João riu alto, como se tivesse ouvido uma piada engraçada. - Inês, você tem ideia do quão ridículas são suas palavras? Você o ama, então eu pergunto a você, o quanto você realmente conhece sobre ele? Você sabe que tipo de pessoa ele é? Você sabe o que ele faz escondido de você?Inês franziu a testa, começando a duvidar das palavras de João.- João, pare de tentar tumultuar a relação entre eu e o Emanuel! - Disse ela. - Eu sei que ele é uma pessoa melhor do que você, e não preciso descobrir isso pela boca dos outros.- Tola!- João, já chega! - Inês explodiu de raiva.João também estava furioso. Silêncio mortal se seguiu.Depois de um tempo, ele decidiu perguntar:- Quando é o casamento? Inês respondeu sem paciência:- 28 de dezembro.- É uma boa data. - João riu. Antes que Inês pudesse falar, o tom de João ficou sério. - Inês, se você ousar se casar com o Emanuel, farei com que esse dia se torne o dia da desgraça dele!Um lampejo de frieza passou pelos olhos de Inês.- João, você tem
Inês ouviu as palavras de Vera, puxou os cantos da boca e a encarou com cautela.- Ele te mandou me levar de volta? - Questionou ela.Vera se sentou no sofá, a encarando de volta. - Embora eu tenha concordado verbalmente, sei dos meus limites. Não sou páreo para você, e não vou me colocar em apuros. - Disse Vera casualmente.Inês não temia que Vera a atacasse. Ela apoiou o queixo, com uma expressão preocupada.Vera olhou fixamente para Inês e perguntou: - Inês, o que você fez para irritar o João a ponto dele agir assim?Inês suspirou. - Ele descobriu sobre o meu casamento com Emanuel.- Só isso? - Vera, ficou confusa por um momento, mas logo adivinhou o motivo. - João gosta de você?Inês balançou a cabeça.- Não, ele apenas odeia o Emanuel.- Isso complica as coisas. - Respondeu Vera.Inês suspirou, com dor de cabeça.- Espere o Emanuel voltar, e podemos discutir isso, vamos tentar resolver isso.João era como uma bomba-relógio, Inês não temia que ele fizesse algo com ela, mas temia
Vera estava um pouco preocupada. Ao meio-dia, ela almoçou na casa da Inês e depois voltou para a sua casa. À tarde, ela mandou uma mensagem para Bryan perguntando quando ele voltaria. Ele demorou duas horas para responder, e disse que estava com compromissos e voltaria tarde, sem especificar o horário exato.Vera não queria ficar mandando mensagens o tempo todo, então, depois do jantar, ela se ocupou com suas próprias coisas no quarto. Quando deu por si, já era mais de meia-noite e Bryan ainda não tinha voltado. Ela ligou para ele, mas ele não atendeu.Vera estava ficando um pouco chateada. Antes, mesmo que ele estivesse ocupado, ele sempre atendia suas chamadas. Depois de esperar mais duas horas, ela ouviu o som do motor do carro do lado de fora. Vera correu até a janela e viu o carro do Bryan.Ela desceu as escadas e abraçou Bryan quando ele entrou na sala. - Você voltou, nossa, está com cheiro de álcool.Bryan notou que as luzes do quarto ainda estavam acesas quando desceu do car
Vera, quase sempre discreta em seus passos, mesmo ao utilizar saltos altos, talvez devido à sua profissão, não fazia barulho ao andar. Assim, enquanto Mariana conversava ao telefone na cozinha, mal percebeu que Vera estava parada atrás dela.- Sim, senhor, eu vou preparar um suco de laranja fresco para a Srta. Vera. Ela gosta disso, é só colocar a medicação nela. - Disse Mariana na ligação. Depois de desligar o celular, Mariana se moveu rapidamente pela cozinha, e Vera, tão silenciosa quanto antes, deixou o local sem fazer barulho antes que Mariana pudesse se virar.Com as palmas das mãos e as costas cobertas de suor frio, Vera se acomodou na sala de estar.Mariana chamou Bryan de "senhor". Então, ela estava ao telefone com Bryan agora.Vera fechou os punhos com força, sem acreditar no que tinha acabado de ouvir.Eles colocavam remédio em seus suplementos diários?Que tipo de remédio era esse?Por que eles estavam a medicando?Mariana saiu da cozinha com um copo de suco de laranja e
- É, talvez ele ainda não tenha acordado. - Disse Inês largando o celular.Do lado dele, devia ser por volta das sete da manhã.- O meu irmão disse que horas ele volta? - Perguntou Valentina.- Disse que serão mais dois dias. - Repondeu Inês.- Meu irmão está exagerando demais! Envie um subordinado para confirmar, não precisa ir pessoalmente. Deixar você sozinha na Cidade J para organizar o casamento, que absurdo. - Disse Valentina fazendo beicinho.- Certamente é algo relacionado com a Dora. Quando é que ele não foi pessoalmente? - Comentou Inês, abrindo um sorriso sem se importar.- Isso era antes, agora é agora. Ele está prestes a se casar de novo, quem é mais importante, a Dora ou a esposa? Claro que é você! - Disse Valentina.- Eu confio no seu irmão. Ele sabe o que está fazendo. - Afirmou Inês. Inês entendia Emanuel, afinal, Dora tinha salvado a vida dele e ele não era do tipo ingrato.Depois do jantar, Inês e Valentina se prepararam para voltar à mansão. No entanto, antes mesmo
Vera, alguns meses mais nova que Inês, foi a primeira amizade que esta fez ao entrar na Seita Invisível. Mais tarde, Inês se tornou a vice-líder da seita, e Vera foi designada para ser sua subordinada, ficando sob sua supervisão. À medida que se aproximavam, Inês descobriu que Vera era uma pessoa fascinante. Além da aura fria e implacável que exibia durante o trabalho, Vera se revelava uma jovem comum no dia a dia. Ela gostava de boa comida, era fã de anime e adorava passar o tempo em casa jogando videogame. Inês, sabendo que Vera nunca havia namorado antes de Bryan, ficou um tanto preocupada ao descobrir sobre o relacionamento deles. Bryan não era uma pessoa comum, e Inês temia que Vera pudesse ser enganada. No entanto, na época, Vera estava completamente focada nele, e Inês não podia dizer muito, apenas a advertiu para ficar atenta.A preocupação de Inês se materializou quando Vera se jogou nos braços dela, chorando por um bom tempo. Inês a abraçou, sem dizer uma palavra. Quando Ve
E se Bryan descobrisse que foi ela quem pegou a substância A117 dele, por que ele a salvaria quando estivesse em perigo? Afinal, eles compartilharam mais de três meses juntos, durante os quais ela não demonstrou nenhum sinal de traição, e ele nunca desconfiou dela. Esta situação parecia desconcertante e contraditória.Inês notou as mudanças de expressão dela e deu um tapinha em seu ombro.- Relaxa, só estou especulando. - Disse Inês.Mesmo que fosse apenas especulação, Inês realmente estava preocupada.- Sobre o que vocês estão falando? Não entendi nada. - Perguntou Valentina coçando a cabeça, olhando perplexa para Inês e Vera.- Nada especial. - Respondeu Inês, mudando imediatamente de assunto, dizendo para Vera: - Fica aqui esta noite, acalma um pouco os ânimos. Mais tarde, vou examinar você direitinho, ver como está sua situação.Vera tomou tantas pílulas anticoncepcionais, que certamente prejudicaram o corpo dela. Inês achava que precisava arranjar um jeito de ajudar ela a se recu
- Eles ousam mesmo impor condições? - Indagou Emanuel, com uma expressão fria no rosto.- Se eles não cederem, mesmo que você a leve à força, não vão dar o antídoto para ela. - Aconselhou Bryan e continuou: - Se você realmente quer levar ela, em vez de confrontar eles, é melhor concordar com eles.- Quais são as condições? - Perguntou Emanuel.- Todos os serviços de transporte marítimo ao sul do Estreito de Baía Leste Azul. - Respondeu Bryan.Emanuel colocou o celular na mesa, seus olhos escuros refletiam um tom gélido. - Eles realmente têm coragem de pedir isso? - Indagou Emanuel, incrédulo. - Falando francamente, eu pessoalmente acho que esse negócio não vale a pena, mas depende de você. - Disse Bryan dando de ombros.Emanuel ficou em silêncio por um momento.- Fabiano. - Chamou Emanuel. - Sr. Emanuel, você me chamou. - Disse Fabiano entrando pela porta.- Vá buscar todos os documentos relacionados ao Estreito da Baía Leste Azul. - Ordenou Emanuel.- Certo. - Assentiu Fabiano. Br