Fabiano olhou confuso para a figura que se afastava de Inês, ainda sem conseguir assimilar o que aconteceu.- Sr. Emanuel, era a Inês que acabou de passar? Quando ela se tornou tão impressionante? Tão jovem e já é uma professora de medicina. Ela é um gênio?O canto da boca de Emanuel se curvou em um sorriso orgulhoso.- É digna de ser a minha esposa.Fabiano ficou sem palavras."Sr. Emanuel, esqueceu que vocês já se divorciaram?"...No escritório do diretor do hospital.Arthur analisava os relatórios médicos de Emanuel, com uma expressão preocupada.- Sr. Emanuel, você tem trabalhado demais ou está sob muita pressão ultimamente? Vários valores nos seus exames estão um pouco elevados. Como tem sido seu apetite e sono?Emanuel massageou as têmporas.- O apetite está normal, mas tenho tido insônia.Ele raramente tinha insônia antes, mas desde que Inês fugiu da cidade P e ele a procurou, não dormiu por três dias. Desde então, começou a sofrer de insônia.Arthur ponderou por um momento e p
Eles tinham uma sala de estar exclusiva, ricamente decorada por dentro. Uma grande janela panorâmica oferecia uma visão completa da noite na Cidade J.Quando Emanuel entrou na sala com Inês, Matheus e Bryan já estavam lá. Bryan, olhando para o casal que entrou de mãos dadas, apagou seu cigarro e falou suavemente:- Vocês chegaram.Era um grupo familiar, então Inês, sem reservas, acenou em cumprimento e sentou-se. Matheus, com um assovio alto, lançou olhares sugestivos entre eles.- Sr. Emanuel, quando vocês planejam se casar novamente?Com um olhar frio, Inês retrucou:- Quem disse que eu vou me casar com ele de novo?Matheus sorriu de canto.- Não entraram juntos de mãos dadas? Ainda não se reconciliaram?Emanuel lançou um olhar rápido a Matheus, depois segurou a mão de Inês novamente.- Estou tentando reconquistar Inês. Ainda não consegui, então a ideia de casamento terá que esperar.Bryan, com um olhar travesso, voltou-se para Emanuel.- Dois dias atrás, encontrei Joaquim. Ele parec
Após as palavras de Valentina, Emanuel imediatamente dirigiu seu olhar para a barriga de Inês.Sua primeira experiência juntos na família Ribeiro, na Cidade P, havia ocorrido há cerca de um mês atrás.- O que foi? - Inês olhou perplexa para Valentina, sem entender.Valentina, ansiosa, se aproximou de Inês e sussurrou em um tom discreto: - Você menstruou este mês?Inês balançou a cabeça, e logo percebeu o que Valentina queria dizer com a pergunta.- Isso não é possível, eu não estou grávida! – Inês negou imediatamente, com determinação.- Como isso não é possível? Seu período não veio este mês. - Valentina persistiu. Emanuel, suavemente, segurou a mão de Inês e disse:- Inês, amanhã vamos ao hospital para fazer um exame. Nós não usamos proteção nas duas vezes que estivemos juntos, e se você não estiver tomando pílulas anticoncepcionais, há uma grande chance de gravidez.- Eu sou médica, afinal. Se estivesse grávida, eu saberia, não é? - Inês os encarou resignada. - Existe um ditado q
O médico ao lado sequer olhou para cima e disse: - Está tudo bem, vou pegar os remédios e você já pode ir embora.- Está tudo bem? E o... bebê? - Emanuel ficou perplexo, olhando para a barriga de Inês.- Bebê? Que bebê? – O médico levantou a cabeça com uma expressão de confusão.- Emanuel, eu não estou grávida! - Inês apressadamente puxou a manga de Emanuel. - Não está grávida? Mas houve tanto sangramento... - Emanuel ficou atônito. - Eu estava apenas... No meu período menstrual. - Inês ficou corada e um pouco envergonhada. Emanuel ficou sem palavras.Sempre que Inês estava no período menstrual, a barriga dela doía muito, e nos casos graves, ela mal conseguia sair da cama nos primeiros dois dias.- Essa dor é causada por cólicas menstruais. Você deve prestar mais atenção e, Inês, você disse que estava com desconforto estomacal. Eu o examinei, e você tem uma gastrite crônica. Evite alimentos picantes e estimulantes por um tempo, e não coma coisas muito geladas. – O médico continuou.
Noite escura, vento forte.Uma mulher ágil pulou a cerca silenciosamente e se infiltrou na mansão. Ela já avia observado a segurança da mansão durante dois dias, e com a ajuda de Inês, esta noite, nesse horário, era o momento perfeito para agir, já que todos os empregados da mansão estavam dormindo, e a casa principal estava silenciosa. Vestida com roupas noturnas negras, a mulher entrou na sala pela janela e subiu as escadas lentamente.Dez minutos depois, um alarme estridente veio da biblioteca do segundo andar.No quarto, Bryan acordou de repente e pulou da cama. Ele quase tropeçou, sentindo tontura.- Alguém! - Percebendo que algo estava errado, Bryan gritou por ajuda enquanto se forçava a sair do quarto.Uma figura negra passou diante de seus olhos.- Pare! - A mulher resmungou enquanto saltava pela janela do segundo andar.Bryan correu em sua direção, mas só conseguiu agarrar seus longos cabelos.Vendo a porta da biblioteca aberta, Bryan percebeu que algo estava errado, mas não p
Um homem de mãos articuladas segurava uma faca de cozinha, cortando o gengibre lavado em fatias finas com concentração e cuidado. Depois de cortar o gengibre, ele começou a ferver um pouco de água e adicionou açúcar mascavo.Lembrando do que Valentina havia dito sobre Inês gostar de doces, Emanuel decidiu adicionar mais duas colheres de açúcar mascavo na panela.Enquanto Inês se aconchegava no sofá com uma almofada, supostamente assistindo a um filme, sua mente estava em outro lugar. Seu olhar estava fixo no movimento concentrado de Emanuel na cozinha, se perdendo em seus próprios pensamentos.Se alguém lhe dissesse antes que Emanuel iria ajudar a lavar e tingir roupas manchadas de menstruação, ou que ele estaria na cozinha preparando chá de açúcar mascavo, Inês teria achado que era um sonho. No entanto, desde a noite anterior até agora, Emanuel havia feito todas essas coisas por ela.Na noite passada, ao retornar ao quarto no meio da noite, ele encontrou o pés de Inês quase congelados
Mansão da família Antunes.Neste momento, Marco, o braço direito de Ângelo, estava sendo mantido sob a mira de uma arma por Matheus. Os seguranças da mansão se aproximaram, mas ninguém ousou agir.Recebendo uma ligação de Emanuel, Matheus não hesitou por um segundo e mirou a pistola na mão direita de Marco.A pistola com um silenciador disparou três balas consecutivas no mesmo local. Marco soltou um grito de agonia, se ajoelhando no chão enquanto segurava seu pulso sangrando.Dentro do quarto, Emanuel olhou com um rosto glacial para Ângelo. - Hoje, eu desabilitei uma das mãos de Marco só para ter certeza de que você entende que não vou deixar impune ninguém que tente machucar a Inês, não importa quem seja. – Ele disse. - Emanuel! - A emoção de Ângelo ficou cada vez mais intensa. Seu próprio filho, ferindo seu braço direito por uma mulher. Isso significaria que, no futuro, eles estariam em conflito? Ele nunca permitiria isso! - Muito bem! Você ousa me desafiar! - Disse Ângelo com f
Inês trocou de roupa e foi imediatamente para o hospital. Ao chegar, Valentina primeiro examinou os casos dos pacientes nos últimos dois dias e depois foi com Túlio para o quarto do paciente. Inês entrou no quarto e estava prestes a fazer o exame do paciente quando a mulher ao lado da cama correu em sua direção.- Túlio, esta é a professora Inês que você mencionou? - Maria Silva apontou para Inês, com um rosto cheio de desconfiança.- Sim, esta é a professora Inês, que realizou a cirurgia do Zeca. - Túlio assentiu com a cabeça. - Só ela? Isso é uma piada! - Maria colocou as mãos na cintura, irritada e impaciente.Qualquer médico que tivesse se tornado professor deveria ter pelo menos quarenta anos, e essa jovem parecia ter a mesma idade que ela. Como poderia ter habilidades médicas tão boas?- Túlio, você realmente deixou essa médica tão jovem fazer a cirurgia no Zeca? - Maria apontou para Inês, com o rosto vermelho de raiva. - Maria, por favor, se cale! - O homem deitado na cama abr