Inês desceu do carro, olhando para a mansão luxuosa à sua frente, com uma expressão séria.Nos dois anos desde que se casou com Emanuel, ela havia visitado a Mansão dos Antunes apenas três ou quatro vezes.A cada visita, ela era repreendida por Kayra ou maltratada pelos parentes dos Antunes.Todos sabiam que ela não era querida por Emanuel, sendo vista como fraca e fácil de ser intimidada, até mesmo os empregados a maltratavam.Uma vez, Kayra a puniu por ter servido um chá muito quente, fazendo-a ajoelhar-se no jardim por uma tarde inteira. Inês desmaiou de insolação no pátio e ninguém se importou com ela. Por fim, foi Valentina quem chegou a tempo de levá-la ao hospital.Portanto, Inês não tinha uma boa impressão da Mansão dos Antunes.Ao ver Inês parada sem se mover, uma empregada apressou-a:- O que está fazendo aí parada? Entre logo! - Dizendo isso, estendeu a mão para empurrar o ombro de Inês.Inês segurou a mão da empregada e, com um movimento, deu-lhe um tapa no rosto.A emprega
O sorriso no rosto de Kayra se estagnou por um momento.- Emanuel não te ama, como poderia querer se casar de novo contigo!- Isso você terá que perguntar a ele.Ângelo, com uma postura relaxada, fixava seus olhos em Inês.- Esqueça a ideia de se casar de novo! Dou-lhe três dias para sair da Cidade J e nunca mais aparecer na frente de Emanuel!- E se eu não for?Inês não suportava que alguém fosse tão arrogante diante dela.O olhar de Ângelo se tornou gélido, e uma aura de autoridade emanava dele.- Não estou negociando com você, estou te ordenando!Os olhos de Inês estavam ainda mais frios.- Sr. Emanuel, a última pessoa que ousou falar assim comigo... As ervas no túmulo dela já têm dois metros de altura!A expressão de Ângelo mudou. Em toda a sua vida, era a primeira vez que alguém se atrevia a falar assim com ele.Que mulher audaciosa!Ângelo levantou a mão silenciosamente e, rapidamente, cinco ou seis seguranças cercaram Inês.Kayra, elegantemente, levantou sua xícara de chá e deu
Emanuel acariciou a cabeça dela.- Não subestime as pessoas da Mansão dos Família Antunes. As pessoas da Família Antunes são realmente formidáveis, especialmente o Ângelo.Inês franziu os lábios, sem dizer uma palavra.Ela já havia ouvido algumas coisas sobre a Família Antunes.Diziam que Ângelo tinha uma saúde frágil desde criança, por isso, mesmo sendo o primogênito, não recebia muita atenção. Seus dois irmãos, no entanto, eram muito inteligentes e eram os focos principais de formação da família desde jovens. Havia sido um grande alvoroço na cidade quando os dois irmãos brigaram pelo direito de liderança da família.No entanto, ninguém esperava que, no final, o papel de líder da Família Antunes acabaria nas mãos de Ângelo, que era considerado inútil pelo mundo exterior.E o mais surpreendente foi que a primeira coisa que Ângelo fez ao assumir a Família Antunes foi lidar com seus dois irmãos...Esses segredos da elite foram revelados a ela por Rahman, cujo objetivo era mantê-la longe
Se o que Bryan carregava em suas mãos era de fato o elixir A117, então a situação se tornaria complicada. Inês havia planejado roubar o elixir de Emanuel assim que ele baixasse a guarda. Agora que estava nas mãos de Bryan, seria mais difícil para ela agir. Parece que ela precisaria de ajuda.Após refletir, Inês abriu seu e-mail e enviou uma mensagem para Vera. Rapidamente, Vera respondeu: "OK". Inês se sentiu aliviada. Fazia muito tempo que ela não acessava sua caixa de entrada e, ao ver uma série de e-mails acumulados, decidiu ler alguns deles. Um e-mail em particular chamou sua atenção. Era de um médico sem fronteiras com quem trabalhou no passado, pedindo sua ajuda para realizar uma cirurgia em um paciente. Após ponderar, Inês enviou seu número de telefone para ele. Ela ainda ficaria na Cidade J por algum tempo, então poderia aproveitar para ajudar. Logo, Inês recebeu uma ligação dele. Conversar sobre a condição do paciente pelo telefone não seria apropriado, então eles
- Esta sexta-feira.Inês assentiu com a cabeça.- Envie uma cópia do caso para o meu e-mail, eu serei a principal cirurgiã nesta operação.Túlio estava com uma expressão de gratidão.- Agradeço em nome do paciente.Túlio tinha muito respeito por Inês, sua mentora e amiga. Ele estava completamente tranquilo sabendo que ela lideraria a cirurgia.Inês sorriu levemente.- Não precisa agradecer, afinal, eu também cobrarei a consulta.Após a conversa, Túlio convidou Inês para almoçar. Depois da refeição, Inês voltou para a mansão. Assim que entrou, viu Emanuel sentado no sofá da sala de estar.- Você voltou."Ele não disse que teria que trabalhar até tarde hoje quando saiu de manhã?"Emanuel levantou as pálpebras, olhando intensamente para os delicados traços do rosto dela.- Onde você estava?- Encontrei com um amigo. - Respondeu Inês casualmente.- Um homem?Inês arqueou uma sobrancelha.- Sim.Emanuel levantou a mão.- Venha aqui!Inês percebeu rapidamente que o humor de Emanuel estava es
Inês sentia uma dor insuportável no coração.Era tão intensa que parecia que ia sufocá-la.Correndo para fora da mansão, ela não demorou nem dois minutos para cair no chão.A dor era tão profunda e aguda que a fazia desejar a morte.De repente, um dilúvio começou a cair do céu.Relâmpagos cortavam os céus e trovões ecoavam.Enrolando-se, Inês se ajoelhou no chão, o intenso sofrimento em seu coração causava-lhe espasmos incontroláveis.Ela sabia...Era aquilo em seu sangue agindo novamente!Este ataque parecia mais brutal, mais doloroso que o anterior.Era uma dor indescritível, se espalhando do coração, tocando cada nervo, cada célula, cada pedaço de sua pele.Era pior do que ser esfolada viva.Inês tentou ligar pedindo ajuda, mas percebeu que não tinha levado seu celular quando saiu.Relâmpagos iluminavam o céu novamente.Em um instante, a chuva caía torrencialmente.A dor estava se intensificando...O pior de tudo era que sua mente permanecia lúcida.Essa era a crueldade do veneno, qu
- Está bem.Recebeu a resposta e Inês, sem forças, deixou sua mão cair. Aquelas poucas palavras já haviam esgotado toda sua energia.Túlio estava prestes a descer as escadas quando a porta do quarto foi aberta do lado de fora. No momento seguinte, Emanuel, exalando uma aura fria, entrou.Começara a chover. Inês não tinha levado seu celular, e ele estava preocupado com ela, então saiu para procurá-la. Foi quando ele viu um homem levando-a para o carro. Era o homem com quem ela se encontrou à tarde.Emanuel se conteve com muita força, evitando agredir o homem. Seus olhos passaram por Túlio e fixaram-se em Inês, que estava deitada na cama. Ela estava completamente encharcada, com a face pálida como papel e seu corpo tremia levemente, como se estivesse sofrendo uma grande dor.- Inês!Ao ver Inês naquele estado, Emanuel, dominado pela raiva, correu em sua direção.- Inês! Inês!Ao tocar a mão dela, Inês começou a se contorcer.Dói tanto!- Sr. Emanuel, você...Túlio tentou intervir, mas fo
Inês acordou novamente, e já era a manhã do dia seguinte.Ela se sentou e olhou as horas, eram nove e meia da manhã.Apenas algumas horas haviam se passado desde o surto do veneno da noite anterior.Nas vezes anteriores, mesmo depois de tomar um analgésico, a dor aguda sempre a torturava por vinte e quatro horas.Só quando o tempo passava, a dor começava a diminuir gradualmente até desaparecer por completo."Por que melhorou tão rápido desta vez? Provavelmente, a dose do analgésico que o Túlio usou ontem à noite era bem forte", ela pensou.Inês não deu muita importância e foi ao banheiro se lavar. Ao ver que seus olhos haviam voltado à cor normal, ela suspirou aliviada.Parecia que ela havia superado mais uma vez.Ao descer para tomar café da manhã, só a governanta Nina estava na sala.Inês soube por ela que Emanuel havia passado a noite toda ao seu lado.Ela só se lembrava dele a levando para um banho quente e a beijando. Depois disso, ela adormeceu.Não se lembrava de mais nada.Enqu