determinação.

- Eu não concordo! - Foi a voz de Pietro.

Amanda de repente se sentiu desapontada, ela sempre pensou que, não importava o que Nanda e Susana fizessem, Pietro ainda teria algum sentimento paternal por ela.

Com um riso frio, Amanda saiu diretamente:

- Não importa se você concorda ou não, eu já sou adulta.

- Você está sendo insolente! - Pietro ficou furioso, tossindo intensamente como se fosse vomitar seus próprios pulmões. Amanda parou seus passos, mas não se virou.

Nanda e Susana correram para ajudar Pietro a se acalmar:

- Pietro, você não deveria contar a Amanda sobre a situação da família? O projeto da nossa família teve um acidente e perdemos cinquenta milhões. Se não fosse pelo apoio de Gustavo, o patrimônio da família Martins estaria desmoronando!

Amanda ficou chocada, lembrando das palavras de Catarina quando a espancou. Será que era verdade?

- O que está acontecendo afinal? - Perguntou Amanda.

- Amanda! - Pietro começou a falar, com lágrimas escorrendo pelo rosto. - Não me culpe, eu também não tenho mais poder. O Grupo Martins foi construído por nós dois quando sua mãe ainda estava aqui, mas hoje está prestes a ser destruído pelas minhas mãos!

Mãe!

Amanda se lembrou de quando sua mãe segurou sua mão antes de falecer, pedindo a ela para proteger o Grupo Martins. Se a mãe ainda estivesse aqui...

- Esta é a última vez, eu estou te implorando. Peça desculpas a Gustavo novamente, desde que o Grupo Martins supere essa crise, vamos te buscar de volta!

Amanda se virou para Pietro e o encarou. Ela já não confiava mais nele, mas se fosse possível salvar o Grupo Martins em nome de sua mãe, ela ainda queria tentar.

...

No Hospital.

Tudo estava em ordem após os exames. Quando Joaquim retornou com o médico, viu que Theo já estava vestido, com o rosto limpo. Theo estava tão refinado que parecia ter saído de um quadro. Mas essa aparência refinada combinada com seu olhar penetrante acrescentava uma aura de realeza.

Nesse momento, ele estava preguiçosamente deitado no sofá fumando.

- O que você está fazendo? Acha mesmo que seu corpo está bem? O médico disse que você precisa descansar pelo menos meio mês! - Disse Joaquim.

A fumaça envolvia seu rosto, ocultando a expressão de Theo, exceto por seus olhos, frios e profundos:

- Você acha que as pessoas da família Reis vão me deixar descansar meio mês?

Joaquim lembrou da surpresa do médico ao ver as feridas. As pessoas insanas da família Reis certamente não seriam tão benevolentes:

- Tudo bem, se você quer sair do hospital, então saia, mas cuide bem de si mesmo quando voltar! Vou providenciar algumas pessoas para ficarem ao seu lado!

- Ótimo! - Disse Theo com uma voz calma e, então, acrescentou. - Antes de voltar, me ajude a acessar as câmeras de vigilância nas ruínas.

Joaquim ficou surpreso:

- O que você vai fazer? Quer ver como você estava desarrumado ontem?

Theo olhou profundamente para ele:

- Estou procurando alguém.

- Quem você está procurando? - Joaquim disse e, de repente, sua boca se abriu em surpresa. - Nossa! Você... Não vai atrás daquela mulher, vai? Você não está viciado na mulher que a família Reis enviou para te estuprar, está?

- Cale a boca! - Disse Theo, com frieza.

- Sim! - Joaquim ficou quieto imediatamente. - Vou fazer o meu melhor!
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