Inês pensou por um momento e concordou. Perto dali, havia um shopping com uma cafeteria. Inês estacionou o carro e começou a caminhar em direção ao shopping com a mulher ao seu lado, que gentilmente moveu o guarda-chuva sobre a cabeça dela, como se quisesse a agradar.- Obrigada, não precisa. - Disse Inês, se afastando dela. A mulher não forçou mais nenhum assunto e apenas sorriu enquanto seguia Inês até o shopping.Chegando à cafeteria, Inês inicialmente pensou em pedir um café, mas de repente se lembrou de que estava grávida. Então, decidiu pedir um suco de kiwi. A mulher não pediu nada, apenas solicitou uma xícara de água morna.- Diga, quem é você e o que você quer comigo? - Perguntou Inês de forma direta.- Inês mana... - Disse a mulher.- Não, me chame apenas de Inês. - Interrompeu Inês imediatamente.- Vou te chamar de Srta. Inês, então. - Disse a mulher. Ela pegou a xícara e deu um gole de água, olhando suavemente para Inês e disse. - Prazer, Srta. Inês, meu nome é Noemia Oliv
- Você disse o quê? - Indagou Inês, tensa, suspeitando que tinha ouvido errado.- Eu disse, por favor, deixe o Sr. Emanuel para mim, não case com ele! - Suplicou Noemia agarrando a mão de Inês e disse. - Srta. Inês, você é tão incrível, com certeza encontrará um homem que a ame muito. Deixe Sr. Emanuel para mim, por favor. Eu gosto dele, me apaixonei por ele à primeira vista, e foi por isso que o salvei de bom grado.- Me solta! - Disse Inês, afastando bruscamente a mão dela, furiosa. - Deixar Emanuel para você? Você acha que ele é um objeto? Só porque o salvou, não significa que pode fazer qualquer exigência sem cerimônia.- Eu não vejo o Sr. Emanuel como um objeto, eu apenas o amo demais. - Disse Noemia, com os olhos vermelhos, encarando Inês. - Se não fosse por você, o Sr. Emanuel com certeza teria se casado comigo. Ninguém poderia ocupar o lugar que eu tenho no coração dele.Inês se levantou abruptamente, olhando friamente para ela. - Isso é apenas porque você salvou a vida dele.
Depois das palavras, Noemia se levantou e deixou a cafeteria. Inês permaneceu sentada, respirando fundo por duas vezes para conter a raiva e a desconfiança que se acumulavam dentro dela.Ela definitivamente precisava esclarecer as coisas com o Emanuel.Inês dirigiu até a empresa dele.A nova empresa de Emanuel ficava no mesmo prédio que a filial do Grupo Ribeiro. Os funcionários da recepção conheciam Inês e a cumprimentaram quando ela chegou.Inês disse que estava a fim de encontrar o Emanuel, mas os funcionários da recepção disseram a ela que o Emanuel não estava na empresa naquele momento.- Algum problema complicado na empresa ultimamente? - Perguntou Inês à secretária da recepção.- A empresa está transferindo gradualmente os negócios no exterior para a Cidade J, não há nada complicado acontecendo. - Respondeu a secretária, abrindo um sorriso. - Emanuel não esteve na empresa o dia todo hoje? - Perguntou Inês.- Sr. Emanuel veio à empresa às nove da manhã para uma reunião e saiu d
- Dora desapareceu? - Perguntou Bryan ao ver Emanuel desligar o celular. - Não, Flávio disse que ela saiu sozinha de manhã. - Disse Emanuel balançando a cabeça.- Ela ainda não se recuperou completamente. Qual o motivo dela querer sair sozinha? - Perguntou Bryan, arqueando uma de suas sobrancelhas. Quando a encontraram, ela estava toda machucada, frágil a ponto de um sopro poder derrubar ela. O médico instruiu expressamente que ela precisava descansar.- Sr. Emanuel, sobre a Dora, você pretende esconder isso da Inês para sempre? - Perguntou Matheus, cautelosamente. Bryan lançou um olhar para Matheus. Ele queria fazer essa pergunta desde que trouxeram Dora de volta.Emanuel apertou o maxilar, seus olhos escuros exibiam emoções incompreensíveis.- Não vou esconder dela para sempre. No máximo, depois do casamento, vou contar a Inês sobre a situação da Dora. - Respondeu Emanuel. Encontrar Dora deveria ter sido algo fácil para ele. No entanto, as coisas não seguiram o rumo que ele esper
- Ok. - Concordou Bryan de maneira direta.Matheus ficou um pouco surpreso. - Você costumava ser como o Sr. Emanuel, nunca deixava as mulheres da boate se aproximarem. O que houve, mudou de ideia? - Disse Matheus. Bryan deu uma tragada no cigarro, soltando um anel de fumaça.- Estou de saco cheio! - Disse Bryan.- Você e a Vera realmente terminaram? - Perguntou Matheus.Bryan lançou um olhar a ele. - Não mencione ela na minha frente! - Disse Bryan. Matheus riu, sem insistir mais....Neste momento ainda era cedo, o bar praticamente vazio. Matheus e Bryan foram para a sala privativa no andar de cima e logo entraram três mulheres de aparência delicada e pele clara.- O Sr. Bryan não está de bom humor hoje, então se certifiquem de tratar ele bem. - Disse Matheus, apontando para Bryan, que já estava bebendo. As três mulheres, bastante habilidosas, se aproximaram imediatamente. Bryan levantou os olhos e lançou um olhar indiferente para as três, apontando por fim para a mulher do meio.
Mansão em Monte Vista.Depois de voltar para casa ao meio-dia, Inês ficou sozinha no quarto. Talvez por estar grávida, ela estava um pouco sonolenta e acabou adormecendo.Ao acordar novamente, já estava quase na hora do jantar. Inês desceu as escadas, e Pipoca, que estava brincando no jardim, veio correndo em sua direção, dando pulinhos animados. Ainda estava a algumas passadas dela quando se lançou na sua direção.- Pipoca! - Exclamou Inês, rapidamente protegendo sua barriga com uma mão e com a outra fez um gesto para que Pipoca parasse.Ela estava grávida agora, precisava ficar mais atenta. Especialmente nos primeiros três meses, quando o bebê ainda está se estabilizando.Pipoca, pensando que sua dona estava rejeitando ela, se deitou no tapete com uma expressão triste, mostrando estar chateada.Então, Inês se sentou no sofá e chamou Pipoca com a mão. - Pipoca, vem cá! - Exclamou Inês. As orelhas de Pipoca se mexeram e ela correu imediatamente para perto de Inês. Então, acariciando a
Se Emanuel soubesse que ela estava grávida, com certeza ficaria muito surpreso. Ela acreditava no amor de Emanuel por ela, e quanto às palavras que Dora disse hoje, Inês não ligou muito. Mesmo que há cinco anos ela tenha salvado Emanuel daquela maneira, ele havia sido drogado e não teve escolha. Naquela época, ela e Emanuel nem se conheciam, ela não o culparia por ter tido uma vez com outra mulher.Pensando assim, Inês se sentiu aliviada. O som de notificação do celular ecoou. Inês pegou o celular e deu uma olhada, era uma mensagem de um número desconhecido. Ela abriu e viu uma foto na tela. Na foto, Emanuel segurava nos braços uma menininha de três ou quatro anos com os olhos cheios de carinho. "Srta. Inês, esqueci de te contar hoje. A menininha nos braços do Sr. Emanuel é nossa filha, se chama Rosana e complete quatro anos este ano." Inês prendeu a respiração. O celular caiu no chão, fazendo um som pesado....Nos arredores, Villa da Brisa.Noemia estava parada no corredor, ol
Na mansão em Monte Vista.Um silêncio absoluto pairava no quarto, onde se podia ouvir o som de um alfinete caindo. Inês, abraçando os joelhos, estava sentada no sofá, olhando sem expressão para um ponto no chão. Já passava da meia noite. Emanuel ainda não havia voltado. “Ele não disse que voltaria rapidinho quando saiu?”Os olhos de Inês se moveram lentamente em direção ao celular, lembrando da mensagem que Noemia enviou e um arrepio percorreu seu corpo.A foto não era montagem, nãi havia nenhum traço de Photoshop, era tudo real.Emanuel, nesse momento, estava acalmando sua filha para dormir.Ele estava com outra mulher e ambos tinham um filho juntos.Inês segurou a cabeça, se forçando a não divagar, mas quanto mais tentava, mais pensava.Com pensamentos tumultuados, a única coisa em sua mente eram as palavras de Noemia na cafeteria hoje.No final, não conseguiu mais se controlar, pegou o celular e discou o número de Emanuel.O telefone de Emanuel tocou, mas ninguém atendeu.Inês li