Matheus acabou de ouvir Emanuel gritar o nome de Inês. Em meio ao choque, ele percebeu que Inês provavelmente era Helena. Caso contrário, o Sr. Emanuel não teria ficado tão desesperado ao vê-la no ringue de boxe. Infelizmente, ela escapou novamente.Emanuel se virou e voltou, dando ordens com uma voz firme:- Pesquise imediatamente informações sobre aquele helicóptero!"Inês, essa mulher sem coração! É melhor que eu não te pegue", pensou ele.Emanuel voltou para o hotel e passou a noite em seu escritório. Matheus foi vê-lo cedo e, ao abrir a porta, foi atingido por um forte cheiro de cigarro.- Sr. Emanuel, está tentando virar um imortal?Matheus ligou o sistema de purificação do ar-condicionado e abriu todas as janelas. Emanuel deu uma baforada, seus olhos estavam vermelhos de cansaço.- Conseguiram informações sobre o helicóptero?Matheus olhou para ele com certa resignação.- Só descobri que ele foi em direção ao norte. Não sei exatamente para onde.Emanuel apagou o cigarro, pegou o
- Não estou vendo coisas, estou? - Rahman esfregou os olhos, garantindo que não estava vendo coisas. - Inês, por que essa pessoa na pintura é você?Inês estava igualmente surpresa, nunca imaginou que veria um retrato dela ali.Quem pintou isso?Ela imediatamente levantou sua placa, começando a licitar.- Talvez tenha sido pintado por alguém que está secretamente apaixonado por você! - Brincou Rahman.O leiloeiro não deu muitos detalhes sobre a pintura, nem mencionou o autor.No entanto, pelos detalhes ampliados projetados, era claro que a pintura era perfeita; os olhos e expressões do personagem eram muito realistas e vivos.Inês pensou que ninguém mais iria competir pela pintura, mas o proprietário do camarote em frente também levantou sua placa.Todas as janelas dos camarotes eram de vidro unidirecional. As pessoas dentro podiam ver o lado de fora, mas quem estava fora não podia ver dentro.Inês aumentou seu lance.O outro também.Rahman lançou alguns olhares para o camarote oposto.
- São homônimos? - Não, é ele mesmo! - Inês segurou com força o cartão de visita, rangendo os dentes.O número de telefone de Emanuel, ela podia até recitar de trás pra frente!Realmente era o número dele!Foi ele quem comprou a Flor de Jade Fosca e o elixir A117.Rahman mal conseguiu conter o palavrão.- Esse homem insuportável! - Inês franziu a testa, confusa. - Como ele soube que estamos aqui e ainda sabia o que eu quero comprar?Rahman coçou o queixo.- Será que ele colocou um rastreador ou um grampo em você?- Impossível!Se fosse assim, ele já teria capturado ela ontem à noite na arena de boxe.Inês tentou conter sua frustração e discou o número dele.No entanto, um toque de aviso soou no telefone; ele havia desligado o aparelho.Dá um número para ela ligar e desliga o telefone, claramente ele estava brincando com ela!Controlando sua ira, Inês ligou para Fabiano.Como assistente de Emanuel, Fabiano sempre tinha o telefone ligado, 24 horas por dia.- Alô.Inês tentou manter a ca
O homem segurava firmemente a mulher em seus braços, apertando-a cada vez mais, como se quisesse fundi-la ao seu próprio ser.Apesar de terem ficado separados apenas por três curtos dias, sentiu como se tivessem sido três anos. Ele estava quase enlouquecendo de saudade.Nunca alguém o fizera perder o controle dessa forma!Inês estava sendo abraçada por Emanuel de uma forma tão forte que mal conseguia respirar.- Emanuel, o que...!Antes que pudesse terminar, um beijo dominador dele interrompeu suas palavras.Seu beijo, carregado de desejo, tomou seus lábios e língua sem restrições.Sentiu uma dor nos lábios e logo depois o sabor de sangue.- Inês! - Emanuel mordeu os lábios dela como um castigo, suas mãos adentrando os cabelos macios dela. - Droga, eu poderia te matar agora!Sua voz era dura, cheia de desejo.Inês ergueu o rosto, sorrindo com uma arrogância sedutora.- Você teria coragem?Os olhos de Emanuel escureceram. Ela sabia que ele não seria capaz, e por isso era tão audaciosa!
Ela o havia perdoado. Por que ele não podia perdoá-la?Emanuel ficou momentaneamente perplexo.- Inês, você não me amava muito antes?Inês olhou para as nuvens brancas flutuando fora da janela do avião, contendo a dor em seu coração.- Agora eu não te amo mais.Amar alguém que não te ama de volta é doloroso, e Inês teme essa dor.Por isso, ela não queria se torturar desse jeito.Emanuel cerrava os punhos, tentando controlar a fúria que ameaçava explodir de seu peito.Não me ama mais?Houve um momento de silêncio, a atmosfera ficando mais tranquila.Quando Inês pensou que Emanuel fosse se enfurecer, ele surpreendentemente falou com uma voz gentil:- Tudo bem, se você não me ama, não ama. Só quero que você fique ao meu lado.Inês ficou imóvel, um sorriso sarcástico se formando em seus lábios.- Emanuel, você tomou o remédio errado?Emanuel segurou a mão de Inês.- Inês, eu te disse que tenho tempo e paciência. Esperarei até que você se apaixone por mim novamente. - Inês ficou sem palavra
- Houve um pequeno contratempo, ainda não tenho em mãos.- O quê? - A voz do homem do outro lado do telefone claramente se mostrava descontente. - Um pequeno contratempo e você não consegue lidar?Inês falou serenamente:- Posso resolver, apenas me dê algum tempo. Afinal, você não precisa disso imediatamente.O homem respondeu com um aceno sonoro.- Ouvi dizer que o Solomon está leiloando a Flor de Jade Fosca desta vez. Você já a pegou?Inês respondeu:- Ainda não.- Inútil!- Se você é tão capaz, por que não vem buscar pessoalmente? - Inês disse sem rodeios.Se não fosse pela aparição de Emanuel, ela já teria obtido ambos os itens.Houve um silêncio momentâneo do homem no outro lado da linha antes de ele dizer sombriamente:- Querida, estou te lembrando que seu tempo está acabando.Ele poderia esperar, mas ela não!Os olhos de Inês brilharam por um momento, apertando seu celular.- Eu sei....Enquanto isso, do outro lado do oceano.Abaixo da cadeia montanhosa de Leandes, dentro de um
Inês desceu do carro, olhando para a mansão luxuosa à sua frente, com uma expressão séria.Nos dois anos desde que se casou com Emanuel, ela havia visitado a Mansão dos Antunes apenas três ou quatro vezes.A cada visita, ela era repreendida por Kayra ou maltratada pelos parentes dos Antunes.Todos sabiam que ela não era querida por Emanuel, sendo vista como fraca e fácil de ser intimidada, até mesmo os empregados a maltratavam.Uma vez, Kayra a puniu por ter servido um chá muito quente, fazendo-a ajoelhar-se no jardim por uma tarde inteira. Inês desmaiou de insolação no pátio e ninguém se importou com ela. Por fim, foi Valentina quem chegou a tempo de levá-la ao hospital.Portanto, Inês não tinha uma boa impressão da Mansão dos Antunes.Ao ver Inês parada sem se mover, uma empregada apressou-a:- O que está fazendo aí parada? Entre logo! - Dizendo isso, estendeu a mão para empurrar o ombro de Inês.Inês segurou a mão da empregada e, com um movimento, deu-lhe um tapa no rosto.A emprega
O sorriso no rosto de Kayra se estagnou por um momento.- Emanuel não te ama, como poderia querer se casar de novo contigo!- Isso você terá que perguntar a ele.Ângelo, com uma postura relaxada, fixava seus olhos em Inês.- Esqueça a ideia de se casar de novo! Dou-lhe três dias para sair da Cidade J e nunca mais aparecer na frente de Emanuel!- E se eu não for?Inês não suportava que alguém fosse tão arrogante diante dela.O olhar de Ângelo se tornou gélido, e uma aura de autoridade emanava dele.- Não estou negociando com você, estou te ordenando!Os olhos de Inês estavam ainda mais frios.- Sr. Emanuel, a última pessoa que ousou falar assim comigo... As ervas no túmulo dela já têm dois metros de altura!A expressão de Ângelo mudou. Em toda a sua vida, era a primeira vez que alguém se atrevia a falar assim com ele.Que mulher audaciosa!Ângelo levantou a mão silenciosamente e, rapidamente, cinco ou seis seguranças cercaram Inês.Kayra, elegantemente, levantou sua xícara de chá e deu