O homem exalava uma aura maligna, despertando temor em Amanda.

Especialmente agora, sem ninguém por perto, ela começava a ficar nervosa：

- Me solte primeiro!

- Agora você quer que eu te solte? Naquela noite você não estava toda animada? - A frase de Theo atingiu Amanda como um raio.

Aquela noite?

Ela olhou cuidadosamente para o homem à sua frente, com traços faciais bem definidos, um corpo robusto e, acima de tudo, uma elegância inata que o diferenciava completamente do homem ensanguentado daquela noite.

- O que você está dizendo? Não entendi? - Disse ela.

- Bela dama... - Theo segurou suavemente o queixo de Amanda. - Nenhuma mulher ousa me usar e depois me abandonar.

Mal terminou de falar, ele abaixou a cabeça e beijou os lábios da mulher com precisão.

Assim como naquela noite, havia dominância misturada com punição.

Amanda sentiu um arrepio, será que era realmente ele? Mas, ele não era apenas um bandido? Como ele se transformou nesse homem à sua frente?

Os lábios dos dois continuaram se tocando, se entrelaçando.

O perfume doce dos lábios da mulher fez Theo involuntariamente relembrar daquela noite sensual. Enquanto ficava excitado, ele a abraçou com firmeza.

Amanda ficou assustada com esse gesto e resistiu confusamente:

- O que você está fazendo?

- Você dormiu comigo, então eu também quero dormir com você, é justo! - Disse ele.

- Não! - Amanda exclamou assustada. - Eu...

Antes que pudesse terminar a frase, seus lábios foram novamente tomados por Theo.

Diferente da última vez, dessa vez Theo estava ainda mais dominante e apaixonado. Amanda não conseguiu resistir e logo foi pressionada na pia ao lado.

Entre tremores, ele sussurrou autoritariamente em seu ouvido:

- Lembre-se do meu nome, eu sou Theo!

Theo?

Amanda quase esqueceu de lutar. Esse homem à sua frente era Theo, o magnata dos negócios da Cidade J.

Era dito que ele agia com extrema crueldade e decisão, sendo implacável tanto no mundo dos negócios quanto com as mulheres. Desde que ele retornou à Cidade J dois anos atrás, duas mulheres acabaram mortas ou loucas ao seu lado. Como ela conseguiu se envolver com esse tipo de demônio?

Mas Theo não se importava com o que a jovem estava pensando. Ele estava de bom humor hoje, ajudando Amanda a ajeitar os cabelos úmidos de suor em volta da orelha.

Bam! Amanda afastou a mão atrevida que estava em seu ouvido:

- Não precisa se incomodar, Sr. Theo, eu posso fazer isso sozinha.

Bem, ela tinha personalidade, como um pequeno ouriço.

Theo cruzou os braços, a observando com um olhar provocador:

- Você ainda não me disse seu nome!

Amanda estremeceu, apertando os dentes:

- Acho que não é mais necessário! O que aconteceu hoje chegou ao fim, não te devo mais nada!

Antes que Theo pudesse reagir, Amanda já havia saído apressadamente pela porta.

Observando a rápida silhueta da mulher se distanciar, Theo semicerrou os olhos.

Assim que se afastou do campo de visão do homem, Amanda sentiu a humidade em seus olhos.

Gustavo, impaciente, chamou atrás dela:

- O que você está demorando tanto no banheiro?

Amanda rapidamente enxugou as lágrimas, se assegurando de que estava bem antes de se aproximar:

- Estou me sentindo um pouco mal, quero ir embora primeiro.

- O quê? - Gustavo ficou imediatamente irritado. - Eu te disse quando viemos. Hoje é um evento importante! Vários diretores de grandes empresas ainda não chegam, você não pode ir embora!