Eram 5:10 da manhã quando meu despertador toca, avisando que eu tinha que me arrumar para a escola...
Eu me levanto e separo uma roupa simples (uma calça jeans preta, minha blusa do Legião Urbana na qual sou mega fã e para completar uso um tênis simples) após separar minha roupa vou tomar banho.
Eu saio do banho, me troco e desço para comer algo no meu café da manhã.
Mãe: Bom dia Dand!
Anderson: Bom dia lampião...
Mãe: seria bom se as vezes você me chamasse de mãe!
Anderson: não começa... quero ter um Bom dia!
Mãe: eu só estou te pedindo uma coisa... eu já fiz tanto por você!
Anderson: o que você fez foi destruir a minha vida e do meu pai! Eu me levanto da mesa e saio de casa sem dizer mais nada.
Acho que está meio obvio que não me dou bem com minha mãe, mas eu tenho meus motivos... não é algo que quero comentar no momento mais lá pra frente vocês entenderão.
Eu cheguei na escola um pouco atrasado (como sempre), levei uma advertência e depois fui para a minha sala.
Chegando lá vejo a Karen, minha única amiga de confiança, tínhamos aula de biologia então formamos uma dupla.
Karen: Anderson... você parece abatido... o que houve?
Anderson: o de sempre...
Karen sabia que eu tinha problemas com minha mãe, então entendeu exatamente o que eu quis dizer...
A aula acabou e fomos para o intervalo, eu não gostava de ficar no meio das pessoas... então eu sempre ficava na biblioteca lendo algo de meu interesse, eu era o louco e fanático por filmes de terror e pra completar amava sempre ler sobre lendas urbanas... mesmo com tanto medo que eu possuía... eram meus melhores momentos de passar o tempo... amava ficar lendo aquilo por horas, mesmo que a minha imaginação fosse mais que além do que eu poderia pensar... pelo simples fato do medo consumir meu corpo e imaginar coisas onde não existia.
Karen: você gosta mesmo de ficar aqui sozinho né?!
Anderson: sou muito estranho se eu disse que sim?
Karen: era minha melhor amiga, nos conhecíamos desde a primeira série... a mãe dele é a amiga da minha e eles nos visitavam na minha antiga cidade, estudamos juntas por muito tempo.
Claro que não!!! Ela rir e se senta ao meu lado, mas uma vez com essas histórias??
Anderson: o que eu posso fazer se elas me agradam tanto?
Karen: retiro o que eu disse... você é estranho sim! Nós rimos e eu me encostei em seu ombro.
Anderson: queria que a vida fosse como nos livros!
Karen: kkkk.... mas você só lê essas histórias de pessoas doentes.
Karen: são as melhores uéh!! Dou um sorriso irônico. O sinal tocou e voltamos para a nossa sala de aula...
Anderson: Ka... vamos na minha casa hoje... eu, você e a Rosy?
Karen: sim!!
Rosy: vamos uéh!!
Os nossos dois últimos horários de aula foram de cálculo e história, logo depois o sinal tocou e fomos para a minha casa.
Minha mãe não estava em casa, ela tinha ido para o trabalho e só voltava por volta das 4 da manhã.
Fomos para meu quarto, tomei um banho e voltei para ficar com as meninas.
Rosy: olha o que eu tenho... ela tira da mochila um tabuleiro ouija... Significado do tabuleiro ouija para alguns que não sabem muito o seu significado:TABULEIRO (USADO PARA A COMUNICAÇÃO COM ESPIRITOS).
Karen: tá brincando comigo né?! Como conseguiu isso??
Rosy: comprei pela internet... vem vamos jogar... vem Ander!
Anderson: não valeu... tô fazendo algo melhor que isso... estou lendo!
Rosy: afff, você tá sempre com a cara nesses livros...
Karen: verdade... o que está lendo? Ela toma o livro de minhas mãos...
Anderson: heyyyy!!!!
Karen: Angel the killer... isso não existe, não sei nem porque gosta disso!
Anderson: me dá isso aqui... isso não é da sua conta! Pego o livro de suas mãos.
Rosy: nossa que revoltada... beleza, nós vamos para casa, já está tarde, até amanhã...
Anderson: até... ei ei ei... elas estavam deixando o tabuleiro, essa coisa não vai ficar aqui não!
Karen: ele vai sim! Elas saem do meu quarto e vão para casa, deixando o tabuleiro em minha casa, só porque sabem que eu só gosto disso em FILMES, na vida real mesmo... tenho um pouco de medo.
Merda, não vou nem mexer nesse troço... deixo onde estava e volto para a minha cama e continuo a ler meu livro...
Meus pensamentos começam a fluir... “O Angel está morto... então ele é um espirito... eu acho né!
E se eu a chamar?! Será que ela me responde?”
Eu fui até o tabuleiro de vagar.
Me sentei no chão e coloquei dois dedos no indicador... então comecei...
Anderson: Angel, se estiver me ouvindo, por favor me responda!
Esperei alguns segundo e nada... então perguntei novamente; Anderson: Angel, você está aí? Nada aconteceu... Anderson: afff eu deveria saber que isso é uma paranoia... não dá nada e eu aqui com medo de uma tábua inútil.... eu me levanto e quando dou dois passos para longe do tabuleiro.... eu ouvi um ruído... bem fraco, quando me virei... o indicador havia se mexido sozinho... eu me assustei e dei um passo para trás... Eu fiquei olhando para o tabuleiro... até que crio coragem e me aproximo dele novamente. Eu me sento no chão bem devagar, coloco meus dedos por cima do indicador e então faço a perguntar; Anderson: quem está aí? O indicador se move me levando até as letras: A_N_G_E_L... fazendo com que a palavra sem fome... “Angel” Eu me assustei... Anderson: como posso saber se é mesmo você? O indicador se move formando a frase “você s
Assim que ela me desapareceu cai de joelhos no chão, eu não conseguia parar de chorar, minha mãe ouviu que eu estava chorando acendeu a luz e olhou para mim com um olhar de medo... eu estava ajoelhada, chorando, com a boca cortada e com a faca não mão... aquele desgraçado fez tudo parecer como se eu estivesse me mutilando... minha mãe se aproximou e tirou a faca da minha devagar... Mãe: Anderson, porque fez isso meu filho??? Minha mãe dizia para mim chorando. Anderson: lampião, n-não fui e-eu... eu n-não fiz isso! Mãe: então quem fez isso com você Anderson??? Anderson: f-foi... eu pensei bem, e percebi que se eu dissesse que tinha realmente acontecido ninguém acreditaria em mim afina só eu a via e ninguém mais pelo simples fato de eu ter a envocado! Mãe: porque voce fez uma coisa dessas?? Ela me abraçou.... Anderson: eu não sei lampião
Angel: o que pensa que está fazendo? NÃO OUSE SE APROXIMAR DE MIM! Ela gritou ainda com as mãos em seu rosto.Anderson: se eu te disse que eu não tenho medo de você, acreditaria em mim?Angel: é logico que tem, todo mundo tem medo de mim! Ela disse enquanto ria cinicamente ainda com as mãos no rosto.Anderson: eu não sou todo mundo... porque está escondendo seu rosto de mim?Angel: sou um monstro...Anderson: eu não penso assim.Angel: é logico que pensa... estava a chorar de medo de mim a dois minutos atrás, ele rir.Anderson: não Angel, não tenho medo de você... tenho medo da morte, a uma grande diferença...Angel: se teme a morte porque está aqui do meu lado n
Me sentei no chão do fundo da biblioteca, eu não tinha vontade de ler, tudo que eu tinha era medo de perder as pessoas que eu amava...Karen: você realmente nunca sai daqui... ela se senta do meu lado.Anderson: eu quero ficar sozinho...Karen: o que aconteceu com você? Sua mãe disse que você tinha se cortado... porque??Anderson: eu não fiz isso Ka!Karen: mais sua mãe.... eu o interrompo...Anderson: eu tive que dizer aquilo para ela, se não ela ria achar que eu estava louca.Karen: do que está falando?? Ela disse confusa...Anderson: você nunca acreditaria em mim...Karen: você nunca vai saber se não me contar.Anderson: eu... eu meio que... invoquei o Angel t
Eu guardei a faca na gaveta da minha cômoda e me sentei no chão com a cabeça baixa...“Como eu vou me livrar dessa assassina... é só uma questão de tempo até ela acabar me matando ou matando alguém”Eu pensava e deixava lagrimas escorrendo pelo meu rosto...18:00De repente eu ouvi um barulho vindo da janela do meu quarto... era a Karen que havia subido pela escada de incêndio e estava batendo na janela para que abrisse... eu abri a janela.Anderson: o que está fazendo aqui?Karen: eu vim para conversar com você!Anderson: entra... ela entrou e fechei a janela o que quer falar comigo?Karen: porque fez aquilo mais cedo?Anderson: fiz o que?!Karen: não se faça de bobo Anderson, voc&
Angel: VOCÊ MENTE ASSIM... NA MINHA CARA?? Ela me puxou pelo braço e me empurrou no chão.Anderson: EU NÃO ESTOU MENTINDO! EU A ENCAREI...Angel: NÃO OUSE GRUITAR COMIGO SEU RATO!Anderson: pode me encarar o quanto quiser... você não me assusta!Ela sorriu e deu uma gargalhada extremamente assustadora, eu não demonstrei medo.Angel: tá vendo aquilo no chão?! Ela apontou para o corpo de Karen meus olhos encheram de lagrimas e eu não pude conte-las. Eu estava com um ódio imenso em meu peito, tudo o que eu queria fazer era gritar o que sentia para o mundo.Eu disse para você não se iludir... é isso o que eu faço Anderson... então não se iluda!! Ela gritou em meu ouvido e depois bateu em meu rosto foi tão forte que acabei desmaiando.<
“Não acredito que ela fez isso comigo... eu não posso dizer que eu era o melhor filho do mundo... mais isso é injusto eu não fiz nada!!”Eu pensava com medo e com raiva da ação de minha mãe...Ela confiava em mim, aquilo me machucou muito, ela deveria ter conversado comigo antes de me acusar assim...Xxx: venha comigo! Um guarda abre a porta e eu saio devagar.Eu o segui até uma sala toda fechada onde minha mãe me esperava, o guarde tirou minhas algemas e me levou até minha mãe...Eu estava enfurecida por dentro mais tentei não demostrar.Mãe: filho... e-eu fiquei tão triste por isso... ela disse já com lagrimas nos olhos.Anderson: não precisa mentir assim na minha cara lampião.Ela me olhava com desprezo em seus olhos eu via que no fundo ela estav
Estava escuro...Só havia escuridão...Sofrimento... era isso que eu via!Comecei a abrir os meus olhos, eu não estava mais em minha cela, eu estava em lugar bem claro, o cheiro de álcool estava no ar...“Um hospital?” ... eu pensei, olhei para os lados, eu estava realmente em um quarto de hospital, eu estava com uma dor insuportável em meu rosto... foi aí que me lembrei...“Angel: você ainda teme a morte Anderson...”Eu me segurei para não chorar, mas não consegui...Angel: imaginei... ele levou a faca até um pouco abaixo do meu olho direito e apertou contra meu rosto fazendo um corte...Aquele desgraçado fez isso comigo... eu ouvi alguém mexendo na porta do quarto em que eu estava, era uma medica...Xxx: olá Anderson, meu nome é Iracema... vim para conversar um pouco com você.<