Vera, quase sempre discreta em seus passos, mesmo ao utilizar saltos altos, talvez devido à sua profissão, não fazia barulho ao andar. Assim, enquanto Mariana conversava ao telefone na cozinha, mal percebeu que Vera estava parada atrás dela.- Sim, senhor, eu vou preparar um suco de laranja fresco para a Srta. Vera. Ela gosta disso, é só colocar a medicação nela. - Disse Mariana na ligação. Depois de desligar o celular, Mariana se moveu rapidamente pela cozinha, e Vera, tão silenciosa quanto antes, deixou o local sem fazer barulho antes que Mariana pudesse se virar.Com as palmas das mãos e as costas cobertas de suor frio, Vera se acomodou na sala de estar.Mariana chamou Bryan de "senhor". Então, ela estava ao telefone com Bryan agora.Vera fechou os punhos com força, sem acreditar no que tinha acabado de ouvir.Eles colocavam remédio em seus suplementos diários?Que tipo de remédio era esse?Por que eles estavam a medicando?Mariana saiu da cozinha com um copo de suco de laranja e
- É, talvez ele ainda não tenha acordado. - Disse Inês largando o celular.Do lado dele, devia ser por volta das sete da manhã.- O meu irmão disse que horas ele volta? - Perguntou Valentina.- Disse que serão mais dois dias. - Repondeu Inês.- Meu irmão está exagerando demais! Envie um subordinado para confirmar, não precisa ir pessoalmente. Deixar você sozinha na Cidade J para organizar o casamento, que absurdo. - Disse Valentina fazendo beicinho.- Certamente é algo relacionado com a Dora. Quando é que ele não foi pessoalmente? - Comentou Inês, abrindo um sorriso sem se importar.- Isso era antes, agora é agora. Ele está prestes a se casar de novo, quem é mais importante, a Dora ou a esposa? Claro que é você! - Disse Valentina.- Eu confio no seu irmão. Ele sabe o que está fazendo. - Afirmou Inês. Inês entendia Emanuel, afinal, Dora tinha salvado a vida dele e ele não era do tipo ingrato.Depois do jantar, Inês e Valentina se prepararam para voltar à mansão. No entanto, antes mesmo
Vera, alguns meses mais nova que Inês, foi a primeira amizade que esta fez ao entrar na Seita Invisível. Mais tarde, Inês se tornou a vice-líder da seita, e Vera foi designada para ser sua subordinada, ficando sob sua supervisão. À medida que se aproximavam, Inês descobriu que Vera era uma pessoa fascinante. Além da aura fria e implacável que exibia durante o trabalho, Vera se revelava uma jovem comum no dia a dia. Ela gostava de boa comida, era fã de anime e adorava passar o tempo em casa jogando videogame. Inês, sabendo que Vera nunca havia namorado antes de Bryan, ficou um tanto preocupada ao descobrir sobre o relacionamento deles. Bryan não era uma pessoa comum, e Inês temia que Vera pudesse ser enganada. No entanto, na época, Vera estava completamente focada nele, e Inês não podia dizer muito, apenas a advertiu para ficar atenta.A preocupação de Inês se materializou quando Vera se jogou nos braços dela, chorando por um bom tempo. Inês a abraçou, sem dizer uma palavra. Quando Ve
E se Bryan descobrisse que foi ela quem pegou a substância A117 dele, por que ele a salvaria quando estivesse em perigo? Afinal, eles compartilharam mais de três meses juntos, durante os quais ela não demonstrou nenhum sinal de traição, e ele nunca desconfiou dela. Esta situação parecia desconcertante e contraditória.Inês notou as mudanças de expressão dela e deu um tapinha em seu ombro.- Relaxa, só estou especulando. - Disse Inês.Mesmo que fosse apenas especulação, Inês realmente estava preocupada.- Sobre o que vocês estão falando? Não entendi nada. - Perguntou Valentina coçando a cabeça, olhando perplexa para Inês e Vera.- Nada especial. - Respondeu Inês, mudando imediatamente de assunto, dizendo para Vera: - Fica aqui esta noite, acalma um pouco os ânimos. Mais tarde, vou examinar você direitinho, ver como está sua situação.Vera tomou tantas pílulas anticoncepcionais, que certamente prejudicaram o corpo dela. Inês achava que precisava arranjar um jeito de ajudar ela a se recu
- Eles ousam mesmo impor condições? - Indagou Emanuel, com uma expressão fria no rosto.- Se eles não cederem, mesmo que você a leve à força, não vão dar o antídoto para ela. - Aconselhou Bryan e continuou: - Se você realmente quer levar ela, em vez de confrontar eles, é melhor concordar com eles.- Quais são as condições? - Perguntou Emanuel.- Todos os serviços de transporte marítimo ao sul do Estreito de Baía Leste Azul. - Respondeu Bryan.Emanuel colocou o celular na mesa, seus olhos escuros refletiam um tom gélido. - Eles realmente têm coragem de pedir isso? - Indagou Emanuel, incrédulo. - Falando francamente, eu pessoalmente acho que esse negócio não vale a pena, mas depende de você. - Disse Bryan dando de ombros.Emanuel ficou em silêncio por um momento.- Fabiano. - Chamou Emanuel. - Sr. Emanuel, você me chamou. - Disse Fabiano entrando pela porta.- Vá buscar todos os documentos relacionados ao Estreito da Baía Leste Azul. - Ordenou Emanuel.- Certo. - Assentiu Fabiano. Br
Inês mal comeu alguma coisa há pouco tempo, vomitou só ácido e sentiu como se o estômago fosse sair. Emanuel notou que o rosto de Inês estava feio. Ao tocar na mão dela, percebeu que sua palma estava toda suada e gelada.- Inês, está tudo bem? Valentina, chame o médico. - Disse Emanuel.- Certo. - Respondeu Valentina.- Não... Não precisa... - Disse Inês, limpando a boca. Em seguida, esfregou a barriga e disse: - Estou bem, meu estômago está um pouco irritado. Beber um pouco de água quente vai ajudar.Emanuel ajudou Inês a se levantar, seus estavam olhos cheios de preocupação. - Estava tudo bem, como é que o seu estômago reagiu desta forma? Não tem comido direito ultimamente? - Perguntou Emanuel. - Bem, sobre isso... - Disse Inês tocando o nariz, parecendo um pouco culpada.- Inês tem feito dieta ultimamente, não comeu nada no almoço hoje, com Certeza é a fome que está incomodando o estômago dela. - Interveio Valentina. Inês ficou sem palavras. Ela olhou rapidamente para Valentina,
Após um encontro íntimo e apaixonado, Bryan levou Vera para o banheiro. Depois lavar ela cuidadosamente, ele a abraçou e a levou para o quarto, acariciando suavemente o rosto dela.- Aconteceu alguma coisa, né? - Bryan perguntou. Ele sentiu que algo estava diferente hoje. Vera não costumava ser tão assertiva durante as relações sexuais. Vera, se apoiando com o corpo um pouco dolorido, se sentou. Seu rosto ainda corado e os longos cabelos caíam pelos ombros, destacando sua figura encantadora no camisão de alças.- Bryan, tenho algo para te perguntar. - Disse Vera.- É tarde, descanse primeiro. Podemos falar sobre isso amanhã. - Disse Bryan a beijando suavemente na testa. Vera negou com a cabeça, olhando firmemente para ele. Então, ele brincou: - Se soubesse que você estava tão animada, não teria sido tão gentil antes.Vera apertou os lábios, ficando ainda mais corada. - Fale, qual é o problema? - Perguntou Bryan. Antes que as palavras de Bryan se dissipassem, Vera se afastou dele com
- Bryan, me solta! - Gritou Vera, deixando as lágrimas escorrerem descontroladamente.- Poxa, você está chorando. - Disse Bryan, usando o dedo para apanhar uma lágrima dela e com um olhar cheio de zombaria disse: - Vera, você realmente gosta de mim, né? A sensação de humilhação se espalhou pelo coração de Vera. Ela apertou os dentes com força, lutando para se libertar do domínio de Bryan e chutou ele com força. Bryan se esquivou e com os lábios finos erguidos disse: - Bastante ágil você.Vera se levantou da cama, apontando furiosamente para Bryan. - Some daqui, não quero mais te ver! Bryan, some da minha frente! - Gritou Vera. Bryan, abraçando os próprios braços, olhou para ela sem nenhum pudor.- Some? Você esqueceu que esta é a minha casa. - Disse Bryan.Vera assentiu com a cabeça, enxugou as lágrimas com força e, pegando o celular, se preparou para sair.- Para aí! - Disse Bryan fixando os olhos nos ombros trêmulos dela, reprimindo a irritação no coração, e disse friamente: - Se q