Inês mordeu o lábio, permanecendo em silêncio.As pessoas que a feriram...Elas certamente não podem ser perdoadas!- Como vocês me encontraram? - Perguntou Inês.João contou a ela sobre os acontecimentos.Ele mobilizou todo o poder da Seita Invisível para localizá-la, mas infelizmente chegou tarde demais e ela já havia sofrido muito.Inês ouviu em silêncio e, após algum tempo, indagou: - Aconteceu algo na Cidade J nos últimos seis meses?João arqueou as sobrancelhas, olhando friamente para Inês:- A quê você se refere?Talvez preocupada que João não tivesse entendido sua pergunta, Inês refletiu por um momento e reformulou a questão: - Depois que fui sequestrada, Emanuel fez alguma coisa?Ela queria saber se ele havia procurado por ela.Apesar de já conhecer a resposta, Inês não pôde evitar de perguntar.João deu uma risada irônica: - Pelo que sei, Emanuel passou esses seis meses concentrado nos negócios, lutando arduamente contra Pedro.Inês não conseguia descrever o que sentia, mas
A pequena torre ao leste ficava escondida atrás do jardim. Inês atravessou um longo caminho sombrio até chegar a um arco semicircular.Assim que empurrou a porta para entrar, dois guardas secretos saltaram de um balcão no segundo andar e bloquearam seu caminho.- Srta. Inês, por favor, pare!Inês arqueou as sobrancelhas e olhou para a torre atrás dos guardas, com um sorriso irônico: - Existe algum lugar neste castelo onde não seja permitido eu ir?“Quem estaria morando ali que João estaria protegendo tão zelosamente a ponto de colocar guardas secretos?”Os guardas baixaram a cabeça: - Sr. João ordenou que, exceto ele, ninguém mais pode entrar.Inês se mostrou surpresa e brincou: - Será que João está escondendo uma amante aqui?Os guardas se mantiveram firmes na porta, impedindo a entrada de Inês: - Já está tarde, por favor, volte.Inês os encarou: - E se eu não quiser?Os dois guardas se entreolharam, incertos sobre o que fazer.Não ousavam permitir a entrada de Inês, mas também
“Por que ele estaria aqui?”Ao saber do acidente de Luís, João correu para a torre onde o menino morava, vestindo apenas seu pijama.Thiago e Paul também se apressaram para lá ao receberem a notícia.Ao entrarem no quarto de Luís, encontraram Inês sentada ao seu lado, segurando a mão dele de um lado e um desenho do outro, lágrimas brilhavam em seus olhos.João lançou um olhar severo aos guardas e empregados à porta: - Incompetentes!Tantas pessoas e nem assim conseguiram proteger uma criança.- Haverá consequências! - Após dizer isso, João adentrou o quarto.Inês se levantou abruptamente e disse, com frieza: - Não desperte o menino, vamos conversar lá fora.Desceram juntos para a sala.Inês se sentou no sofá e questionou, sem emoção: - O que houve?Thiago e Paul se entreolharam, ambos fixando o olhar em João.Vera, em voz baixa, perguntou a Thiago: - Eu também gostaria de saber, o que aconteceu com Luís?Ela só ficou sabendo do caso de Luís após Inês se ferir.João se acomodou na p
- Naquele ano, depois que Inês sofreu um infortúnio no País N e a trouxemos de volta, descobriram que ela estava grávida de três meses...Thiago foi até o armário de bebidas e se serviu de um uísque.Ao relembrar aquele período, ele ainda sentia uma grande inquietação.Somente Inês, ele, João e Paul conheciam essa história.Vera olhou para Thiago e perguntou: - E depois?- Para Inês, a criança em seu ventre era um constante lembrete daquele pesadelo. Ela queria abortar, mas estava muito fraca para uma cirurgia. Acabou esperando até o quinto mês de gravidez, quando finalmente poderia realizar a operação. No entanto, Inês acabou desistindo, não conseguindo se separar da criança. Ela começou a se convencer a aceitar o bebê. - Thiago suspirou e continuou. - Mas, quando estava com oito meses de gravidez, o Rei das Serpentes se manifestou. O bebê nasceu prematuro e fraco. Todos os médicos disseram que ele não sobreviveria mais do que três dias. Inês não conseguiu aceitar isso e desmaiou...
João olhou para as palavras escritas nos desenhos e, por um momento, seu coração estava cheio de emoções misturadas.Não é à toa que Luís nunca o deixava ver os desenhos que ele havia feito.Cada desenho continha palavras que ele queria dizer à sua mamãe.Depois de ler as palavras em cada desenho, João de repente se arrependeu.Se arrependeu de não ter contado a verdade a Inês mais cedo, de não ter permitido que mãe e filho se encontrassem antes.Inês voltou ao quarto de Luís, tirou os sapatos e se deitou cuidadosamente ao lado dele, o abraçando.- Meu querido, me desculpe. - Inês beijou o rosto de Luís e suas lágrimas quentes caíram como pérolas quebradas. - Querido, obrigada por amar tanto a mamãe, a mamãe também te ama muito...No dia seguinte.Luís acordou e viu a mamãe deitada ao seu lado, o abraçando. Ele esfregou os olhos.Que bom.Luís sorriu inocentemente, pensando que estava sonhando com a mamãe novamente.Desta vez no sonho, a mamãe o abraçou.Como era um sonho, ele pensou
“Mamãe, te amo muito. A pessoa que mais amo é você, mamãe!"Luís abraçou a mãe com força, soluçando em seus braços.Inês, se esforçando para controlar suas emoções, levantou o rosto de Luís e olhou nos seus olhos vermelhos, sentindo uma dor ainda maior no coração.- Meu amor, mamãe nunca mais te deixará.Luís, soluçando, assentiu com a cabeça, seus lindos olhos brilhavam, abraçando a mãe sem querer soltá-la.Depois de acalmar Luís por um tempo, Inês o levou para se lavar e só então desceram para tomar o café da manhã.Após o café com Luís, Inês foi procurar João e os outros.Paul já estava pronto para desfazer a hipnose nela.Após o procedimento de hipnose, quando Inês finalmente despertou, o sol já se punha.Ao virar a cabeça, viu Luís deitado ao seu lado, piscando seus grandes olhos para ela.Ao ver a mãe acordar, um sorriso se formou no rosto de Luís, que pegou o celular e digitou: "Mamãe, como sesente?"Inês, vendo as palavras digitadas por Luís, sorriu levemente:- Meu amor, esto
João observou a expressão de incredulidade no rosto de Inês e sorriu discretamente:- Se não acredita em mim, pode perguntar ao Paul.Inês, atônita, fixou os olhos nos documentos que segurava e, por um longo tempo, não conseguiu pronunciar uma palavra.Então, o inimigo que ela procurou por tanto tempo estava ao seu lado.Ironicamente, ela tinha se apaixonado por ele.Inês finalmente compreendeu por que seu avô tentou impedir, a todo custo, que ela e Emanuel ficassem juntos.Ninguém na família Antunes era confiável!O avô estava certo, de fato.João, encarando Inês, disse lentamente:- Vou te ajudar a conseguir essa vingança!- Não é necessário! - Inês esboçou um sorriso frio, seus olhos destituídos de qualquer calor. - Farei isso por mim mesma!Desta vez, iria acertar as contas com a família Antunes, tanto as antigas quanto as recentes!João girou levemente o copo de vinho em sua mão, com um sorriso meio irônico:- Se isso te faz feliz.De repente, era pleno verão. Após dois meses de
A noite estava escura como breu.O silêncio ao redor era profundo, interrompido apenas pelo tique-taque insistente de um relógio de parede.Inês abriu os olhos e se viu em um quarto familiar.“Onde estou? Minha cabeça está girando!”Ela esfregou a cabeça, ainda tonta, e lentamente se sentou, se apoiando nos braços.- Acordou.A voz baixa e profunda de um homem ecoou de um canto, carregando um toque de frieza.Inês se enrijeceu e olhou na direção do som, vendo um homem sentado numa poltrona no canto do quarto.O quarto estava escuro, o rosto do homem oculto nas sombras, emanando uma aura fria e sombria.Mesmo sem ver o rosto do homem, Inês sabia quem era.Emanuel!É ele!Este era o quarto dele na Mansão em Monte Vista.Ela mal chegou à Cidade P e já foi capturada e levada de volta à Cidade J por ele.Irónico, nem tinha ido procurá-lo, mas ele encontrou ela primeiro!Emanuel fixava o olhar em Inês, sem perder nenhum detalhe da sua expressão.Após um momento, ele finalmente se levantou do