Inês sabia como estava o corpo dela, como poderia ser uma gravidez? Quanto ao atraso na menstruação, provavelmente era porque ela não tinha se alimentado direito ultimamente, e com o cansaço, o equilíbrio hormonal ficava meio bagunçado.- Fazer um exame não custa nada, melhor prevenir do que remediar. - Aconselhou a enfermeira.Inês concordou com a cabeça, sem dizer nada. A enfermeira trocou o curativo de Vera e logo se retirou.Inês sentou na beira da cama, lembrando das palavras da enfermeira, e com a mão direita verificou o pulso no seu pulso esquerdo.Ela verificou por um tempo e de repente a expressão de Inês mudou, incrédula, enquanto observava seu próprio pulso. Ela trocou para o outro pulso.Esse pulso está rápido e deslizante.Era um pulso deslizante!Não podia ser!Inês mal acreditou e verificou seu pulso duas vezes mais, mais atentamente. Sim, era um pulso deslizante, muito parecido com o pulso no início da gravidez.Inês respirou fundo. Mesmo que fosse um pulso deslizante,
Emanuel apertou a mão de Inês com firmeza. - Melhor você não se envolver nisso. - Disse Emanuel.Ao ouvir isso, Inês ficou furiosa e soltou a mão dele.- Você está defendendo aquele idiota do Bryan. Você não viu o que ele fez com a Vera? Eu... - Disse Inês.- Isso é entre eles. É melhor deixar eles resolverem isso por conta própria. - Interrompeu Emanuel. Após uma pausa, ele continuou: - Eu conheço o Bryan. Ele não é do tipo com gostos cruéis. Com certeza há algum mal-entendido nisso tudo. Nós somos apenas espectadores, é melhor não nos envolvermos, especialmente em assuntos amorosos.- Espectadores? Vera não é uma estranha para mim! - Exclamou Inês, com raiva, olhando fixamente para ele.- Vocês duas são tão próximas assim? - Indagou Emanuel, arqueando uma sobrancelha.Ele já estava querendo perguntar isso ontem. A maneira como Inês tratava Vera era como se fossem amigas de longa data, não como se tivessem se conhecido há apenas um ou dois meses.- Não importa. De qualquer forma, con
- Inês. - Disse Emanuel, enquanto a segurava. Seus dedos proeminentes deslizavam entre seus cabelos, massageando suavemente o couro cabeludo dela.- O que foi? - Perguntou Inês, ao perceber que ele parecia ter algo a dizer.Emanuel moveu os lábios, as palavras estavam à beira de sair, mas ele as engoliu e, em vez disso, a beijou.- Eu te amo. - Declarou Emanuel. A declaração amorosa ecoou suavemente nos ouvidos de Inês.- Eu também te amo. - Disse Inês sorrindo em resposta ao beijo dele.Emanuel fixou o olhar nas sobrancelhas de Inês, com uma expressão complexa entre as linhas da testa.Aquela coisa... Era melhor contar a ela depois que o casamento terminasse....Do outro lado, Bryan fazia uma hora extra e já era quase meia-noite quando voltou para a mansão. A sala estava escura e deserta, sem sinal de vida. Ele acendeu as luzes, olhando para os chinelos cor-de-rosa no hall, se sentindo irritado.Solto o nó da gravata, Bryan foi até a cozinha e serviu um copo de água gelada, bebendo
Vera passou a noite inteira sem dormir. Após o médico concluir o exame pela manhã, ela imediatamente compartilhou com ele a urgência de resolver algo. Informou que retornaria em duas horas para receber a infusão necessária. Enquanto isso, Bryan observava Vera, involuntariamente recordando a foto enviada por Emanuel na noite anterior.- Deixei minha identidade aqui na mansão. - Disse Vera, com os olhos fixos em Bryan. Ela havia ido até a mansão quando Bryan estava prestes a sair, não apenas para pegar o documento esquecido, mas também para fazer duas perguntas pessoalmente. Bryan assentiu levemente, tirando a identidade dela da carteira e entregou a ela.Ele a encontrou na gaveta na noite passada e, sem entender bem por que, colocou a identidade dela em sua bolsa. Sabia que ela voltaria para a buscar, afinal, a identidade era algo importante. Vera pegou o documento, viu que Bryan estava prestes a entrar no carro e agarrou a maçaneta da porta.Bryan franziu o cenho, mostrando um pouc
Bryan semicerrou os olhos, revelando um brilho perigoso no fundo. - Me matar? Você precisa ver se tem coragem para isso. - Disse Bryan. Vera não disse mais nada, virou as costas e foi embora.Bryan observou as costas de Vera se afastando, com um sentimento indescritível no coração. Ele soltou a gravata, sentindo como se estivesse segurando um fogo incontrolável, estava completamente irritado....Vera não tinha ideia de como voltou para o hospital.Na sua mente, só havia o rosto de Bryan, cheio de sarcasmo.Vera sentiu que era uma piada, uma piada completa.Quando Inês chegou ao hospital pela manhã, viu Vera sentada na cama, sem dizer uma palavra, olhando fixamente para algum lugar, com uma expressão péssima.Ao ouvir da enfermeira que ela tinha saído cedo, Inês imaginou que ela havia ido procurar Bryan.- Vera, como você está? - Perguntou Inês, abraçando os ombros de Vera com ternura.Vera olhou para Inês e seus olhos gradualmente recuperaram o foco. - Inês, lembro que você mencion
Inês voltou ao hospital e só então se lembrou de que tinha marcado uma consulta ginecológica para hoje. Ela pegou a senha, fez um check-up completo e realizou um exame de HCG. Como já estava um pouco tarde, os resultados dos exames só sairiam amanhã. Após os exames, Inês foi para o quarto ver Vera.Vera já estava acordada, se preparando para receber alta. - Inês, comprei uma passagem para a França amanhã de manhã. - Disse Vera.- Que horas? Eu te levo. - Afirmou Inês.- Não precisa, nos últimos dias você cuidou muito de mim, descanse um pouco. - Respondeu Vera. Ela e Inês se abraçaram e ela murmurou: - Fique tranquila, eu não sou tão frágil, vou superar isso. Inês, talvez eu não possa ir ao seu casamento. Desculpe por não poder ser sua madrinha como prometi antes. - Não tem problema. - Consolou Inês, dando tapinhas nas costas dela e disse: - Vera, um dia você encontrará um homem que te ame de todo coração.Vera ficou em silêncio. Inês queria levar Vera de volta para a mansão, mas el
- Tem alguma coisa complicada acontecendo na sua empresa ultimamente? Tenho notado que você está ocupado desde que voltou. - Perguntou Inês, mudando de assunto. Emanuel, escondendo suas emoções, balançou a cabeça. - Não é nada complicado, não se preocupe. - Respondeu Emanuel. Inês assentiu com a cabeça e não perguntou mais nada. Após o jantar, Emanuel estava no escritório lidando com documentos quando recebeu uma ligação de Bryan.- Inês está aí com você? - Perguntou Bryan assim que atendeu.- Por acaso quer se vingar dela? - Brincou Emanuel.Mesmo sendo bons amigos, Emanuel não permitiria que Bryan machucasse um fio de cabelo de Inês.- Não, é que tem algo que eu quero te contar, algo sobre a Inês. - Respondeu Bryan.- Fale. - Disse Emanuel, brincando com a caneta na sua mão.- Eu nunca te contei, mas quem roubou a fórmula A117 de mim foi a Vera. - Revelou Bryan. - O quê? - Indagou Emanuel se endireitando na cadeira, seus olhos brilharam com determinação.- Nunca te contei porque
Positivo!Inês arregalou os olhos, os fixando no relatório de exames em suas mãos. Uma mão cobria sua boca, incapaz de acreditar no que estava vendo.Ela verificou várias vezes o nome e o número de identidade no relatório, com medo de que o hospital tivesse cometido algum erro. Nome e identidade, tudo correto. Grávida de seis semanas... Ela já estava grávida há seis semanas.Ela tocou instintivamente a barriga, onde agora se abrigava uma pequena vida. Nunca imaginou que esse milagre pudesse acontecer consigo mesma. Inês estava emocionada, seus olhos estavam vermelhos de excitação.Cinco anos atrás, durante aquele pesadelo, ela sofreu ferimentos graves. Na época, os médicos disseram que a probabilidade de engravidar era ínfima. Assim, ela nunca nutriu esperanças. No entanto, o destino concedeu uma grande bênção a ela.Inês baixou o olhar para a barriga ainda plana, agora abrigando uma pequena vida, o filho dela e de Emanuel. Eles iriam ter um filho juntos. Em seis semanas, o ultrassom